Soldados da Força-Tarefa Européia "Takuba" desfilam durante o desfile militar anual do Dia da Bastilha na Avenue des Champs-Elysées, em Paris, em 14 de julho de 2021. (Michel Euler / POOL / AFP) |
sexta-feira, 3 de setembro de 2021
Takuba: "O Sahel merece os nossos esforços para servir de laboratório para uma força européia eficaz"
quinta-feira, 2 de setembro de 2021
Três lições para a Europa com a queda do Afeganistão
Pessoas embarcam em um avião A400 da Força Aérea Espanhola como parte de um plano de evacuação no aeroporto de Cabul, no Afeganistão, na quarta-feira, 18 de agosto de 2021. (Picture Alliance) |
A segunda lição diz respeito ao que deu errado no esforço americano para construir o exército afegão. As forças armadas dos países ricos - especialmente os Estados Unidos - não sabem como encontrar o equilíbrio certo entre modernizar os exércitos dos Estados pobres e garantir que a modernização seja sustentável. Os exércitos padrão OTAN dependem de um sistema de apoio crítico no qual os batalhões de infantaria são apenas a ponta da lança. Os componentes essenciais do sistema incluem consciência situacional por meio de recursos de inteligência integrados, cadeias de logística complexas e caras, capacidade de evacuação médica rápida e apoio aéreo aproximado. Quando as forças locais contam com o apoio de uma força expedicionária ocidental, como foi o caso no Afeganistão por muitos anos, essas capacidades fornecem a elas uma vantagem considerável. Mas, se o aliado ocidental puxar o plugue, a força local ficará fraca e despreparada, tendo perdido a capacidade de operar de forma independente. Se, além disso, o sistema de folha de pagamento da força é disfuncional por causa da corrupção, os soldados ficam totalmente desmoralizados e sem vontade de lutar.
Guerra Irregular: Terrorismo, guerrilha e movimentos de resistência ao longo da história. Alessandro Visacro. |
Leitura recomendada:
Por que o Afeganistão não foi um fracasso da autonomia estratégica europeia
Forças alemãs perto do Campo Marmal durante uma patrulha fora de Mazar-e-Sharif, Afeganistão, em novembro de 2009. (Resolute Support Media) |
Bibliografia recomendada:
quarta-feira, 1 de setembro de 2021
Depois do Afeganistão, a intervenção de crises da UE deve crescer, não voltar para casa
Um soldado francês parado entre os evacuados, Cabul. |
Por Tobias Pietz, World Politics Review, 1º de setembro de 2021.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 1º de Setembro de 2021.
É difícil falar de ambições europeias para a gestão de crises internacionais tendo como pano de fundo as imagens de Cabul nas últimas semanas, que parecem contar uma história do fracasso das políticas intervencionistas ocidentais. Mas essa discussão é necessária com urgência. Sim, será necessário avaliar as lições da derrota no Afeganistão. Mas essa guerra, com sua construção-estatal dominada pelos EUA, é em muitos aspectos um caso especial que deve ser analisado distintamente. Nesse ínterim, existem muitas outras crises e conflitos globais em que a União Europeia, bem como as Nações Unidas e organizações regionais, estão atualmente a intervir, sem a participação dos EUA e da OTAN. Esses esforços precisam continuar - incluindo, se necessário, por meio do uso de força militar, se autorizado por um mandato do Conselho de Segurança da ONU. Em outras palavras, a Europa não pode simplesmente lavar as mãos na gestão de crises internacionais.
Até a queda de Cabul, as recentes discussões e debates da UE sobre seu papel global giravam em torno da ideia de “autonomia estratégica europeia” e de como a UE poderia se tornar mais soberana na condução da política externa e de segurança. Acima de tudo, a preparação do “Compasso Estratégico” da UE, programado para 2022, parecia ter sinalizado uma nova ambição para alcançar a autonomia. Mas essa ambição não tem muito em comum com as realidades atuais da política externa e de segurança europeias.
O objetivo principal da Bússola Estratégica, iniciada durante a presidência rotativa da Alemanha na UE, é que os Estados-membros finalmente cheguem a um acordo sobre objetivos estratégicos claros e viáveis para fortalecer a UE como ator de política de segurança e defesa. A bússola também se destina a fornecer orientação política para futuros processos de planejamento militar. No entanto, embora a bússola inclua uma “cesta” de gerenciamento de crises, o processo de redação está fortemente focado em questões de defesa, particularmente a proteção da Europa. Isso corre o risco de enfraquecer ainda mais as missões de gestão de crises externas da UE conduzidas sob os auspícios da sua Política Comum de Segurança e Defesa.
Boina e distintivo do Eurocorps. |
Soldado francês supervisiona entrada em compartimento de soldados iraquianos durante treinamento de CQB. |
COMENTÁRIO: A morte confirmada da indústria de armas francesa
L'emergence d'une Europe de la défense: Difficultés et perspectives. Dejana Vukcevic. |
Leitura recomendada:
sexta-feira, 16 de julho de 2021
Projetos militares da UE enfrentam atrasos, mostra documento que vazou
Durante décadas, a UE foi extremamente cautelosa em passar para o domínio militar. (Alexander Koerner / Getty Images) |
Tigres francês e alemão durante exercícios na base militar de Le Luc. |
Guarda-de-honra da Brigada Franco-Alemã. |
Boina e distintivo do Eurocorps. |