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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

TRIPULAÇÃO COMBATENTE DE OPERAÇÕES ESPECIAIS - US NAVY


O grupo da Marinha dos Estados Unidos (US Navy), conhecido como SWCC - Special Warfare Combatant-craft Crewmen ou, em bom português, "Tripulação Combatente de Operações Especiais" é especializado em missões de apoio a grupos de operações especiais, particularmente o US Navy SEALs e infiltração e exfiltração por vias fluviais ou litorâneas usando lanchas pesadamente armadas e barcos rápidos. Além disso, os SWCCs também são incumbidos de executar missões de reconhecimento e de apoio a operações policiais ou de agências de segurança dos Estados Unidos.


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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

QIUXIN TYPE 022 HOUBEI. Mais uma surpresa chinesa


FICHA TÉCNICA
Tipo: Barco de patrulha lança mísseis.
Tripulação: 12 tripulantes.
Data do comissionamento: Abril de 2004.
Deslocamento: 220 toneladas (totalmente carregado).
Comprimento: 42,6 mts.
Boca: 12,2 mts.
Propulsão: 2 motores a diesel MTU V16 396 TE74L que trabalham com 4 sistemas de jatos de água MARI que fornecem 6865 Hp.
Velocidade máxima: 36 nós (67 km/h).
Alcance: 3300 Km (estimado)
Sensores: Um radar Type 362 com 42 km de alcance contra alvos aéreos e 120 km no modo OTH; um sensor eletro-óptico HEOS 300, um radar de navegação Type 765.
Armamento: 1 um canhão de canos rotativos KBP 018 em calibre 30 mm (AK-630 fabricado sob licença), 2 lançadores quádruplos para mísseis anti-navio YJ-83, 12 mísseis antiaéreo QW-1 Vanguard (MANPADS)

DESCRIÇÃO
Por Carlos. E. S. Junior
As forças armadas chinesas têm experimentado uma evolução sem precedentes nos últimos 20 anos com a incorporação de diversos sistemas de armas avançados, sendo muitos destes sistemas de fabricação local. A industria de defesa chinesa tem se beneficiado enormemente da atual política de defesa do governo chinês que aumenta o investimento nesse segmento ano após ano de forma que o crescimento chinês já é reconhecido por potencias militares como os Estados Unidos.
A marinha da china tem adquirido junto a sua industria, diversos navios de guerra modernos e em abril de 2004, recebeu um dos mais modernos barcos de patrulha lança mísseis do mundo. Conhecido localmente como Type 022 e identificada com o nome de “Houbei” pela OTAN, o novo barco de patrulha fabricado pelo estaleiro Qiuxin apresenta um desenho com características “stealth” associado a uma configuração catamaram modificada com um semi-casco no centro. Essa configuração permite manter velocidades elevadas e uma navegação estável mesmo em mar agitado.
Acima: Com uma configuração hidrodinâmica catamarã, os barcos de patrulha lança mísseis Type 022 Houbei apresentam alta velocidade e estabilidade superior a de embarcações monocasco.

