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domingo, 13 de dezembro de 2020

FOTO: Sherman nas selvas do Pacífico

M4 Sherman "Lucky Legs II" lidera o avanço da infantaria americana na mata fechada, iluminada apenas por alguns feixes de luz que conseguem passar pelas copas em Bougainville, 16 de março de 1944. (Colorização de James, u/vorst17735)

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 13 de dezembro de 2020.

Estes homens do 129º Regimento de Infantaria do exército americano asseguram o perímetro ao amanhecer, seguindo infiltrações japonesas na noite anterior.

O Sherman era "cachorro grande" no Pacífico, sendo muito superior a todos os tanques japoneses. Produzido em massa e projetado para ser transportado pelo mar sem a necessidade de grandes guindastes de descarregamento em portos, o Sherman entrou em ação em todos os teatros de operação terrestres na guerra.

Com as pesadas perdas americanas em Tarawa, em 1943, ficou decidido que o Sherman necessitava de limitada capacidade anfíbia, de modo a entrar em ação nas primeiras levas de desembarque e garantir mobilidade tática "na linha d'água". Isso foi um choque para o Comando japonês, pois era esperado que os americanos poderiam contar apenas com os leves Stuart nos primeiros dias de invasão.

Sequência da mesma unidade durante o contra-ataque japonês ao alojamento americano em torno de Torokina, Batalha de Bougainville, 16 de março de 1944.

Bibliografia recomendada:




Leitura recomendada:

GALERIA: Operação de limpeza com blindados em Tu Vu25 de abril de 2020.

GALERIA: Blindados Anfíbios do 1er REC na Indochina2 de outubro de 2020.

GALERIA: Manobras com o Sherman no Brasil, 195730 de janeiro de 2020.

FOTO: Sherman japonês, 6 de outubro de 2020.

FOTO: Um Sherman em San Martino, 14 de agosto de 2020.

FOTO: Shermans soviéticos do 6º de Guardas31 de janeiro de 2020.

FOTO: Um M24 Chaffee no Tonquim9 de julho de 2020.

FOTO: M113 australiano no Vietnã13 de dezembro de 2020.

"Tanque!!": A presença duradoura dos carros de combate na Ásia6 de setembro de 2020.

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

GALERIA: Blindados Anfíbios do 1er REC na Indochina

Veículo anfíbio LVT-4 "Alligator" (versão obuseiro) do GA 2 do 1er REC em um estacionamento durante a Operação Auvergne.
A torre tem a granada de sete flamas da Legião Estrangeira Francesa.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 2 de outubro de 2020.

O 2º Grupamento Anfíbio (2e Groupement Amphibie, GA 2), formado por esquadrões do 1er REC (1er Régiment Étranger de Cavalerie/ 1º Regimento Estrangeiro de Cavalaria) equipados com veículos anfíbios Weasel M29 "Crabes" (Caranguejos) e LVT-4 "Alligator" (Jacaré). Estes blindados foram fotografados por René Adrian para o ECPAD durante a Operação Auvergne, a evacuação do delta do Tonquim em junho de 1954.

Fazendo uso da técnica de ação anfíbia agressiva com esses blindados, originalmente projetados apenas para o transporte, iniciada pelos 1er e 2e REC, o GA 2 liderou uma série de operações no setor de Nam-Dinh, servindo como suporte para os GM (Grupos Móveis) operando no triângulo de Nam-Dinh, Ninh-Binh e Phu-Ly, ultrapassando terreno pantanoso quase intransponível. Reparos e manutenção constantes eram necessários em todos os veículos anfíbios usados ​​durante essas operações neste tipo de terreno inclemente, o que foi feito mesmo com recursos limitados.

Veículo anfíbio Weasel M29 "Crabe" do GA 2 do 1er REC no mirante durante a Operação Auvergne. Ele tem um caranguejo na proa, o símbolo dos grupos anfíbios.

Uma tripulação do Weasel M29 "Crab" do GA 2 1er REC na areia pronta para partir em uma nova missão durante a Operação Auvergne. Um desses veículos, com o mesmo distintivo do 1er REC está preservado no Museu de Blindados de Saumur.

