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domingo, 26 de abril de 2020

GALERIA: Mini-Canhão de Assalto Improvisado

Tankette Renault UE carregando um canhão anti-carro PaK 36 de 37mm.
(Colorização RC Universe)

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 26 de abril de 2020.

Com a queda da França, em junho de 1940, a Alemanha nazista capturou 3.000 tankettes Renault UE e UE2, que foram usados em várias funções de apoio na função de rebocador de canhões anti-carro (chamado "Infanterie UE-Schlepper 630(f)" no serviço alemão) e na sua função original de transportador de munição (chamado "Munitionsschlepper Renault UE(f)" no serviço alemão). 


Durante a guerra o Renault UE foi usado em outras funções tanto pelos Aliados quanto pelo Eixo, seja como rebocador de combustível em unidades blindadas, auto-metralhadora (Gepanzerte-MG-Träger Renault UE(f)), transporte de tropas (Mannschaftstransportwagen Renault UE(f)), limpador de neve (Schneeschleuder auf Renault UE(f) e Schneefräser auf Renault UE(f)), reconhecimento, e comunicação (Fernmeldekabel-Kraftwagen Renault UE(f) e Kleiner Funk- und Beobachtungspanzer auf Infanterie-Schlepper UE(f)e, como pode ser visto nestas imagens, como um canhão de assalto improvisado: o Selbstfahrlafette für 3.7 cm Pak36 auf Renault UE(f), dos quais 700 foram montados em 1941.

Esses caça-tanques improvisados serviram primordialmente na Operação Barbarossa, a invasão da URSS em 1941. Alguns sobreviveram até 1944.



quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

FOTO: Bateria feminina de Taiwan

Primeira bateria feminina de Taiwan.

Uma bateria de obus 105mm formada por 7 mulheres, o efetivo para essa peça, participou de exercícios no 23 de maio de 2018, no condado de Penghu, quando as forças de defesa de Taiwan realizaram exercícios de artilharia antes dos próximos exercícios militares de Han Kuang - o exercício anual das Forças de Defesa de Taiwan.

Uma das baterias que participavam dos exercícios de artilharia de Penghu era composto inteiramente de mulheres, praças e oficiais, sendo a primeira unidade de combate feminina na história das forças armadas de Taiwan.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

FOTO: Equipe de míssil anti-aéreo Mistral durante o lançamento do foguete Ariane 5

Legionários da 2ª companhia do 3e REI (3º Regimento Estrangeiro de Infantaria) com o míssil AAe Mistral durante o lançamento do foguete Ariane 5 em Kourou, na Guiana Francesa, em 17 de novembro de 2016.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

BAE SYSTEMS BOFORS FH-77 BW 52 ARCHER. O martelo de batalha viking!

FICHA TÉCNICA
Tripulação: 4 homens.
Motor: Um motor Volvo D9AACE2 com 343 hp de potência.
Peso: 33,5 toneladas.
Comprimento: 14,3 m.
Largura: 3 m.
Altura: 3,3 m.
Autonomia: 500 km.
Velocidade: 70 Km/h em estrada.
Passagem de vau: 1,2 m.
Obstáculo vertical: 0,50 m.
Trincheira: 0,9 m.
Inclinação frontal: 60º.
Inclinação lateral: 30º.
Armamento: Um canhão modelo FH 77B  com 52 calibres em calibre 155 mm;  Uma metralhadora M2HB em calibre 12,7 mm (.50) insrtalada em uma torre remotamente controlada Protector.
Alcance das granadas: Convencional: 30 km; Granada propelida: 40 Km a 60 km (granada Excalibur).

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Programa Astros 2020 recebe 2º Lote de viaturas


Fonte: Exército Brasileiro
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segunda-feira, 4 de junho de 2018

AVIBRAS ASTROS II - A resposta brasileira para saturação do campo de batalha.

 
FICHA TÉCNICA
Motor: TATRA T3C-928-90 com 215 Hp .
Peso: 12650 kg vazio e 22000 kg pronto para combate.
Autonomia: 500 km.
Velocidade: 100 Km/h.
Passagem de Vau: 1,1 m.
Trincheira: 2,29 m.
Obstáculo vertical: 1 m.
Armamento: Uma metralhadora M-2 cal 12,7 mm (.50), Contêiner de lançamento de foguetes contendo 32 foguetes SS-30, 16 SS-40, 4 SS-60 ,SS-80 ou SS-150. No futuro, o sistema poderá lançar 4 mísseis de cruzeiro AV-TM-300 "Matador".

segunda-feira, 17 de julho de 2017

URALTRANSMASH 2S19 MSTA-S.O martelo de batalha da artilharia russa.


