Tradução Filipe do A. Monteiro, 12 de janeiro de 2022.
EUA – Em 1975, a revista Soldier of Fortune (Soldado da Fortuna) chegou às prateleiras de revistarias em todos os lugares. Era descaradamente pró-armas e pró-militar numa época onde isso não era moda. O envolvimento direto das forças armadas americanas na Guerra do Vietnã terminou dois anos antes, e Saigon cairia em abril deste ano. Em casa, o grupo terrorista estudantil radical, “The Weather Underground”, ainda estava bombardeando prédios do governo dos EUA.
Ninguém pensou que esse tipo de revista faria sucesso na década de 1970, exceto o fundador da revista, o Tenente-Coronel Robert K. Brown.
O Tenente-Coronel Robert K. Brown com a boina verde das Forças Especiais no Vietnã acompanhado de um amigo, por volta de 1969.
O Tenente-Coronel Brown foi um Boina Verde do Exército, um veterano do Vietnã e um ganhador da Estrela de Bronze. Ele entendia de guerra e sabia publicar, o que lhe dava um conjunto de habilidades único que o serviria bem. Ele combinou esses talentos para criar uma das revistas mais famosas e às vezes infames da história das publicações.
As referências da cultura pop à Soldier of Fortune estão espalhadas por filmes, TV, livros e até vídeo games. Muitas vezes eu me perguntava o que os fundadores da Soldier of Fortune pensavam sobre o impacto duradouro da revista na sociedade. Quando a Ammoland me ofereceu a oportunidade de entrevistar o Tenente-Coronel Brown, eu sabia que tinha que fazer isso.
John: Em primeiro lugar, deixe-me agradecer por seu serviço ao nosso país. Como marido de alguém que serviu nas Forças Armadas, todos que serviram significam muito para mim.
Tenente-Coronel Brown:Mucho obrigado!
John: Você serviu nas Forças Especiais durante o Vietnã. O que fez você querer se juntar aos Boinas Verdes?
Ten-Cel Brown: Eu estava envolvido no apoio a Castro na época e, posteriormente, ajudei os cubanos anti-Castro na tentativa de derrubá-lo. Consequentemente, desenvolvi um interesse e uma apreciação pela guerra não-convencional.
I Am Soldier of Fortune: Dancing with Devils. Robert K. Brown e Vann Spencer.
John: Em seu livro, I Am Soldier of Fortune: Dancing with Devils, você falou sobre ser expulso dos Boinas Verdes duas vezes. O que fez você ser expulso e como você voltou para os Boinas Verdes?
Ten-Cel Brown: A primeira vez foi porque o Exército falhou em atualizar minha autorização de segurança... Top Secret... antes de me designar para as Forças Especiais quando me ofereci para ir ao Nam. Quando o Exército descobriu que eu havia retornado às Forças Especiais no Nam devido ao meu puxão de cordas, eles me expulsaram pela segunda vez.
John: Você se tornou um editor em 1970 ao fundar a Paladin Press e então em 1975 você fundou a revista Soldier of Fortune. Como você passou de Boina Verde para editor?
Ten-Cel Brown: Fundei a Panther Publications em 1963 durante a auto-publicação de “150 Questions for a Guerrilla” (“150 Perguntas para um Guerrilheiro”), de autoria do “General” Alberto Bayo, que treinou Castro e seu grupo inicial de revolucionários que então invadiram Cuba em 6 de dezembro 1956. Tornei-me brevetado nas Forças Especiais em 1966 após concluir o Curso de Oficiais das Forças Especiais em Ft. Bragg. Depois de voltar do Nam, juntei-me ao veterano do Vietnam Peder Lund para formar a Paladin Press em 1970. Em 1974, vendi minha participação na Paladin para Lund... e fui para a guerra de mato na Rodésia.
John: Soldier of Fortune teve um enorme impacto na cultura popular. Inúmeros livros, filmes e programas de TV fazem referência a essa revista. Surpreende-o o quão conhecido se tornou?
Ten-Cel Brown: A SoF foi tema de vídeo games dos mais vendidos da Activision, teve uma série de TV que durou 40 episódios, teve uma edição russa por alguns anos, além de publicar 20 romances de aventura com o logotipo da SoF. Quando comecei a SoF, as pessoas da indústria editorial diziam que eu era louco! Se alguém viesse a mim com um projeto semelhante sabendo tão pouco quanto eu sobre publicação, eu diria a mesma coisa.
O Tenente-Coronel Robert K. Brown no Afeganistão, por volta de 1989.
