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domingo, 6 de março de 2022

GALERIA: Qualificação da tripulação do novo Centauro II

Primeira tripulação do novo Centauro II.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 6 de março de 2022.

Qualificação da primeira tripulação do novo caça-tanques Centauro II MGS 120mm, com uma sessão de tiro como fase final do curso em 31 de outubro de 2021.

Na Escola de Cavalaria do Exército, as primeiras tripulações qualificadas na nova plataforma de combate. O 1º Curso “Istruttore per Operatore Blindo Centauro 2” ("Instrutor para Operador Blindado Centauro 2"), realizado por técnicos do Consórcio Iveco Oto Melara, a favor do pessoal dos Departamentos Didáticos e do Grupo de Esquadrões de Formação.

Treinamento de direção.

A posição do municiador, com joystick e tela.

A nova plataforma de combate, atualmente fornecida à Escola de Cavalaria, insere-se no programa de substituição do carro blindado “Centauro” em serviço desde 1992, para equipar os regimentos de Cavalaria da linha com um veículo de combate eficaz, moderno e versátil; está equipado com um canhão de 120mm, sistemas de comando e controle digitalizados e alta proteção balística, proteção contra minas e proteção contra dispositivos explosivos improvisados ​​(Improvised Explosive DevicesIED).

Nesta perspectiva de modernização, o Instituto, centro de formação e especialização do pessoal do Exército da arma de Cavalaria, em colaboração com os técnicos e engenheiros do consórcio Iveco-Leonardo, lançou um curso de qualificação dos 10 primeiros Instrutores; o mesmo constituirá a espinha dorsal da Força Armada para a reciclagem de todo o efetivo dos regimentos de Cavalaria da linha, que estão a receber a nova plataforma de combate.

Cúpula do comandante.

Treinamento de tiro.

O curso foi dividido em aulas teóricas e atividades práticas. Em particular, as aulas teóricas, divididas em três fases de estudo, designadas “Chassis”, “Torre" e “TLC”, respectivamente, tinham como objetivo capacitar os instrutores para conduzir o veículo, utilizar o armamento principal (torre Hitfact – 2), sistema de Comando, Controle e Navegação (Sistema di Comando Controllo e Navigazione, SICCONA) e os subsistemas de telecomunicações.

O processo de formação do corpo de instrutores terminou com um exercício de tiro em que foi possível apreciar as características do novo sistema de armas e o nível de preparação alcançado pelo pessoal qualificado.

Concessão do diploma.
Ao fundo, três MBT Ariete.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Torre de Renault R 35 como Tobruk na Muralha do Atlântico


Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 25 de fevereiro de 2022.

Uma torre de carro de combate leve Renault R 35 transformada em bunker "Tobruk" no norte da França, como reforço da Muralha do Atlântico, fotografada por Christian Jardin.

Essas torres Tobruk foram um aprendizado da guerra no deserto norte-africano, por isso o nome. Essas guarnições de concrete, pequenas e circulares, foram equipadas com torres de Renault R 35 e do mais antigo Renault FT-17

Exemplar de um Tobruk mais bem conservado protegendo a entrada do bunker que agora abriga o Museu Militar das Ilhas do Canal. Esta torre foi originalmente montada em um Tobruk no Forte de Saint Aubin, Jersey.

O Renault R 35 foi um tanque de infantaria francês de dois homens usado na Campanha da França em 1940, e mais de 800 foram capturados pelos alemães. Alguns foram usados na sua função original, usando a designação Panzerkampfwagen 35R 731(f). Esses beutepanzers R 35 foram usados principalmente em funções de treinamento ou policiamento. Eles também foram usados nos treinamentos anfíbios para a Operação Leão-Marinho (Operation Seelöwe), a planejada invasão anfíbia da Inglaterra. Em ação, esses carros leves foram usados nos combates no Círculo Polar Ártico contra os soviéticos e em operações anti-partisan ao redor da Europa. Os alemães também transferiram carros Renault R 35 para seus aliados, com os italianos executando uma carga contra a cabeça-de-praia dos Rangers americanos durante a invasão da Sicília.

A Romênia comprara um número de tanques Renault R 35 quando era aliada da França. Esses veículos acabaram participando da invasão da União Soviética pelo Eixo em 1941. O Blog tratou desse assunto aqui.

Renault R 3 desembarcando de uma balsa na costa francesa durante treinamentos alemães, 1940.

