sexta-feira, 15 de maio de 2015

ARMY TANK PLANT M-109. O longo braço da artilharia brasileira (e de muitos outros países)

FICHA TECNICA (M-109 A6 Paladin)
Tripulação: 4 homens.
Motor: Um motor Detroit Diesel 8V71T com 440 hp de força.
Peso: 31,8 toneladas (carregado).
Comprimento: 9,67 m.
Largura: 3,14 m.
Altura: 3,62 m.
Autonomia: 350 km.
Velocidade: 65 Km/h em estrada.
Passagem de vau: 1,1 m.
Obstáculo vertical: 0,53 m.
Trincheira: 1,83.
Inclinação frontal: 60º.
Inclinação lateral: 40º.
Armamento: Um canhão modelo M-284 de 155 mm e 39 calibres uma metralhadora M-2HB em calibre .50 (12,7 mm).
Alcance das granadas: Convencional: 30 km, Granada M-982 Excalibur: 57 km.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S. Junior
A artilharia autopropulsada é um dos equipamentos militares mais difundidos nos exércitos do mundo. No ocidente, o obuseiro autopropulsado mais difundido, por longa margem, é o norte americano M-109, desenvolvido a partir de 1952, com intuito de substituir o velho obuseiro autopropulsado M-44. Desde a entrada em serviço no exército dos Estados Unidos em 1963, diversas versões do M-109 foram desenvolvidas e fornecidas a exércitos alinhados com os Estados Unidos.  Os primeiros M-109 tinham um canhão M-126, caracterizado pelo seu curto comprimento e um grande freio de boca, porém em calibre 155 mm. Este canhão tinha um alcance de apenas 14,3 km. Logo ficou claro a necessidade de um canhão com desempenho melhor e assim foi desenvolvido a versão M-109 A1 cujo canhão foi uma versão aumentada do canhão original que foi batizado de M-126 A1. Este canhão permitiu um aumento do alcance para 18 km.
 
Acima: O obus auto propulsado M-44 foi substituído pelo M-109, um sistema de artilharia que acabou se tornando o mais popular do mundo.
Ainda procurando melhorar mais o alcance efetivo do M-109, foi instalado um novo canhão M-185 com o mesmo calibre, porém de maior comprimento, o que elevou a capacidade do M-109 em atingir alvos a 24 km de distancia. A designação desta versão ficou sendo M-109A2. Mais modificações foram sendo incorporadas de forma que se criou o M-109A3 com algumas modernizações mais leves.
O próximo passo na evolução deste clássico sistema de artilharia foi o M-109A4 com a incorporação de um sistema de proteção para guerra nuclear, biológica e química (NBQ). Novas modificações levaram a aumentar o alcance efetivo do veículo, o canhão foi, novamente, modificado para o modelo M-284 cujo alcance pode chegar a 30 km, usando granadas assistidas por foguetes, dando origem ao modelo M-109A5. 

Acima: O Exército do Brasil usa o M-109A3 e o M-109A5 que estão substituindo o velhos e pouco eficientes M-108.
A moderna versão M-109 A6 Paladin, em uso pelo exército dos Estados Unidos e da Arábia Saudita. Esta versão possui o mesmo armamento que o A-5, porém seus sistemas de pontaria e controle de fogo são mais avançados e capazes, podendo, inclusive, usar a nova munição Raytheon /Bofors XM-982 Excalibur. Esta munição especial possui guiagem inercial com apoio de um GPS e aletas que permitem uma capacidade de planeio levando a granada a incríveis 57 km. Por ser guiado por GPS, a margem circular de erro (CEP) é de 5 metros. Outro interessante detalhe da versão A-6 é que o canhão conta com um sistema semi-automático para recarga, o que facilitou a vida da tripulação e permitiu uma cadência de até 8 tiros por minuto. A ultima versão deste consagrado sistema de artilharia é o M-109A7 fabricado pela empresa BAE Systems e representa o futuro da artilharia auto propulsada do exército dos Estados Unidos. O M-109A7 usa algumas tecnologias que haviam sido desenvolvidas para o obus autopropulsado XM-1203 NLOSC que acabou cancelado devido aos cortes orçamentários nos investimentos de defesa dos Estados Unidos. Assim o sistema de carregamento automático integrado a esta ultima versão permite um aumento na cadência de tiro sustentado de 4 tiros por minuto. O chassi é baseado no veículo de combate de infantaria M-3 Bradley, o que melhora a logística de combate por ter alguns componentes comuns entre as viaturas.
Acima: O M-109 A7 é a versão mais moderna do M-109 e está sendo entregue ao exército dos Estados Unidos.
Os veículos M-109, em qualquer versão, podem usar uma metralhadora M-2HB calibre .50 (12,7 mm) na parte de cima da torre. São transportadas 500 munições deste calibre dentro da torre. Já o canhão de 155 mm possui um estoque de 39 granadas dentro veículo. Mesmo assim o M-109 possui uma versão específica para recarga de munição chamada M-992 capaz de transportar 93 granadas.
A propulsão das versões mais antigas do M-109 era feita por um motor Detroit Diesel 8V71T. Este confiável motor fornece uma potência de 440 Hp e permite ao M-109 se deslocar a velocidade máxima de 65 km/h em estradas. A autonomia não é das melhores, chegando a 350 km. Já na ultima versão, a M-109A7, o motor original foi substituído pelo mais moderno Cummins VTA-903T com 8 cilindros e que produz 600 hp de potencia. Este motor é o mesmo usado no veículo de combate de infantaria M-2/M-3 Bradley.
A proteção instalada no M-109 permite a tripulação sobreviver em ambientes de guerra química, nuclear e bacteriológica, a partir da versão A-4 e a blindagem do veículo consegue resistir a impactos de projéteis de armas leves até 7,62X51mm e fragmentos de granadas. A ultima versão, a A-7, tem uma blindagem reforçada na área da torre.
Acima: O veículo da foto é o M-992, versão de recarga do M-109, que transporta granadas para os veículos M-109.Este veículo pode transportar 93 granadas em seu interior.
O Brasil adquiriu, em 1999, 37 veículos M-109A3 junto ao exército da Bélgica e 40 M-109A5 do exército dos Estados Unidos. Antes desta aquisição nossas peças de artilharia motorizadas eram compostas apenas pelo velho M-108 com um canhão de 105 mm cujo alcance mal chegava a 15 km. Mesmo sendo em numero, relativamente pequeno, estes veículos aumentaram bastante a capacidade da artilharia autopropulsada do exército brasileiro. O M-109 se manterá na ativa por décadas ainda, graças a sua confiabilidade e numero elevado de nações que o usam em suas fileiras de artilharia. A grande variedade de versões deste veículo mostra que há uma certa facilidade em implantar modernizações nele, o que também permite sua manutenção em serviço por muito tempo.
Acima: Um M-109A6 Paladin  abrindo fogo de artilharia. Notem a granada logo após  sair da boca do canhão.

