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domingo, 25 de agosto de 2024
segunda-feira, 27 de maio de 2019
CANHÃO ORBITAL ATK MK44 30 MM BUSHMASTER II
O vídeo abaixo apresenta uma demonstração de um veiculo General Dynamics Land System LAV com um canhão MK-44 Bushmaster II em calibre 30 mm, do mesmo tipo que foi usado na viatura Blindada de Transporte de Tropas Guarani MR. Observem a capacidade de destruição da granada de 30 mm frente a paredes e não deixem de reparar nas granadas programáveis que explodem sobre o alvo lançando fragmentos contra pessoas escondidas atrás de obstáculos.
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segunda-feira, 27 de agosto de 2018
BAE SYSTEMS AAV-7. O rei da praia
FICHA TÉCNICA
Velocidade máxima: 72 Km/h em estrada, 32 km/h em terreno irregular.
Alcance máximo: 480 Km.
Motor: Um motor turbinado V8 Cummins VT400 com 400 hp de potencia.
Peso: 23,9 Toneladas (sem a blindagem adicional).
Altura: 3,3 m.
Comprimento: 8,1 m.
Largura: 3,2 m; 3,6 m (com blindagem adicional).
Tripulação: 3 + 21 soldados.
Armamento: Um lançador de granadas automático MK-19; uma metralhadora pesada M-2HB em calibre 12,7X 99 mm (. 50).
Trincheira: 2,4 m
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 40º
Obstáculo vertical: 0,90 m
Passagem de vau: Anfíbio.
sexta-feira, 2 de março de 2018
AVIBRAS GUARÁ 4WS. O 4X4 brasileiro.
FICHA TÉCNICA
Velocidade máxima: 120 Km/h.
Alcance Máximo: 700 Km.
Motor: Motor Cummins com 250 cv de potência.
Peso: 10 toneladas.
Altura: 2,20 m.
Comprimento: 5,60 m.
Largura: 2,4 m.
Tripulação: 4 a 6.
Armamento: Uma metralhadora de uso geral em calibre 7,62 mm (modelo que o cliente desejar), metralhadora pesada em calibre 12,5 mm ) normalmente uma M-2HB ou uma M-3M que são montadas em reparos simples ou em torre PLATT ou estação de armas REMAN. A torre REMAX remotamente controlada também pode ser empregada com as armas citadas, ou, ainda, um canhão em calibre 20 mm.
Trincheira: 0,90 m
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 30º
Obstáculo vertical: 0,50 m
Passagem de vau: 1,20
Por Anderson Barros via Plano Brasil.
PREFÁCIO
Após as operações “Tempestade no Deserto (1991), desastre em Mogadíscio (1993), Força Aliada (1999), o e as ações no Afeganistão (2001) e Iraque (2003)”, as forças armadas do mundo todo puderam comprovar a necessidade de novos veículos para lidar com as novas ameaças do campo de batalha moderno. Assim, os principais exércitos do mundo acabaram por substituir os veículos sem proteção por veículos mais sofisticados e logicamente mais caros e mais pesados, que embora se mantendo dentro de limites dimensionais aceitáveis e continuando a tradição de versatilidade, apresentassem melhor desempenho e maior mobilidade fora de estrada, bem como, oferecessem de um razoável nível de proteção para seus ocupantes.
A ORIGEM
Os esboços do projeto do AVIBRAS “Guará” surgiram há mais de uma década e, na sua concepção sempre levou em conta a possibilidade de basear uma nova família de blindados sobre rodas para equipar o Exército Brasileiro.
Desta forma, o então AV-VB4 RE “Guará” foi desenvolvido através de uma importante parceria entre Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento – IP&D da UNIVAP /Secretaria de Ciência e Tecnologia de SP (IP&;D/SCTSP) e a AVIBRAS. O veículo foi projetado para atender aos requisitos de uma nova Família de Blindados de Rodas Leves. Porém, o projeto não foi adiante e apenas um protótipo foi construído, sendo este posteriormente para avaliações do Exército Brasileiro em operações no Haiti. Naquela altura, a então chamada “Nova Família de Blindados de Rodas” (NFBR), envolvia uma “Família de Blindados de Rodas Médios” (FBRM) que passou a se chamar “Viatura Blindada de Transporte de Pessoal-Média de Rodas” (VBTP-MR), projeto este, que culminou nas viaturas Iveco Guarani e a uma “Família de Blindados de Rodas Leves” (FBRL).
Acima: Aqui podemos ver uma foto do protótipo do AV-VB4 RE “Guará”, primeira versão do projeto de uma nova familia de blindados de rodas que objetivava equipar o Exército Brasileiro.
Em 2013 o Estado-Maior do Exército (EME), aprovou o Estudo de Viabilidade sobre a Viatura Blindada Multitarefa Leve de Rodas (VBMT-LR). Este estudo vinha como parte do Projeto Estratégico do Exército, denominado “Guarani” cuja viatura da classe 4×4 de massa total de 8,0 ton possuía a capacidade de carga de 1,0 ton e espaço para uma guarnição de 5 tropas.
Em 2013 o Estado-Maior do Exército (EME), aprovou o Estudo de Viabilidade sobre a Viatura Blindada Multitarefa Leve de Rodas (VBMT-LR). Este estudo vinha como parte do Projeto Estratégico do Exército, denominado “Guarani” cuja viatura da classe 4×4 de massa total de 8,0 ton possuía a capacidade de carga de 1,0 ton e espaço para uma guarnição de 5 tropas.