FICHA TÉCNICA
Tripulação: 5 homens.
Motor: Um motor V-84A com 840 hp.
Peso: 42 toneladas.
Comprimento: 11,91 m.
Largura: 3,38 m.
Altura: 2,98 m.
Autonomia: 500 km.
Velocidade: 60 Km/h em estrada.
Passagem de vau: 1,2 m
Obstáculo vertical: 0,50 m
Trincheira: 2,8
Inclinação frontal: 65º
Inclinação lateral: 40º
Armamento: Um canhão modelo 2A64  de 152 mm uma metralhadora NSV em calibre .50 (12,7X108 mm).
Alcance das granadas: Convencional: 45 km, Granada RAP: 62 km.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S Junior
A capacidade de artilharia auto propulsada é um dos elementos mais importantes do campo de batalha pois garante poder de fogo contra áreas distantes, não raro a mais de 30 km e mobilidade para não depender de ser rebocado como um obuseiro comum, que acarreta na necessidade de maior tempo para preparo do armamento para ser empregado. A Rússia, desde a época da União Soviética, já dispunha de um arsenal de artilharia que lhe colocava entre os maiores usuários do mundo nessa categoria de armamento. Um dos mais recentes armamentos deste tipo no exército russo é o 2S19 MSTA-S que está em serviço desde 1989 depois de um período relativamente longo de desenvolvimento do projeto que se iniciou em 1980.

Acima: O antigo obuseiro autopropulsado SO-152 (2S3 Akatsiya) foi o sistema de artilharia que deu lugar ao novo 2S19 MSTA-S.
O 2S19 é um veículo particularmente de grandes dimensões e, consequentemente, bem pesado também. São quarenta e duas toneladas que um potente motor V-84A com 840 hp de potência empurram para frente a uma velocidade máxima de 60 km/h quando o veículo estiver em uma estrada. Cabe observar aqui que a potência deste motor representa o dobro de potência que o motor norte americano Detroit Diesel 8V71T, usado no obuseiro auto propulsado M-109A-6 Paladin, é capaz de fornecer. O chassis do veículo é baseado nos carros de combate MBT T-72 e T-80, sendo que a carroceria é mais semelhante ao do T-80. A autonomia em estrada do 2S19 chega a 500 km. Nada mal quando comparamos à autonomia de 335 km do T-80!
Acima: O obuseiro 2S19 representou uma evolução significativa na capacidade da artilharia móvel russa.
As chapas de blindagem do 2S19 são relativamente finas e fornecem proteção contra armas leves (munições até 7,62mm) e estilhaços de granadas. Internamente, porém, o veículo foi projetado com proteção para sua tripulação em ambientes nucleares, biológicos e químicos (NBQ). Além disso, o 2S19 possui um sistema automático de extinto de incêndios caso algum armamento inimigo atingir a viatura. Outro recurso de proteção que está integrado ao 2S19 são três lançadores de fumaça de cada lado da torre que produzem cortinas de fumaça para dificultar o engajamento do veículo pelos sistemas de mira inimigos.
Acima: Aqui podemos ver o lançador de fumaça em operação. este sistema permite dificultar o máximo a visada inimiga contra o veículo criando uma cortina de fumaça.
Embora, inicialmente, o obuseiro autopropulsado 2S19 não estivesse equipado com um sistema de posicionamento global GLONASS (equivalente ao GPS norte americano), as versões modernizadas do veículo, chamada de 2S19M1, receberem computadores de tiro integrados a um sistema deste tipo baseado no GLONASS. O armamento principal é um obus 2A64 em calibre 152 mm que é alimentado por um recarregador automático que permite uma cadência de 8 tiros por minuto e pode operar todos os tipos de granadas do calibre 152 mm que a Rússia produz. O alcance varia conforme a munição usada, de forma que a granada de alto explosivo HE possui alcance de 24,7 km. Com projétil assistido por foguete RAP, o alcance aumenta para 28,9 km. O canhão 2S64 é capaz de disparar o projétil guiado a laser 30F39 Krasnopol , que tem alcance de 20 km, porém, com capacidade de atingir um carro de combate inimigo, mesmo se ele estiver em movimento a velocidade de até 36 km/h
Acima: O canhão 2S64 em calibre 152 mm usado no 2S19M pode empregar todos os tipos de granadas fabricadas na Rússia. O alcance das granadas varia de 24,7 a 28,9 km dependendo do tipo.
O 2S19 tem capacidade de armazenar 50 granadas de 152 mm o que lhe garante uma boa persistência de combate. Para exportação, a Uraltransmash disponibiliza um canhão ocidental L-55 em calibre 155 mm conhecida como 2S19M-155. O armamento secundário é representado por uma metralhadora pesada NSV em calibre .50 (12,7X108 mm) controlada remotamente de dentro do veículo e capaz de uma cadência de 800 tiros por minuto. Esta metralhadora tem alcance de 2000 metros contra alvos de superfície e 1500 metros contra alvos aéreos e a arma está alimentada com 300 munições para pronto emprego.
Acima: O armamento secundário de todas as versões do veículo 2S19M (na foto um 2S19M2) é a metralhadora pesada NSV, controlada remotamente, de dentro do veículo. esta arma dispara munição calbre 12,7X108 mm (.50).
O obuseiro auto propulsado 2S19 substituiu o antigo veículo 2S3 Akatsia  e elevou a capacidade da artilharia russa em alcance, precisão, persistência de combate e cadência de tiro. Embora a Rússia já tenha um veículo mais moderno em desenvolvimento conhecido como 2S35  Koalitsiya-SV, o fato é que o 2S19 continuará a ser um sistema de artilharia com desempenho superior a de muitos sistemas similares. Atualmente, os russos contam com quase 500 unidades desse moderno obuseiro auto-propulsado e a produção ainda continua. Além dos russos, mais sete nações, incluindo a Venezuela, nossa vizinha do norte, opera este veículo.
Acima: Nesta foto podemos ver dois obuseiros 2S19M1 posicionados em uma trincheira, que permite reduzir a exposição em altura do veículo.