Acima: Soldados do Exército dos Estados Unidos recarregam um M-109A6 com granadas de 155 mm.

ABAIXO TEMOS UM VÍDEO DE UM M-109 SENDO OPERADO PELO EXÉRCITO DOS ESTADOS UNIDOS.

Você gosta de tecnologia militar? Fique por dentro das atuais e futuras armas que estão em combate no campo de batalha. Siga o WARFARE no TwitterFacebook ou assine nossa lista de atualização por e-mail no editorwarfare@gmail.com

segunda-feira, 11 de maio de 2015

CLASSE F-100 ÁLVARO DE BAZÁN. As maiores garras da marinha espanhola.


FICHA TÉCNICA  
Tipo: Fragata de defesa antiaérea. 
Tripulação: 250 tripulantes.
Data do comissionamento: Setembro de 2002.
Deslocamento: 5800 toneladas (totalmente carregado). 
Comprimento: 146,7 m. 
Boca: 18,6 m. 
Propulsão: 2 motores diesel Bazán Bravo-12 e duas turbinas a gás General Electric LM 2500 que produzem juntas uma potência de 47494 HP 
Velocidade máxima: 29 nós (54 km/h). 
Alcance: 8300 Km. 
Sensores: Radar multifunção tridimensional SPY-1D com 450 Km de alcance. Radar de busca de superfície AN/SPS-67 (V)4. Radar de controle de fogo Raytheon SPG-62 MK-99, Sonar: Raytheon DE-1160 LF. 
Armamento: 1 lançador vertical MK-41 para 64 mísseis antiaéreos ESSM ou 32 mísseis SM-2 Standard, 1 sistema CIWS Meroka 2B com 12 canos de 20 mm; 2 lançadores quádruplos para mísseis antinavio RGM-84D Harpoon, 1 canhão MK-45 de 127 mm; 2 canhões de 20 mm; ASW: 2 lançadores triplos MK-32 mod-9 para torpedos leves MK-46.
Aeronaves: 1 helicóptero Sikorsky SH-60B Sea Hawk.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S. Junior
A poderosa fragata espanhola, F-100 Álvaro De Bazán, ou simplesmente F-100, é um ícone dentro dos modernos vasos de superfície nas forças navais mundiais. A F-100, além de muito bem armada, é também muito bem equipada eletronicamente, sendo a primeira fragata, a ser equipada com o poderoso sistema de busca AEGIS, muito conhecido graças aos poderosos destróieres e cruzadores americanos que o empregam. De fato, esse sistema torna a fragata F-100, um navio impar na categoria dele.
A F-100 foi construída pelos estaleiros Navantia e Izar, sob uma encomenda da marinha espanhola que precisava de escoltas mais eficientes que pudessem prover ampla cobertura antiaérea, combate antinavio e caça a submarinos. Foram encomendados 5 navios, sendo o primeiro, o Álvaro de Bazan comissionado em setembro de 2002. Atualmente todos os 5 navios estão em serviço, dando uma capacidade de escolta elevada para a marinha espanhola e para a aliança da OTAN da qual a Espanha é signatária.
Acima: Graças ao uso do sistema AEGIS de radar, a Álvaro de Bazán tem suas linhas parecidas com as encontradas nos destróieres da classe Arleigh Burke já apresentado neste site.
O principal sensor do F-100, é o poderoso radar SPY-1D AEGIS, que permite rastrear de 800 alvos a 450 Km de forma ininterrupta, já que se trata de um radar de varredura eletrônica. Sem dúvidas é o melhor sistema de busca já instalado num navio da categoria de fragata. O sistema AEGIS controla a detecção e a sequencia de engajamento mais adequada para cada situação. Atualmente uma nova versão deste potente radar está sendo instalada no F-100. Um outro radar, o AN/SPS-67, também está instalado, fazendo busca bidimensional, de curto alcance (cerca de 115 km), e otimizando a capacidade de detecção de alvos de superfície. Para controle de fogo foi instalado o radar Raytheon SPG-62 MK-99 que fornece os dados do alvo para os mísseis SM-2 Standard.
O sonar usado, é um Raytheon DE-1160 LF, que funcional na forma ativa e na passiva. Este sonar está montado no arco do casco do navio.