Naquela ocasião a AVIBRAS apresentou o modelo AVIBRAS “Tupi” 4×4. O novo veículo era resultado da cooperação entre a empresa brasileira e a francesa RENAULT TRUCKS DEFENSE e foi baseado na Viatura SHERPA LIGHT SCOUT. O Consórcio Franco-Brasileiro figurou-se como um dos finalistas, sendo o Italiano, IVECO LMV (Lince) o vencedor do processo de seleção conduzido pelo Exército Brasileiro para aquisição da Viatura VBMT-LR.
Acima: O veículo Tupi foi resultado da cooperação entre a Avibrás e empresa francesa Renault Trucks Defense e trouxe o know how que foi base para o desenvolvimento do Guarpa 4WS.
NASCE O NOVO LOBO DA AVIBRAS
Todas estas experiências foram importantes para a AVIBRAS que colheu muitos frutos tanto das lições aprendidas com o protótipo do AV-VB4 RE “GUARÁ que operou no Haiti, como dos requisitos do Exército Brasileiro para a VBMT-LR. Todo este conhecimento absorvido permitiu a AVIBRAS lançar-se num projeto ainda mais ousado, o “Guará” 4WS.
Este novo veículo foi desenvolvido para ser um blindado inovador, mais ágil, com maior mobilidade fazendo uso de um moderno sisetma de suspensão e tração 4x4 e com grande capacidade de carga e sobrevivência. A direção nas quatro rodas são características diferencias da viatura e fundamentais para operação no cenário urbano e off road. O 4WS foi concebido de forma a reduzir a ameaça representada pelas minas terrestres e pelos explosivos improvisados (IED- improvised explosive device). O veículo também foi projetado para possuir excelente nível de proteção balística, com acréscimo de capacidade em função da concepção modular que permite adicionar novos itens de proteção.
Acima: O protótipo do Guará 4SW foi finalista na concorrência VBMT-LR, aberta pelo exército para fornecimento de de uma viatura leve multi tarefa.
ANATOMIA DE UM PREDADOR
- CHASSI: O “Guará” 4WS foi desenvolvido fazendo uso de um chassi tipo escada com desenho especial para aumento do espaço interno da cabine. O projeto foi desenvolvido e otimizado através de análise estrutural dinâmica e simulações de carga feito pelo Departamento de Engenharia Veicular da AVIBRAS e é 100% fabricado no Brasil. O conceito visou fornecer um veículo de construção modular, cujo compartimento do motor (Power Pack) podendo ser blindado ou não. O 4Ws possui uma célula de sobrevivência, o compartimento da tripulação, que pode ser configurado para comportar de 2 a 10 soldados, dependendo da variante. Segundo a AVIBRAS o sistema de suspensão é do tipo independente nas quatro rodas com molas helicoidais progressivas com amortecedores hidráulicos. A suspensão faz um trabalho impressionante, absorvendo os impactos na cabine, reduzindo os solavancos comuns em terrenos irregulares e aliviando também o balanço lateral. Os freios são do tipo à disco ventilado nas quatro rodas, com duplo circuito e atuação hidropneumática e ABS. O Sistema de tração permite a utilização da viatura na configuração 4×2, visando à economia de combustível em deslocamentos por rodovias ou vias públicas pavimentadas; para deslocamentos fora da estrada, pode-se engatar a tração 4×4. O sistema possui bloqueio de diferencial dos eixos dianteiro e traseiro para casos de terrenos mais difíceis com lama, areia ou neve.
A viatura possui ainda um sistema automático de monitoramento, enchimento e esvaziamento dos pneus que permite o ajuste individual da pressão dos pneus do eixo dianteiro e do eixo traseiro com a viatura em movimento. Este sistema foi integralmente desenvolvido pela AVIBRAS e é de fabricação 100% nacional. Entretanto o maior diferencial do “Guará” 4WS (Four Wheel Steering), reside no seu sistema de esterçamento das rodas traseiras, que proporciona um raio de giro de menor diâmetro de 16 para 6 metros, sendo essa uma característica fundamental para operação no cenário urbano. O conceito de se utilizar um eixo traseiro esterçante em viatura 4×4 reside em uma categoria até então não explorada pois esse tipo de sistema já é empregado em veículos 6×6 e 8×8.Durante a produção desta matéria a AVIBRAS afirmou para Plano Brasil que há estudos sendo conduzidos de modo a ampliar ainda mais a agilidade do veículo de modo a capacitá-lo a efetuar esterçamento com raios de curva inferiores aos atuais seis metros.
Acima: A suspensão do Guará 4WS permite uma excelente performance em terreno acidentado.
PROTEÇÃO
Quanto a proteção, o projeto do “Guará” 4WS faz uso de blindagem modular add-on, permitindo que o nível de proteção possa ser configurado em função da missão e do tipo de ameaça presente. A proteção balística atende aos requisitos de proteção da norma OTAN STANAG 4569 e é classificado em nível 3, capaz de suportar impactos de projéteis perfurantes em calibre 7,62X51 mm AP.
O compartimento da tripulação do “Guará” 4WS possui proteções modulares, sob a viatura (casco em V) contraminas e explosivos improvisados (IED), igualmente em conceito modular, estes itens podem ser conforme o nível de ameaça previsto e também em conformidade com os requisitos de proteção da norma OTAN STANAG 4569 sendo classificados como Nível 2B permitindo proteção contra explosivos de até 6 kg em qualquer uma das 4 rodas. Opcionalmente e dependendo do nível de blindagem solicitado, o compartimento da tripulação da viatura “Guará” 4WS pode ser equipado com sistema anti estilhaçamento (Spall-Liner).