John: Você mora em Boulder, no Colorado. A Câmara Municipal de Boulder acaba de aprovar uma proibição de “armas de assalto”. Tem que passar mais duas vezes antes de se tornar uma ordenança. Você planeja desistir de suas armas semiautomáticas se isso se tornar uma ordenança?
Ten-Cel Brown: Certamente você está brincando!
John: Como você planeja resistir ao empurrão para pegar as armas?
Ten-Cel Brown: Nunca dê ao inimigo uma visão de seus planos.
John: Você mora em Boulder há muito tempo. Como isso mudou desde que você se mudou para lá?
Ten-Cel Brown: Para pior. Muita gente... com uma mentalidade anti-armas “progressista”. Juro que a Câmara Municipal, está no bolso dos promotores à medida que vai construindo, construindo, construindo.
John: A vereadora Jill Adler Grano afirma que a Segunda Emenda não protege fuzis como o AR15. O que você diria a ela se ela fizesse esse comentário para você?
Ten-Cel Brown: A arrogância de JA Grano só é superada por sua ignorância. Ela e o resto da Câmara Municipal, bem como o procurador da cidade, que parece uma doninha corrupta, não conseguiram demonstrar como a proibição de fuzis esportivos modernos e carregadores estendidas impedirá que atiradores ativos ataquem nossas escolas. Tudo o que esses trolls repugnantes e miseráveis estão fazendo é tornar criminosos os cidadãos honestos... acariciando seus egos atrofiados e imaturos tentando enganar o público que eles estão "...fazendo alguma coisa".
John: Você acha que a multidão anti-armas está explorando as tragédias como o tiroteio em Parkland para empurrar o controle de armas, ou você acha que eles se importam com as crianças?
Ten-Cel Brown: Se eles levassem a sério a proteção das crianças, eles colocariam segurança armada nas escolas.
John: Você acha que essas proibições de armas eventualmente vão para todo o país?
Ten-Cel Brown: Não.
John: O que podemos fazer para lutar contra a invasão sobre nossos direitos da Segunda Emenda?
Ten-Cel Brown: Envolva-se no processo político... vote... leve sua família e amigos às seções eleitorais. Junte-se ao NRA!
O Ten-Cel Robert K. Brown em uma recente e bem-sucedida caçada ao ursos.
John: Alguma outra coisa que você gostaria que os leitores da Ammoland soubessem?
Ten-Cel Brown:“Aqueles que transformam suas armas em arados irão arar para aqueles que não o fizerem.” Thomas Jefferson. E, desde que você possa puxar um gatilho, você é relevante.
Embora a Soldier of Fortune tenha encerrado sua edição impressa em 2016, ela ainda pode ser encontrada online no site sofmag.com.
Sobre John Crump
John é instrutor da Associação Nacional de Fuzis (National Rifle Association, NRA) e ativista constitucional. Ele é o ex-CEO da Veritas Firearms, LLC e é o co-apresentador do The Patriot News Podcast, que pode ser encontrado em www.blogtalkradio.com/patriotnews. John escreveu extensivamente sobre o movimento patriota, incluindo 3%’ers, Oath Keepers e Militias. Além do movimento Patriot, John escreveu sobre armas de fogo, entrevistou pessoas de todas as esferas da vida e sobre a Constituição. John mora no norte da Virgínia com sua esposa e filhos e atualmente está trabalhando em um livro sobre a história do movimento patriota e pode ser seguido no Twitter em @crumpyss ou no site www.crumpy.com.
Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 9 de agosto de 2020.
Segundo a BBC, um tribunal venezuelano condenou dois ex-soldados americanos a 20 anos de prisão por tentarem derrubar o presidente Nicolás Maduro.
Luke Denman e Airan Berry foram considerados culpados de conspiração, tráfico ilícito de armas e terrorismo. Os dois estavam entre as 13 pessoas presas em maio quando tentavam entrar na Venezuela por mar vindos da Colômbia.
O procurador-geral Tarek William Saab disse que o processo continuará contra outros acusados de ajudar na operação. Em um tweet, Saab compartilhou imagens de veículos, armas e documentos de identidade, e disse que os "mercenários" americanos "admitiram sua responsabilidade pelos fatos".
O presidente dos EUA, Donald Trump, há muito um oponente do presidente socialista Maduro, negou as acusações da Venezuela de que ele estava por trás do incidente. Os EUA apóiam o líder da oposição Juan Guaidó e o reconhecem como o líder legítimo do país.
Pano de fundo
Mercenários Luke Denman, acima, e Airan Berry, baixo, presos com os mercenários venezuelanos.