Acima: As fragatas da classe Álvaro de Bazán são capazes de proporcionar uma varredura antiaérea de longo alcance graças as 4 antenas de radar SPY-1D do sistema AEGIS.
O armamento do F-100 é composto por 2 lançadores quádruplos de mísseis RGM-84D Harpoon, antinavio, com alcance de 130 Km, e orientação por radar ativo na fase terminal do ataque. Esta arma é bem comum, nos países considerados amigos pelos Estados Unidos. Para combate antiaéreo, o F-100 está equipado com um lançador vertical MK-41 com 32 células de lançamento para mísseis ESSM  (64 mísseis) com alcance de 50 km e guiagem semi-ativa. O lançador MK-41 pode também ser equipado com os mísseis Raytheon Standard SM-2 MR block III (32 mísseis), com alcance em torno de 74 km, e guiagem semi-ativa, como no ESSM. O navio, está armado com um canhão multifunção MK-45 mod 2 de 127 mm, que é usado para dar apoio de fogo em ações de desembarque, ou contra alvos aéreos. Para tanto, esse canhão é controlado por um radar de controle de fogo DORNA, que funciona usando um sistema de apoio eletro-óptico, junto com a antena de radar de banda K. Este canhão consegue uma cadência de 20 tiros por minuto e suas granadas atingem uma distancia de 24 km. Para defesa de ponto um sistema CIWS Meroka 2B, com 12 canos de 20 mm, rendem uma cadência de 1440 tiros por minuto. Esse sistema está integrado a uma câmera infravermelha, e ao radar AEGIS. Além do Meroka, mais 2 canhões de 20 mm estão montados no convés.Os lançadores de torpedos não foram esquecidos para armar o F-100, e foram instalados 2 lançadores triplos, MK-32 para torpedos leves MK-46, capazes de atingir um alvo a 11 km de distancia e 365 metros de profundidade. Ainda, para apoio a guerra antissubmarino, os navios desta classe operam um helicóptero Sikorsky SH-60B Seahawk (LAMPS III)

Acima: O míssil antiaéreo ESSM é lançado do lançador vertical MK-41. Ao todo podem ser lançados 64 mísseis deste tipo ou uma combinação deste com o míssil SM-2MR Standard Block IIIA.
A propulsão do F-100 é do tipo CODOG, ou seja, a já bem conhecida combinação diesel e gás, igual a tantos outros navios já descritos nesse blog. O sistema é eficaz e permite uma manutenção com custos mais aceitáveis que a de uma propulsão nuclear. Dois motores diesel Bazán Bravo-12. As turbinas a gás, são duas GE LM 2500, também amplamente difundidas nesse tipo de navio. Essa combinação propulsora produz 47494 HP de potência levando a F-100 a uma velocidade máxima de 29 nós (54 km/h), o que é muito bom para esse tipo de navio e permitindo a F-100 operar em grupos de batalha como escolta. Sua autonomia, também muito boa, chega a 8300 km. 

Acima: Um heliporto e um hangar na popa da Álvaro de Bazán, permite operar um helicóptero SH-60B Seahawk que faz missões de caça antissubmarino e busca e salvamento.
A F-100 é uma fragata que poderia ser classificada como um verdadeiro destróier, em algumas marinhas dado a sua excelente capacidade de combate. O custo desse elevado poder de fogo, no entanto, pesa. Uma F-100 sai hoje por cerca de USD 904.000.000,00. Valor, também,  típico de um destróier. A Espanha tem uma das melhores fragatas do mundo atual, sem duvida alguma. A Austrália também acabou embarcando com sua marinha na poderosa F-100 quando encomendou sua nova fragata classe Hobart, que é baseada na F-100.


ABAIXO TEMOS UM VÍDEO COM A F-100 EM AÇÃO.


Você gosta de tecnologia militar? Fique por dentro das atuais e futuras armas que estão em combate no campo de batalha. Siga o WARFARE no Twitter, Facebook ou assine nossa lista de atualização por e-mail no editorwarfare@gmail.com

terça-feira, 5 de maio de 2015

NOVIDADES DO WARFARE.