A blindagem transparente usada nos para-brisas e vidros laterais possui película protetiva anti estilhaçante. Além disso, todos os ocupantes viajam perfeitamente ajustados e amarrados por cintos de segurança em bancos do tipo anti–crash capazes de resistir a explosões, conferindo também mais segurança em caso de tombamento ou capotamento do veículo. Esses componentes são os mesmos empregados na família de veículos Astros.
Adicionalmente o compartimento da tripulação possui um sistema de pressão positiva, com sistema de filtragem, que assegura a qualidade do ar no interior da cabine. Opcionalmente é possível instalar um Sistema de proteção QBRN (Química, Biológica, Radiológica e Nuclear) com filtros padronizados, conforme preconiza a norma STANAG (NBQ).
Os quatro pneus da viatura possuem dispositivos toroidais tipo run-flat, que possibilitam a viatura se deslocar com segurança e dirigibilidade por muitos quilômetros mesmo quando estes estiverem furados ou rasgados.
Acima: Com uma blindagem com nível de proteção da norma OTAN STANAG 4569, o Guará SW "segura" impactos de munição 7,62 mm AP (Armor Piercing), ou "perfurante de blindagem".
PROPULSÃO
O “Guará” 4WS está equipado com um motor Cummins fabricado no Brasil que proporciona uma potência máxima de 250 cv. O mesmo fica alojado no Power Pack situado a frente do compartimento da tripulação e que pode ser configurado na forma blindado ou não, de acordo com a ameaça. O compartimento é projetado de modo a evitar que o motor, em caso de explosão ou choque, seja direcionado contra o compartimento da tripulação.
De olho no suporte logístico em nível nacional, a AVIBRAS escolheu o motor de fabricação nacional de modo a otimizar a sua operacionalização em solo brasileiro. A utilização de um motor nacional facilita a manutenção e reduz custos de operação pois existe uma grande rede de fornecedores que trabalham com esse motor podendo dar apoio para o usuário juntamente com a AVIBRAS.
O veículo possui câmbio automático Allison de seis marchas e o veículo de 10 ton possui capacidade de carga para 2,5 toneladas. O sistema de transmissão, suspensão e motor permitem ao veículo trafegar em estradas preparadas ou semi-preparadas a uma velocidade máxima de 120 km/h com uma autonomia de 700 km.
Desenhado para operar em qualquer terreno, o “Guará” 4WS pode transpor trechos alagados com até 1,2 m de profundidade. A capacidade de operar em terrenos irregulares é elevada, e o 4WS é capaz de transpor obstáculos verticais de 50 cm de altura, bem como inclinação frontal de 60º.
Quanto a mobilidade, além da velocidade e capacidade de giro inigualável a qualquer veículo de sua categoria atualmente existente, o “Guará” 4WS foi pensado para ser facilmente mobilizado por terra, ar e mar. Para tal, o veículo é compatibilizado para ser aerotransportado por aeronaves do tipo C-130 Hércules, KC-390 que por sua vez pode transportar até duas viaturas, podendo ser embarcado/ desembarcado de maneira rápida não exigindo preparação alguma. O mesmo também pode ser igualmente aerotransportado utilizando helicópteros pesados o que facilita sua capacidade de deslocamento em casos especiais.
Acima: Na fábrica da Avibrás, o Guará 4WS aparece ao lado de caminhões lançadores de foguetes Astros 2.
SISTEMAS DE ARMAS
A Viatura “Guará” 4WS possui como item de série um reparo giratório em sua escotilha no teto que permite a instalação de uma metralhadora de emprego geral calibre 7,62 mm ou de uma metralhadora pesada com calibre 12,7 mm e plataforma de atirador. Internamente, a plataforma do atirador possui altura ajustável em função da estatura do atirador.
Opcionalmente, a elevada capacidade de carga da viatura e a estrutura da cabine permitem a instalação de diversos sistemas de armas que vão desde uma torreta fechada com acionamento manual, como a Torre PLATT já em uso pelos VBTP-MR “GUARANI” ou mesmo, uma Estação de Armas blindada de operação manual para diferentes tipos de metralhadoras como a REMAN desenvolvida no Brasil pela Ares.
Outra opção são as estações de armas remotamente controladas como a torre REMAX já em uso pelo Exército Brasileiro a qual permite a instalação de armas que vão desde calibre 7,62 mm até canhão de 20 mm e integração da estação a arquitetura eletrônica da viatura. Graças as excepcionais qualidades e concepção do projeto, uma grande variedade de armas podem ser integradas ao Guará 4WS.
Acima: Aqui podemos ver uma torre PLATT que está instalada nos veículos blindados de transporte de tropa Guarani do Exército Brasileiro e que podem ser integradas ao Guará 4SW. A torre desta foto está equipada com uma metralhadora pesada M-2HB calibre 12,7x99 mm (.50BMG).
PERSPECTIVAS
Desde a sua concepção a viatura foi idealizada para atender tanto o mercado militar quanto as forças de segurança e mercado policial o que alarga ainda mais as possibilidades do 4WS.
Em nota ao Plano Brasil, a AVIBRAS afirma que apesar da escolha do Iveco LMV como vencedor do Programa Viatura Blindada Multitarefa, Leve de Rodas (VBMT-LR) a AVIBRAS segue confiante com uma possível aquisição do “Guará” 4WS pelo Exército Brasileiro. Inegavelmente outra possibilidade para a viatura é sua incorporação na família ASTROS como veículo de reconhecimento por exemplo além de outras atribuições dentro desta força.
Recentemente a viatura participou da Operação Formosa 2016 onde teve a oportunidade de operar com o Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil. Neste exercício o veículo foi apresentado pela empresa como uma opção interessante para o complemento dos veículos Mowag Piranha IIIC e um substituto de parte da frota de veículos Land Rover Defender.