O desempenho do Houbei no mar é conseguido através de dois motores a diesel MTU V16 396 TE74L que  movem 4 sistemas de jatos de água MARI  que fornecem 6865 Hp de força. A velocidade máxima atingida é de 36 nós (67 km/h), o que a classifica como uma embarcação particularmente rápida e adequada para operações de patrulha e interceptação litorânea. Seu alcance é estimado em 3300 km quando navegando em velocidades econômica, o que lhe proporciona uma boa persistência de operação. o que somado a quantidade elevada de embarcações do tipo produzidas (83 unidades), dão uma grande capacidade de cobertura da marinha chinesa de proteger seu mar territorial.
Acima: O desenho do Houbei apresenta linha pensadas para refletir as ondas de radar adversárias para longe da antena emissora essa característica, somada a seu pequeno tamanho faz o Houbei ser um alvo que é detectado tardiamente, levando grande perigo para um inimigo
Por ser uma embarcação focada na defesa litorânea, a suíte de sensores do Houbei pode ser considerada básica, sem sensores complexos ou de alto desempenho. Assim sendo, a suíte de sensores é composta por um radar Type 362 cujo alcance de busca de superfície é de 120 km, usando a técnica OTH (Over The Horizon) e de 42 km contra alvos aéreos de 2m2 de RCS. Considerando a missão do Houbei, este sistema está de bom tamanho. Há um radar de navegação Type 765 instalado também. Uma torre com sensores eletro-opticos HEOS 300 permite executar vigilância em qualquer tempo e a qualquer hora em apoio ao radar através de imagem infravermelho, sistema de vídeo CCD e um sistema laser.
Acima: O radar Type 362 é o principal sensor do Houbei. Dentro da atribuição da embarcação, esse radar apresenta um bom desempenho que lhe permite operar com eficácia na defesa litorânea do litoral chinês.
O Houbei tem em seu armamento, em conjunto com sua velocidade, o trunfo para poder ser considerado um sério problema para navios inimigos ou simples embarcações ilegais como no caso dos piratas, tão presentes nos noticiários atualmente quando se fala do problema na costa da Somália. O seu armamento é composto por um canhão de canos rotativos KBP 018 em calibre 30 mm. Esse canhão, uma copia licenciada do canhão russo AK-630, é fabricado pela Zeeri, atinge uma cadencia de tiro de 5000 tiros por minuto e sua utilização principal é na defesa antiaérea de curto alcance, porém, esse armamento, pode ser bastante destrutivo contra embarcações leves como lanchas ou mesmo barcos de porte pouco maior. A Houbei tem seu principal armamento na forma de dois lançadores quádruplos para mísseis anti-navio da família YJ-83, de fabricação local. Esses mísseis guiados por radar ativo na fase final do ataque, podem atacar alvos a distancias que variam de 42 km (modelo C-801) até 350 km (modelo C-803). A ogiva é de 165 kg de explosivos com retardo e com capacidade limitada de perfuração de blindagens para a versão C-801, aumentando para 190 kg para os modelos C-802 e C-803.
Por ultimo, há 12 mísseis antiaéreos de curto alcance guiados por calor do tipo MAMPADS (míssil lançado do ombro) QW-1 Vanguard que é baseado no modelo russo Igla de primeira geração. Esse míssil tem alcance de 5 km e é guiador por sensor infravermelho.
Acima: O principal armamento do Houbei é seus 8 mísseis anto-navio da família YJ-83. Nesta foto podemos ver o lançamento de mísseis por dois barcos da classe Houbei em treinamento
O Houbei é uma embarcação de nova geração que poderia ser comparada a poucos tipos em serviço atualmente, como a lancha norueguesa Skjold ou a corveta sueca Visby, já descrita no WARFARE. Seria interessante até se considerar as soluções apresentadas nesse projeto chinês quando se pensa em um barco de patrulha para a costa brasileira.  O Brasil tem projetado um navio de patrulha oceânica que deverá ter o porte de uma corveta pequena, porém acredito que uma embarcação como a Houbei pudesse executar a tarefa de patrulha oceânica de forma bastante eficaz, dado a seu armamento mais poderoso e sua boa velocidade.
Acima:  Nesta foto podemos ver um Houbei escoltando um destroier da classe Luda que a China ainda mantem em serviço depois de mais de 40 anos de serviço ativo.
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domingo, 28 de junho de 2015

CLASSE SKJOLD. Uma nova geração de patrulheiros navais.

