sábado, 17 de julho de 2021

Forças Especiais: Inovação de suboficial do 13e RDP melhora a segurança dos saltadores operacionais

Por Laurent Lagneau, Zone Militaire OPEX 360, 17 de julho de 2021.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 17 de julho de 2021.

Durante a sua última viagem a Biscarrosse, no centro de “Teste de Mísseis” da Direção-Geral dos Armamentos (Direction générale de l’armementDGA), a Ministra das Forças Armadas, Florence Parly, citou a palavra “inovação” 19 vezes… e em particular para insistir na “inovação participativa”, ou seja, sobre a capacidade dos militares de imaginar soluções para os problemas operacionais com os quais são regularmente confrontados.


Assim, e no sentido de fomentar ainda mais esta inovação participativa, que já é tema do "prix de l’Audace" ("Prêmio da Audácia”), atribuído a cada dois anos pela Fundação Maréchal Leclerc de Hauteclocque, a Sra. Parly anunciou a criação, no próximo mês de Novembro, do “Troféu dos Inovadores da Defesa”, sob a égide da Agência da Inovação da Defesa (Agence de l’innovation de défenseAID). Este troféu "terá como objetivo premiar inovadores de todos os estatutos, civis ou militares, pertencentes ao ministério" e a sua primeira edição "terá como tema" operações em campos intangíveis", seja ciber, inteligência, luta por influência, ou capacidades cognitivas e psicológicas”, disse a Ministro.

De qualquer forma, 2020 terá sido um ano "dinâmico" para a inovação participativa. Excluindo aqueles relacionados com a Covid-19, a AID investigou 75 projetos, 32 dos quais foram financiados. E o DAPCO, para "Dispositivo de auxílio à aterragem para saltadores operacionais", foi distinguido na última edição do DROID (Document de référence de l’orientation de l’innovation de DéfenseDocumento de referência para a orientação da inovação em defesa).

Saltadores operacionais do 13e RDP.
Saltadores livres qualificados em saltos HALO e HAHO.

Concretamente, o DAPCO visa melhorar a segurança dos saltadores operacionais. Portanto, trata-se principalmente das forças especiais. Assim, em uma zona desértica e em condições de visibilidade zero, um paraquedista não percebe o solo quando está no final de suas linhas. Daí a ideia de avisá-lo que está prestes a pousar por meio de um sinal sonoro, para evitar o risco de perder velocidade ou chegar numa velocidade muito alta.

Este é, portanto, o princípio do DAPCO, desenvolvido por um chefe de gabinete do 13º Regimento de Dragões Paraquedistas (13e Régiment de Dragons Parachutiste, 13e RDP), com a ajuda da empresa de Bordéus BE Électronique. Em detalhes, este dispositivo tem a forma de uma "caixa que emite ondas de rádio na direção do solo e um receptor conectado à caixa V60 INVISIO, que emite sons no fone de ouvido PELTOR [anti-ruído]" do operador.

INVISIO V60.

Este projeto inovador recebeu um financiamento de 45.000 euros no âmbito da inovação participativa do Ministério das Forças Armadas.

Salto livre/operacional das forças especiais francesas


Bibliografia recomendada:

Commandos Parachutistes:
Au coeur de l'action.
Louis-Frédéric Dunal.

French Airborne Troops Wings and Insignia:
From the origins to the present day.
Jacques Baltzer e Éric Michéletti.

Leitura recomendada:



O primeiro salto da América do Sul, 13 de janeiro de 2020.



GALERIA: Reencenação do salto no Passo de Mitla, 31 de março de 2020.

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