Na Força Aérea Brasileira o “Guará 4WS” poderia ser usado para o transporte de pessoal principalmente em operações de garantia da lei e da ordem e missões de medidas de controle de solo (MCS) onde a força encontra-se desprovida de qualquer tipo de veículo blindado que ofereça segurança aos militares envolvidos em tais missões.
Apesar de ser inegavelmente ser projetado para o cenário nacional, destacado pela preocupação com a capacidade logística e pós-venda, integração de sistema genuinamente nacionais, o conceito 4WS pode ainda vir a ser uma boa opção para clientes estrangeiros que necessitem de veículos semelhantes, algo que viria a ser mais atrativo caso houvesse o interesse nacional na aquisição do 4WS pelas nossas Forças Armadas e Forças de Segurança.
Acima: O Guará serviria muito bem para transporte da infantaria da Força Aérea Brasileira. Nesta foto, o protótipo do Guará nas cores da FAB.
CONCLUSÃO
Reconhecida mundialmente pela sua excelência e pela qualidade de seus produtos e sistemas de defesa, a AVIBRAS Indústria Aeroespacial desenvolveu uma excelente viatura que incorpora toda a tecnologia aplicada por ela em seus outros projetos de emprego militar de sucesso. O 4WS traz consigo um elevado índice de nacionalização dos componentes, que incluem desde os chassis de projeto AVIBRAS e fabricação nacional, até subsistemas de sobrevivência e integração às armas e reparos nacionais de outros fornecedores. Tudo isso junto contribui para um produto de ótimo custo, com garantia de fornecimento e suporte pós-venda de uma empresa 100% brasileira.
O projeto da AVIBRAS é uma aposta nacional e visa resgatar neste nicho de mercado atualmente ocupado exclusivamente por viaturas importadas a inserção de um produto nacional de qualidade. O 4WS foi desenvolvido através de um projeto inovador, o qual rompeu com o modelo tradicional de projetos até então existentes no mercado nacional, oferecendo um veículo atual e modular cujo projeto pode ainda evoluir incorporando as mudanças e necessidades vigentes no futuro.
Acima: O Guará tem uma boa modularidade podendo ser configurado para otimizar funções especificas.
VÍDEO
AGRADECIMENTOS
*Agradeço e dedico este trabalho ao Editor Chefe (e professor) Edílson Pinto pelas discussões técnicas e incentivos para o desenvolvimento desta matéria. Gostaria de agradecer também a Avibras Aeroespacial pelas informações e imagens cedidas para a realização desse artigo. Em especial Graziela Marques (Assessora de Imprensa do grupo Avibras), Marcos Agmar de Lima Souza gerente de desenvolvimento de negócios da Avibras. Também meus agradecimentos a Luiz Medeiros, Victor Barreira pelas imagens cedidas. (Anderson Barros)
Acima: O Autor Anderson Barros ao lado de Marcos Agmar de Lima Souza gerente de desenvolvimento de negócios da Avibras.
quarta-feira, 17 de janeiro de 2018
ARTEC GmbH BOXER MRAV. Mais um gigante alemão.
FICHA TÉCNICA
Velocidade máxima: 103 Km/h.
Alcance máximo: 1100km.
Motor: Um motor MTU 8V 199 TE20 alimentado a diesel com 711 Hp
Peso: 33 Toneladas.
Altura: 2,37 m.
Comprimento: 7,88 m.
Largura: 2,99 m
Tripulação: 3+8 soldados equipados.
Armamento: Variável com a versão. Ver texto
Trincheira: 2 m
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 30º
Obstáculo vertical: 0,8 m
Passagem de vau: 1,2.
DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S Junior
Uma das características mais marcantes dos produtos da industria bélica alemã que se tornaram uma espécie de “marca registrada” deles é o tamanho de seus veículos de combate terrestre. O veículo blindado sobre rodas do exército alemão, batizado de Boxer, não é uma exceção. Com suas 33 toneladas de peso bruto, o Boxer é 8 toneladas mais pesado que a média dos veículos de sua categoria. Na verdade, o Boxer não um projeto somente da industria alemã, mas uma criação conjunta entre a industria britânica, francesa, alemã e holandesa que precisaram desenvolver uma nova geração de veículo blindado sobre rodas para múltiplas missões e que o modelo básico fosse um transporte de tropas em meados de 1998. A França e a Inglaterra se retiraram do programa em 1999 e 2003 respectivamente, passando a desenvolverem seus próprios projetos, deixando apenas a Alemanha e Holanda no programa do Boxer. O primeiro blindado ficou pronto em 2002 e foi entregue para o Exército Alemão para testes. A Alemanha encomendou 272 unidades do Boxer e a Holanda pediu 200 unidades.
Acima: A Alemanha encomendou, inicialmente 272 unidades do Boxer para seu exército. Esta encomenda foi seguida por um lote adicional cujo término das entregas deve ocorrer durante o ano de 2018.
O Boxer, como todos os projetos recentes de veículos sobre rodas, tem na sua modularidade seu principal atributo. Assim, o modelo básico pode ser preparado para diversas missões específicas com a fácil instalação de módulos de missão que podem ser substituídos rapidamente para modificar a função do veículo, promovendo um efeito multiplicador a frota de Boxers, através desta flexibilidade de emprego. Para se ter uma ideia da facilidade desse sistema de módulos, basta observar que em apenas uma hora os módulos são trocados mudando o perfil de missão do veículo. Nesse aspecto, o Boxer pode ser considerado superior a outros blindados da mesma categoria.
