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Soldados americanos desembarcando no sul da França durante a Operação Anvil-Dragoon, em agosto de 1944. |
Sobre o autor:
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Soldados americanos desembarcando no sul da França durante a Operação Anvil-Dragoon, em agosto de 1944. |
Sobre o autor:
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Três Leopard 2R da 47ª Brigada abandonados no sul da Ucrânia. (Captura do Exército Russo) |
“Photos from our friends from the special forces of the army of Russia.
— ayden (@squatsons) June 11, 2023
Destroyed equipment in the lens of a 22nd Guards Helicopter. Order of Zhukov of the Special Forces Brigade of the Armed Forces of the Russian Federation. Leopard 2A6 tanks, BMP M2 Bradley, German ARV… pic.twitter.com/SEPmZKyG7X
Além disso, a força aérea russa tem o controle do ar sobre a linha de frente sul e tem sido capaz de realizar missões consecutivas com helicópteros de ataque e caças-bombardeiros - uma vantagem crítica que as defesas aéreas terrestres da Ucrânia não conseguiram atenuar.
Embora possa ser perturbador para os defensores de uma Ucrânia livre assistir as brigadas ucranianas perderem muito de seus melhores e mais raros equipamentos, isso não deveria ser surpreendente. Romper um campo minado é difícil mesmo quando você não está sob ataque aéreo implacável.
Mas um rompimento é um pré-requisito para uma ruptura blindada. A Ucrânia levantou nove novas brigadas com equipamentos americanos e europeus e designou todas elas para a contra-ofensiva de 2023. Até agora, apenas três - a 33ª Brigada Mecanizada, a 47ª Brigada de Assalto e a 37ª Brigada de Fuzileiros Navais - se juntaram à luta.
As outras seis novas brigadas - incluindo unidades com tanques ex-poloneses PT-91, tanques ex-britânicos Challenger 2 e blindados de infantaria ex-americanos Stryker - aparentemente estão esperando que as brigadas líderes abram brechas nas linhas russas. Nesse ponto, eles atacarão e explorarão as lacunas.
O setor ao sul de Mala Tokmachka é especialmente importante para a estratégia ucraniana. Mala Tokmachka ancora a linha de frente no Oblast de Zaporizhzhia, 20 milhas (32km) ao norte da cidade estratégica de Tokmak, que fica no corredor principal para Melitopol ocupada pelos russos no Mar de Azov.
Se as forças ucranianas conseguirem perfurar os campos minados ao sul de Mala Tokmachka e correr para Tokmak e depois para Melitopol, terão a chance de dividir em duas as forças russas na Ucrânia.
Tudo o que isso quer dizer, os tanques Leopard 2, blindados de infantaria M-2 e veículos de engenharia Leopard 2R, IMR-2 e Bergepanzer destruídos ou danificados que as 33ª e 47ª Brigadas abandonaram perto de Mala Tokmachka na semana passada são o custo infeliz, mas provavelmente inevitável, da fase mais difícil de uma operação necessária.
Dada a escassez de notícias do front, é possível, mas talvez improvável, que os ucranianos já tenham encontrado um caminho através ou ao redor dos campos minados de Mala Tokmachka. Caso contrário, espere que eles tentem novamente avançar em direção a Tokmak - diretamente ao longo da estrada T0408 ou indiretamente do leste ou oeste.
E não espere que a perda de muitos, ou todos, dos raros Leopard 2R pare o ataque ucraniano. Os aliados da Ucrânia prometeram dezenas de veículos de engenharia especializados para o esforço de guerra, cada um com a capacidade de montar um arado de minas e tentar um rompimento.
Os Leopard 2R podem ser extintos em breve. Mas há muitos IMR-2, Bergepanzers, M-88 e NM189 para substituí-los.
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T-72 ucraniano com a torre explodida na frente da Cracóvia, 17 de outubro de 2022. (Повёрнутые на войне) |
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Soldados ucranianos mortos numa toca de dois homens. É visível um fuzil Kalashnikov e algumas granadas. |
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Blindado de transporte ucraniano destruído. O escudo da cúpula tem a insígnia do Exército Ucraniano com as cores amarelo e azul da Ucrânia. A metralhadora é a DShK "Dushka". |
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T-72 Main Battle Tank 1974-93, Steven J. Zaloga e Peter Laurier. |
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A tripulação do T-26 era de três homens: Comandante, atirador e motorista. |
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BATTLEGROUND: The Greatest Tank Duels in History, Steven J. Zaloga. |
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Talibãs desfilando em cima de um tankette italiano CV-35 em Kandahar, 31 de agosto de 2022. |
A better quality photo of an Italian-made L3/35 (CV-35) in Taliban service. This ancient tankette was shown at a parade in Kandahar, 31 August 2022. pic.twitter.com/i1TeAO4eob
— Lukas Muller (@aaf_lukas) September 8, 2022
O desfile de 31 de agosto celebrava a vitória sobre os Estados Unidos e a Coalizão, marcando o primeiro aniversário da retirada dos ocidentais e da criação do Emirado Islâmico do Afeganistão, liderado pelo Talibã.