Denman, 34, e Berry, 41, são ex-militares das forças especiais do exército americano, os famosos Boinas Verdes, que apareceram em um vídeo mostrado na TV estatal venezuelana no início deste ano. No vídeo, Denman parece confessar seu envolvimento na "Operação Gideon" (Gideão) - uma conspiração para matar o presidente Maduro ou sequestrá-lo e levá-lo para os Estados Unidos.
Ele explicou que foi contratado para treinar venezuelanos na Colômbia antes de retornar a Caracas e assumir o controle de um aeroporto para permitir que Maduro fosse retirado do país. Denman disse que ele e Berry foram contratados por uma empresa de segurança com sede na Flórida, a Silvercorp USA, para realizar a operação. A empresa é chefiada por Jordan Goudreau, um veterano militar americano que admitiu abertamente seu envolvimento na operação.
O Washington Post publicou um documento que diz ser um contrato entre a Silvercorp e a oposição venezuelana no valor de US$ 213 milhões para invadir a Venezuela e derrubar o presidente Maduro. O líder da oposição, Juan Guaidó, negou ter qualquer relação com Goudreau.
A débâcle
Tropas venezuelanas com os mercenários capturados, 4 de maio de 2020.
“Às 17 horas, um ousado ataque anfíbio foi lançado da fronteira da Colômbia até o coração de Caracas. Nossos homens continuam lutando agora mesmo.”
Com essas palavras, o ex-boina verde e idealizador do desastre venezuelano, Jordan Goudreau, deixaria o mundo saber que seus homens estavam prontos para capturar o ditador venezuelano Nicholas Maduro.
Mas os eventos acabaram ditando o contrário e em 4 de maio, as autoridades venezuelanas prenderam os dois ex-operadores e demais mercenários quando eles tentavam se infiltrar no país.
Militares venezuelanos com os dois mercenários capturados no dia 3.
Os dois mercenários americanos, Airan Berry e Luke Denman, foram presos ao lado de seis outros homens enquanto tentavam uma infiltração à luz do dia por um barco de pesca. Eles faziam parte de uma segunda onda de mercenários. A primeira onda havia sido comprometida poucas horas antes, no domingo, 3 de maio, resultando na morte de seis e na prisão de dois homens.
A bagunça é resultado do recente estrelismo das forças de operações especiais americanas, completamente refasteladas com louvores do público, mídia e vídeo games, que os leva a terem uma visão fantasiosa da suas próprias capacidades, o que tem levado a tantos problemas de indisciplina. A operação prosseguiu mesmo contando com apenas 20% dos recursos inicialmente previstos, nenhuma segurança de informação e foi classificada por Stavros Atlamazoglou, um editor da revista SOFREP, um portal internacional sobre operações especiais, como "imprudente e arrogante, para dizer o mínimo":
"Batizada de Operação Gideon, a missão foi organizada e coordenada por Goudreau, CEO da Silvercorp USA, uma empresa de segurança privada com sede na Flórida. O plano era imprudente e arrogante, para dizer o mínimo. Em 1º de maio, um artigo da Associated Press havia dado com a língua nos dentes. Apesar dessa brecha de segurança, a operação continuou. Se isso não bastasse, Goudreau até mesmo twittou sobre a infiltração enquanto ela estava ocorrendo, certificando-se de listar o número de pessoas envolvidas e também etiquetar o presidente Trump. Segurança operacional levada para o máximo nível..."
"Incursão de uma força de ataque na Venezuela. 60 venezuelanos e 2 ex-boinas verdes."
De acordo com Goudreau e Denman, os mercenários deveriam se infiltrar na Venezuela, prender Maduro e levá-lo para os Estados Unidos. O Departamento de Justiça americano colocou uma recompensa de US$ 15 milhões pela cabeça do ditador Maduro, que foi rotulado como narcoterrorista pela Casa Branca.
Cartaz oferecendo 15 milhões de dólares pela cabeça do ditador Nicolás Maduro.
Alguns dias depois, o exército americano divulgou algumas informações adicionais sobre os três americanos que se sabe estarem envolvidos em todo o caso. Goudreau, Berry e Denman pareciam se conhecer desde o tempo que passaram juntos no 10º Grupo de Forças Especiais (10th Special Forces Group, 10th SFG), no qual todos haviam servido na companhia da Força de Resposta à Crises (Crisis Response Force, CRF). Os Boinas Verdes são especialistas em guerra não-convencional (unconventional warfare, UW), um tipo de guerra baseado em ações não-lineares e trabalho íntimo com forças locais.