A blindagem do Boxer é particularmente forte e é composta de cerâmica com outros elementos não especificados. Normalmente esse tipo de informação é classificada, mas certamente deve haver tecnologia adquirida na produção da blindagem de outros veículos alemães como o poderoso carro de combate pesado Leopard 2A6. Porém, é informado pelo fabricante que a blindagem do Boxer suporta impactos de 30 mm na parte frontal e de munição 12,7 mm no resto de veículo. O assoalho é reforçado com três camadas para proteger contra minas e IEDs (Explosivos improvisados), muito usados em guerra irregular para destruir ou inutilizar os veículos e tanques inimigos.
Acima: Nesta ilustração podemos ver de forma fácil como funciona o sistema de modularidade do Boxer. Esta forma de troca de módulos, pode ser empregada até mesmo em projetos de outras áreas como a naval (já tem sistemas parecidos em navios) e em projetos de aeronaves de combate.
A versão básica do Boxer é capaz de transportar 8 soldados totalmente equipados. A capacidade de transporte de carga excede 8 toneladas, dando muita flexibilidade para adaptações de módulos de missão mais pesados. Ele pode ser usado como posto de comando, porta morteiro de 120 mm, ambulância, transporte logístico entre outras versões, ao gosto do cliente. A Lituânia, o terceiro país a adquirir o Boxer, usa o modelo como um IFV (Infantry Fighting Vehicle) que usa uma torre Samson Mk2, armada com um canhão de 30 mm e um lançador duplo para mísseis anti tanque Splike -LR, guiado por infravermelho e com alcance de 4 km. É interessante que a Lituânica batizopu sua versão do Boxer como "Vilkas IFV". Já, a Austrália, testou a versão Boxer CRV equipada com uma moderna torre Lance que é armada com um canhão automático Rheinmetall MK30-2/ ABM em calibre 30 mm para seu programa de aquisição de um veículo blindado de combate (AFV) sobe o nome Land 400, que deve ter sua seleção decidida em meados de 2018.
Acima: A versão Boxer CRV é armada com um poderoso canhão automático Rheinmetall MK30-2/ ABM em calibre 30 mm capaz de destruir viaturas leves e causar danos graves em veículos maiores como IFVs ou mesmo MBTs, dependendo do modelo.
O Boxer é propulsado por um motor MTU 8V 199 TE20 alimentado a diesel, e que produz 711 Hp de força. A velocidade máxima é de 103 km/h em estrada, o que o torna um dos mais rápidos veículos blindados sobre rodas da atualidade. A autonomia é muito boa, chegando a 1100 km também o colocando em destaque como o blindado de maior autonomia dessa categoria. Todos estas capacidades, é claro, dificilmente, sairia barato. Cada Boxer, básico, custa cerca de U$ 4,5 milhões, cerca de 3 vezes mais que um MOWAG Piranha IIIC, como o usado pelos fuzileiros navais brasileiros. Assim o Boxer traz mais força para uma tendência em se utilizar veículos sobre rodas modulares capazes de múltiplas missões, ainda mais por que a guerra tem se tornado cada vez mais urbana, onde blindados sobre lagartas não tem a mesma agilidade que um blindado sobre rodas.
Acima: Uma das missões que o Boxer pode assumir é o de posto de comando. Nesta foto podemos ver um exemplar desta versão do exército holandês.
Acima: O Boxer é uma viatura de grandes dimensões. O "maiorzinho" ali da esquerda é um Boxer CRV, seguido pelo Patria AMV, M-1A1 Abrams (sim, é um MBT!), e um LAV-25.
VÍDEOS
BOXER ACV/ IFV
BOXER ATV/ MRAP
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sábado, 11 de março de 2017
GORKOVSKY AVTOMOBILNY ZAVOD 233114 TIGR -M 4X4. O "jeep" a moda russa!
FICHA TÉCNICA
Velocidade máxima: 140 Km/h.
Alcance Máximo: 900 Km.
Motor: Um motor YaMZ-534 turbocharged com 240cv de potência.
Peso: 7,5 toneladas.
Altura: 2,40 m.
Comprimento: 5,7 m.
Largura: 2,3 m.
Tripulação: 1+11 soldados equipados dependendo da versão.
Armamento: Uma metralhadoras de uso geral PKP 6P41 “Pecheneg” em calibre 7,62 X 54 mm ou uma metralhadora pesada Kord 6P50 em calibre 12,7 X 08 mm, um lança granadas automático AGS-17 Plamya de 30 mm. Armas mais pesadas como sistemas de mísseis Kornet 9M133-1 também podem ser empregados,
Trincheira: 0,50 m
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 40º
Obstáculo vertical: 0,50 m
Passagem de vau: 1,20
DESCRIÇÃO
Por Anderson Barros em parceria com site Plano Brasil.
PREFÁCIO.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os veículos 4×4 de 1/4 t — vulgarmente conhecidos como jipes (General Purpose) tornaram-se uma presença comum e numerosa nas unidades do Exército dos Estados Unidos. A grande quantidade de jipes disponíveis ao final daquele conflito tornou inevitável seu uso por um grande número de exércitos no período do pós-guerra, mormente para missões de reconhecimento e ligação. Apesar de suas conhecidas limitações, a simplicidade, rusticidade e praticidade do veículo acabaram resultando em uma espantosa longevidade. Um dos pontos negativos do jipe era o fato de não oferecer à guarnição praticamente nenhuma proteção contra minas, tiros, ou estilhaços.
