quinta-feira, 26 de agosto de 2021

GALERIA: A Legião Oriental no Chipre

Em Monarga, exercício de ordem cerrada para os legionários da Legião Oriental, julho de 1918.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 26 de agosto de 2021.

A Legião Oriental em Nicósio, no Chipre, em julho de 1918. Matéria da SCA-ECPAD durante a Primeira Guerra Mundial, fotografias de Winckelsen Charles. Esta legião é composta por voluntários armênios e sírios que foram empregados contra os turcos otomanos. Inicialmente formada por 6 batalhões de 800 homens cada, a Legião Oriental era comandada pelo Major Louis Romieu; sendo armada, equipada e treinada pelos franceses. O efetivo da Legião Oriental era de 4.124 homens, e logo passou a ser conhecida como Legião Armênia.

A contingente armênio era comandado por oficiais franceses e armênios, e continha muitos dos armênios sobreviventes de Musa Dagh, onde os armênios resistiram aos massacres turcos durante o genocídio armênio por 40 dias até serem resgatados pela Marinha Francesa em 12 de setembro de 1915.

Após o treinamento no Chipre, a unidade foi incorporada ao Destacamento Francês da Palestina e da Síria (Détachement Français de Palestine et de Syrie) como um regimento de marcha - ou seja, formação temporária - com dois batalhões armênios para lutar contra os turcos otomanos e seus aliados alemães no Levante. O Régiment de Marche de la Légion d'Orient foi reforçado por uma companhia síria, um esquadrão de Spahis norte-africanos desmontados e um pelotão de metralhadoras.

No acampamento em Monarga, um batalhão da Legião Oriental desfila ao som da música.

A companhia síria da Légion d'Orient chegou a Port Said em 6 de fevereiro de 1918. O primeiro e o segundo batalhões chegaram no mesmo porto no final de abril e 15 de julho de 1918, respectivamente. Todos os três foram enviados do Chipre em 1918. O esquadrão de Spahis do Capitão Kerversau embarcou a bordo do Hyperia em Bizerta, na Tunísia, em 22 de julho de 1918, para trânsito para Alexandria, junto com um pelotão de metralhadoras transportado por mulas comandadas pelo Tenente Delahaye. A Legião então desembarcaria em Jaffa na metade de setembro.

A Legião Oriental se distinguiu na Batalha de Arara (19 de setembro de 1918) em Wadi Ara, perto de Nablus, onde teve papel decisivo. Essa batalha fez parte da Batalha de Megiddo, junto com a Batalha de Nablus, e que destruiu um corpo de exército otomano e abriu caminho para Alepo - que foi capturada em 26 de outubro.

"Os franceses lutaram bem e tiveram cerca de 150 mortos e feridos - armênios e tirailleurs algériens."

- Carta do General Allenby à sua esposa Adelaide Chapman em 24 de setembro de 1918.

Um monumento às tropas armênias mortas durante a batalha foi movido de seu local original no campo de batalha de Arara para o Monte Sião em outubro de 1925.

O General Edmund Allenby elogiou as forças armênias em seu despacho oficial ao Alto Comando Aliado: "No flanco direito, nas colinas costeiras, as unidades da Legion d'Orient armênia lutaram com grande bravura. Apesar da dificuldade do terreno e da força das linhas defensivas inimigas, bem cedo, eles tomaram a colina de Dir el Kassis." Allenby observou:" Estou orgulhoso de ter um contingente armênio sob meu comando. Eles lutaram de forma muito brilhante e tiveram um grande papel na vitória."

A Legião Armênia permaneceu em combate contra os turcos após o armistício até 1920. 

Temas principais da matéria:
  • Vida diária local;
  • Aspectos da cidade de Nicósia;
  • A vida cotidiana da Legião Oriental em Nouarga (ou Monarga: o livro de legendas original usa ambos os escritos):
  • Passagem em revista de um batalhão e desfile de tropas;
  • Vista geral do acampamento;
  • A cozinha e o "refeitório" da legião.

No acampamento em Monarga, os legionários são fotografados em frente à cozinha.

Mulheres cipriotas em Nicósia.

O pátio de uma casa cipriota.

Bibliografia recomendada:

Motivação para o Combate.
Anthony Kellett.
Leitura recomendada:



O Chauchat na Iugoslávia, 26 de outubro de 2020.

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