segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Um destacamento da Legião Estrangeira integrado em um batalhão australiano para o Exercício Adaga de Diamante


Por Laurent Lagneau, Zone Militaire Opex360, 30 de agosto de 2021.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 30 de agosto de 2021.

As oportunidades de treinar juntas para as forças terrestres francesas e australianas, que estabeleceram seus vínculos durante a Primeira Guerra Mundial, são bastante raras... Além disso, a chegada de um destacamento da Legião Estrangeira no “Quartel Gallipoli”, perto de Brisbane, é um evento pequeno em si.

De fato, de acordo com o Ministério da Defesa australiano, 28 legionários - a priori do 2º Regimento de Paraquedistas Estrangeiro (2e Régimento Étranger de Parachutiste, 2e REP), a julgar pelo distintivo da boina - participarão das manobras "Diamond Dagger" (Adaga de Diamante), após ingressarem na companhia "Alpha" do 6º Batalhão do Regimento Real Australiano (6th Battalion, Royal Australian Regiment, 6 RAR), subordinado à 7ª Brigada do Exército Australiano.




Os legionários franceses vieram da Nova Caledônia, onde foram enviados em uma missão de curto prazo (mission de courte durée, MCD) dentro do RIMaP-NC [Régiment d’infanterie de marine du Pacifique – Nouvelle-Calédonie/Regimento de Infantaria da Marinha do Pacífico - Nova Caledônia].

Depois de serem colocados em quarentena ao chegarem na Austrália (a pandemia da covid-19 exige), os legionários começaram a se familiarizar com o equipamento e os procedimentos da Alpha Company. Então, eles chegarão ao cerne da questão com o início das manobras Diamond Dagger, que devem durar várias semanas.

 “O objetivo é ver como operam os soldados da Alpha Company do 6 RAR, mostrar-lhes nossas habilidades e trabalhar juntos para melhorar”, disse o Capitão Paul, que comanda o destacamento francês. Para os legionários, a Diamon Dagger também será uma oportunidade de vivenciar o mato australiano, um ambiente ao qual eles não estão acostumados.

“Eles são jovens, são enérgicos, estão motivados, querem estar aqui, têm o mesmo entusiasmo por estar na Austrália que teríamos se tivéssemos a oportunidade de ir para a França ou Nova Caledônia”, comentou o Tenente-Coronel Richard Niessel, comandante do 6 RAR.

“O mais importante é fortalecermos nossas relações com as forças armadas francesas, construirmos laços mais fortes, desenvolvermos nossa interoperabilidade e aprendermos uns com os outros”, continuou o oficial australiano. "Fortalecer o vínculo entre nossas duas nações é vital porque quando precisarmos trabalhar juntos no futuro, as bases já estarão estabelecidas", acrescentou.

Bibliografia recomendada:

French Foreign Legion Paratroops.
Martin Windrow & Wayne Braby, e Kevin Lyles.

Leitura recomendada:

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