VÍDEO


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terça-feira, 27 de setembro de 2016

A-222 BEREG. Fogo pesado contra invasores costeiros.


FICHA TÉCNICA 
Tripulação: 8 homens.
Motor: Um motor D12A-525 Diesel  com 525 hp de força.
Peso: 43,7 toneladas (carregado).
Comprimento: 12,95 m
Largura: 3,01 m.
Altura: 3,93 m.
Autonomia: 650 km.
Velocidade: 60 Km/h em estrada.
Obstáculo vertical: 0,60 m
Trincheira: 1,83
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 30º
Armamento: Um canhão modelo AK-130  de 130 mm. Veiculos de apoio uma metralhadora PKT em calibre 7,62 X 54 mm
Alcance das granadas: 27 km

DESCRIÇÃO
Por Anderson Barros em parceria com o site Plano Brasil
Quando falamos de sistemas de defesa costeira da Rússia nos vem em mente os sistemas baseados em misseis como o sistema BAL-E que utiliza misseis KH-35 ou o monstruoso Bastion que emprega os misseis  P-800 Oniks mas, poucos sabem que a Rússia utiliza um sistema de defesa costeira baseado em artilharia autopropulsado. Esse sistema se chama A-222 Bereg (Costa).
O sistema de Artilharia de defesa costeira A-222 Bereg de 130 mm foi desenvolvido no final da década de 1980. A missão principal deste sistema de artilharia  é deter embarcações inimigas como navios, lanchas ou hovercraft,  evitando que as mesmas desembarquem tropas inimigas nas praias. O Bereg também pode ser usado como artilharia para destruir alvos em terra. O desenvolvimento do A-222 Bereg foi tido como um complemento de baixo custo aos sistemas de misseis de defesa de costeira. O Bereg foi revelado ao publico pela primeira vez em 1993 e as primeiras unidades entraram em serviço dez anos depois, onde também começou a ser oferecido ao mercado de exportação, sendo que, no entretanto, não obteve, ainda, vendas no mercado externo.

Acima: Projetado para cobrir a lacuna de alcance que os mísseis anti navio de defesa costeira russos não são capazes de cobrir, o A-222 Bereg é um sistema de artilharia sem um concorrente direto.
Seu armamento e composto por um canhão de uso naval AK-130 de 130 mm com carregamento automático o que fornece uma excelente taxa de disparo de 12 tiros por minuto. Graças a essa taxa de disparo o mesmo pode ser utilizado como artilharia atingindo alvos em terra ou no mar mas também podendo ser utilizado na função antiaérea. O AK-130 utiliza munição HE (Alto explosivo), HE FRAG (alto explosivo com fragmentação) ou munição antiaérea 3P (Pre-Fragmented, Programmable, Proximity). Existe a opção de se usar munições inteligentes para garantir uma maior precisão e uma menor margem de erro do ponto de impacto. Cada veiculo  possui um estoque de 40 granadas no seu interior.  O alcance máximo doo canhão e de 27 km.
O canhão e montado em uma torre rotativa capaz de girar 360° onde também estão armazenados o sistemas de carregamento automático e o cofre de munições. Os veículos de artilharia não possuem armamento secundário e os veículos de controle de fogo e apoio são armados com um metralhadora coaxial PKT em calibre 7,62 X 54 mm que dispara a uma cadência de 800 tiros por minuto.
Acima: Utilizando um canhão naval AK-130 com carregamento automático, o A-22 Bereg consegue impor uma cadência de 12 tiros por minuto.
As informações sobre os alvos são fornecidas pelo veiculo de comando e controle no qual pode acompanhar  4 alvos simultaneamente e a bateria pode atacar 2 alvos diferentes ao mesmo tempo. A bateria também pode receber informações via data link de outros vetores tais como navios, aeronaves ou até mesmo satélites. Porem em caso de necessidade cada veiculo de artilharia pode realizar disparos de forma independente selecionando seus próprios alvos. Os  A-222 Bereg pode operar de forma dispersa com uma distancia de um quilômetros  entre cada veiculo o que fornece uma maior proteção em caso de ataque e  uma maior cobertura na área a ser defendida pelo sistema.
Acima: O controle de fogo é executado, normalmente pelo veículo de comando equipado com sistemas que lhe permitem acompanhar quatro alvos simultaneamente.
Todo o sistema  A-222 Bereg e montado sobre um caminhão MAZ-543 8x8 equipado com um motor a diesel D12A-525  que desenvolve uma potencia de 525 Hp, levando o veículo a uma velocidade máxima de 60 km/h em estrada. A autonomia  está em 680 km. Uma bateria opera geralmente entre seis e oito veículos  de artilharia um veículo de comando-controle, um veículo de comunicações, e veículos de apoio e remuniciadores.
Acima: O veículo de serviços de combate fornece energia elétrica para a bateria de artilharia, assim como acomodação para a tripulação que opera todo o sistema.
O A-222 Bereg é um veículo projetado para uma missão da qual ele não encontra um concorrente direto no mercado. A Rússia acertou em cheio produzindo um sistema de artilharia que, embora tenha como missão primária a defesa costeira, pode , sem problemas operar em situações "normais" que outros sistemas de artilharia operam. A possibilidade de emprego de granadas guiadas garante uma precisão que normalmente só é conseguida por mísseis, bem mais caros.
Acima: A opção de uso de um caminhão MAZ-543 configurado com tração 8X8  permite ótimo desempenho de estrada e ainda operar em terrenos irregulares com boa desenvoltura.


VIDEO


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segunda-feira, 20 de junho de 2016

BAE SYSTEMS L-118 LIGHT GUN. Fogo pesado de um leve Obus.

FICHA TÉCNICA
Operadores: 6 homens.
Peso: 1,85 toneladas.
Comprimento: 8,80 m
Largura: 1,78 m.
Altura: 2,13 m.
Calibre: 105 mm.
Peso da granada: 16,1 kg (HE)
Cadência de tiro: Até 8 tiros por minuto.
Alcance: 17,2 km
Velocidade na boca do cano: 708 m/seg

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S. Junior
Existem alguns sistemas de armas que se tornam tão bem sucedidos que passam a fazer parte da história de várias nações por onde operaram. O obus britânico L-118 Light Gun  se enquadra nessa categoria de arma que se tornou parte da construção da história militar de muitos países. Projetado a mais de 40 anos pela Royal Ordnance para substituir o obus OTO Melara Mod 56, o Light Gun, como é melhor conhecido, continua em operação e não deverá sair de cena tão cedo.
Acima: O compacto obus Oto Melata Mod -56 apresenta uma deficiência séria de alcance, que colocava em risco sua guarnição. O L-118 foi projetado para manter sua facilidade de mobilidade, porém com quase o dobro do alcance.
O L-118 foi projetado para solucionar a limitação de desempenho em alcance que o velho Obus Oto Melara Mod 56 apresentava. O alcance máximo de 10 km que o modelo italiano conseguia com a granada de 105 mm não era suficiente para garantir a segurança do pessoal da artilharia, que era obrigado a se posicionar perigosamente próximo do alvo, dando margem para fogo de contra artilharia. Além disso, o novo Obus teria que ser tão leve quanto o modelo que seria substituído para garantir a mesma facilidade de mobilidade que o Oto Melara tem. Assim o L-118 Light Gun (canhão leve) foi produzido com metais leves e em uma configuração mais simples que o seu antecessor italiano que possuía, inclusive, uma placa de blindagem para proteger seus operadores mas que aumentava o peso total da arma.
Acima: O Obus L-118 faz uso da munição calibre 105 mm, amplamente produzida e usada no mundo todo.
A munição usada pelo L-118 também é em calibre 105 mm, porém, o cano do canhão é mais longo, o que reflete em um melhor aproveitamento da queima do propelente da granada levando a um maior alcance balístico. Assim, o L-118, podem atingir um alvo a 17,2 km, que representa um tremendo incremento em relação ao seu antecessor. O canhão possui um sistema de recuo hidropneumático com a culatra deslizante vertical. Embora  uma equipe normal de operação do L-118 tenha 6 homens, uma equipem minima de 4 homens pode operar a função de tiro e conseguir uma cadência de até 8 tiros por minuto. Os tipos de granadas que podem ser usadas são HE (alto explosivo) L31 e L50, HESH (Contra alvos blindados e reforçados) L42, PRAC (munição inerte para treinamento) L41 e  marcadora de alvo L37 e L38.
Acima: O L-118 opera, normalmente com uma guarnição de 6 homens, porém com 4 deles, já é possível operar o sistema e conseguir uma cadência de até 8 tiros por minuto.
Seu baixo peso permite  que sele seja rebocado por um veículo leve, como um jeep Hummer ou transportado por um helicóptero médio UH-60 Black Hawk com facilidade. Essa mobilidade é a chave da proposta conceitual do L-118 e que o tornou um sucesso de exportação com 20 países na lista de clientes do modelo, entre eles, o Brasil, Estados Unidos (M-119 fabricado sob licença), Espanha e Austrália. As qualidades de alta mobilidade através de seu baixo peso, simplicidade de operação, e bom alcance farão com que o L-118 continue em serviço por muitos anos ainda sem a necessidade de ser substituído.
Acima: Uma das vantagens chave do L-118 é sua mobilidade. Aqui um AW-101 da Força Aérea Britânica  (RAF) transporta um L-118. Helicópteros menos potentes como o UH-60 Black Hawk transportam esse Obus com a mesma facilidade.

Acima: Um L-118 do Exército Brasileiro durante uma exposição. O Exército Brasileiro opera cerca de 54 unidades desse armamento. O Corpo de Fuzileiros navais do Brasil, operam 18 unidades do L-118 também.

ABAIXO UM VÍDEO APRESENTA A FACILIDADE DE MOBILIDADE DO L-118 LIGHT GUN.


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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

KB MASHYNOSTROYENIYA SS-26 STONE ISKANDER. O martelo de batalha do exercito russo