Some screens from military parade of Islamic Emirate of Afghanistan (Taliban) celebrate first anniversary of the withdrawal of US-coalition from Afghanistan on August 31 2022.
— Yuri Lyamin (@imp_navigator) August 31, 2022
MD-530F and UH-60A helicopters pic.twitter.com/EchGSsU0Yp
"Testemunho que não há deus senão Alá (Deus), e testemunho que Muhammad (Maomé) é o mensageiro de Alá."
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T-62M do emirado islâmico durante o desfile, também com a bandeira branca. |
O CV-35 é um veículo leve sob lagartas dos anos 1930, e é notável por sua capacidade fora de estradas e sobrepujando obstáculos em terreno acidentado; lembrando que o Afeganistão é um país montanhoso com poucas estradas. No entanto, já era totalmente obsoleto em 1940. O Afeganistão adquiriu o tankette italiano na segunda metade da década de 1930. Dado que o veículo da Fiat-Ansaldo foi homologado no Regio Esercito italiano em 1936, acredita-se que os CV-35 afegãos foram entregues à partir de 1937 e permaneceram em serviço por muitas décadas.
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Outra foto do velho guerreiro durante o desfile. |
Depois da Segunda Guerra Mundial, o Exército Real Afegão modernizou os seus tankettes com ajuda soviética; seu novo patrono e que teria efeitos cataclísmicos no país. Ligeiro, porém mal protegido por meros 15mm de blindagem máxima, o tankette era muito vulnerável. Uma das melhorias feitas foi justamente a substituição das duas metralhadoras de 8mm Fiat 14/35 por duas metralhadoras pesadas KPV de 14,5mm soviéticas. Os outros veículos mantendo o seu armamento original foram usados em serviço de policiamento e vigilância por milícias locais.
A aparição de um veículo tão antigo no desfile da vitória talibã é algo notável e marcante. O Museu de Cabul mantinha um CV-35 em bom estado até aonde se tem notícia, o que indica uma viatura com mais de 75 anos de construção ainda preservada.
O CV-35 nos trópicos
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Desfile dos Fiat-Ansaldo CV-35 brasileiros. Fuzileiros navais ladeiam a avenida. |
O Brasil também adquiriu o CV-35 na década de 1930. Tal qual como o Afeganistão, a capacidade em terreno acidentado e baixo preço do veículo. E tal qual como o Afeganistão, foi o segundo veículo nacional depois do lendário Renault FT-17. O Brasil comprou 23 tankettes em 1938, formando o Esquadrão de Auto-Metralhadoras.
Dentro desse esquadrão havia 18 viaturas armadas com metralhadoras duplas Madsen de 7mm, com os outros 5 veículos sendo de comando e armados com uma metralhadora pesada Breda 13,2mm cada um. Desta forma, o esquadrão possuía quatro pelotões de cinco carros cada; todos devidamente marcados por naipes de cartas do baralho. O Esquadrão de Auto-Metralhadoras (designação francesa dos tanquetes) foi filmado pelos ingleses pelo British Pathé quando fazia funções de vigilância no saliente nordestino, em 1942, em prol do esforço de guerra aliado na campanha do Atlântico.
Leitura recomendada:
A primeira mulher piloto do Afeganistão agora está lutando para voar pelas forças armadas dos EUA, 6 de julho de 2022.
GALERIA: Monumento aos soldados soviéticos mortos no Afeganistão, 23 de julho de 2022.
GALERIA: Graduação no ANASOC, 13 de abril de 2020.
FOTO: Forças especiais alemãs saúdam bandeira na retirada em Cabul, 24 de agosto de 2022.
O Tanque está morto: conclusão precipitada?, 12 de agosto de 2022.
Como a China vê a retirada dos EUA do Afeganistão, 21 de maio de 2021.
⏩ El alto nivel de adiestramiento en el Ejército Bolivariano, fue visualizado por el @GDSerranoCarlos durante la demostración del Método Táctico de Resistencia Revolucionaria, realizado por el personal militar del 414 "Bravos de Apure" en conjunto con la Milicia Bolivariana. pic.twitter.com/oWt7di3ai6
— Dirección Regional de Medios Terrestres Central (@EJB_DRMediosTC) March 23, 2022
Antigamente chamado Exército Nacional da Venezuela, o atual Exército Bolivariano da Venezuela é projetado para operar junto dos milicianos seguindo a doutrina socialista de guerra popular. Os milicianos são armados com equipamento de segunda linha, como o FN FAL e o fuzil ferrolhado Mosin-Nagant, mas fornecem grandes números de soldados rapidamente, aumentando o elemento "massa" enquanto ancorado no exército principal. O número oficial de efetivos da Milícia Nacional Bolivariana é de 300 mil homens e mulheres, com uma mão-de-obra potencial de 3.2 milhões de pessoas. O Exército Bolivariano, a parte principal da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), sempre faz questão de mostrar mulheres servindo ao lado dos homens como parte da doutrina socialista de igualdade entre os sexos.
