quarta-feira, 20 de novembro de 2019

CONTRATO PARA PROTÓTIPO DO FUTURO CAÇA FRANCO ALEMÃO DEVE SER ASSINADO ATÉ O FINAL DE JANEIRO PRÓXIMO.


DUBAI - A França e a Alemanha chegaram a um acordo sobre seu programa conjunto de caças e devem assinar um contrato para demonstrar a validade da tecnologia planejada até janeiro, disse o executivo-chefe da Dassault Aviation na segunda-feira.

Inicialmente, esperava-se que o contrato fosse concedido este ano e o atraso provocou a Dassault e a Airbus, os principais parceiros industriais do projeto, a pressionar a França e a Alemanha a fazer progressos.

"No momento, não há mais problemas entre os governos francês e alemão no que diz respeito ao FCAS (Future Combat Air System)", disse Eric Trappier, CEO da Dassault, à Reuters no Dubai Airshow.

"Existe um acordo de alto nível entre as partes e o próximo passo deve ser o primeiro contrato para um demonstrador antes do final de janeiro de 2020".

Ele também disse que as negociações entre a Safran da França e a MTU Aero Engines da Alemanha, que estão produzindo os motores, estão progredindo e que ele espera que um acordo seja alcançado este ano.

O projeto para construir uma nova geração de aviões de guerra tripulados e não tripulados sob o nome de FCAS foi anunciado pelos líderes da França e da Alemanha há dois anos e expandido no início deste ano para incluir a Espanha.

Fonte: Reuters


domingo, 17 de novembro de 2019

EUROFIGHTER TYPHOON. O feroz defensor dos céus europeus.


FICHA TÉCNICA DE DESEMPENHO
Velocidade de cruzeiro: * Mach 1 (1234 km/h).
Velocidade máxima: Mach 2 (2469 km/h).
Razão de subida: 18900 m/min.
Potencia: 1.12.

Carga de asa: 64 lb/ pé².
Fator de carga: 9 Gs.
Taxa de giro 
instantânea: 31º/s.
Razão de rolamento: 240º/s.
Teto de Serviço: 20000 m.
Raio de ação/ alcance: 1390km/ 2780km
Alcance do radar: Euroradar CAPTOR 185 km.
Empuxo: 2 motores EJ-200 com 9200kgf (pós combustor) cada e 6073 kg de empuxo seco.
DIMENSÕES
Comprimento: 15,96m.
Envergadura: 10,95m.
Altura: 5,28m.
Peso: 11000 kg.

Combustível Interno: 11020 lb.
ARMAMENTO
13 pontos fixos de armamentos podendo transportar até 7500 kg de armas, tanques de combustivel e casulos de reconhecimento e designação de alvos.

Ar Ar: Mísseis AIM-120 Amraam, Meteor, AIM-9 Sidewinder, AIM-132 Asraam, IRIS-T.
Ar terra: Mísseis Storm Shadow, Taurus MAW, Brimstone; mísseis AGM-65 Maverick; mísseis AGM-88E HARM; Bombas Guiadas a laser da família Paveway III e IV; bombas guiadas por GPS como as SDB e JDAM.

Interno: Um canhão Mauser MK 27 de 27 mm.

DESCRIÇÃO
Por Carlos Junior
Os países europeus que participam da OTAN sempre tiveram uma situação delicada com relação a sua defesa. No período da guerra fria, um eventual confronto entre a União Soviética e os Estados Unidos liderando seus aliados europeus, levaria o caos para o território europeu, principal campo de batalha nessa situação. A defesa aérea destas nações representa um aspecto critico para a estratégia de sobrevivência e mesmo, dissuasão contra o poderio representados pelas milhares de aeronaves de combate que a então União Soviética dispunha. A evolução das capacidades dos mais modernos projetos soviéticos, o MIG-29 Fulcum e o Su-27 Flanker obrigaram os europeus, assim como os americanos a correrem atras de projetarem novas aeronaves que fossem capazes de enfrentar as novas ameaças. Os europeus, se juntaram para desenvolver um novo caça que atendesse as necessidades de defesa das nações envolvidas no projeto. 
Inicialmente, os países envolvidos para o desenvolvimento do que era chamado de "FEFA" ou Future European Fighter Aircraft, eram Inglaterra, França, Itália, Alemanha e Espanha. A França tinha intenção de impor alguns de seus requisitos para poder ser o projetista da aeronave, porém, isso causou divergências entre os sócios do programa o que acabou resultando na saída da França deste programa, e  no desenvolvimento  do caça Rafale, já tratado nas paginas desse blog. Os ingleses tinha um protótipo de uma aeronave de demonstração de tecnologia, chamada de EAP (Experimental Aircraft Programme) que se enquadrava na configuração que estava sendo estudada para o novo caça europeu. A partir dai foi criado, em 1986, o consórcio Eurofighter para o desenvolvimento e montagem dos caça que passou a ser chamado de Typhoon, e teria como base o modelo do EAP britânico, para ser o novo caça de superioridade aérea e, posteriormente para missões de ataque também, das quatro nações europeias remanescentes do estudo original: Inglaterra, Alemanha, Itália e Espanha. 
Acima: O protótipo demonstrador de tecnologia EAP foi base para o desenvolvimento do Eurofighter Typhoon. Embora semelhantes deforma geral, o Typhoon tem linhas mais suaves e melhor desempenho.

