quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

A Rússia espera resolver o atraso com a FAN e lançar uma fábrica de fuzis em 2022


Por Sofía Nederr, Tal Cual Digital, 29 de dezembro de 2021.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 5 de janeiro de 2022.

Resumo: A Rússia aspira resolver o atraso que tem com a Força Armada Nacional (Fuerza Armada NacionalFAN) e lançar a fábrica para a produção de fuzis AK-103 Kalashnikov, na Venezuela, para o próximo ano de 2022. A porta-voz do Serviço Federal de Cooperação Militar e Técnica (Federal Service of Military-Technical CooperationFSMTC) da Rússia, Valeria Reshétnikova, relatou que especialistas russos começaram a preparar o equipamento de processo e as linhas de montagem.

A Rússia aspira a solucionar o atraso que tem com as Forças Armadas Nacionais (FAN) e lançar a fábrica para a produção de fuzis AK-103 Kalashnikov, na Venezuela, para o próximo ano de 2022.

A porta-voz do Serviço Federal de Cooperação Militar e Técnica (FSMTC) da Rússia, Valeria Reshétnikova, informou que “os especialistas russos começaram a preparar os equipamentos de processo e as linhas de montagem. Esperamos lançá-lo em 2022”.

Em agosto de 2021, após anos de atraso, a Rússia garantiu que se aproximava a entrega da fábrica de fuzis AK-103 e munições 7,62x39 na Venezuela.

Reshétnikova, em declarações à Spunitk, disse que apesar da situação epidemiológica e das sanções dos Estados Unidos, as obras finais na fábrica estão sendo realizadas em ritmo acelerado em cooperação com a Venezuela.

Foi em 2001 que foi assinado o contrato para a produção de armas e munições Kalashnikov na Venezuela. Em outubro deste ano, o enviado especial da Presidência, Adán Chávez, visitou Moscou e lembrou que o governo de Nicolás Maduro espera que as obras de construção da fábrica de fuzis Kalashnikov sejam concluídas no segundo semestre de 2022.

Em 2005, a Força Armada Nacional (FAN) adquiriu 100.000 fuzis de assalto AK-103 Kalashnikov da estatal russa Rosoboronoexport. Nesse sentido, o contrato incluiu a fábrica dos equipamentos no país que já foi anunciada em diversas ocasiões.


Segundo o portal Russia Beyond, segundo informações do dia 17 de setembro, a entrega da fábrica está cada vez mais próxima. Conforme informado, espera-se que as últimas máquinas para a linha de montagem e os equipamentos para os sistemas de engenharia e suporte sejam fornecidos, em Puerto Cabello, nos próximos meses.

“A fábrica de fuzis começará a operar no final de 2019. Acompanhamos constantemente as obras. Esta indústria é de importância estratégica vital para a independência da Venezuela”, anunciou o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, em 2018.

O Russia Beyond disse que, em 2015, o chefe da empreiteira, o ex-senador Sergei Popelniujov, foi preso sob a acusação de desviar mais de um bilhão de rublos destinados à construção das fábricas para a Venezuela. Em dezembro de 2016, o oficial Dmitri Rogozin informou que a fábrica estava apenas parcialmente construída, sem janelas, portas ou eletricidade, mas prometia seu funcionamento em 2019.

De acordo com o Instituto Internacional de Pesquisas para a Paz de Estocolmo (SIPRI), 65% das armas compradas pela Venezuela nos últimos 11 anos vêm da Rússia.

O acordo com a Rússia


Os acordos com a Rússia incluíram centros de treinamento para helicópteros, também incluem centros de manutenção para aeronaves de combate Su-30MK2, a instalação de uma fábrica para a fabricação de fuzis AK-103/AK-104 e outra para a fabricação de munição calibre 7,62×39mm. Isso está registrado em um relatório do Control Ciudadano.

Em abril de 2019, chamou a atenção a presença de um grupo significativo de militares russos na Venezuela, mas posteriormente foi dito que se deveram ao cumprimento de parte da dívida técnica com a FAN no âmbito dos acordos de cooperação técnica bilateral iniciados em 2005, com Hugo Chávez. Esses acordos envolvem também o treinamento de pessoal militar.

Na ocasião, a estatal russa Rosoboronoexport anunciou a inauguração do Centro de Instrução e Treinamento Simulado Conjunto “GB Oscar José Martínez Mora”, no estado de Yaracuy. É um centro de treinamento de pilotos no manejo dos helicópteros Mi-17V5, Mi-35M e Mi-26T, adquiridos durante o governo de Hugo Chávez.

A Relação da Venezuela com a Rússia é fortalecida


O embaixador da Rússia na Venezuela, Sergey Melik-Bagdasarov, disse que Moscou e Caracas estão trabalhando para encontrar novos destinos turísticos para os russos que desejam visitar o país.

"Os venezuelanos, em cooperação com os operadores turísticos russos, estão trabalhando ativamente para expandir a geografia das rotas turísticas", disse Mélik-Bagdasarov em entrevista ao Sputnik.

De fato, em maio de 2021, foi estabelecido o serviço aéreo regular e direto entre Moscou e Caracas. De acordo com Mélik-Bagdasarov, o destino mais procurado ainda é a ilha de Margarita, que recebeu cerca de 6.000 turistas russos de setembro a dezembro deste ano.

Em outubro de 2021, Caracas e Moscou assinaram novos acordos sobre cooperação energética, finanças, cultura, esportes, saúde, turismo e comunicação, como parte da XV Comissão Intergovernamental de Alto Nível (CIAN). Esses acordos somam-se aos 264 acordos em 20 áreas estratégicas firmados nos últimos 20 anos.

Leitura recomendada:

Selva de Aço: A História do AK-103 Venezuelano, 13 de fevereiro de 2021.

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