As CRF, entretanto, se concentram em Ação Direta (Ação de Comandos), Resgate de Reféns e Contraterrorismo (CT). Cada Grupo de Forças Especiais possui uma companhia da CRF (que, inclusive, foram reduzidas em tamanho recentemente). Os operadores que servem nas CRF, portanto, não têm um conhecimento tão aprofundado dos princípios e da aplicação da UW em comparação com seus irmãos nas outras companhias; embora ainda sejam operadores das Forças Especiais.
O maior problema que os dois infelizes boinas verdes capturados no ato parecem não ter percebido em seu tempo em uniforme, é a enorme cauda logística necessária para manter um grupo de combate ou pelotão de forças especiais operando em território hostil com seus aliados nativos. Nenhum dos três operadores implicados na triste comédia - que serve ao discurso governamental de Caracas - têm qualquer experiência de organização além das pequenas unidades, e nenhuma experiência em planejamento de operações desse tipo em nível superior conforme as informações do exército americano.
Os Operadores
Goudreau, centro, ao lado de dois outros operadores. (Instagram da Silver Corp)
Jordan Goudreau serviu no Exército de 2001 a 2016 como operador de morteiro da infantaria (Indirect Fire Infantryman, 11C) e mais tarde como Sargento Médico das Forças Especiais (Special Forces Medical Sergeant, 18D), eventualmente alcançando o posto de Sargento de Primeira Classe (Sergeant First Class, E-7). Ele teve dois desdobramentos de combate no Iraque e outros dois no Afeganistão. Durante seu serviço, ele foi premiado com três estrelas de bronze e o brevê Ranger; um currículo invejável. Goudreau também foi aprovado na Avaliação e Seleção da Força Delta (Assessment and Selection, A&S). Ele foi, no entanto, dispensado durante o Curso de Treinamento de Operadores (Operator Training Course, OTC) subsequente. Ele foi o idealizador da cruzada trapalhona.
Airan Berry, de blusa azul na foto superior à direita.
Berry serviu no Exército de 1996 a 2013 como Sargento Engenheiro das Forças Especiais (Special Forces Engineer Sergeant, 18C), saindo com o posto de Sargento (Sergeant, E-5) - com 17 anos em uniforme, seu posto indica que ele foi rebaixado alguns postos por um ou mais delitos. Ele participou da Operação Viking Hammer, na qual o 10º SFG e os combatentes curdos atacaram do norte e conseguiram imobilizar forças iraquianas muito maiores durante a Invasão do Iraque em 2003. Ele completou três missões de combate no Iraque. Berry tem o brevê Ranger e também foi mergulhador de combate. Ele foi capturado no dia 4 de maio por tropas venezuelanas.
Denman serviu no Exército de 2006 a 2014 (os últimos três anos nas Reservas do Exército) como Sargento de Comunicações das Forças Especiais (Special Forces Communications Sergeant, 18E). Ele fez um tour de combate no Iraque e também recebeu a Medalha de Comenda do Exército (Army Commendation Medal).
Resultados
Em termos de ameaça ao governo ditatorial socialista do presidente Maduro, a Operação Gidean foi completamente nula. Os mercenários da primeira infiltração foram logo neutralizados e aqueles da segunda infiltração entraram em um tiroteio de 45 minutos com helicópteros militares venezuelanos, snipers e mesmo pescadores "irritados" leais ao regime. Os que sobreviveram tentaram fugir para uma ilha holandesa próxima, mas em vez disso o barco acabou deixando membros em diferentes áreas ao longo da costa, onde as autoridades venezuelanas acabaram os prendendo eventualmente. O assalto anfíbio improvisado deixou 8 mortos na praia e 13 prisioneiros.
Tropas venezuelanas guardam a área da costa e um barco no qual o grupo mercenário desembarcou, em plena luz do dia, na cidade portuária de La Guaíra, Venezuela, em 3 de maio de 2020.
A Silvercorp USA também fez o favor de tuitar sobre a missão em 3 de maio, o dia em que os barcos foram interceptados pelas autoridades venezuelanas. Desnecessário dizer que anunciar uma tentativa de golpe antes que ela realmente tivesse começado não era a melhor maneira de manter o elemento surpresa. “É tão surpreendentemente estúpido que achei que fosse um equívoco”, disse Ephraim Mattos, um ex-operador SEAL que hoje trabalha com consultoria.
Segundo Mattos, Jordan Goudreau "prometeu demais e entregou de menos", com a operação não contando com qualquer ligação com o governo americano, mas Goudreau fez parecer aos envolvidos como se ele fosse tal ligação.