FICHA TÉCNICA
Tipo: Míssil balístico de curto alcance (SRBM)
Peso: 3800 kg.
Comprimento: 7,3 m.
Diâmetro: 0,92 m.
Propulsão: Motor de combustível sólido de dois estágios
Velocidade: 7560 km/h.
Alcance mínimo: 50 km.
Alcance máximo: 500 Km (Iskander M); 280 Km (Iskander E).
Guiagem: Sistema inercial com sistema DSMAC para guiagem final (Iskander E); GPS/GLONASS com sistema DSMAC (Iskander M).
CEP: 7 m (Iskander M); 30 m (Iskander E).
Ogiva: 700 kg HE fragmentada,Submunições, Penetradora de concreto, PEM (Pulso eletromagnético, termobarica ou nuclear de 50 kt.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S. Junior
As armas usadas em artilharia mais comuns são os canhões e foguetes, porém alguns países ainda produzem mísseis balísticos de curto alcance (SRBM) que são usados para destruir alvos táticos do inimigo. É verdade que a grande maioria destes mísseis possuem uma precisão sofrível, necessitando de grandes ogivas para melhorar as chances de causar algum dano ao alvo visado, porém, a Rússia, uma tradicional fabricante de mísseis balísticos de curto alcance, manteve seu desenvolvimento através do míssil 9M723 Iskander (SS-26 Stone, pela nomenclatura da OTAN), uma moderna arma de artilharia que entrou em serviço no exercito russo em 2006 para substituir o míssil balístico de curto alcance SS-23 Spider.
Acima: O antigo míssil 9M714 Oka, ou SS-23 Spider, foi o armamento substituído pelo Iskander, um míssil que trouxe maior precisão para a artilharia russa.
O Iskander é o SRBM russo de maior precisão já desenvolvido. Sua guiagem se dá por diversos meios que dependerá da versão. Porém, a versão mais moderna em uso pelo exercito russo conhecida por Iskander M, é guiado por GLONASS (equivalente russo do GPS norte americano), e por um sistema DSMAC para guiagem final  que compara a imagem do alvo com várias imagens capturadas com uso de aeronaves de reconhecimento e outros meios de inteligência e que são previamente carregada na memória do sistema do míssil, antes do lançamento.  Esse sistema permite um CEP (margem de erro) de 7 metros. Esse índice é típico de mísseis de cruzeiro avançados, porém, com a vantagem da enorme velocidade que um míssil balístico possui. O Iskander, especificamente, tem uma velocidade de 7560 km/h, e um alcance de 500 km.
A Rússia exporta uma versão deste míssil, conhecida como Iskander E, que tem seu alcance limitado a 280 km, para estar de acordo com o Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis (MTCR), que limita o alcance máximo dos mísseis exportados em 300 km. Outra limitação que há no Iskander E é sua precisão, bastante degradada, em relação ao modelo em serviço na Rússia. O Iskander E tem um CEP de 30 metros, usando um sistema de guiagem inercial com um sistema DSMAC. Com esse desempenho, as defesas antiaéreas inimigas, teriam muito mais dificuldade de interceptar um Iskander do que um míssil Tomahawk, por exemplo. Porém, os sistemas de defesa antimíssil em desenvolvimento nos Estados Unidos, teriam boas chances de sucesso contra esse tipo de armamento.
Acima: A versão inicial do Iskander, que é, inclusive, exportada, tem desempenho menor que a atual versão usada pela Rússia. O modelo da fotografia é justamente um desses modelos iniciais, cujo alcance é de 280 km e sua margem e erro circular CEP, de 30 metros.
O Iskander pode ser equipado com diversos tipos ogivas, sendo que, a versão M, usado pelo exercito russo pode ser equipado com uma ogiva de fragmentação HE com peso de 700 kg, Sub-munições, uma ogiva penetradora de concreto, a potente ogiva termobarica, extremamente destrutiva ou uma moderna ogiva EMP (pulso eletromagnético) que promove a destruição de sistemas eletrônicos, minimizando a perda de vidas próximas ao alvo. Poucas fontes informam, mas acredita-se que os russos mantenham a possibilidade de instalar uma ogiva nuclear de baixo rendimento (10 a 100 Kt) em seus Iskanders, para poderem ser usadas no campo de batalha, com o objetivo de interdita-lo.
A versão de exportação, Iskander E pode ser equipado com ogivas de fragmentação, HE fragmentada e de penetração.
Acima: O carregamento de um míssil Iskander é feito com ajuda de um veículo de recarga 9T250. Cada veiculo lançador transporta dois mísseis para pronto emprego e o veiculo de recarga mais dois mísseis. Abaixo temos uma foto do 9T250.
O lançamento do Iskander se dá no próprio veiculo transportador TEL (Transporter-Erector-Laucher) do modelo MZKT-7930 com tração 8X8, e que transporta 2 mísseis por vez. Esse caminhão é derivado do MAZ-543, bastante comum no transporte e lançamento de mísseis na Rússia. O MZKT-7930 usa um motor a diesel YaMZ-846 que desenvolve uma potencia de 500 Hp, levando o veículo a uma velocidade máxima de 70 km/h em estrada. A autonomia  está em 1000 km, o que é impressionante sob qualquer ponto de vista.
Acima: A viatura lançadora do Iskander é o caminhão MZKT-7930, muito usado para vários sistemas de armas russos. Trata-se de uma confiável viatura com grande autonomia e alta mobilidade em terrenos acidentados.
O Iskander M foi protagonista da discussão sobre a instalação do sistema antimíssil norte americano na Polônia e na republica Checa, quando o presidente russo ameaçou enviar lançadores de mísseis Iskander M para a fronteira entre a Rússia e a Polônia e a Republica Tcheca com o intuito de neutralizar os lançadores dos Estados Unidos nesses países. Existem afirmações, não confirmadas, sobre a capacidade do Iskander M em superar sistemas de defesa antimíssil, porém não se pode afirmar nada a respeito uma vez que não há nada de oficial sobre essa possível capacidade.
Existe algumas informações pouco detalhadas a respeito de uma nova versão deste míssil chamado Iskander K que faz uso de um míssil de cruzeiro R-500 capaz de atingir um alvo a 2000 km com uma margem de erro (CEP) de 7 metros e que foi idealizado pensando justamente em destruir as instalações do sistema anti missil balistico norte americano no leste europeu. Essas mesmas informações superficiais, dão conta que, a entrada em serviço desta versão se deu em 2012 e que se trata de um armamento considerado "top secret', portanto, não aceito oficialmente sua existência por parte das autoridades russas. Fato é, porém, que a Rússia implantou diversos mísseis Iskanders M próximo a sua fronteira ocidental e que certamente o míssil seria capaz de impactar no equilíbrio militar da região, uma vez que se trata de uma arma sofisticada e bem capaz.
Acima: Neste mapa podemos ver o raio de ação do míssil Iskander M quando posicionado em Kaliningrado.