Olá amigos.Duas novidades marcaram as ultimas 24 horas no WARFARE blog. A primeira é que o blog se tornou um site. Eu registrei o domínio WARFAREBLOG e agora o endereço do site poderá ser acessado pelowww.warfareblog.com.br. A segunda novidade foi a criação de uma conta no TWITTER. Para seguir WARFARE no Twitter procure por: https://twitter.com/editorwarfareVamos seguir o WARFARE no twitter e dar asas a essa nova etapa do site WARFARE.Abraços

domingo, 3 de maio de 2015

ALENIA AERMARCCHI T-346 MASTER. O mestre do treinamento avançado.

FICHA TÉCNICA 
Velocidade de cruzeiro: mach 0.85 (1059 km/h).
Velocidade máxima: mach 0,90 (1095 km/h).
Razão de subida: 6705 m/min.
Potência: 0,84.
Carga de asa: 58.3 lb/ft²
Fator de carga: +8/-3 Gs
Taxa de giro: 17º/s (instantânea) e 14º/seg (sustentada)
Razão de rolamento: *220º/s
Raio de ação/ alcance:  900 km/ 1981 km
Empuxo: 2 motores Honeywell F124-GA-200 com 2834 kgf de empuxo cada.
DIMENSÕES
Comprimento: 11,49m
Envergadura: 9,72m
Altura: 4,91 m
Peso: 7400 kg (decolagem)
ARMAMENTO
3000 kg de cargas externas que variam, de tanques de combustíveis a bombas e lançadores de foguetes não guiados. Existe a possibilidade de armar o M-346 com mísseis ar ar AIM-9L/M Sidewinder, mísseis anti navio MBSA Marte MK-2.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S.Junior
O avançado avião de treinamento Alenia Aermacchi M-346 Master apresenta um desenho que você pode sentir que já viu em algum outro lugar. Principalmente se você é dassas pessoas que, como eu, são aficionadas por aviação militar. Essa impressão não está errada! De fato você viu esse desenho em outro lugar! Para ser mais específico estou falando da Rússia. Sim, a Rússia, o berço do poderoso super caça Su-27 Flanker e dos ágeis MIG-29 Fulcrum, que projetou através de sua empresa Yakolev, o YAK-130. O YAK-130, resultado do projeto YAK-UTS, foi desenvolvido em conjunto com a empresa italiana Alenia Aermacchi a partir de 1993. A ideia era o fornecimento de aeronaves de treinamento para a força aérea russa e para a força aérea italiana. Porém, depois de o protótipo inciar seu programa de voos de testes, houve alguns problemas entre as duas empresas a respeito de sua prioridades. Assim cada companhia acabou seguindo sozinha no desenvolvimento de seus aviões. 
Embora sejam modelos com aparência bastante parecida, os aviões são bem diferentes internamente e o modelo italiano, batizado de M-346 Master tem características especificas para ir de encontro a necessidades de nações ocidentais em treinamento avançado. O primeiro voo do modelo M-346 ocorreu em 2004 e a força aérea italiana colocou uma encomenda de 6 unidades e mais 9 opções que foram exercidas posteriormente, totalizando 15 unidades naquela força aérea. 
Acima: Nas duas fotos acima, o avião negro é o russo YAK-130 do qual o M-346 do lado direito, deriva. As semelhanças externas são bastante explicitas.
O M-346 Master é propulsado por dois motores turbofans Honeywell / ITEC F124-GA-200 que fornecem 2834 kgf de empuxo cada, permitindo uma relação empuxo peso que atinge 0,84, considerada elevada para esta categoria de aeronave. Essa qualidade permite um desempenho de voo muito bom, dando boas acelerações para se recuperar de manobras mais agressivas e ainda possibilitando ao aluno uma experiência física de voo mais próxima do que ele vai encontrar no cockpit dos caças de primeira linha que ele pilotará em sua vida operacional. Nesse ponto, em especial, é interessante observar que o controle de voo fly by wire (FBW) com redundância quadrupla, integrada a um computador de controle de voo (FCS) permite o avião simular o comportamento dinâmico de vários  modelos de primeira linha como o caça Eurofighter Typhoon em uso pela força aérea italiana, entre outros modelos. Essa característica inédita e que é compartilhada pelo seu irmão russo YAK-130, também facilita muito a integração do futuro piloto com a realidade do voo de alta performance. A estrutura do M-346 suporta manobras de 8 Gs e 3 Gs negativo, e sua capacidade de curva, dada pela taxa de giro instantânea de 17º/seg já dá uma boa ideia de sua boa agilidade.
Acima: Os dois protótipos do M-346 pintados nas cores azul e vermelho fizeram diversas apresentações de manobrabilidade. O Computador de controle de voo permite simular o comportamento dinâmico de aeronaves de combate de primeira linha para facilitar a integração do novo piloto a caças de alto desempenho.
O M-346 é uma aeronave que pode ser considerada como um dos melhores treinadores do mundo, devido a seu desempenho de manobra ser muito parecido a de um avião de combate de primeira linha. Logicamente que esse bom desempenho pode ser usado em missões de combate. Assim, o M-346, uma aeronave classificada como LIFT (Lead-in fighter training) que é justamente uma aeronave que simula o desempenho de um caça de primeira linha em treinamentos, pode ser usado em missões de combate reais, principalmente com perfil ar solo, embora o M-346 possa ser armado com mísseis ar ar de curto alcance para enfrentar dogfights. E falando sobre armamentos, o M-346 é capaz de transportar cerca de 3000 kg de cargas externas que podem ser armas ou tanques de combustível externos. Atualmente, o M-346 não transporta sensores complexos e por isso, na verdade, limita os tipos de armas que, de fato podem ser usados por ele. Hoje, para combate ar ar, o míssil AIM-9L/M Sidewinder já foi integrado a aeronave. Trata-se de um míssil com alcance com 18 km o que o qualifica para combates de curta distancia e seu sistema de guiagem é por sensor infravermelho com capacidade all Aspect, o que lhe permite atacar alvos de frente através do calor da fuselagem da aeronave que é aquecida pela fricção com o ar. O M-346 pode receber o míssil anti navio MBDA Marte MK-2A, com alcance de 30 km e seu sistema de guiagem se dá por radar ativo. Outros armamentos disponíveis são as bombas de queda livre da família MK e lançadores de foguetes não guiados de 70 mm.