FICHA TÉCNICA
Tipo: Barco rápido de patrulha.
Tripulação: 15 tripulantes.
Data do comissionamento: Abril de 2009.
Deslocamento: 270 toneladas (totalmente carregado).
Comprimento: 47,5 m.
Boca: 13,5 m.
Propulsão: 2 motores Pratt & Whitney ST-18M com 2417 hp de potencia cada, 2 turbinas a gás Pratt & Whitney ST-40M com 5070 kg hp de potencia cada.
Velocidade máxima: 60 nós (110 km/h).
Alcance: 1480 Km em velocidade econômica
Sensores: 1 radar Thales MRR 3D NG com 180 km de alcance. Sistema Multisensor Ceros 200 com um radar de controle de tiro apoiado por sensores optronicos e telêmetro a laser.
Armamento: 2 lançadores quádruplos para 8 mísseis antinavio Kongsberg NSM, 1 lançador de mísseis duplos Simbad para mísseis antiaéreos Mistral (8 mísseis), um canhão OTO Melara 76 mm/ 62 super rapid..

DESCRIÇÃO
Por Carlos E. S. Junior
A marinha norueguesa, assim como a marinha sueca, possui uma criatividade notável. A embarcação que trataremos agora traz algumas características que as colocam em uma condição de destaque. Chamada de Skjold (escudo, em norueguês), nome bastante estranho, assim como seu igualmente estranho aspecto, este barco patrulha fabricado pelo estaleiro Umoe mandal AS norueguês pode ser considerado a mais veloz embarcação de combate em serviço no mundo atualmente. Num momento em que as atenções se voltam para a guerra litorânea, a Skjold aparece como uma espécie de “sonho de consumo” das embarcações de guerra que se encaixam como uma luva na tarefa, Além de veloz, ela é pesadamente armada e extremamente furtiva devido a seu desenho projetado para reduzir ao máximo a reflexão de radar.

Acima: O barco patrulha Skjold foi projetado para ser furtivo, ou em outras palavras, ser difícil de ser detectado pelos radares inimigos. Esse aspecto de seu projeto levou a Skjold apresentar um desenho bastante limpo e diferente de qualquer outra embarcação de patrulha usada antes dele.
A propulsão da Skjold é do tipo COGAG (combinação gás e gás) composta por dois motores Pratt & Whitney ST-18M, derivadas do motor de aviação PW-100. Cada turbina ST-18M produz 2417 hp de potencia. Junto com estes motores, outras duas turbinas a gás Pratt & Whitney ST-40M que produzem 5070 kg hp cada. Para conseguir a velocidade máxima, que chega a 60 nós (110 km/h), além das 4 turbinas, um colchão de ar infla no casco, tipo catamaram, da Skjold com auxilio de dois motores a diesel MTU-12 12V TE92. Esse colchão, somado a característica de ser um casco tipo catamaram, faz com que o calado do Skjold seja de apenas 1 m o que somado ao sistema de jatos de água, no lugar das hélices convencionais, facilita a agilidade de navegação e dá a Skjold uma melhor resposta contra ondas. A Skjold é capaz de executar curvas extremamente fechadas, mesmo em alta velocidade, outro beneficio dado pelo sistema de jatos de água. Outra facilidade dada pelo uso do colchão de ar é a maior imunidade a minas navais, permitindo com que a Skjold possa operar com segurança em zonas minadas e até mesmo caçar minas.
Porém o “calcanhar de Aquiles” da Skjold é sua autonomia, considerada baixa. O alcance da Skjold chega a 1480 km (800 mn). Devido a essa limitação, um país de grandes dimensões como o Brasil, por exemplo, precisaria de um numero grande de unidades dessa embarcação para poder patrulhar suas vastas águas territoriais.