Acima: O Iskander M é a versão usada pelo exército russo atualmente e tem um alcance aumentado para 500 km e a margem de erro restrita a um circulo de apenas 7 metros.

ABAIXO TEMOS UM VÍDEO COM O ISKANDER M


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sexta-feira, 15 de maio de 2015

ARMY TANK PLANT M-109. O longo braço da artilharia brasileira (e de muitos outros países)

FICHA TECNICA (M-109 A6 Paladin)
Tripulação: 4 homens.
Motor: Um motor Detroit Diesel 8V71T com 440 hp de força.
Peso: 31,8 toneladas (carregado).
Comprimento: 9,67 m.
Largura: 3,14 m.
Altura: 3,62 m.
Autonomia: 350 km.
Velocidade: 65 Km/h em estrada.
Passagem de vau: 1,1 m.
Obstáculo vertical: 0,53 m.
Trincheira: 1,83.
Inclinação frontal: 60º.
Inclinação lateral: 40º.
Armamento: Um canhão modelo M-284 de 155 mm e 39 calibres uma metralhadora M-2HB em calibre .50 (12,7 mm).
Alcance das granadas: Convencional: 30 km, Granada M-982 Excalibur: 57 km.

DESCRIÇÃO
Por Carlos E.S. Junior
A artilharia autopropulsada é um dos equipamentos militares mais difundidos nos exércitos do mundo. No ocidente, o obuseiro autopropulsado mais difundido, por longa margem, é o norte americano M-109, desenvolvido a partir de 1952, com intuito de substituir o velho obuseiro autopropulsado M-44. Desde a entrada em serviço no exército dos Estados Unidos em 1963, diversas versões do M-109 foram desenvolvidas e fornecidas a exércitos alinhados com os Estados Unidos.  Os primeiros M-109 tinham um canhão M-126, caracterizado pelo seu curto comprimento e um grande freio de boca, porém em calibre 155 mm. Este canhão tinha um alcance de apenas 14,3 km. Logo ficou claro a necessidade de um canhão com desempenho melhor e assim foi desenvolvido a versão M-109 A1 cujo canhão foi uma versão aumentada do canhão original que foi batizado de M-126 A1. Este canhão permitiu um aumento do alcance para 18 km.
 
Acima: O obus auto propulsado M-44 foi substituído pelo M-109, um sistema de artilharia que acabou se tornando o mais popular do mundo.
Ainda procurando melhorar mais o alcance efetivo do M-109, foi instalado um novo canhão M-185 com o mesmo calibre, porém de maior comprimento, o que elevou a capacidade do M-109 em atingir alvos a 24 km de distancia. A designação desta versão ficou sendo M-109A2. Mais modificações foram sendo incorporadas de forma que se criou o M-109A3 com algumas modernizações mais leves.
O próximo passo na evolução deste clássico sistema de artilharia foi o M-109A4 com a incorporação de um sistema de proteção para guerra nuclear, biológica e química (NBQ). Novas modificações levaram a aumentar o alcance efetivo do veículo, o canhão foi, novamente, modificado para o modelo M-284 cujo alcance pode chegar a 30 km, usando granadas assistidas por foguetes, dando origem ao modelo M-109A5. 