As tentativas de blindar o jipe, parcial ou totalmente, não foram muito bem-sucedidas, pois a suspensão do veículo não reagia bem à carga adicional. Eventualmente, os principais exércitos do mundo acabaram por substituí-lo por veículos mais sofisticados e logicamente mais caros e mais pesados. Mesmo os Humvee, veículos muito mais modernos que o "jeep", usado pelas forças armadas dos Estados Unidos e seus aliados têm se mostrado excessivamente vulnerável nesses ambientes. Isto porque, a letalidade dos armamentos empregados tem se mostrado mortais contra veículos leves, que embora se mantendo dentro de limites dimensionais aceitáveis e continuando a tradição de versatilidade, apresentam melhor desempenho e maior mobilidade fora de estrada, bem como oferecessem um razoável nível de proteção para seus ocupantes.
Acima: O Tigr-M, é parte de uma linhagem de veículos de transporte que tem trazido boa reputação a industria de defesa russa.
ORIGEM.
O Gaz Tigr foi desenvolvido a pedido do Exército Russo que viu a necessidade de dotar suas unidades motorizadas e mecanizadas com um veículo todo terreno de nova geração que substituiria todos os veículos táticos 4×4. Inicialmente este veículos seriam empregados pelo Exercito Russo e posteriormente pelas outras forças militares e policiais.
As especificações russa previam um excelente desempenho off-road, capacidade de transportar uma grande carga útil, e capacidade sobrevivência para a tripulação.
O primeiro protótipo do Gaz Tigr foi apresentado na feira IDEX em 2001 tendo a produção do lote piloto se iniciando em 2004 com a produção de 96 veículos. Porém devido as experiências do Exercito Russo nos conflitos da Chechenaia e observando a experiência americana no Afeganistão e no Iraque onde o uso de artefato explosivo improvisado (Improvised Explosive Device, ou IED) se mostrou cada vez mais intenso e os Humvee usados pelas forças armadas dos Estados Unidos e seus aliados se mostraram excessivamente vulneráveis nesses ambientes destacando a necessidade de revisões e atualizações nos seus projetos, e os projetistas russos se viram na necessidade de igualmente rever seus conceitos.
Outro fator importante foi a mudança na doutrina militar aplicada às forças terrestres, visando a mobilidade, acima de tudo e a capacidade de combate em áreas urbanas, o que imperou para que o Ministério da defesa russo solicitasse uma nova viatura para atender aos novos requerimentos impostos pelas forças Russas.
No processo de desenvolvimento do Tigr (Tigre), foram sendo introduzidos e novas versões surgiram até culminar no GAZ VPK-233114 Tigr-M. Este último sendo apresentado pela primeira vez durante a exposição Interpolitex em 2010 e se tornando o veículo padrão das forças russas no qual oferece grande mobilidade e proteção a tropa.
VARIANTES.
A família de veículos blindados GAZ Tigr representam uma das mais bem sucedidas viaturas de sua categoria no mercado atualmente com mais de 15 países tendo adquirido os veículos desse projeto. O GAZ Tigr possui um design e tecnologia simples o que reduz os custos de aquisição e manutenção.
O veículo base possui aproximadamente o mesmo tamanho que o HMMWV. Seu conceito originou diversas versões para as mais variadas aplicações recebendo diversos equipamento de acordo com as necessidade de cada cliente ou natureza da missão. Podemos citar algumas dessas variantes:
- GAZ-2330/2975: Versão utilitária não blindada para o mercado civil e militar.
- GAZ-233001 / GAZ-233014 Tigr Scout: Veículos blindados de transporte de pessoal da APC (Armoured Personnel Carrier).
- GAZ Tigr-2 – versão civil do Tigr: Lançado em uma pequena série a partir de 2008. O carro está
disponível em dois níveis de acabamento luxo e regular.
- GAZ SP-46: Versão duas portas não blindada com capota removível.
- GAZ 233034 SPM-1: Versão 2 portas blindado adaptado para as s forças russas do Ministério do Interior russo.
- GAZ 233036 SPM-2: Versão 2 portas blindado lançado em 2006-2007. Variante melhorada em relação a versão anterior SPM-1.
DA SIBÉRIA PARA O RIO DE JANEIRO.
O Batalhão de Operações Especiais da Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro recebeu no final de 2010 um modelo do veiculo russo GAZ Tigr 233036 SPM-2 no qual recebeu a designação de VTL (Veículo Tático Leve) passou por uma série de análises de balística, de visibilidade e de progressão em área de risco. O veículo também circulou por diversas comunidades do Rio de Janeiro onde foi avaliada (e demonstrada) sua mobilidade.
Os russos realizaram modificações que se mostraram simples e funcionais. Porem ficou pendente a instalação de sistema de ar-condicionado de maior potência (afim de conferir maior conforto aos tripulantes durante as operações com o mesmo sob o calor extremo ao qual estamos acostumados aqui no Rio de Janeiro) requisito não atendido pelos russos. Outras modificações foram :
- Melhoria da proteção balística para a célula
- Melhoria da proteção balística dos pneus
- Melhoria da proteção balística do motor
- Mais conforto na acomodação dos tripulantes
- Janelas blindadas basculantes
- Porta de desembarque modificada
- Instalação de janelas laterais para pontaria de armas
GAZ Tiger sobre fogo
O GAZ Tigr, foi submetido a uma bateria de rigorosos testes de balística efetuados pelo próprio BOPE. Na ocasião o veículo foi alvejado por disparos de armas de diversos calibres, dentre estes o 5,56 mm e o 7,62 mm, segundo a avaliação do fabricante, o veículo respondeu satisfatoriamente aos ensaios demonstrando robustez na proteção para a tripulação.
O Tigr competiu com outros veículos, como Sul Africano Paramount Maverick o Renault Sherpa APC francês dentre outros. No final o veiculo da empresa sul-africana Paramount saiu vencedor sendo adquirido oito unidades do Maverick.
Acima: Testado no Rio de Janeiro, a blindagem do Tigr segurou muito bem impactos de munição 7,62X51 mm.