O Typhoon substituiu vários modelos de aeronaves de combate como por exemplo o Tornado F-3 na Inglaterra, o velho F-104 Starfighter italiano, o clássico F-4F Phanton II alemão, e os Mirage F-1 espanhóis. Todos estes modelos tinham limitação elevada para enfrentar os manobráveis e bem equipados caças russos de 4º geração. Quando se compara os dados e especificações de cada uma destas aeronaves contra os dados do Typhoon, fica claro que a evolução do novo caça foi excepcionalmente grande. 
A propulsão do Typhoon é feita por dois motores Eurojet EJ-200, cujo empuxo máximo é de 9200 kgf, com a pós-combustão, e 6073 kgf com empuxo seco. Este moderno motor, teve seu desenvolvimento feito em paralelo com desenvolvimento do Typhoon. Quando o primeiro protótipo do Typhoon estava pronto, os motores, ainda não tinham sido entregues, sendo que acabaram por instalar a mesma turbina dos Tornados neste protótipo, a RB-199 para iniciar os testes de voo.

Acima: Os dois motores turbofan Eurojet EJ-200 garante um desempenho de voo muito bom para o Typhoon. 

O Typhoon foi desenvolvido para ter um desempenho de curva muito elevado, e por isso a escolha pela configuração delta com canards ativos foi natural, pois ela permite taxas de giro instantâneas e sustentada bem altas. No caso do Typhoon, sua taxa de giro instantânea é de 31º/ seg a uma velocidade de mach 0,7, índice muito melhor do que se consegue com um F-16 e mesmo que um Su-27 Flanker. Só os caças JAS-39 Gripen e Rafale, da França, conseguem igualar essa marca em desempenho de curva, justamente devido a suas configurações delta canards. Outro ponto a favor do Typhoon é sua elevada relação empuxo peso, de 1,15 e sua baixa carga de asa de 63,9 lb/ pé², que beneficiam sua agilidade e manobrabilidade. A estrutura do avião suporta acelerações de gravidade da ordem dos 9 G positivos e 3 G negativos. Como se pode ver, o Typhoon seria um adversário indigesto em combate de curto alcance ou dogfight, como é chamado no meio aeronáutico esse tipo de batalha.

Acima: Um dos pontos em que o Typhoon é mais forte quando se compara com outros caças é sua agilidade e manobrabilidade. Aqui podemos ver um Typhoon T1 (versão biplace) entra em uma curva em alta velocidade.