Acima: Quando em a Skjold navega a velocidade máxima, que chega a incríveis 60 nós (110 km;h), um colchão de ar infla deixado a embarcação alta em relação a água e diminui sua resistência hidrodinâmica.
A estrutura da Skjold é revestida de matérias absorventes de radar RAM, assim como o próprio desenho da embarcação visa influenciar a reflexão das ondas de radar para longe da fonte emissora. Os lançadores de mísseis, por exemplo, ficam ocultos no convés do barco até o momento do lançamento. Graças a esse tipo de medida adotada em sua construção, a Skjold apresenta um desenho limpo, lembrando uma “balsa”. O esforço para manter a furtividade foi levado tão a sério que até detalhes como as bordas das janelas da Skjold foram tratadas com material radar-absorvente.
A suíte eletrônica da Skjold tem no radar francês Thales MRR 3D NG seu principal elemento. Este radar é capaz detectar um alvo aéreo a 180 km de distancia dando todos os parâmetros de posicionamento do alvo. Para controle de fogo é usado um sistema multi-sensor Ceros 200 composto por um radar, um telêmetro a laser e sensores optronicos que permitem traquear alvos aéreos como aeronaves ou mísseis antinavio, que normalmente voam rente ao mar (sea skimming), o que dificulta sua detecção e consequentemente a resposta de defesa a esse tipo de arma.
O Skjold possui uma suíte de guerra eletrônica baseada num sistema de busca e reconhecimento EDO composto por antenas de interferência, um radar tático CS-3701 e um sistema de alerta radar RWR que avisa quando um radar inimigo estiver rastreando a Skjold. Um sistema de iscas MASS (Multi Ammunition  Soft Kill) fabricado pela Buck Neue Technologien da Alemanha dispara projéteis que emitem sinais que atraem o sensor dos mísseis antinavio inimigos, evitando, assim, um impacto contra a Skjold. O sistema MASS é eficaz contra mísseis guiados a radar, infravermelho IR, laser e sistemas eletroopticos.
Acima: O painel de comando do Skjold é extremamente moderno e garante agilidade a seus navegadores para lutar e navegar.
O armamento transportado na Skjold é consideravelmente pesado, principalmente por conta dos 8 mísseis antinavio Kongsberg NSM. Esses modernos mísseis são lançados de dois lançadores quádruplos que ficam ocultos até a hora do lançamento na popa do navio e possuem um alcance máximo de 150 km. Sua ogiva é de 125 kg de alto explosivo. Guiado por um sistema GPS para navegação de meio curso e sistema infravermelho IR na fase final do ataque, este moderno míssil antinavio se beneficia, ainda de um desenho furtivo dificultando a tarefa das defesas antimíssil inimigas e impedir seu ataque. Para defesa antiaérea a Skjold usa os famosos mísseis portáteis MBDA Mistral, guiados por calor e com alcance de 4 km. Estes mísseis são montados em um lançador duplo Simbad e são transportados 8 mísseis, ao todo.

Além dos mísseis, um canhão italiano OTO Melara 76 mm/ 62 super rapid dispara projéteis de 6 kg a um alcance de 16 km à uma taxa de tiro de 120 tiros por minuto.
Acima: O míssil NSM é o principal armamento a bordo da Skjold. Com seus 8 mísseis que ficam oculto dentro do casco do navio, a Skjold pode afundar navios bem maiores e sair da zona de batalha rapidamente.
A marinha dos Estados Unidos, sempre ligada nas novidades militares que poderiam servir a seus objetivos, mostrou grande interesse na classe Skjold e chegou a bancar o envio da Skjold aos Estados Unidos para fins de estudos conceptuais. O interesse norte americano era o de empregar alguma solução do projeto em seus navios LCS e mesmo em embarcações da guarda costeira. A Skjold permaneceu em testes por um período de um ano, sendo posteriormente reintegrada a marinha norueguesa. Eu considero esta embarcação a mais adequada para missões de patrulha marítima costeira para a marinha brasileira devido a sua extrema velocidade e capacidade de combate convincente. Sua furtividade seria útil em não alertar eventuais intrusos de nossas águas e assim poder dar uma sólida resposta a eles. Porém, a doutrina brasileira é menos agressiva e os requisitos para um navio patrulha visam muito mais a autonomia do que sua capacidade de combate propriamente dita.


ABAIXO TEMOS UM VÍDEO COM A APRESENTAÇÃO DA SKJOLD.

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