GAZ 233136 TIGR-6A
A modernização do veículo Tigr-6A foi a maior ocorrida atualmente na família Tigr. Ele foi criado em 2011, desenvolvido para reduzir a ameaça representada pelas minas terrestres e pelos dispositivos explosivos improvisados. Seu projeto deu atenção especial para a proteção da tripulação, de modo que a célula da guarnição recebeu um maior nível de segurança. Os assentos não estão diretamente ligados ao piso, proporcionando uma capacidade de sobrevivência superior aos demais veículos da Família Tigr. Porem o mesmo se encontra em fase de protótipo onde vem realizando diversos testes porem, sem encomendas das forças russas.
Acima: O modelo GAZ 233136 Tigr-6A tem melhor capacidade de proteção contra minas terrestres e IEDs (dispositivos explosivos improvisados).
GAZ Tigr-M
Neste artigo vou apresentar um desses veículos blindados leves 4X4; O Tigr M , atualmente esta sendo fabricado pela Arzamas Engineering Plant (AMZ) sendo a variante mais moderna da família de blindados Tigr atualmente em serviço.
O Tigr M foi desenvolvido pela empresa GAZ (Gorkovsky Avtomobilny Zavod ) uma das mais competentes fabricantes de veículos da Rússia. O veículo foi projetado pela VKP ( Voenno-Promyshlennaya Kompaniya ) que é uma divisão militar do grupo GAZ.
O chassi é do tipo escada com longarinas duplas, com reforço estrutural de alta flexibilidade torsional, apto para qualquer terreno. Projetado para ser um veículo com características modulares tem sua estrutura dividida em chassi, compartimento da tripulação (célula de sobrevivência – Survival cell) e compartimento de motor (Power Pack) que fica alojado na dianteira do veículo separados através de uma parede corta fogo e estrutura com isolamento térmico/acústico.
O Tigr utiliza-se de um sistema de suspensão de barra de torção convencional. Esse sistema é tido pelos russos como além de mais simples, também muito mais confiável do que o caro e complexo sistema hidropneumático. A confiança que os russos possuem sobre esse sistema de suspensão, sua rigidez e robustez são comprovadas nas mais diversas exibições. Todos os braços da suspensão possuem amortecedores hidráulicos montados para limitar o deslocamento excessivo sendo um de cada lado do eixo dianteiro e dois de cada lado no traseiro.
Os freios são a tambor nas quatro rodas, com duplo circuito hidráulico e freio motor de dois estágios, com direção servo assistida hidraulicamente, diferencial autoblocante, tração 4WD (four wheel drive – podem tracionar nas quatro rodas, mas que também operam em 4×2) e sistema de regulação central da pressão dos pneus (CTIS). Alem disso, o Tigr usa alguns componentes automotivos do veiculo 8×8 BTR-80 e do blindado leve 4x4 GAZ Vodnik.
Acima: Aqui vemos um GAZ Tigr 233036 SPM-2 modelo idêntico ao testado pela policia do Rio de Janeiro.
PROTEÇÃO
A carroceria monobloco é confeccionada em chapas de aço blindado com proteção balística que segue o Padrão OTAN STANAG 4569 nível 3 contra calibre 7.62 x 51 mm AP (Perfurante de blindagem) e Anti-minas Nível 2 para 6 kg de explosivos em qualquer das 4 rodas.
O assoalho possui revestimento interno Spall-Liner anti-estilhaçamento com três camadas para proteger contra detonações de minas e IED (Explosivos improvisados), muito usados em guerra irregular para destruir ou inutilizar os veículos inimigos.
Os vidros são montados em estruturas basculante e dependendo da versão ou gosto do cliente o mesmo pode ter pequenas escotilhas para disparo de armas de dentro do veiculo.
A cabine blindada tem duas portas na dianteira e uma grande porta traseira (existe a opção de quatro portas mais a porta traseira). O perfil padrão do veículo fornece capacidade de transporte nas seguintes configurações: motorista e 11 passageiros. Outras configurações acomodam 1 + 3, 2 + 4 ou 2 + 7 respectivamente.
Existem algumas versões especializadas deste veículo sendo uma excelente plataforma que oferece alta capacidade de carga (1,5 toneladas) e um peso total de 7,200 kg. O compartimento da Tripulação é protegido para condições de guerra nuclear, biológica e química (NBQ). Os pneus do Tigr são do tipo “run flat”, extremamente resistente a tiros podendo trafegar mesmo que perfurado.
Acima: Em recentes ataques no Daguestão e Chechênia onde um veiculo Gaz-233014 TIGR Scout foi atacado recebendo disparos de fuzis Kalashnikov, lança-granadas e rifle sniper.SVD. Em outra ataque envolvendo um Gaz-233114 Tigr-M o mesmo foi vitima de um artefato explosivo improvisado ( Improvised explosive device, ou IED). Em ambos os casos a blindagem do veiculo resistiu salvando a tripulação
PROPULSÃO
A modularidade deste veículo permite a instalação de diversos tipos de motorização para ir de encontro com as necessidades do cliente. Ao todo, estão disponíveis, hoje, 5 modelos de motores, sendo eles: três modelos Cummins serie B :B-180 5.9 L 6 cilindros turbo diesel com 180 CV, B-205 5.9L 6 cilindros Turbo diesel com 205 CV e o B-215 5.9 L 6 cilindros turbo diesel com 215 cv. Há uma opção com motores russos modelos GAZ-562 3,2L 6 cilindros turbo diesel com 197cv e o YaMZ-534, com 190 hp multicombustível (quando equipado com turbocharged a potencia aumenta para 240 cv). Com qualquer um desses motores podem usar três tipos de transmissão duas automáticas : Allison LCT-1000 de seis velocidades e GM 545RFE de cinco velocidades.