O ditador Maduro ridicularizou os boinas verdes capturados, dizendo que eles estavam "brincando de Rambo na Venezuela", e a internet reagiu com vários memes comparando o fracasso com a auto-imagem americana cultivada em Hollywood.
Robert Colina Ybarra (codinome Pantera), o ex-capitão que supostamente dirigia um dos campos de treinamento dos mercenários em Riohacha, foi morto em combate. Adolfo Baduel, filho do ex-ministro da Defesa de Chávez, Raúl Baduel, estava entre os detidos. Outros três mercenários foram capturados no dia 6. “Chamar de operação amadora seria muito, muito generoso”, disse Fernando Cutz, ex-diretor para a América do Sul no Conselho de Segurança Nacional de Trump.
O material capturado incluíam fardas venezuelanas, rádios, óculos de visão noturna, documentos e, para adicionar à hilaridade da situação, uma arma de airsoft e sete camisinhas.
O governo venezuelano fez máximo proveito da publicidade gratuita. O procurador-geral venezuelano Tarek William Saab anunciou posteriormente que 25.000 soldados foram mobilizados em uma missão militar venezuelana chamada "Escudo Bolivariano" para proteger o país de tentativas semelhantes; dando credibilidade à linha retórica do governo bolivariano.
O ex-capitão Javier Nieto Quintero, um dos organizadores da operação, disse no dia 7 de maio que os eventos eram apenas um "reconhecimento tático avançado" e que o grupo Carive contava com 3.000 soldados. A mídia venezuelana e a Reuters também informaram que as Forças de Operações Especiais (SSO) da Rússia estavam auxiliando soldados venezuelanos na vigilância de veículos aéreos não-tripulados; dando ainda mais credibilidade às diatribes do ditador socialista.
Por Eric SOF, Spec Ops Magazine, 7 de fevereiro de 2020.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 7 de fevereiro de 2020.
A música chamada Ballad of the Green Berets (Balada dos Boinas Verdes) tornou-se um símbolo da unidade de elite do Exército dos EUA. O autor da música é Barry Sadler. Ele era um homem alistado e um Boina Verde. Durante a guerra do Vietnã, Sadler era médico das forças especiais, onde pisou em uma armadilha pungi e ficou gravemente ferido.
Ele entrou no "Hall da fama" como o autor de The Ballad of the Green Berets, que estava na lista dos mais vendidos por várias semanas. Ele era o autor e cantor.
Esquemática das armadilhas pungi.
A Vida
Barry Sadler, na íntegra Barry Allen Sadler, (nascido em 1 de novembro de 1940, Carlsbad, Novo México, EUA - faleceu em 5 de novembro de 1989, Murfreesboro, Tennessee), soldado americano, cantor, compositor e autor de ficção pop que é lembrado principalmente por sua música mais vendida, "The Ballad of the Green Berets".
Barry Sadler, ele usa as asas paraquedistas americanas e vietnamitas. (Britannica)
Ele também escreveu uma série de romances chamados Casca, o Mercenário Eterno, que eram bastante populares. Ele era amigo da revista Soldier of Fortune (Soldado da Fortuna). O editor da revista Soldier of Fortune Magazine (SOFMAG), Robert K. Brown, um Boina Verde no Vietnã se associou a Barry, que se tornou um convidado frequente nas notórias convenções da Soldier of Fortune em Las Vegas. Ele cantou para os congressistas e, claro, a Balada das Boinas Verdes. Ele era um favorito de longa data.
A morte de Barry Sadler
Barry Sadler passou muito tempo na América Central, onde foi baleado na cabeça em 1988 sob circunstâncias misteriosas na Cidade da Guatemala. Testemunhas e a polícia disseram que ele se matou acidentalmente. Outros alegaram que ele foi vítima de uma tentativa de assalto ou assassinato. A revista Soldier of Fortune pagou por um vôo médico para trazê-lo para os Estados Unidos, mas ele morreu um ano depois, aos 49 anos de idade. Aproveite porque isso nunca envelhece. Sadler não está mais entre nós, mas sua música é eterna.
A Balada dos Boinas Verdes
Nota do Tradutor: A capa da primeira edição brasileira do livro Os Boinas Verdes: Episódios da Guerra do Vietnã, de Robin Moore, trás a famosa foto de Barry Sadler com sua boina verde. No filme Tropa de Elite, o personagem Capitão Nascimento fala que a cada 100 candidatos do BOPE que entram no curso, apenas 3 se formam; a proporção cantada por Sadler em A Balada dos Boinas Verdes.
Os Boinas Verdes: Episódios da Guerra no Vietnã. Robin Moore.