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domingo, 14 de fevereiro de 2021

GALERIA: Lavagem Ghillie na escola de snipers no Fort Benning

Por Filipe do A. MonteiroWarfare Blog, 14 de fevereiro de 2021.

Em 10 de fevereiro, 35 alunos do curso sniper do Exército Americano no Fort Benning, na Geórgia, foram fotografados durante a instrução do uso da camuflagem ghillie (apelidada no Brasil de "nega maluca") em uma tradição chamada "Ghillie wash", literalmente "lavagem da ghillie", onde os alunos vão passar por lama, areia e todo o tipo de maus tratos. Os alunos passam semanas produzindo seus próprios trajes ghillie, e o exercício visa testar a resistência dos trajes e dos homens. O rito de passagem foi fotografado pelo fotógrafo do exército Patrick A. Albright, do Centro de Manobras para Excelência e Relações Públicas de Fort Benning.

Os trajes Ghillie são uma espécie de camuflagem artificial que os atiradores criam afixando juta, barbante e tiras de outros materiais em um uniforme de lona. No campo, a vegetação é adicionada para quebrar ainda mais o contorno do atirador, tornando-os mais difíceis de detectar, fazendo com que eles se misturem ao ambiente.

Alunos durante o exercício de aquecimento no asfalto.

Esses trajes foram criados na Primeira Guerra Mundial de forma difusa pelos diferentes combatentes, e o seu nome atual "ghillie suit" deriva dos trabalhadores campesinos da Escócia, chamados Ghillies, e que na vida civil serviam como guarda-caça, guias florestais e outras funções que envolviam a vida em terreno rude e desprovido de civilização no interior das Terras Altas da Escócia; equivalente ao capiau, gaúcho ou jagunço do Brasil.

Eles foram empregados pelo Exército Britânico na Segunda Guerra dos Bôers como snipers, e na Primeira Guerra Mundial criaram o traje ghillie quando da criação da primeira escola de snipers do Exército Britânico.

Rola pra esquerda, rola pra direita.











A habilidade de um sniper, vestido em um traje ghillie, de manobrar pelo terreno e eliminar alvos sem ser detectado foi imortalizado em uma cena do filme Perigo Real e Imediato (Clear and Present Danger1994), de Tom Clancy, quando o sniper Domingo "Ding" Chavez (Raymond Cruz) passa pela pista em meio a instrutores procurando por ele.


Bibliografia recomendada:

Out of Nowhere:
A History of the Military Sniper,
Martin Pegler.

Leitura recomendada:


terça-feira, 3 de novembro de 2020

GALERIA: Snipers no Forças Comando na República Dominicana

Um sniper de Belize mira durante o evento Sniper Stalker no Fuerzas Comando, na República Dominicana, em 17 de junho de 2010.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 2 de novembro de 2020.

Fuerzas Comando (Forças Comando) de 2010 ocorreu em Santo Domingo, na República Dominicana. O evento Sniper Stalker (Espreitador Sniper) inclui equipes formadas por atiradores e observadores em várias situações táticas como camuflagem, tiro à distância e tiro de oportunidade. As equipes concorrentes avançaram rastejando por uma área densamente coberta nos arredores da base militar da 1ª Brigada de Infantaria "16 de Agosto" do Exército Dominicano, em 17 de junho de 2010.

Sniper Stalker no Forças Comando 2010


No desafio, os snipers tiveram 2:30h para atravessar o campo de 1.200m sem serem detectados enquanto eram observados por juízes com binóculos de alta potência. Um sniper paraguaio foi entrevistado durante a competição (vídeo acima) e declarou:

"É muito difícil porque os juízes normalmente são snipers também, então eles sabem o que procurar e onde procurar, e o que eles estão procurando".

Além de deslocarem-se indetectáveis, as equipes também tiveram que disparar tiros de festim e identificar cartões de couro, plotados de vários locais pré-determinados. Para receber o número máximo de pontos neste evento, uma equipe de atiradores deve estar a 200 metros de cada alvo antes de disparar um tiro de festim. Cada alvo também tinha uma letra que precisa ser identificada corretamente por cada equipe para receber pontos extras.

Snipers zeram suas miras durante um evento de validação da equipes snipers dois dias antes, em 15 de junho.

Sniper paraguaio olhando por sua luneta, 15 de junho.

O evento Sniper Stalker foi apenas um dos vários eventos que compõem a Competição de Operações Especiais Fuerzas Comando, valendo 100 pontos da pontuação geral. O Fuerzas Comando 2010 contou com a participação de 20 países: Argentina, Bahamas, Belize, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Jamaica, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Trinidad e Tobago, Estados Unidos e Uruguai.

Patrocinada pelo Comando Sul americano (USSOUTHCOM), um dos principais objetivos da competição é promover a parceria entre países da América do Norte, América Central, América do Sul e Caribe.

Dois atiradores jamaicanos escondidos observam seu alvo.

Duplas jamaicana e belizenha em trajes ghillie.

Sniper panamenho.

Sniper chileno treinando a pontaria enquanto aguarda a sua vez.

Um juiz observador se comunica com as equipes manobrando no terreno. 

Um sniper não-identificado completamente dissimulado no terreno.

Sniper busca seus alvos enquanto está virtualmente invisível.

Sniper argentino completamente mascarado.

O Fuerzas Comando 2010 terminou em 24 de junho com a vitória do Grupo Especial de Operaciones (GEO) do Equador, com 1.386 pontos, seguido pela Argentina (1.334 pontos), Estados Unidos (1.330 pontos), Colômbia (1.307), Chile (1.273) e Peru (1.243).

A competição encerrou com um salto de amizade e uma cerimônia.

A cena do sniper Ding Chavez no filme

Perigo Real e Imediato (1994) 


Bibliografia recomendada:

Out of Nowhere:
A History of the Military Sniper.
Martin Pegler.


Leitura recomendada:



FOTO: Sniper do FORAD no CENZUB, 23 de janeiro de 2020.

FOTO: Posto sniper na Chechênia15 de outubro de 2020.

FOTO: Sniper na chuva, 16 de setembro de 2020.