Acima: Embora o papel principal do M-346 Master seja o de treinamento, seu desempenho permite que seja usado de em combate como um avião de ataque leve ou de interceptação de curto alcance usando mísseis AIM-9L/M Sidewinder.
Atualmente o M-346 foi encomendado por 4 forças aéreas e são elas a Italiana, israelense, polonesa e a força aérea de Singapura somando 95 aeronaves. O governo dos Estados Unidos e sua força aérea estão em vias de iniciar uma concorrência para fornecimento de um novo jato de treinamento LIFT que substituirá os cansados T-38 Talon. A Alenia se juntou com a General Dynamics para oferecer uma versão de seu M-346, que foi chamado de T-100. Porém no começo de 2015, a empresa General Dynamics se retirou do programa, deixando a Alenia sem um parceiro norte americano para dar prosseguimento a esse programa. Nos Estados Unidos, uma empresa que se torne fornecedora de suas forças armadas precisa de um parceiro local para transferir a tecnologia e gerar empregos para os norte americanos, e sem um parceiro local, a viabilidade do modelo T-100 estará comprometida dentro desta concorrência. De qualquer forma, o M-346 é uma aeronave de treinamento que eu classifico como excelente (assim como seu irmão russo YAK-130). Ele representa, de fato, uma evolução interessante em termos de recursos de treinamento para novos pilotos de combate a um custo mais baixo que jogar o piloto novato em um caça de linha de frente biplace  como está sendo feito no Brasil. O custo de operar um caça de primeira linha é alto e por isso não convém treinar pilotos novos com um custo desse porte. Por outro lado, o custo de aquisição (reforço que é SÓ DE AQUISIÇÃO) antes que o pessoal comece a misturar as coisas, do M-346 é um pouco alto. Cada M-346 não sai por menos de U$ 42 milhões de dólares. Ou seja, tem custo próximo de um caça F-16C block 50 novo de fábrica! Pode ser que com novas encomendas, esse valor possa baixar um pouco devido a economia de escala, porém, hoje, deve-se pensar sobre a relação custo benefício de um investimento desses.

Acima: O layout do cockpit do M-346 é similar a de muitos caças de 4º geração, sendo, especialmente similar ao do Eurofighter Typhoon, operado pela Força Aérea Italiana.


Acima: O M-346 pode receber um probe de reabastecimento em voo, tornando ainda mais completo o processo de treinamento do futuro piloto de combate, além de ser muito útil em situações de combate real.



ABAIXO PODEMOS VER UM VÍDEO PROMOCIONAL DO M-346 MASTER.




sábado, 25 de abril de 2015

MATÉRIA SOBRE DESARMAMENTO DA REVISTA ÉPOCA - meu ponto de vista sobre a matéria.


Hoje eu comprei a revista Época por causa de seu artigo principal (de capa) sobre o tema desarmamento. Por se tratar de um veículo impresso da Editora Globo, eu já esperava uma matéria tendenciosa a favor do banditismo e com comentários imbecis a favor da “paz”. Bingo!!!!! Eu não estava errado. Realmente a matéria apresenta um texto igualzinho aos lixos que esta mesma editora apresentava antes do estatuto do desarmamento em que expõe diversas mentiras sobre a realidade do mundo das armas e seu uso legítimo em defesa pessoal. 