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Oficiais observando os T-72 na pista de condução. |
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Tanquistas do sexo feminino e masculino com os capacetes acolchoados de modelo russo. |
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BMP-3. |
O 414 "Bravos de Apure" está localizado no Quartel A. Mérida em Maracay, no Estado Aragua; seu lema é "Primeiro em Carabobo - Glória Eterna". Ele é parte da 41ª Brigada Blindada venezuelana, comandada pelo GD Héctor José Cadernas Daal, que opera os T-72 e AMX-30 (recém-repotenciados). O hino do 414 "Bravos de Apure", Pátria Querida, inicia com as palavras "Ao rumor de clarins guerreiros" e compara os blindados a "corcéis de aço".
Pátria Querida: O hino dos "Bravos de Apure"
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A infantaria progredindo no exercício de tiro. |
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Atiradora, usando brinco, disparando ajoelhada. |
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Estojo do cartucho sendo ejetado. |
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O GD Carlos Rafael Serrano Duque, diretor central dos meios terrestres, falando com os tanquistas e infantes. |
Selva de Aço: A História do AK-103 Venezuelano, 13 de fevereiro de 2021.
A Rússia espera resolver o atraso com a FAN e lançar uma fábrica de fuzis em 2022, 5 de janeiro de 2022.
Militares da Venezuela: principais questões a saber, 4 de setembro de 2021.
Venezuela: “A Democracia Sequestrada”, 2 de fevereiro de 2022.
A crise sem fim da Venezuela, 2 de outubro de 2021.
GALERIA: Ativação do Comando de Operações Especiais venezuelano, 30 de agosto de 2020.
GALERIA: Operação anti-drogas na Venezuela, 20 de dezembro de 2021.
FOTO: Sniper com baioneta calada, 9 de dezembro de 2020.
Por David Johnson, War on the Rocks, 18 de abril de 2022.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 12 de agosto de 2022.
O valor do tanque na guerra moderna é zero? Essa é a lição que muitos observadores estão tirando de uma enxurrada de imagens que retratam tanques russos atolados na lama, suas torres explodidas, tendo sido emboscadas e destruídas por forças ucranianas armadas com armas antitanque baratas. Essas imagens são frequentemente apontadas ao lado de feeds de drones produzidos na Turquia destruindo tanques, aparentemente com facilidade. Após a recente guerra de Nagorno-Karabakh, na qual os tanques produzidos na Rússia foram destruídos pelo mesmo modelo de drones, isso é inebriante para aqueles que estão prontos para proclamar a morte do tanque.
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Cadáveres de soldados alemães pendurados no arame-farpado, Primeira Guerra Mundial (1914-1918). |
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Disparo de canhão sem recuo na Guerra da Coréia (1950-1953). |
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Um M60 Patton israelense destruído no Sinai, 1973. |
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Ilustração de um soldado norte-vietnamita manuseando o míssil 9M14 Malyutka / AT-3 Sagger com o joystick. |
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Soldados da infantaria mecanizada israelense e os tanques Merkava Mk.1, operando como parte do 91º Grupo Divisional da Galiléia, avançam pelas ruas de Beirute durante a Guerra do Líbano de 1982. |
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Um M1A2SEPv1 Abrams destruído por um dispositivo explosivo improvisado (IED) na capital Bagdá, no Iraque, em 2006. |
"A eliminação de tanques, cortes de tiros de artilharia de canhão supressivo, batalhões de infantaria menores e o foco na construção de regimentos litorâneos de fuzileiros navais altera fundamentalmente a capacidade de armas combinadas expedicionárias do serviço para realizar qualquer missão."
"Diretamente relacionado à questão acima está o papel dos tanques, artilharia e infantaria na guerra de armas combinadas contemporânea. Todos testemunharam a aniquilação das formações mecanizadas russas na Ucrânia, onde o poder da defesa e a letalidade da infantaria leve armada com modernas armas antitanque derrotaram os assaltos da Rússia."
"O que está claro nesse conflito é que uma nação menos financiada pode fazer guerra de armas combinadas. … Você não precisa ser os Estados Unidos ou a Rússia. O preço da entrada na guerra de armas combinadas é menor do que se pensava inicialmente. Você não precisa de algo como a Força Aérea dos Estados Unidos, uma capacidade espetacular e soberbamente treinada, para conduzir potencialmente uma atividade ar-solo ou ar-ar local. Nessa visão, o desafio colocado pelos drones, sejam eles sistemas aéreos não-tripulados, embarcações navais ou robôs terrestres, é profundo. Eles não apenas soam a sentença de morte para o tanque, mas potencialmente tudo sobre a guerra de armas combinadas como a conhecemos."