quarta-feira, 15 de agosto de 2018

FN HERSTAL MINIMI. A versátil escolha do exército brasileiro para suporte de fogo.

FICHA TÉCNICA

Tipo: Metralhadora leve.
Sistema de operação: Tomada de gases com trancamento do cano por ferrolho rotativo.
Calibre: 5,56X45 mm; 7,62X51 mm (MK-48).
Capacidade: Cinta M27 de elos metálicos desintegráveis com 100 ou 200 munições, carregador padrão STANAG para 30 munições (5,56X45 mm); cinto com elos desintegráveis M13 calibre 7,62X51 mm para 100 munições (MK-48).
Peso: Minimi 7,1 Kg. (MK-48) 8,2 kg.
Comprimento Total:  Minimi: 1,04 m; MK-48: 1 m.
Comprimento do Cano:  Minimi: 18,3 polegadas, MK-48: 19,75 polegadas.
Miras: Massa fixa; Alça regulável em altura ou miras ópticas.
Velocidade na Boca do Cano: 960 m/seg.
Cadência de tiro: 750 tiros/ min

DESCRIÇÃO
Por Carlos Junior 
A metralhadora Minimi, foi desenvolvida pela famosa fabricante belga FN Herstal da Bélgica, no final dos anos 70, e sua produção em massa começou em 1982. Logo em seguida foi adotada pelo Exército dos Estados Unidos (US Army) em substituição a metralhadoa M-60, como o nome M-249 SAW (Squad automatic weapon) com algumas modificações no guarda mão e na alça da mira. Desde sua entrada em serviço em muitos países e forças, uma grande gama de versões e variações foram desenvolvidas, para cumprir requisitos específicos de seus operadores. Essa flexibilidade, algo inédito nessa categoria de arma, ajudou ainda mais, a elevar o nome desta metralhadora no mercado.
Acima: Nessa foto podemos ver um exemplar das primeiras metralhadoras FN Minimi. Muitas modificações integradas ao projeto no decorrer do tempo mudaram bem seu desenho original.
A Minimi foi originalmente desenvolvida em calibre 5,56 X 45 mm, o que permitiu uma vantagem tática na medida que ela dispara a mesma munição usada pela maioria dos fuzis em uso nos países da OTAN facilitando a logística, e aumentando a capacidade de munição no esquadrão fazendo dela uma arma de apoio de fogo leve, móvel, e com baixo recuo. Como muitas armas automáticas atuais, a Minimi opera através da tomada de gases feita por orifícios no fim do cano e movimentando um ferrolho com trancamento rotativo com  dois ressaltos. No fim do tubo onde o pistão opera existe uma válvula de controle de pressão que atua sob uma tecla que permite regular a cadência de tiro entre 750 tiros por minuto à 1000 tiros por minuto. A Minimi pode usar um sinto de munição padrão M-27 com 100 ou 200 munições alojadas em uma pratica caixa plastica ou um carregador padrão STANAG para 30 munições, o mesmo usado nos fuzis M-16/ AR-15.
Outra característica digna de nota é a possibilidade de troca de canos rapidamente e rápida feita pelo próprio soldado no campo de batalha. Um soldado bem treinado consegue fazer essa troca em menos de 10 segundos. A Minimi tem instalado um bipé dobrável na ponta frontal do guarda mão para tiros apoiado ou deitado, porém a arma pode ser operada em tripé FN 360 ou o padrão norte americano M-122. Sua mira é composta por uma alça com um orifício estilo "peep sight" ajustável em altura e uma massa tipo "poste" fixa.
Acima: A M-249 SAW em uso pelo exército dos Estados Unidos atualmente apresenta diversas melhorias ergonômicas que possibilitaram uma operação mais confortável para o soldado.
Muitas versões desta metralhadora foram desenvolvidas e tiveram um sucesso comercial tão bom quanto o modelo standard. A versão Minimi Para, (de paraquedista), possui uma coronha retrátil e um cano encurtado para 13 polegadas tornando a arma mais compacta e fácil de transportar em ambientes apertados como o interior das aeronaves.
Um pouco mais recentemente, uma nova versão, conhecida como  SPW (Special Purpose Weapon), foi finalizado e distribuído para Forças de Operações Especiais Norte Americanas US SOCOM. Estra versão tem algumas modificações como uma coronha retrátil, um cano em comprimento intermediário com 15 polegadas, a remoção da capacidade de usar carregadores STANAG, para diminuir o peso da arma e a instalação de trilhos padrão picatinny para fácil instalação de miras ópticas. Uma variante modificada da SPW foi nomeada como MK-46 e recebeu uma coronha  interiça, muito parecida com a coronha das excelentes metralhadoras de uso geral FN MAG em calibre 7,62 mm e um guarda mão com orifícios de ventilação maiores para facilitar a redução de temperatura do cano durante o combate.
Acima: Aqui temos uma Minimi Para, versão para uso por paraquedistas e abaixo a versão M-249 SPW, usada para operações especias e baseada na versão Para da Minimi.
A metralhadora MK-46 levou ao desenvolvimento de  uma versão pesada muito interessante dimensionada para calçar a potente munição  calibre 7,62 X 51 mm. Essa variante pesada é chamada de MK-48 e está em uso nas forças armadas dos Estados Unidos. A opção em desenvolver uma versão no calibre 7,62 mm veio da percepção da necessidade  de operar em ambientes com muitos obstáculos que poderia ocasionar problemas para a mais fraca munição 5,56 mm.
A HN Herstal mantem a produção desta arma em 5 versões hoje sendo elas a Minimi 5,56 MK-3 Standard, Minimi MK-3 Tactical SB (cano curto), Minimi MK-3 Para, Minimi tactical LB (cano longo), e a Minimi MK-3 7,62 mm.
Atualmente mais de 45 países adotam essa eficiente e moderna metralhadora em suas muitas versões, incluindo o Exército Brasileiro que adotou o modelo recentemente. Ainda no Brasil, a brigada de operações especiais e o corpo de fuzileiros navais já fazem uso da Minimi a mais tempo.
Acima: Um membro de uma unidade SEAL com sua metralhadora MK-46, versão desenvolvida parta uso desta conceituada tropa de operações especiais da marinha dos Estados Unidos.

Acima: A metralhadora MK-48 Mod 1 derivada da Minimi representa a versão pesada desta família de armas. Seu calibre 7,62X51 mm permite um poder de fogo maior contra alvos que estiverem mais protegidos.

Acima: A versão MK-46 Mod 0 é usada pelos SEALs e outras tropas de operações especias pelo mundo.

Acima: A versão mais recente da Minimi é a MK-3 5,56 mm e disponível, também, em 7,62X51 mm.


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