Acima: O Exército do Brasil usa o M-109A3 e o M-109A5 que estão substituindo o velhos e pouco eficientes M-108.
A moderna versão M-109 A6 Paladin, em uso pelo exército dos Estados Unidos e da Arábia Saudita. Esta versão possui o mesmo armamento que o A-5, porém seus sistemas de pontaria e controle de fogo são mais avançados e capazes, podendo, inclusive, usar a nova munição Raytheon /Bofors XM-982 Excalibur. Esta munição especial possui guiagem inercial com apoio de um GPS e aletas que permitem uma capacidade de planeio levando a granada a incríveis 57 km. Por ser guiado por GPS, a margem circular de erro (CEP) é de 5 metros. Outro interessante detalhe da versão A-6 é que o canhão conta com um sistema semi-automático para recarga, o que facilitou a vida da tripulação e permitiu uma cadência de até 8 tiros por minuto. A ultima versão deste consagrado sistema de artilharia é o M-109A7 fabricado pela empresa BAE Systems e representa o futuro da artilharia auto propulsada do exército dos Estados Unidos. O M-109A7 usa algumas tecnologias que haviam sido desenvolvidas para o obus autopropulsado XM-1203 NLOSC que acabou cancelado devido aos cortes orçamentários nos investimentos de defesa dos Estados Unidos. Assim o sistema de carregamento automático integrado a esta ultima versão permite um aumento na cadência de tiro sustentado de 4 tiros por minuto. O chassi é baseado no veículo de combate de infantaria M-3 Bradley, o que melhora a logística de combate por ter alguns componentes comuns entre as viaturas.
Acima: O M-109 A7 é a versão mais moderna do M-109 e está sendo entregue ao exército dos Estados Unidos.
Os veículos M-109, em qualquer versão, podem usar uma metralhadora M-2HB calibre .50 (12,7 mm) na parte de cima da torre. São transportadas 500 munições deste calibre dentro da torre. Já o canhão de 155 mm possui um estoque de 39 granadas dentro veículo. Mesmo assim o M-109 possui uma versão específica para recarga de munição chamada M-992 capaz de transportar 93 granadas.
A propulsão das versões mais antigas do M-109 era feita por um motor Detroit Diesel 8V71T. Este confiável motor fornece uma potência de 440 Hp e permite ao M-109 se deslocar a velocidade máxima de 65 km/h em estradas. A autonomia não é das melhores, chegando a 350 km. Já na ultima versão, a M-109A7, o motor original foi substituído pelo mais moderno Cummins VTA-903T com 8 cilindros e que produz 600 hp de potencia. Este motor é o mesmo usado no veículo de combate de infantaria M-2/M-3 Bradley.
A proteção instalada no M-109 permite a tripulação sobreviver em ambientes de guerra química, nuclear e bacteriológica, a partir da versão A-4 e a blindagem do veículo consegue resistir a impactos de projéteis de armas leves até 7,62X51mm e fragmentos de granadas. A ultima versão, a A-7, tem uma blindagem reforçada na área da torre.
Acima: O veículo da foto é o M-992, versão de recarga do M-109, que transporta granadas para os veículos M-109.Este veículo pode transportar 93 granadas em seu interior.
O Brasil adquiriu, em 1999, 37 veículos M-109A3 junto ao exército da Bélgica e 40 M-109A5 do exército dos Estados Unidos. Antes desta aquisição nossas peças de artilharia motorizadas eram compostas apenas pelo velho M-108 com um canhão de 105 mm cujo alcance mal chegava a 15 km. Mesmo sendo em numero, relativamente pequeno, estes veículos aumentaram bastante a capacidade da artilharia autopropulsada do exército brasileiro. O M-109 se manterá na ativa por décadas ainda, graças a sua confiabilidade e numero elevado de nações que o usam em suas fileiras de artilharia. A grande variedade de versões deste veículo mostra que há uma certa facilidade em implantar modernizações nele, o que também permite sua manutenção em serviço por muito tempo.
Acima: Um M-109A6 Paladin  abrindo fogo de artilharia. Notem a granada logo após  sair da boca do canhão.

Acima: Soldados do Exército dos Estados Unidos recarregam um M-109A6 com granadas de 155 mm.

ABAIXO TEMOS UM VÍDEO DE UM M-109 SENDO OPERADO PELO EXÉRCITO DOS ESTADOS UNIDOS.

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