Um esquadrão do GA 2 formado por esquadrões 1er REC equipados com veículos anfíbios LVT-4 "Alligator" retornando a Nam-Dinh durante a Operação Auvergne. Os sargentos do esquadrão usam o "képi" (quepe) preto, enquanto os legionários usam o famoso "képi blanc" (quepe branco) e os supletivos vietnamitas a boina branca.

Um veículo anfíbio LVT-4 "Alligator" (versão obuseiro) do GA 2 do 1er REC sai do rio para chegar a um estacionamento durante a Operação Auvergne.

Bibliografia recomendada:

Leitura recomendada:

O que um romance de 1963 nos diz sobre o Exército Francês, Comando da Missão, e o romance da Guerra da Indochina12 de janeiro de 2020.

GALERIA: Largagem paraquedista em Quang-Tri durante a Operação Camargue2 de outubro de 2020.

GALERIA: Bawouans em combate no Laos28 de março de 2020.

GALERIA: Operação Chaumière em Tay Ninh com o 1er BPVN16 de junho de 2020.

GALERIA: Operação de limpeza com blindados em Tu Vu25 de abril de 2020.

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

O Urutu no CFN


Em 1973, continuando no objetivo de obtenção de material anfíbio, o CFN adquiriu cinco viaturas de transporte de tropa, blindadas, sobre rodas Urutu, que foram recebidas em cerimônia realizada no CIAdestCFN, presidida pelo Ministro da Marinha, com a presença do comandante-geral do CFN e o presidente da empresa montadora. Esses veículos possuíam capacidade anfíbia limitada a águas tranqüilas pois, com o mar de popa, inclinavam-se para vante imergindo mais do que o desejável e com banda para boreste. Impulsionados por hélice, quando na água desenvolviam baixa velocidade, não possuíam sistema de governo adequado, não enfrentavam ondas e não podiam ser lançados e recolhidos através da rampa dos NDCC, por serem sobre rodas e com espaçamento entre eixos muito grande, não tendo sido aprovados no teste realizado na Operação Dragão XI, em 1975. Agravava ainda mais a situação esses Urutus constituírem os primeiros fabricados pela indústria nacional, sendo diferentes entre si e diferentes dos produzidos em série para o Exército Brasileiro e para exportação, acarretando dificuldade para sua manutenção.

Foram utilizados como transporte terrestre, na Companhia de Viaturas Anfíbias do Batalhão de Transporte, porém não permaneceram muito tempo em serviço, acabando seus dias como monumento na entrada de OM da FFE, como símbolo da primeira tentativa de obtenção de uma viatura blindada para assalto anfíbio e, porque não dizer, de incentivo à indústria nacional.

Foi ainda dentro desse cenário favorável que a administração naval, no início de 1974, destinou uma verba no exterior para aquisição dos carros de lagarta anfíbios. Colocada a encomenda, a empresa FMC montadora desses veículos informou que a linha de produção estava fechada e que seria reaberta somente em um prazo de dez anos aproximadamente. Entretanto, a firma ofereceu a preços inferiores a viatura sobre lagarta M-113, que possuía a limitada capacidade para travessia de curso de água.

Embora reconhecendo não ser o M-113 uma viatura anfíbia, o CFN decidiu pela sua compra, com o intuito de introduzir a lagarta no seu inventário e permitir ao nosso pessoal a obtenção de conhecimento sobre as suas operações e manutenção. Esses carros demonstraram a sua utilidade e, decorridos quase 30 anos de sua aquisição, continuam hoje a prestar serviço à FFE. Na sua chegada ao Brasil eles foram incorporados ao Batalhão de Transporte Motorizado.

- Fuzileiros Navais: Das praias de Caiena às ruas do Haiti, 2005, pg. 40-41.