A torre está bem danificada, com um rombo na lateral, além de vários buracos causados por calibres pesados. A torre também perdeu o canhão Puteaux SA 18 de 37mm.



Entrada protegida da guarnição.

A escritora especializada em blindados  Camille Harlé Vargas publicou as imagens no Twitter dizendo "Torre de R35 reutilizado para as fortificações alemãs do Atlântico, aqui próximo ao porto de Merrien no Finistère", com a posição da torre no Google Maps.

Na sequência da postagem, o leitor com o apelido Dr Agos (History Geek) postou um extrato bibliográfico e comentou: "Os regimentos canadenses tiveram muitos problemas com esse tipo de torre na Itália - a famosa linha de fortificações 'Hitler'. Não era nada óbvio." O canhão nessa vinheta é um 75mm, muito mais pesado e poderoso que o pequeno 37mm do R 35, mas demonstra a eficiência dessas fortificações Tobruk.

O extrato lê:

"No flanco esquerdo da brigada, os Seaforths haviam entrado no emaranhado de posições de metralhadoras interligadas. Quando os tanques britânicos Churchill do Regimento de Cavalaria da Irlanda do Norte entraram em seu setor, pelo menos cinco dessas bestas de 40 toneladas foram perfurados por um único canhão de torre de 75 mm montada. Os Highlanders serpentearam por seus camaradas britânicos, estremecendo com as piras funerárias em chamas, e após a batalha os canadenses pediram ao [regimento] Iron Horse que carregasse uma pequena folha de bordo em seus tanques restantes como um sinal de gratidão dos canadenses."

A folha de bordo é um símbolo do Canadá desde o início do século XVIII; ela é representada em bandeiras atuais e anteriores do Canadá, na moeda de um centavo, e no Brasão de Armas. Ela também é uma visão comum em adornos pessoais.

domingo, 20 de fevereiro de 2022

GALERIA: Cadetes da Academia Militar de Saint-Çyr em Coëtquidan


Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 20 de fevereiro de 2022.

Cadetes da Academia Militar de Saint-Çyr Coëtquidan (Académie militaire de Saint-Cyr Coëtquidan, AMSCC) no CFIM de Guer, em 23 de fevereiro de 2017. Fotografias de Bertrand Gaudillere.

Os cadetes realizaram treinamentos táticos no terreno, além de estudos sobre os fundamentos da tática em sala de aula. Eles treinaram orientação com bússola, dispararam fuzis FAMAS F1 e granadas de fuzil. Na sala de aula, os cadetes solucionaram problemas de tática em nível de pelotão.

Cadetes com o FAMAS F1.

Imersão na Academia Militar de Saint-Çyr em Coëtquidan


A Escola Militar Especial (École spéciale militaireESM) de Saint-Cyr, em Coëtquidan, na Bretanha, recebe anualmente 125 alunos. O curso tem a duração de três anos de treinamento militar (físico e teórico) e dá ao cadete um diploma de oficial e engenheiro. Além dos cursos de endurecimento e treinamento físico, os futuros oficias estudam topografia, estratégia, história e geografia, ciências e línguas.

O acampamento base está localizado a 400 metros de distância, na floresta. As barracas são básicas, feitas de lonas. Eles se abrigam do vento e da chuva que muitas vezes cai à noite no inverno bretão. Em uma pequena clareira, trabalham 3 grupos de cadetes, separadamente. No chão, cada equipe estendeu um mapa. Pequenos pedaços de madeira, montes de terra ou musgo representam ataques e posições inimigas.





















terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

GALERIA: Tanques ucranianos participam do Strong Europe Tank Challenge 2018


Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 15 de fevereiro de 2022.

Carros de combate de origem soviética, T-84 ucranianos no exercício da OTAN Strong Europe Tank Challenge (Desafio de Tanques Europa Forte) em 4 de junho de 2018. O exercício ocorreu na Área de Treinamento de Grafenwoehr, tradicional campo de treinamento da aliança atlântica durante a Guerra Fria; inclusive abrigando o Canadian Army Trophy, uma competição de pontaria das forças blindadas da OTAN. Fotos do Exército dos EUA por Sarah Beth Davis e Christian Marquardt.