A matéria apresenta um texto defendendo a anulação do desarmamento, essa de autoria do professor de filosofia Denis Rosenfield da Universidade Federal, e que fez uma defesa de nosso ponto de vista de forma clara, com dados de credibilidade e com argumentos indestrutíveis. Já pelo lado do não, um texto a favor do desarmamento total da população civil foi escrito pelo atual secretário de segurança do Estado do Rio de Janeiro, o senhor José Mariano Beltrame. Os argumentos deste senhor são fracos e focam em detalhes como “diminuição do numero de disparos” e não na verdadeira causa da violência que é justamente o acesso a armas ilegais. Alias ele até comenta sobre o problema da facilidade de aquisição de armas ilegais, mas faz esse comentário desvirtuando o assunto que são as armas legais. Os comentários dele me levam a pensar (não estou acusando ele de nada, apenas conjecturando) que ele, de alguma forma, se beneficia da ação de bandidos como traficantes e milicianos para tomar medidas como a retirada de fuzis de assalto de batalhões da PM na zona sul da cidade (o que do meu ponto de vista é uma loucura, uma irresponsabilidade total e quem sabe, até um ato de má fé mesmo). O argumento maior, que eu senti no texto dele, diz que ele pretende defender a vida por ser o “bem maior” das pessoas, o que me pareceu que ele iguala, também de forma irresponsável, a vida do bandido com a de suas vitimas. O fato de que ele está a 8 anos no cargo, para mim não quer dizer absolutamente nada uma vez que a situação do Rio não melhorou nada e não é o povo que vota nele para estar ali, e sim o fato de ele ter “amigos importantes e influentes” que o colocaram nesse cargo. 
Por fim, a revista manifestou ao fim da matéria sua posição, baseada em “estudos” (feitos onde e com quais fontes de pesquisas????). e com mentiras imbecis, que apenas aumentam o grau de descrédito que a publicação tem entre as pessoas que, de fato, detém conhecimento sobre qualquer assunto. É evidente que este não é o único assunto que a revista Época escreve e publica asneiras, inverdade, e imbecilidades. Mas apenas mais um dos tantos. Só o fato de não terem convidado o professor Bene Barbosa, maior autoridade nacional no assunto, e terem consultados dados da ONG “Instituto Sou da Paz”, sempre viciada, já deixa claro a malícia da matéria escrita de forma parcial e fora dos padrões de isenção que qualquer matéria jornalística precisa ter por princípio.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

COLT M-45A1 CQBP. A prova da imortalidade de um bom projeto.


FICHA TÉCNICA
Calibre: 45 ACP.
Peso: 1270 gramas.
Capacidade: 7 + 1 tiros..
Comprimento do cano: 5 pol.
Comprimento total: 2159 mm.
Gatilho: Ação simples.
Sistema de operação: Recuo curto.
Mira: Fixa com sistema tridot.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S.Junior
O mundo das armas de fogo tem uma característica muito interessante que é a longevidade de alguns projetos de armamentos que não se aposentam simplesmente pela sua excepcional confiabilidade, precisão e eficácia. Muitos são os exemplos disso. Temos o fuzil AK-47, projetado no fim de 1945 e que está em operação até os dias de hoje, 70 anos depois, em várias configurações, sendo algumas delas bem similares a versão original e outras mais modernas agregando modificações que a modernidade e conhecimento adquirido em campos de batalha do século XX trouxe. Existem outros exemplos parecidos com este que citei do fuzil russo. Porém, o foco desta matéria é apresentar  um dos casos de maior longevidade nesse segmento: A mais moderna versão da centenária pistola Colt M-1911 projetada pelo gênio da engenharia bélica John Moses Browning em 1907 para preencher os requisitos de uma pistola em calibre 45  (11,43 mm) para substituir os revolveres calibre 38 em uso pelo exército dos Estados Unidos e que havia demonstrado uma fraca capacidade de "parar" os inimigos durante a campanha contra os Moros nas Filipinas. O resultado dos estudos foi o  desenvolvimento do, hoje, consagrado calibre 45 ACP (Automatic Colt Pistol). Depois de testes com armas de vários fabricantes, a empresa Colt, com o projeto de John M Browning venceu, por unanimidade em 1911, o que levou a adoção do nome Modelo 1911 ou simplesmente M-1911. A arma lutou em praticamente todas as guerras e conflitos do século XX e nesse começo do século XXI.  Está claro que com a recente adoção (em 2010) pelo USMC (Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos) de um modelo derivado da M-1911, altamente aperfeiçoado pela Colt, chamado de M-1070CQBP, e batizado, dentro do USMC como M-45A1 CQBP, permitirá que esse projeto siga por muito tempo ainda em serviço operacional.

Acima: Acima temos um exemplar das primeiras pistolas Colt M1911 do exército dos estados Unidos. Comparem com a nova Colt M45A1 mostrada na foto a baixo.

A nova pistola dos fuzileiros navais americanos recebeu uma encomenda inicial de 4036 exemplares, mas com novas encomendas a serem feitas no decorrer do processo de reequipamento da tropa. A Colt venceu uma concorrência onde a Springfield Armory e a não tão famosa Karl Lippard Designs também apresentaram propostas. O modelo Colt M-45A1 apresenta uma série de modificações como a incorporação de um trilho padrão picatinny abaixo da armação, por sua vez produzida em aço inoxidável, que facilita a instalação de acessórios como lanternas e apontadores laser. O gatilho teve sua dimensão aumentada o que dá melhor conforto para o disparo e ele foi produzido em alumínio. O sistema de mira adotado é fixa, e zerada de fábrica, apresentando 3 pontos luminescentes de tritium da marca Novak, um líder na concepção desse tipo de mira.