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Post Scriptum: Comentários sobre o mesmo texto em um grupo de fuzileiros navais em 2014

FN1: Camarada Filipe, mesmo eu tendo servido sempre na Infantaria, eu não me lembro de ter feito nenhuma manobra com o Urutu. Todos os blindados do CFN eram lotados no antigo Batalhão de Viaturas Anfíbias da Tropa de Reforço que era situada em Niterói, e ficava bem distante de onde eu servia, que era na Divanf, na Ilha do Governador... E agora eu tô pensando que esse Urutu aí da foto, talvez seja o mesmo Urutu que eu e o outro campanha da escola lixamos, por causa do comentário feito pelo nosso campanha Agilson, que identificou a trave do gol no fundo da foto lá do Batalhão de Comando da Divanf e pela localização do carro na fotografia, bem próximo ao campo de futebol, e que agora estou me lembrando ser no mesmo local onde na época lixamos o carro ... **...

Eu fiz algumas manobras de Apoio Mútuo Carro Infantaria com os blindados M113, que até hoje estão em pleno uso no CFN, e foi também na minha época de SD, que o CFN adquiriu os primeiros Clanfs... Fizemos uma manobra na ilha da Marambaia em 1987 com os Calnfs dos Marines, mas havia lá também apenas um carro Urutu, zero Km da empresa bélica ENGESA, sendo testado pelo CFN, mas esse carro de combate afundou ao descer a rampa do NDCC no mar da Marambaia! Sorte a nossa que só havia apenas o motorista à bordo do carro, mas ele foi muito safo, estava com colete salva-vidas e abandonou rapidamente o Urutu onceiro! **... (Filipe Amaral, essa história do Urutu que afundou na Marambaia, não é Guerra!) e o carro foi reprovado no teste! **... Se tiver algum naval aqui da página, que estava nessa manobra, talvez ainda consiga se lembrar desse cenário com o Urutu que afundou... **...

FN2: Pois é camarada Agilson, mas o Urutu foi resgatado no mesmo dia pelos mergulhadores de combate marujos que vieram do Rio de helicóptero especialmente para mergulhar e amarrar os cabos de aço no Urutu, e depois o guindaste do NDCC içou o urutu até a rampa do NDCC, e os marujos MR usando um equipamento com sistema de tração do próprio NDCC, se encarregaram de puxar o Urutu para dentro do deque do navio... E isso não é guerra não campa! Quem estava nessa manobra deve se lembrar desse cenário... kkk

FN1: Então amigo, o CFN aprovou os carros lagarta anfíbios, e meses depois, a Marinha adquiriu seus primeiros 12 Clanfs... O Clanf 01, era somente para transportar as autoridades do Estado Maior do CFN envolvidas nas manobras anfíbias, o Clanf 02, era o carro guincho de socorro, reboque e reparo rápido, e dentro dele era repleto de peças de reposição para os outros Clanfs, para serem usadas caso algum Clanf daqueles se quebrasse em alguma manobra... Já os outros 10 Clanfs eram para o desembarque anfíbio e transporte somente para os pelotões de fuzileiros dos batalhões de infantaria, por que quem não era dos pelotões de infantaria, não desembarcava pelos Clanfs, mas, tinha que descer pela rede de transbordo para desembarcar na praia pelas EDCG... Pelo menos naquela época inicial em que o CFN havia adquirido os seus primeiros 12 Clanfs, as manobras anfíbias eram feitas assim.

FN2: O mais hilário nesse cenário aí do Urutu, campa Agilson, é que estavam todos os navais dos pelotões de infantaria armados e equipados, reunidos no deque do NDCC Duque de Caxias aguardando a vez para embarcar nos Clanfs, e o Urutu 0 km da ENGESA todo pintado na cor preta, desceu primeiro a rampa do navio só com o seu motorista, e assim que ele bateu nágua, afundou imediatamente, mas nós que estávamos olhando o desembarque, pensávamos que ele iria emergir, porque até os Clanfs quando descem a rampa do navio, sempre dão uma pequena afundada mas logo emergem á tona, mas nesse caso aí, só quem emergiu do mar, foi o piloto do Urutu, e todos ficamos espantados com aquele cenário triste, e o cara subiu rapidamente à rampa, aí ele disse, afundou, não pegou sustentação! kkkk