A comemoração dos 200 de independência do Brasil em 7 de setembro, para dizer as coisas como elas são, foi um gigantesco comício nacional em favor da candidatura do presidente Jair Bolsonaro à reeleição - as maiores demonstrações de massa que o Brasil já teve desde o 7 de setembro de 2021, quando multidões equivalentes já tinham ido para a rua com o mesmo propósito. Não houve, desta vez, tentativas de usar fantasias sobre a quantidade de pessoas presentes para anular as realidades visíveis a olho nu. As fotos e os vídeos, feitos de todos os ângulos e perspectivas, substituíram as "análises políticas" sobre o que as pessoas estavam vendo - ficaram presentes, apenas, as imagens e o fato indiscutível de que a praça transbordou no dia 7 de setembro. Foi muita coisa. Em poucos lugares no mundo, na verdade, pode acontecer algo parecido hoje em dia.
"A ira contra o que aconteceu no dia 7 diz muito sobre o que a esquerda acha do povo brasileiro"
A tempestade enfurecida de rancor, de despeito e de ressentimento que as manifestações despertaram junto ao ex-presidente Lula, à sua campanha e à esquerda em geral é o certificado mais instrutivo sobre a vitória que a candidatura de Bolsonaro teve no 7 de setembro. Não deu pra dizer que o público não foi para a rua. O público foi acusado, então, de ir para a rua. "Deprimente", "dia triste para o Brasil", "motivo para chorar", "retrocesso político", "ato contra a democracia", "reunião da Ku Klux Klan", segundo disse Lula - e por aí vai, numa condenação explícita à liberdade das pessoas em manifestar sua opinião, apoiar o seu candidato e fazer as suas escolhas políticas. Mas não deveria ser exatamente assim, numa democracia de verdade? Qual tragédia é essa toda que estão vendo no fato de mais de 1 milhão de pessoas, possivelmente, ter participado de manifestações de manifestações de massa em todo o País sem violência, sem incidentes, sem provocar um único BO policial? A ira contra o que aconteceu no dia 7 de setembro - essa, sim, é trágica. Ela diz muito, ou diz tudo, sobre o que a esquerda nacional realmente acha do povo brasileiro: uma massa de gente desqualificada e sem vontade própria, que não se comporta como prescrevem os analistas políticos, totalitária e incapaz de votar corretamente numa eleição para presidente da República.
Por que a esquerda, em vez de ficar odiando a multidão que foi à rua para dizer que quer votar em Bolsonaro, não faz uma manifestação igual? Esta é a questão que continua sem resposta. Estão querendo uma eleição sem povo - só com os ministros Moraes, Barroso e Fachin, advogados com influência no TSE, briguinhas no horário eleitoral e mais do mesmo. O 7 de Setembro veio para atrapalhar.
Leitura recomendada:
A geopolítica do Brasil entre potência e influência, 13 de janeiro de 2020.
Os Processos Políticos nos Partidos Militares do Brasil, 21 de janeiro de 2020.
VÍDEO: Desfile Cívico-Militar de 7 de setembro de 2022 em Brasília, 7 de setembro de 2022.
ENTREVISTA: A formação do Exército Nacional, com Frank D. McCann, 10 de junho de 2021.
COMENTÁRIO: Pseudopotência, 1º de julho de 2020.
Eleições Não Importam, Instituições Sim, 8 de janeiro de 2020.
Carteira de reservista do Exército Brasileiro no Estado Novo, 4 de julho de 2022.
Rapaz, toma vergonha de publicar um negócio desse daí! O Problema não é fazer manifestação política, é fazer isso numa data nacional, numa data de todos. A maioria do povo não quer mais esse sujeito e ele fica se apossando das datas nacionais, dos símbolos da pátria, uma vergonha!!!!!!! Vai fazer comício no dia 6 ou no 8. E onde vc leu essa fake news de 1 milhão? Segundo a estimativa da própria polícia militar, no lugar com mais gente ele colocou 60 mil pessoas e ficou manipulando as imagens para parecer mais. A cada dia que passa esse cara governa mais para uma minoria e vai receber a resposta nas urnas.
ResponderExcluirok, muito bom trabalho querido MAV. Pode passar aqui no sindicato agora e retirar seu pão com mortadela
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