Também existe a opção de transmissão manual fabricada pela GAZ de cinco velocidades. O Tigr M, possui uma velocidade máxima de 140 km/h em estradas. Sua autonomia chega nos 900 km esse desempenho é considerado muito bom para essa categoria de veículo.
A capacidade de operar em terrenos irregulares é elevada, podendo passar por obstáculos verticais de 50 cm de altura e encarar inclinação frontal de 60º. Embora não seja um veículo anfíbio, ele pode transpor um rio com profundidade de até 1,20 metro.
Acima: Compartimento de motor (Power Pack) onde se pode ver o trem de força YAMZ-534 (de fabricação russa). Os tubos de alumínio fazem parte do compressor turbocharger que aumenta a potencia do motor dos originais 190 cv para os 240 cv de potencia.
SISTEMAS DE ARMAS
O armamento básico que pode ser usado no Tigr M é composto por metralhadoras de uso geral PKP 6P41 “Pecheneg” em calibre 7,62X54 mm ou com uma metralhadora pesada Kord 6P50 em calibre 12,7 x 108 mm , porém não há problemas para instalar metralhadoras de modelos diferentes caso o cliente assim queira.
No lugar da metralhadora pode ser instalado um lança granadas automático AGS-17 Plamya de 30 mm capaz de lançar 400 granadas por minuto. Alternativamente pode ser instalado equipamentos para as mais variadas missões.
O gaz Tigr pode ser equipado com duas torretas giro estabilizadas armadas com misseis do sistema antitanque Kornet 9M133-1 ( ogiva HEAT – High Explosive Anti Tank, Alto Explosivo Anti Tanque) com 8 km de alcance ou 9M133F-1 (com ogiva termobárica) com 10 km de alcance.
A empresa joint stock company Research-and-production corporation Konstruktorskoye byuro ashynostroyeniya desenvolveu um novo sistema de defesa antiaérea de curto alcance ( Short Range Air Defense) Gibka-S. O sistema é composto por uma torreta, dotada de mísseis termo guiados do tipo 9K333 Verba tendo como opção o uso do Igla-S. Seu objetivo básico é proporcionar proteção móvel contra mísseis de cruzeiro, veículos aéreos não-tripulados (drones), helicópteros e aviões que operem a uma distância de até 6.500 m, voando a menos de 4.500 m de altitude.
Acima: O Gaz Tigr pode ser equipado com duas torretas giro estabilizadas armadas com misseis do sistema antitanque Kornet 9M133-1 ( ogiva HEAT – High Explosive Anti Tank, Alto Explosivo Anti Tanque) com 8 km de alcance ou 9M133F-1 (com ogiva termobárica) com 10 km de alcance.
EM AÇÃO
Crimeia
O Veículo foi flagrado pelas câmeras já no inicio da intervenção militar russa na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2014 quando as Forças Russas desembarcaram na península da Crimeia, no sul da Ucrânia e tomaram controle da região da mesma. Entre os veículos implantados na região a maioria eram do modelo Gaz Tigr em diversas configurações. Segundo informações a maioria dos veículos implantados no inicio da operação pertenciam a infantaria naval russa (Береговые войска ВМФ России, ou Beregovye Voyska VMF Rossii).
Síria
A intervenção russa na Guerra Civil Síria começou no fim de setembro de 2015. Consistindo de uma série de ataques aéreos e navais feitos pelas forças armadas da Rússia contra o grupo extremista autoproclamado Estado Islâmico (EI) na Síria.
Operações terrestres pontuais feitas por forças especiais russas também foram reportadas. Dentre os veículos usados pelas forças russas em operações em solo esta o Gaz Tigr o mesmo também e operado pelas Forças Sírias.
Acima: Mais recentemente, na anexação da Crimeia pela Rússia, os Tigr novamente se fizeram presentes transportando as tropas russas pelo ex território ucraniano.
CONCLUSÃO
A primeira vista o veículo impressiona pelas suas linhas e tamanho, embora no mundo existam veículos menores e maiores nesta categoria com muitas opções de diversas qualidades, capacidades e, acima de tudo, preço. Com melhorias em conceitos de modularidade e manutenção, blindagem, motorização, maximizando as capacidades de combate do veículo torna o Tigr um veículo interessante e competitivo no disputado mercado de blindados 4×4 leves.
O Gaz Tigr incorpora tecnologias e soluções que englobam um custo de aquisição e operação bem acessível o que o torna um veículo capaz de operar em ambiente dos mais variados cenários da guerra moderna. Um dos seus pontos negativos e não possuir proteção Modular que possa ser ajustada para se adequar às exigências da missão. Os veículos mais modernos utilizam de pacotes de blindagem modulares podendo receber um escudo protetor para a proteção contra minas anticarro.
Isso acaba tornando o Tigr um veículo pesado sem a opção de se reduzir esse peso com a diminuição da blindagem como nos outros veículos de sua categoria. Outro ponto em relação a segurança que deve ser observado são os assentos, mesmo que não estejam diretamente ligados ao piso, apresentam uma baixa capacidade de absorção de explosões e não possuem cintos de segurança adequados o que aumenta os riscos da tripulação. Embora a maioria das deficiências encontradas nos veículos anteriores tenham sido sanadas na versão Gaz 233136 TIGR-6A ultimo membro da família Tigr que atualmente se encontra em fase de teste
Acima: Gaz Tigr-M impossível, não notar o grande ressalvo no capô, necessário por causa do bloco mais alto do motor YaMZ-534 — ele se tornou seu elemento estético mais característico.
VÍDEO
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