domingo, 26 de abril de 2020

GALERIA: O Renault R 35 em serviço na Romênia

Renault R 35 no Museu Nacional Militar Rei Ferdinando em Bucareste, capital da Romênia.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 26 de abril de 2020.

No total 1.540 unidades do R 35 foram produzidas na França, incluindo variantes, entre 1936 e 1940. Em 1938, a Romênia entrou em negociações com a França para a produção do R 35 sob licença. O esforço de mobilização francês encerrou a idéia quando ela já se encontrava em situação avançada e, em agosto e setembro de 1939, os romenos compraram 40 blindados R 35 como medida paliativa. Esses tanques serviram como o carro de combate principal do recém-formado 2º Regimento Blindado do Exército Real Romeno, sendo designados em serviço como "Carul de Luptă R35".

2º Regimento Blindado do Exército Real romeno com os R 35 e caminhões Laffly S15.

No final de setembro de 1939, mais 34 carros R 35 saídos da fábrica foram transferidos para os romenos quando o 21º Batalhão de Tanques Leves polonês (Batalion Czołgów Lekkich, BCL) cruzou a fronteira fugindo dos alemães. Com 74 tanques, o 2º Regimento Blindado foi expandido em dois batalhões.

Carros de combate Carul de Luptă R35 em desfile após sua invasão bem-sucedida de Odessa, 1941.

Os romenos usaram o R 35 na União Soviética, e, após a Batalha de Stalingrado, decidiram que os R 35 exigiam uma melhora significativa de sua capacidade anti-tanque.

Inicialmente, a torre de um R 35 do 2º Regimento Blindado da 1ª Divisão Blindada foi trocada pela torre de um T-26 soviético capturado. Em última análise, no início de 1943, foi decidido manter a blindagem mais espessa da torre francesa. Assim, a arma de 45mm do T-26 foi adotada como substituta da arma original de 37mm. A arma soviética foi anexada à torre francesa com a ajuda de uma extensão que continha o mecanismo de recuo da peça de 45mm. A desvantagem disso foi que, após essas modificações, não havia mais espaço suficiente na torre para manter a metralhadora coaxial, que foi então removida.

Blindado Vânătorul de Care R35, o Renault R35 com uma canhão soviético de 45mm.

Os tanques modernizados foram adotados como destruidores de tanques sob a designação "Vânătorul de Care R35", com trinta R 35 convertidos até junho de 1944 pela fábrica de Leonida em Bucareste. As armas soviéticas de 45mm foram retiradas dos tanques T-26 e BT-7 capturados. Essas unidades foram reformadas no Arsenal do Exército em Târgoviște enquanto as novas sustentações dos canhões, contendo o mecanismo de recuo, foram feitas na Oficina Concordia em Ploiești. Estes veículos serviram até o final da guerra.

Soldado soviético posando com um Vânătorul de Care R35 armado com o canhão do T-26. A Romênia trocou de lado em 1944, com os soviéticos pressionando suas fronteiras. 

Uma quantidade significativa das peças originais feitas na França, tanto dos tanques R 35 originais quanto dos convertidos, foi substituída por peças produzidas na Romênia em 1941-1942. As fábricas romenas produziram engrenagens de acionamento, eixos de acionamento, lagartas, novas rodas de metal e cabeças de cilindro. As rodas foram projetadas localmente para serem dez vezes mais duráveis. Adicionado a estes foram os suportes para os canhões de 45mm, adicionados como extensões de torre, que continham o mecanismo de recuo. Assim, o R 35 convertido romeno tinha partes significativas fabricadas na Romênia em seu chassis, transmissão e torre.

Vânătorul de Care R35 destruído na Ferrovia de Znojmo, 1945.

Outro ângulo do mesmo blindado, mostrando a situação difícil de defasagem onde os tanquistas romenos operavam em 1945.

Havia sessenta tanques R 35 no inventário romeno em 19 de julho de 1944, dos quais trinta haviam sido rearmados com canhões de 45mm.

Bibliografia 
recomendada:

Third Axis Fourth Ally: Romanian Armed Forces in the European War, 1941-1945 (1995), de Mark Axworthy, Cornel Scafeș e Cristian Craciunoiu.

Leitura recomendada:

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