Acima: A M-45A1 traz o que existe de melhor em uma pistola de combate. O trilho picatinny está bem visível nessa foto, a frente do guarda mato, o que, junto com o acabamento fosco representa as características marcantes desta nova versão da M-1911.
O sistema de funcionamento permanece o mesmo confiável sistema de recuo curto com ação simples do gatilho, que garante boa eficiência de funcionamento a arma e o carregador monofilar foi mantido (mesmo existindo versões com carregadores bifilares) o que embora proporcione maior poder de fogo, limita o conforto da "pega" comprometendo a ergonomia, para pessoas com mãos de média e pequenas dimensões. As talas na empunhadura são de borracha e pouco mais espeças que as M-1911 que também torna a ergonomia melhor. O carregador tem a capacidade original das M-1911, ou seja de 7 munições, o que, somado à munição que vai na câmara, totaliza 8 tiros de capacidade da M-45A1. É interessante observar nesse ponto que o carregador da M-45A1 não é fabricado pela Colt, mas sim por uma empresa que, normalmente, é concorrente deles no mercado, a Wilson Combat. A cor de deserto fosca apresentada da M-45A foi requisitada pelo comando dos fuzileiros navais (USMC) o que acabou se tornando uma das características mais marcantes dessa ultima versão militar da velha guerreira da Colt. 

Acima: A desmontagem de primeiro escalão é exatamente a mesma da família M1911,que pode ser considerada relativamente fácil de ser feita para limpeza e lubrificação.
A pistola M-45A1 é apenas mais uma prova de quanto pode ser longa a carreira ativa de uma arma de fogo bem projetada, precisa e eficaz. Com a incorporação de novas soluções táticas como o trilho de acessórios, acabamento fosco e produzida em aço inoxidável com acebamento fosco, para evitar reflexo, a ultima variante desta pistola de projeto de inicio de século passado, se manterá em serviço militar, policial 
e no mercado de defesa civil nos países democráticos por muitas décadas com certeza. Sua capacidade do carregador, pode, dependendo de ponto de vista pessoal de cada um, ser considerado uma desvantagem, porém, isso pode ser resolvido com treinamento para melhorar a precisão do operador para que este não desperdice tiros em situação de combate.

Acima: Uma das maiores qualidades da Colt M45A1 é sua precisão nata. A foto mostra um tipico resultado de tiro sobre tiro, conseguido por um atirador treinado somado as características da arma.


Acima: Um fuzileiro treina com sua M-45A1. O modelo M-1911 é muito apreciado pelos fuzileiros devido a sua confiabilidade, poder de parada e precisão.

ABAIXO TEMOS UM VÍDEO COM UMA DEMONSTRAÇÃO DA M-45A1.

Curtiu o blog Full Metal Jacket? Assine a lista de atualizações através da ferramenta de alertas na barra lateral do blog, ou pelo e-mail editorwarfare@gmail.com e siga a fanpage WARFARE no facebook pelo endereço: www.facebook.com/warfareblog

PISTOLA COLT M-45A1 - Atualização Full Metal Jacket


Olá amigos.
A pistola de M-1911 continua forte e firma no mercado civil e militar. A ultima versão da velha guerreira, a Colt M-45A1 está equipando as tropas dos Marines americanos desde 2010 e deverá se manter por décadas em serviço ainda. Para conhecer melhor esta nova versão da M-1911 entre em: http://fullmetaljacketbr.blogspot.com.br/2015/04/colt-m-45a1-cqbp-prova-da-imortalidade.html
Abraços

quinta-feira, 16 de abril de 2015

SUBMETRALHADORA HK UMP - Atualização Full Metal Jacket


Olá amigos. 
A submetralhadora HK UMP é o foco da matéria desta semana no blog Full Metal jacket. Trata-se de uma moderna submetralhadora para uso tático policial que tem objetivo dar uma alternativa eficiente e de custo menor que a consagrada MP-5.
Abraços

sexta-feira, 10 de abril de 2015

EUROSAM SAMP/T. Nascido no mar e e operando em terra.


FICHA TÉCNICA
Motor: Propelente sólido de dois estágios.
Velocidade: Mach 4,5 (5411 km/h).
Alcance: 100 Km.
Altitude: 20 km.

Comprimento: 4,9 m.
Peso: 450 kg.