Porém, na atualidade, as chances de um combate aéreo evoluir para o doghfight estão bastante diminuídas devido a evolução da eficiência dos sensores como radares, dos sistemas de detecção passivos como o IRST e dos mísseis de médio e longo alcance, que permitem destruir os inimigos a distancias que excedem o campo visual. Aqui o Typhoon tem uma característica positiva e outra nem tanto. O ponto positivo é que ele tem um bom radar de varredura mecânica Euroradar CAPTOR, capaz de detectar um caça inimigo com 5 m2 de RCS (um MIG-29 por exemplo) a 185 km. Muito em breve, um novo radar de varredura eletrônica ativa (AESA) chamado CAPTOR-E desenvolvido no programa CAPTOR Active Electronically Scanned Array Radar (CAESAR), que além de poder lidar com um numero muito maior de alvos simultâneos e também terá seu alcance aumentado para 278 km contra alvos de 5m2 de RCS. Estima-se que uma aeronave de baixa detecção como o F-35 poderia ser detectado a 60 km com este moderno radar que deve entrar em serviço até o final de 2014. Outro sensor é o sistema IRST PIRATE que faz a busca passiva do dos alvos através da busca de radiação infravermelho (calor) a distancias de 55 km aproximadamente. O ponto negativo é que o Typhoon não é furtivo aos radares inimigos embora seu RCS seja pequeno (0,75 m²), ele pode ser engajado por um inimigo a longas distancias ainda. Assim, a tática e os sistemas de guerra eletrônica como o sistema DASS (defensive aids sub-system) constituído de um sistema de alerta de aproximação de mísseis, um sistema de contra medidas eletrônicas de proteção, um sistema de isca rebocado para desviar mísseis guiados por radar, lançadores de chaff e flares da Saab Tech Eletronics e um interferidor (jammer) montado num pod a bombordo da aeronave que permite iludir os sensores de radar inimigos sobre a real posição do Typhoon.
O piloto do Typhoon usa um capacete do tipo HMS (Helmet Monted Sight) que opera totalmente integrado ao sensor PIRATE e ao radar da aeronave, mostrando os dados coletados diretamente na viseira do capacete, sendo que ainda, as armas do Typhoon também podem ser apontadas pelo capacete simplesmente olhando para o alvo. Esse recurso é, particularmente bom em combate de curta distancia onde os mísseis guiados pelo calor podem ser lançados fora da linha de visada da aeronave (capacidade off boresight).

Acima: O novo radar CAPTOR-E, mostrado nessa foto dará, maiores capacidades de combate para o Typhoon.


Acima: O cockpit do Typhoon não é o mais moderno do mundo, mas mesmo assim, permite uma pilotagem com reduzido estresse de trabalho.

O Typhoon pode ser armado com um grande leque de armamentos de muitas origens, o que facilita muito sua adaptação por novos clientes. O avião pode operar em missões de combate aéreo e de ataque a superfície, porém, inicialmente, os primeiros exemplares, identificados como "Tranche 1" eram limitados a missões ar ar, como patrulha aérea de combate, interceptação e escolta. Já a versão Trenche 2 já tem uma capacidade de ataque a alvos terrestres, e a versão Trenche 3 terá total capacidade multimissão. 
Para combate aéreo, o Typhoon pode ser armado com mísseis norte americanos AIM-9M Sidewinder (sendo substituído atualmente por armas mais modernas e capazes) guiado por infravermelho (IR), e com alcance de 18 km aproximadamente. 
Os mísseis de curto alcance, guiados a calor de 4º geração como o britânico AIM-132 Asraam, são capazes de atacar um alvo posicionado a 90º em relação ao avião (isso é o que se conceitua como capacidade off boresight, e é nessa situação onde o capacete HMS opera integrado ao sensor de busca do próprio míssil para designar o alvo). O alcance dele chega a 15 km. Outro ótimo armamento disponível é o míssil IRIS-T, de projeto alemão, e fabricação multinacional, tem a mesma capacidade de adquirir alvos off boresight a 90º, e um alcance de 12 km. Para combate aéreo além do alance visual, o armamento usado nesse momento é o AIM-120 Amraam, guiado por radar ativo e com alcance de 105 km contra um alvo em rota de colisão. Porém, mesmo sendo um ótimo míssil, o Amraam deverá ser substituido em breve pelo moderníssimo míssil Meteor, fabricado pela MBDA propulsado por um motor RAMJET, consegue alcance de cerca de 140 km, sendo guiado por radar ativo também.

Acima: O novo míssil MBDA Meteor vai dar ao Typhoon uma das melhores capacidade de engajamento de médio e longo alcance. Este míssil será o mais avançado do mundo quando entrar em serviço nos próximos anos.

Para atacar alvos terrestres, a gama de armas disponíveis é, igualmente variada. Além de bombas guiadas a laser Paveway III GBU-24 de 907 kg e as modernas Paveway IV, de guiagem dual, sendo usado um sistema laser semi ativo e GPS. As novas bombas GBU-39 SDB, assim como suas irmãs maiores JDAM, ambas guiadas por GPS, também podem ser usadas nas versões mais recentes do Typhoon. 
Também estão integrados mísseis AGM-65 Maverick para serem usados contra alvos terrestres moveis  (tanques), ou fixos, mísseis de cruzeiro Storm Shadow, com alcance de 250 km, transportando uma ogiva de penetração anti bunker de 450 kg de explosivos. O sistema de guiagem desta arma é feito por GPS, TERPROM (segue o terreno em voo de baixa altitude evitando ser detectado por radares) e com guiagem terminal por infravermelho. O míssil de cruzeiro Taurus KEDP-350, com alcance que excede os 500 km com uma grande ogiva de 480 kg também estará disponivel quando entrar em serviço em 2018. Os pequenos e altamente capazes misseis BRIMSTONE, podem ser transportados em cachos triplos, o que permite o Typhoon operar em apoio aéreo aproximado de forma eficaz. Este míssil tem alcance de 20 km, sendo guiado por radar de ondas milimétricas, e laser. Para atacara antenas de radares inimigos, o Typhoon pode operar o mísi AGM-88 HARM, de fabricação norte americana, podendo ser lançado a 150 km (alta altitude) e ele voa direto para o emissor de ondas de radar inimigos. 
O armamento orgânico é composto por um canhão Mauser BK-27 em calibre 27 mm com cadência de 1700 tiros por minuto, com uma capacidade de armazenar 150 munições.
Acima: Nesse desenho podemos ver o arsenal que os Typhoons da força aérea inglesa (RAF) usam.

Embora de uma forma geral, os países europeus sempre foram relativamente bem equipados em todos as suas forças armadas, um olhar mais atento para os equipamentos usados pelas principais nações europeias da OTAN, justamente os países que se juntaram para desenvolver o Typhoon , se perceberá que os caças usados nas décadas de 70 e 80 eram tinham bom desempenho de velocidade, e alguns deles tinha uma respeitável capacidade de combate fora do alcance visual (BVR), porém, nenhuma era ágil o suficiente para enfrentar um combate de curta distancia tão formidavelmente quanto o Typhoon é capaz. Fora isso, a aeronave é muito eficaz em combate BVR por ser adequadamente equipada com sensores e armamentos modernos, além de ter um baixo índice de reflexão de radar (o RCS do Typhoon é de cerca de 0,75 m² de RCS) o que, embora no o coloque na classificação de "aeronave furtiva" ou "invisivel" como gosta de mencionar a media leiga, no minimo o coloca como uma aeronave particularmente "chata" do radar inimigo encontrar a longas distancias. O Typhoon, uma aeronave de 4º geração, poderá, devido a suas ótimas qualidades, se manter em serviço além de 2030, quando poderemos ter o primeiro projeto de 6º geração a entrar em serviço.

Acima: Um Typhoon se aproxima para aterrissagem. Notem os mísseis AIM-132 Asraam nos cabides externos das asas.







                  

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

BOEING F/A-18E/ F SUPER HORNET. O ferrão da marinha dos Estados Unidos

FICHA TÉCNICA DE DESEMPENHO 
Velocidade de cruzeiro: mach 1
Velocidade máxima: mach 1,9
Razão de subida: 13680 m/min.
Potência: 0,92.
Carga de asa: 92,96 lb/pé².
Fator de carga: 7,5 Gs, podendo atingir 10 Gs por pequenos espaço de tempo.
Taxa de giro instantânea: 18º/s. 
Razão de rolamento: 240º/s.
Teto de Serviço: 15000 m. 
Raio de ação/ alcance: 1750 km (Missão ar ar)/ 3300 km. 
Alcance do radar: Raytheon AN/ APG-79 com 160 km (RCS 5m2).
Empuxo: 2 motores F-414 GE-400 com 10000kgf de potencia com pós combustor.
DIMENSÕES
Comprimento: 18,31 m.
Envergadura: 13,62 m.
Altura: 4,88 m.
Peso: 14552 Kg.
Combustível interno: 14400 lb.
ARMAMENTO
Ao todo o Super Hornet é capaz de transportar até 8050 kg de cargas externas que podem ser tanques de combustível, casulos de sensores e armas.
Ar Ar: Míssil AIM 120 Amraam, AIM 9L/M/X Sidewinder, AIM 7 Sparrow.

Ar Terra: Míssil AGM65 Maverick, AGM88 Harm, AGM84H Slam ER, AGM154 JSOW GBU31/32 JDAM, GBU24.
Interno: Canhão M61A2 Vulcan 20mm.

(obs: A marca * significa que o valor está estimado).


terça-feira, 12 de novembro de 2019

CLASSE VISBY. A sombra viking do Báltico.


FICHA TÉCNICA
Tipo: Corveta.
Tripulação: 43 tripulantes.
Data do comissionamento: Dezembro de 2009
Deslocamento: 640 toneladas.
Comprimento: 72,7 m.
Boca: 10,4 m.
Propulsão: CODAG com 4 turbinas a gás Honeywell TF-50A, 2 motores a diesel MTU-16V 2000 N90 que movem dois propulsores jatos de água Kamewa.
Velocidade máxima: 35 nós (65 km/h).
Alcance: 4630 Km.
Sensores: 1 radar Ericsson Sea GIRAFFE AMB 3D com 180 km de alcance, Radar de busca Condor CS-3701, 1 sonar de casco GDC, 1 sonar rebocado Hydra 135, e um sonar de profundidade variável VDS.
Armamento: Um canhão Bofors 57 mm MK3, dois lançadores quádruplos para de mísseis antinavio RBS-15F. 4 tubos de torpedos de 400 mm (2 de cada lado do navio) para torpedos Type 45, e cargas de profundidade.
Aeronaves: Um helicóptero A-109M pode ser operado, mas sem hangar de manutenção.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

SUKHOI SU-57 FELON. O caça russo de 5º geração.

SU-57 Falon em demonstração na feira aeroespacial russa MAKS 2019
FICHA TÉCNICA
Velocidade de cruzeiro: 1800 km/h (supercruzeiro)
Velocidade máxima: 2500 km/h.
Razão de subida: 21660 m/min.
Potência: 1,24.
Carga de asa: 91 lb².
Fator de carga: 9 Gs.
Taxa de giro instantâneo: 29º/s.
Razão de rolamento: 200º/s.
Teto de Serviço: 20000 m.
Raio de ação/alcance: 1500 km/ 3600 km (em velocidade subsônica)
Alcance do radar: N036 Byelka: 400 Km contra alvos aéreos de 5m2 de RCS
Empuxo: 2 motores turbofan NPO Saturn AL-41F1 (Izdeliye 117S) com 17500 kgf de empuxo com pós combustor.
DIMENSÕES
Comprimento: 22 m
Envergadura: 14.2 m
Altura: 5,3 m
Peso vazio: 18500 kg (vazio).
Combustível Interno: 22700 lb.
ARMAMENTO
Ar Ar: Míssil R-77M de longo alcance, R-74M2.
Ar terra: Bombas KAB 250 e 500, mísseis táticos Kh-38M, Kh 58UShK, míssil anti navio KH-35 e míssil anti radar KH-31 e sua versão anti navio também.
Interno: 1 canhão 9-A1-4071K de 30 mm.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

O FAMAS no mercado de exportação


Por Jean Huon, extrato do livro “Le FAMAS et son histoire”, 2010.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 30 de outubro de 2019.

ESPERANÇAS DESAPONTADAS.
Desde 1984, o FAMAS é oferecido para exportação e vários países adquiriram essa arma, mas em quantidades limitadas:

  • Argentina (Comandos Anfíbios),
  • Brasil (FAMAS F1 Comando, usado pelas Forças Especiais do Exército),
  • Camboja (guarda pessoal do príncipe Sihanouk),
  • Chipre (FAMAS F1 Comando, usado pelas forças especiais da polícia),
  • Djibuti (400 unidades),
  • Emirados Árabes Unidos,
  • Gabão (800 unidades),
  • Indonésia (forças especiais da polícia),
  • Líbano,
  • Filipinas (forças especiais da polícia),
  • Senegal.
GIGN da Gendarmerie do Djibouti em treinamento com o 13th MEU.
Um comando anfíbio argentino com o FAMAS G2 Comando.
Os filhos do coronel Khadafi se gabavam de ter um FAMAS que lhes foi oferecido por ... (não podemos dizer)!
Terrorista do Estado Islâmico com um FAMAS F1. Acredita-se que veio do Líbano.
Força de Ação Especial da polícia filipina.
Operador do KOPASSUS com um FAMAS G2.
Em Angola, o guarda do presidente da UNITA, Jonas Savimbi, estava equipado com o FAMAS, apesar da França nunca vender neste país!
A China comprou algumas cópias do FAMAS (talvez para copiá-lo?).
Militares chinesas com fuzis FAMAS F1.
Apesar das campanhas de apresentação particularmente brilhantes no exterior, o FAMAS não conseguiu penetrar no mercado de exportação, provavelmente devido ao seu alto custo (você pode pagar entre sete e dez fuzis Kalashnikov pelo preço de um FAMAS).

ALGUMAS HISTÓRIAS RELATADAS DURANTE A APRESENTAÇÃO DO FAMAS EM VÁRIOS PAÍSES.
General brasileiro testando o sistema FÉLIN.
No Brasil, as demonstrações de tiro com o Exército foram realizadas em um estádio de futebol em um distrito periférico. No estádio, portanto, são instalados alvos no gramado, mas sem nenhuma proteção de tiro! Ao fundo, atrás dos alvos, a algumas centenas de metros, a favela local com seus barracos de telhados de telhas metálicas enferrujadas.
Os soldados começam a atirar na frente dos olhos surpresos do demonstrador da MAS. A certa altura, os militares começam a disparar várias vezes em rajada. Vimos as telhas voando e as pessoas correndo em todas as direções.
Diplomaticamente, ele pergunta a um dos oficiais presentes: "As casas ali atrás não te incomodam?" Resposta: "Eles não têm permissão para construir ali, eles não estão lá!"
Na Venezuela, os militares instalaram um tambor de 200 litros cheio de água perto do ponto de tiro. O oficial venezuelano pega um FAMAS e dispara o padrão da OTAN (150 tiros em 3 minutos) e, com um gesto amplo, mergulha o FAMAS fumegante no tonel com o chiado que imaginamos. Então ele retira o FAMAS, olha o cano e dispara uma segunda vez, de acordo com o padrão da OTAN. Nenhum problema foi observado.
Mas melhorou. Outro soldado "sangra" um cartucho para reduzir a carga de pólvora, o introduz na câmara e dispara. Como esperado, a bala fica parada no cano.
Em seguida, ele pega um carregador cheio, coloca em rajada contínua e dispara o carregador completo. O cano nem estava com tiras vermelhas!
Operadores da 99ª Brigada de Operações Especiais, Comando de Operaciones Especiales General en Jefe Félix Antonio Velásquez, Exército da Venezuela.
Também na Venezuela, que havia comprado alguns exemplares do FAMAS, um dos chefes do departamento de testes se perguntou sobre a vida útil das armas. As unidades em seu poder dispararam 17.000 cartuchos sem nenhum sinal de desgaste.
Em um pequeno Estado da África austral, o FAMAS é apresentado às autoridades que solicitam tiros em alvos móveis. O alvo em questão consistia em uma placa de metal que um soldado robusto segurava no final de uma vara enquanto corria dentro de uma trincheira. Os demonstradores da MAS conseguiram colocar 23 dos 25 impactos no alvo, disparando em rajadas de três tiros.
Legionário do 2e REI na Arábia Saudita durante a Operação Escudo no Deserto, 1990.
Durante a Guerra do Golfo em 1990, uma competição-avaliação entre materiais diversos foi organizada nos Emirados Árabes Unidos. O FAMAS ficou em segundo lugar e, quando a tempestade de areia começou a soprar, ele se classificou em primeiro lugar, sendo o único a resistir à areia devido à ausência de trancamento da culatra.
- Jean Huon, Le Famas et son histoire, pg. 104-105. Crépin-Leblond Éditions, 2010.

sábado, 2 de novembro de 2019

PROJECT 949A ANTEY (OSCAR II). O indestrutivel dos mares.


FICHA TÉCNICA 
Comprimento: 154 m.
Largura: 18,2 m. 
Calado: 9 m. 
Deslocamento: 23000 toneladas quando submerso.
Velocidade máxima: 32 nós (59 Km/h) submerso ou 15 nós (28 km/h) na superfície.
Profundidade: 500 m normalmente, mas pode chegar a 830 m no máximo. 
Armamento: 4 Tubos para torpedos de 533 mm, 2 tubos para torpedos de 650 mm, somando 24 torpedos;  Míssil anti submarino RPK-2 Viyuga (SS-N-15 Starfish) lançados dos tubos de torpedo de 533 mm; missil antinavio RPK-6 Vodopad (SS-N-16 Stallion) lançados dos tubos de 650 mm; 24 mísseis antinavio P-700 Granit (SS-N-19 Shipwreck). 
Tripulação: 94 a 107 homens.
Propulsão: 2 reatores nucleares OK-650B que produz  e 2 × turbinas a vapor tipo GTZA OK-9 entregando 73.070 kW (98000 shp) para dois eixos.

