Um Pak 97/38 sendo rebocado por um trator Vickers Utility B belga capturado. |
O seguinte relatório militar americano sobre a conversão alemã foi publicado em Tactical and Technical Trends, Nº 34, 23 de setembro de 1943. O Tactical and Technical Trends (Tendências Táticas e Técnicas) era um periódico do serviço de inteligência americano (U.S. Military Intelligence Service), inicialmente bi-semanal e depois mensal, que foi publicado de junho de 1942 a junho de 1945.
Os canhões franceses de 75mm, os famosos "soixante-quinze" que lutaram das guerras coloniais da era "Beau Geste" às Guerras Mundiais e além, e que até mesmo foram o pivô do Caso Dreyfus. O 75 era uma arma de tiro tenso, ou seja, fogo direto. Após a Batalha do Marne (1914), as armas de tiro direto foram ultrapassadas pela artilharia de fogo indireto para a guerra de trincheiras, com o 75 sendo usado em funções secundárias (como tiro anti-aéreo) e na Segunda Guerra Mundial como arma anti-carro (Canon de 75 Mle 1897/33).
"Honra ao nosso glorioso 75", cartão postal francês do anos 1910. |
Canhões 75 Mle 1897/33 capturados em 1940. |
Apesar da obsolescência provocada por novos desenvolvimentos nos projetos da artilharia, um grande número de 75 ainda estava em uso em 1939 em vários países, com 4.500 canhões apenas no exército francês e com 1.374 canhões no exército polonês, tornando-se de longe a peça de artilharia mais numerosa em serviço polonês.
A conversão alemã para a função anti-carro recebeu a designação Pak 97/38 (7.5 cm Panzerabwehrkanone 97/38), combinando o 75 com o reparo e escudo do Pak 38 alemão. Ele pesava 1.190kg em ordem de tiro e 1.246kg em ordem de marcha. Em 1942, a Wehrmacht recebeu 2.854 dessas peças.
Um Pak 97/38 exposto no Museu de Artilharia de Hämeenlinna, na Finlândia. |
Retaguarda do mesmo canhão, mostrando a culatra. |
Segue abaixo o relatório.
A conversão alemã dos 75 franceses para canhões anti-carro
A conversão pelos alemães dos 75 M1897 franceses para torná-los adequados para uso como armas anti-carro é descrita na tradução de um artigo em uma edição recente de uma publicação francesa livre [o texto original usa o termo "francesa combatente", criado para não antagonizar Vichy]. O autor do artigo comenta que a artilharia francesa capturada, conforme convertida, pode servir como armas móveis e de forte poder de fogo em operações anti-invasão. Afirma-se que a Alemanha provavelmente tem "alguns milhares" dos 75 franceses que foram capturados na Polônia e na França antes de 1941.
Equipe da peça Pak 97/38 em Scheveningen, na Holanda. |
As principais características da conversão dos 75 franceses são descritas a seguir:
O cano parece ter sofrido apenas duas modificações externas:
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