Ogiva:  fragmentação direcionada com detonação por proximidade ou contato direto.
Lançadores: Caminhão renault Kerax 8X4 ou Astra 8X8.
Guiagem: Guiagem inercial com radar ativo na fase final do engajamento.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S Junior
O WARFARE blog tem apresentado algumas matérias tratando de navios de guerra e em sua descrição é comum observar, principalmente nos navios de origem europeia um armamento comum: O moderno e eficiente míssil Aster15/ 30, sendo o modelo Aster 30, de médio alcance. Graças a modularidade do seu sistema e a suas dimensões compactas, o míssil Aster pode ser empregado em um sistema baseado em terra para proporcionar uma elevada capacidade de defesa antiaérea para pontos estratégicos que são de elevado valor para um inimigo, como fábricas, usinas elétricas, bases aéreas, etc.
Nasce aqui o sistema SAMP/T (sol-air moyenne portée terrestre) ou "míssil Superfície Ar de Médio Alcance baseado em Terra" projetado no início dos anos 90 pela Eurosam, uma joint veture entre a poderosa fabricante de mísseis MBDA e a Thales da França, e entrando em operação na força aérea francesa em 2010 e no exército italiano em 2014.

Acima: O sistema de lançamento de mísseis SAMP/T é baseado no moderno e eficiente míssil Aster 30, bem conhecido por seu uso em sistemas de defesa antiaérea navais.
Como mencionado antes, a modularidade do sistema agrega uma vantagem significativa dando a cada cliente a possibilidade de usar alguns sistemas próprios para emprego do SAMP/T. No caso da França, principal operador terrestre, foi usado um caminhão Renault Kerax com tração 8x4 para transportar os contêineres lançadores dos mísseis Aster 30. estes caminhões de 4 eixos são propulsados por um motor de 6 cilindros DXi-11 a diesel que fornece 460 hp de potência e consegue atingir 120 km/h em estrada. Cada caminhão dispõe de 8 mísseis Aster 30 para pronto emprego e o lançamento se dá de com a posição vertical garantindo a cobertura contra alvos a 360º em volta do lançador. Os italianos usam outro caminhão, como veículo deste sistema. No caso, eles usam um Astra 8X8.
Acima: O lançamento do Aster 30 feito de uma viatura renault Kerax da força aérea francesa. O Astra 30 é propulsado por um motor de dois estágios que lhe permite uma aceleração extremamente rápida.
O míssil Aster 30 tem alcance de 100 km contra aeronaves voando em alta altitude e pode engajar um alvo a uma altitude máxima de 20 km. Este míssil  transporta uma ogiva de fragmentação a uma velocidade de mach 4,5 que corresponde a 5411 km/h, ou seja, bem superior a qualquer aeronave conhecida. O míssil é capaz suportar cargas  de 60 Gs. Seu sistema de guiagem se dá por um sistema inercial e recebe atualizações de posicionamento do alvo através de transmissões de datalink feitas pelo radar de controle de tiro Arabel e quando o míssil chega a fase terminal do engajamento, ele liga seu próprio radar ativo para atingir o alvo.
Acima: O veículo de recarga da bateria do sistema SAMP/T, usado para recarregar o veículo lançador de forma rápida.
O sistema de controle de fogo é fornecido pelo radar francês multi-função Thales Arabel, do tipo AESA (escaneamento eletrônico ativo) que opera tridimensionalmente. Este radar pode rastrear até 100 alvos simultaneamente a uma distancia de até 148 km (alvos de grandes dimensões), podendo, ainda, engajar até 10 alvos simultaneamente. O Arabel  foi projetado para operar em pesados ambientes de interferência eletrônica sem comprometer seu desempenho. O radar é transportado em um caminhão do mesmo tipo do que é usado para lançar os mísseis, no caso francês, o Renault Kerax descrito no começo deste artigo.
É interessante observar que o sistema SAMP/T é qualificado para destruir não só aeronaves, mas também mísseis balísticos de médio alcance, aeronaves sem piloto e mísseis de cruzeiro.

Acima: O radar de controle de fogo Arabel, fornecido pela Thales é transportado pelo mesmo caminha Kerax usado no lançador.
O sistema SAMP/T é um sistema de defesa antiaérea bastante confiável e com um só concorrente ocidental, quer é a versão PAC-2 do Patriot de fabricação norte americana, e que, mesmo assim, está em desvantagem frente ao SAMP/T, devido a sua incapacidade de engajamento em qualquer direção que o sistema europeu tem. Além disso, é um sistema de alcance pouco menor. O custo desse tipo de sistema, invariavelmente, é alto, e não podia haver uma exceção em se tratando de um equipamento no estado da arte de origem europeia, que embora seja de excelente qualidade, não costuma sair barato. Admito porém, que esse aspecto é uma conjectura minha uma vez que não consegui encontrar os custos envolvidos na aquisição do sistema. Atualmente, o SAMP/T é usado pela França, Itália e Cingapura.
Acima: O posto do comando do sistema SAMP/T é transportado em um veículo a parte, e de lá todo o sistema é controlado em sua missão. Abaixo temos uma foto do veículo de comando visto de fora.


ABAIXO PODEMOS ASSISTIR A UM VÍDEO COM DISPAROS DO SISTEMA SAMP/T.

Curtiu o blog WARFARE? Assine a lista de atualizações através da ferramenta de alertas na barra lateral do blog, ou pelo e-mail editorwarfare@gmail.com e siga a fanpage WARFARE no facebook pelo endereço: https://www.facebook.com/warfareblog