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

7 mercenários ligados ao Kremlin mortos em Moçambique em outubro - Fontes militares



Por Piotr Sauer, The Moscow Times, 31 de outubro de 2019.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 1º de novembro de 2019.

Fontes do Exército disseram ao The Moscow Times sobre dois incidentes separados envolvendo emboscadas de insurgentes ligados ao Estado Islâmico.
Sete mercenários russos do Grupo Wagner foram mortos em dois incidentes de tiroteio separados envolvendo insurgentes ligados ao Estado Islâmico na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, este mês, disseram duas fontes do exército de Moçambique ao The Moscow Times.
Em um ataque não declarado que ocorreu em 10 de outubro no distrito de Macomia, em Cabo Delgado, dois soldados russos Wagner foram mortos a tiros depois que seu grupo foi emboscado por insurgentes militantes islâmicos, um soldado das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) que testemunharam o incidente disse ao The Moscow Times.

Mais cinco mercenários russos Wagner foram emboscados em 27 de outubro no distrito de Muidumbe, em Cabo Delgado, disse uma fonte separada da FADM ao The Moscow Times.
De acordo com a segunda fonte, quatro dos russos foram mortos a tiros no local do ataque, então decapitados, e o quinto foi ferido e depois morreu no Hospital Distrital de Mueda.
"Os atacantes primeiro instalaram barricadas ao longo da estrada e, quando os veículos da FADM chegaram, começaram a atirar e depois decapitaram as vítimas e queimaram o veículo", disse a fonte ao The Moscow Times.
A Embaixada da Rússia em Maputo não respondeu aos pedidos de comentários do The Moscow Times.

O Grupo Wagner é uma companhia militar privada vinculado ao Kremlin, fundado por Yevgeny Prigozhin, um empresário que mantém contato próximo com o presidente russo Vladimir Putin e é frequentemente chamado de "O Chef de Putin" por causa de seu negócio de catering*.
*Nota do Tradutor: Catering é o serviço de fornecimento de refeições coletivas em locais remotos como hotéis, hospitais, aviões, navios de cruzeiro, locais de entretenimento, etc.
Ambas as fontes desejaram permanecerem anônimas. Seus relatos coincidem com as reportagens da mídia local de Moçambique divulgadas na terça-feira dizendo que 20 soldados do exército de Moçambique também foram mortos na emboscada.

Segundo Piers Pigou, consultor sênior sobre a África da ONG International Crisis Group, se confirmado, os incidentes recentes seriam "um golpe psicológico para os militares de Moçambique e para os conselheiros russos". A partir de 2017, Moçambique intensificou sua luta contra os insurgentes na empobrecida maioria muçulmana de Cabo Delgado, com resultados mistos.
"Tendo se gabado no início deste mês de operações bem-sucedidas contra os insurgentes militantes de Cabo Delgado, este ataque sugere uma escassez de informações sobre o grupo e sua capacidade operacional de interromper as operações de contra-insurgência do governo", disse Pigou.

Os relatos lançaram uma nova luz sobre as atividades do [Grupo] Wagner em Moçambique. Mais cedo, o Times de Londres informou a chegada de 200 mercenários russos Wagner e três helicópteros para ajudar as forças do governo de Moçambique a combater os jihadistas. Em 8 de outubro, dois dias após a morte relatada de outro soldado russo Wagner, o Kremlin negou ter enviado quaisquer  tropas governamentais a Moçambique.
Prigozhin é frequentemente visto como uma das principais figuras que lideram a entrada da Rússia na África. [O Grupo] Wagner já havia sido visto no Sudão e na República Centro-Africana, segundo a CNN, onde coopera com as autoridades locais. Na quarta-feira, o Facebook suspendeu três redes de contas russas ligadas a Prigozhin que tentaram interferir na política doméstica de oito países africanos, incluindo Moçambique.

A Rússia tem sido extremamente reservada sobre a morte de soldados russos ligados ao grupo Wagner. No início deste outono, o site de notícias Meduza informou que 10 a 35 mercenários russos Wagner morreram enquanto lutavam na Líbia. [O Grupo] Wagner também está lutando na Síria ao lado do presidente Assad. Em 2018, seus mercenários estavam envolvidos em uma batalha de quatro horas com comandos americanos, que resultou em até 300 mortes russas.
O Estado Islâmico é uma organização terrorista banida na Rússia.

Original: https://www.themoscowtimes.com/2019/10/31/7-kremlin-linked-mercenaries-killed-in-mozambique-in-october-sources-a67996