O T-84 é um tanque de batalha principal ucraniano (MBT), uma evolução do tanque de batalha principal soviético T-80 introduzido em 1976. O T-84 foi construído pela primeira vez em 1994 e entrou em serviço nas Forças Armadas da Ucrânia em 1999. O T-84 é baseado na versão T-80 com motor diesel, o T-80UD. Seu motor de pistão oposto de alto desempenho o torna um dos MBTs mais rápidos do mundo, com uma relação potência-peso de cerca de 26 cavalos de potência por tonelada (19 kW/t).

Os tanques T-84 ucranianos tomam posição durante a parte ofensiva do Strong Europe Tank Challenge, 4 de junho de 2018.

O exercício ocorreu no 7º Comando de Treinamento do Exército (7th Army Training Command7th ATC) localizado na Área de Treinamento de Grafenwoehr (Grafenwoehr  Training Area, GTA). O 7th ATC está sob o comando do Exército dos EUA na Europa (United States Army EuropeUSAREUR). O 7th ATC é o maior comando de treinamento do Exército dos Estados Unidos no exterior, e é responsável por fornecer e supervisionar os requisitos de treinamento para soldados do USAREUR, bem como para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e países parceiros.

O Strong Europe Tank Challenge é um evento anual de treinamento destinado a proporcionar às nações participantes um ambiente "dinâmico" e "produtivo" para fomentar parcerias militares, formar relacionamentos no nível de tropa e compartilhar táticas, técnicas e procedimentos.

Um tanque T-84 ucraniano se move para baixo no Range 117 da Área de Treinamento Grafenwoehr para conduzir a pista de operações ofensivas.

A bandeira ucraniana, azul e amarela, é visível em meio à fumaça.

Os tanques ucranianos T-84 disparam durante a parte ofensiva do Strong Europe Tank Challenge.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

GALERIA: Snipers da Divisão Taman em Moscou


Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 6 de fevereiro de 2022.

Treinamento de atiradores de elite da Divisão de Fuzileiros Motorizados Taman, do Distrito Militar Ocidental, julho de 2021. O exercício ocorreu no campo de treinamento de Alabino, na região de Moscou, o mesmo setor onde ocorre o Biatlo de Tanques nos Jogos do Exército.

Os atiradores de elite usaram fuzis semiautomáticos SVD Dragunov, e os fuzis pesados .50 KSVK Degtyarev. O Dragunov tem uma longa e tradicional história, sendo produzido nos anos 1960 na época da União Soviética. Já o KSVK é um fuzil novo, introduzido como parte do programa Ratnik (Guerreiro) do Exército Russo. Seu nome é Fuzil Sniper de Grande Calibre Kovrov (Крупнокалиберная Снайперская Винтовка Ковровская / Krupnokalibernaya Snayperskaya Vintovka Kovrovskaya), formando o acrônimo KSVK e sendo conhecido também como "Fuzil Sniper Degtyarev".

O KSVK foi desenvolvido no final da década de 1990 pela fábrica Degtyarev, com sede em Kovrov, na Rússia; ele é baseado no fuzil experimental SVN-98 de 12,7mm. O KSV é um fuzil de repetição ferrolhado e na configuração bullpup, que é um desenho confortável para o tiro de franco-atirador. O cano é equipado com um dispositivo que atua como um freio de boca e um abafador de som. Além das lunetas, o KSVK possui miras de ferro laminado como reserva, tal qual o Dragunov. Suas variantes são os modelos:
  • SVN-98 (СВН-98),
  • KSVK (КСВК),
  • ASVK (АСВК, fuzil sniper de grande calibre do exército Kovrov) - adotado pelo Ministério da Defesa da Federação Russa sob a designação 6S8 "KORD" complexo sniper (6С8 «Корд») em junho de 2013 e usado pelo Exército Árabe Sírio durante a Guerra Civil Síria.
  • SBT12M1 - um projeto vietnamita baseado no KSVK russo com várias modificações para se adequar às condições locais. Está equipado com a mira óptica N12 também de produção vietnamita com ampliação de 10x. Fabricado nas fábricas Z111 e Z199.
  • ASVK-M Kord-M: versão atualizada.
Na Rússia, o KSVK é atualmente usado por unidades dos Distritos Militares do Sul, Leste e Oeste e da Frota do Norte. A versão melhorada ASVK-M Kord-M entrou em serviço em junho de 2018. As forças separatistas russas no leste da Ucrânia também o utilizam, e o mesmo na Síria, pelas forças leais ao governo sírio de Bashar al-Assad.





















Bibliografia recomendada:

Out of Nowhere:
A History of the Military Sniper.
Martin Pegler.

Leitura recomendada: