domingo, 5 de janeiro de 2020

Por que a equipe comando do Grupo Alfa da Rússia é verdadeiramente assustadora

Operadores do Grupo Alfa.

Por Darien Cavanaugh, Special Ops Magazine, 17 de março de 2019.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 02 de janeiro de 2020.

A Rússia e a milícia islâmica libanesa Hezbollah tornaram-se aliados próximos na guerra civil na Síria, com os dois apoiando o regime do presidente sírio Bashar al-Assad no conflito. O relacionamento deles nem sempre foi tão amigável. Quando membros do Hezbollah seqüestraram quatro diplomatas russos em 1985, matando um deles, a Rússia enviou o Grupo Alfa da KGB para lidar com a situação.

O Grupo Alfa é parte rede de espiões, equipe de contraterrorismo e equipe de comandos de propósito geral - e totalmente aterrorizante.

Primeiro ganhou notoriedade por liderar o ataque ao palácio presidencial de Cabul durante as fases iniciais da invasão russa do Afeganistão em 1979. Ao longo das décadas de 1980 e 1990, seus membros participaram de várias derrubadas notórias de terroristas, insurgentes e seqüestradores.

Quando a KGB e partes das forças armadas soviéticas tentaram um golpe em 1990, os membros do Grupo Alfa foram encarregados de tomar o parlamento em Moscou e neutralizar o então presidente Boris Yeltsin.

O Grupo Alfa sobreviveu ao colapso da União Soviética e atualmente opera sob os auspícios do FSB, o sucessor do KGB. No entanto, seu confronto com o Hezbollah durante a crise dos reféns no Líbano continua sendo uma das operações mais discutidas e surpreendentemente brutais.

A KGB criou o Grupo Alfa - ou Spetsgruppa A - em 1974, em resposta aos ataques do Setembro Negro nas Olimpíadas de Munique, dois anos antes.

Oito terroristas ligados à Frente de Libertação da Palestina se infiltraram na Vila Olímpica, mataram dois atletas israelenses e fizeram vários outros reféns. A polícia da Alemanha Ocidental fracassou numa tentativa de resgate no aeroporto da OTAN horas depois. Outros nove israelenses morreram lá, junto com cinco dos terroristas e um policial alemão ocidental.

O Grupo Alfa formou-se na seqüência do fiasco. Mas o grupo rapidamente assumiu um papel mais amplo do que o mero contraterrorismo.

Comandos do Grupo Alfa da KGB no Afeganistão com capacetes de titânio suíços PSH-77, anos 80.

Quando a União Soviética invadiu o Afeganistão em 1979, o Grupo Alfa e o Grupo Zênite da KGB, outra unidade de forças especiais, lideraram um contingente de 700 soldados no ataque ao Palácio Tajbeg em Cabul*, de acordo com David Cox em seu livro Close Protection: The Politics of Guarding Russia's Rulers (Proteção Aproximada: A política de guardar os governantes da Rússia).

*Nota do Tradutor: O Alfa participou da Operação Tempestade-333 (quando os destacamentos Alfa e Zênite apoiaram o 154º Destacamento Independente das Spetsnaz - conhecido como "Batalhão Muçulmano" - do GRU em uma missão para derrubar e matar o presidente afegão Hafizullah Amin, em seu palácio de Tajbeg em Cabul.

Os comandos entraram no país sob os auspícios da proteção da embaixada russa. O ataque ao palácio de Tajbeg em 27 de dezembro de 1979 foi a primeira fase da invasão soviética. O presidente afegão Hafizullah Amin estava dando uma festa no palácio naquela noite. Inúmeros convidados civis e residentes do palácio, incluindo mulheres e crianças, estavam presentes quando o ataque começou.

Um membro das forças especiais que participou do ataque disse à BBC em 2009 que os oficiais encarregados ordenaram que os soldados matassem todos no edifício.

(1) Operador do “Batalhão Muçulmano”; Operação “Tempestade-333”, Cabul, 1979. (2) Operador do 411º Destacamento, Vale de Panjishir, 1985. (3) Sargento, 173° Destacamento, província de Kandahar, 1987. (4) Medalha afegã por bravura.
(Ilustração de Johnny Shumate / Osprey Publishing)

"Eu era um soldado soviético", lembra Rustam Tursunkulov. “Fomos treinados para aceitar ordens sem questionar. Eu estava nas forças especiais - é o pior trabalho.”

Uma afegã chamado Najiba estava dentro do palácio quando os soviéticos chegaram. Ela tinha apenas 11 anos na época. "As coisas que vi", disse Najiba à BBC. “Meu Deus - pessoas no chão. Eu vi uma pessoa... como uma cena de um filme de pesadelo. Cadáveres. Muitos."

"Por favor, tente entender que, quando há uma batalha, é difícil saber que há crianças lá", explicou Tursunkulov. "Em qualquer exército, deve haver alguém que faça as tarefas mais severas e terríveis. Infelizmente, não são soldados, mas políticos que fazem guerras."

O Palácio Tajbeg como quartel-general do 40º Exército Soviético em 1987.

O filho de 11 anos de Amin foi morto no ataque ao palácio, e o próprio Amin morreu durante a ação ou logo depois - talvez executado. Segundo Tursunkulov, os corpos de todos os mortos no palácio foram embrulhados em tapetes e enterrados nas proximidades sem cerimônia.

O Grupo Alfa continuou a liderar os esforços da KGB em contraterrorismo e contrainteligência doméstica até os anos 80. A unidade mirou agentes e operadores da CIA, e liderou a operação contra os seqüestradores do vôo 6833 da Aeroflot em Tbilisi, na Geórgia, em 1983. Eles mataram três dos seqüestradores e capturaram o restante, mas perderam cinco reféns.

Foi o envolvimento do grupo em uma crise de reféns em 1985 no Líbano que deu ao Grupo Alfa uma reputação internacional como uma unidade contra-terror cruel - mas eficaz.

Em 20 de setembro de 1985, a Organização de Libertação Islâmica, parte do Hezbollah, sequestrou quatro diplomatas russos em Beirute. Uma mensagem dos terroristas "alertou que os quatro prisioneiros soviéticos seriam executados, um a um, a menos que Moscou pressionasse milicianos pró-Síria a cessar o bombardeio de artilharia de posições mantidas pelas milícias fundamentalistas pró-Irã na cidade portuária de Trípoli, no norte do Líbano", de acordo com relatório contemporâneo de Jack McKinney, do Daily News da Filadélfia.

Moscou inicialmente tentou abrir canais de comunicação na esperança de negociar a libertação de reféns. Mas depois que os captores executaram um dos russos, Moscou enviou o Grupo Alfa.

Os reféns restantes foram libertados dentro de algumas semanas, o que surpreendeu os jornalistas, considerando que muitos reféns tomados no Líbano foram mantidos por meses ou até anos.

O General de Brigada Ghazi Kanaan, que era o chefe de inteligência das forças sírias no Líbano na época, foi originalmente creditado por orquestrar a libertação dos russos. Esse relato foi divulgado para jornalistas de outros países.

"Jornalistas ocidentais relataram que os seqüestradores foram forçados a libertar os reféns porque uma busca bloco-a-bloco por milicianos pró-Síria estava chegando perto deles", escreveu McKinney.

No entanto, de acordo com fontes israelenses citadas no Daily News, foi na verdade a KGB que negociou a libertação. E no livro Hezbollah: The Global Footprint of Lebanon's Party of God*, Matthew Levitt esclarece que não eram apenas seus agentes KGB comuns. Era o Grupo Alfa.

*NT: o título em português ficaria Hezbollah: A pegada global do Partido de Deus no Líbano.

"Em uma recontagem", escreve Levitt, "a KGB sequestrou um parente do chefe da organização que tomava reféns, cortou a orelha do parente e o enviou para sua família. Em outro, a unidade Alfa sequestrou um dos irmãos do seqüestrador e enviou dois dedos para sua família, em envelopes separados.

“Ainda outra versão tem os agentes soviéticos sequestrando uma dúzia de xiitas, um dos quais era parente de um líder do Hezbollah. O parente foi castrado e baleado na cabeça, seus testículos enfiados na boca e seu corpo enviado ao Hezbollah com uma carta prometendo um destino semelhante para os outros 11 cativos xiitas, se os três reféns soviéticos não fossem libertados.”

Embora os detalhes das várias "recontagens" sejam diferentes, o efeito é praticamente o mesmo. Dado o fato do Grupo Alfa ter sido despachado para Beirute, e de que os reféns foram libertados tão rapidamente quando outros países, incluindo os Estados Unidos, falharam em facilitar respostas tão prontas dos seqüestradores no Líbano, parece razoável que fosse o Grupo Alfa, em vez de uma busca síria que levou à liberação rápida.

Operadores do Grupo Alfa em treinamento de CQB, o distintivo da unidade é visível.

A Rússia tem uma política de longa data de atacar membros da família de terroristas. Os relatórios das ações alegadas do Grupo Alfa em Beirute são consistentes com essa tradição.

A saga de Beirute é sem dúvida a mais sensacional das operações do Grupo Alfa. Mas a unidade continuou a desempenhar um papel proeminente nos esforços militares, de inteligência e contraterrorismo soviéticos e russos.

Um destacamento lituano do Grupo Alfa tentou reprimir o movimento de secessão no país em janeiro de 1991, matando 14 civis e ferindo centenas mais quando eles tomaram a torre de televisão de Vilnius.

Mais tarde, no mesmo ano, comandos do Grupo Alfa assaltaram o parlamento russo durante um golpe contra o presidente soviético Mikhail Gorbachov. Eles foram instruídos a capturar o presidente da Federação Russa Boris Yeltsin - ou matá-lo, caso parecesse que ele poderia escapar.
Vinte comandos do Grupo Alfa recusaram a ordem, adiando a missão por tempo suficiente para o golpe entrar em colapso.

Operadores do Grupo Alfa durante o cerco ao parlamento russo, em agosto de 1991.

Mais recentemente, a unidade de contraterrorismo esteve envolvida no fim da crise dos reféns na escola de Beslan, na Ossétia do Norte, em 2004. Durante a batalha entre o Grupo Alfa e dezenas de terroristas, 330 pessoas morreram, incluindo 186 crianças.

Os comandos do Grupo Alfa foram criticados pelo uso imprudente de força excessiva em Beslan, observa Glenn Peter Hastedt em Spies, Wiretaps and Secret Operations. O presidente russo, Vladimir Putin, defendeu seus operadores especiais, dizendo que eles não planejavam invadir a escola e o fizeram apenas depois de relatos de que os terroristas começaram a executar as crianças do lado de dentro.

Também houve relatos do Grupo Alfa lutando na guerra civil na Ucrânia.

Texto postado no Special Ops Magazine pelo membro Eric SOF, ele foi inicialmente postado por Darien Cavanaugh no site War is Boring em 2016.

sábado, 4 de janeiro de 2020

Poderia haver uma reinicialização da Guerra Fria na América Latina?

O Ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu (segundo da direita) e seu colega venezuelano, Vladimir Padrino Lopez (segundo da esquerda), realizam uma reunião em Moscou. (Vadim Savitsky/ TASS via Getty Images)

Por Scott Stewart, Stratfor, 26 de novembro de 2019.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 26 de novembro de 2019.

Destaques

- A Rússia está trabalhando com ex-aliados soviéticos na América Latina para minar a influência dos EUA e distrair Washington das atividades de Moscou em outros lugares.

- Ao fazer isso, Moscou está usando propaganda online para alimentar a retórica antigovernamental que agora alimenta protestos no Equador, Chile, Bolívia e Colômbia.

- A Rússia provavelmente adotará táticas semelhantes para enfraquecer outros governos aliados dos EUA na América Latina, colocando empresas e organizações ocidentais que operam na região cada vez mais em risco.


A América do Sul está novamente em chamas. Uma onda de protestos anti-governamentais devastou as ruas do Equador, Chile, Bolívia e Colômbia nos últimos meses. Esse caos, é claro, não é novo na região. Entre as décadas de 1960 e 1990, grupos terroristas e insurgentes instigaram uma série de cruéis batalhas por procuração da Guerra Fria. Mas nesta iteração, que estou chamando de "Guerra Fria 2.0" na América Latina, não são grupos armados de aliados em jogo, mas tensões sociais já existentes que Moscou está habilmente armando para sabotar estruturas de poder ocidentais na região.

De fato, com ameaças à periferia da Rússia mais assustadoras do que nunca, pode-se argumentar que a Guerra Fria nunca terminou realmente para Moscou. Mas, independentemente das ações atuais da Rússia na América Latina constituírem uma segunda Guerra Fria, ou se elas são apenas um revigoramento da luta original, é aparente que muitos dos mesmos atores estão ativamente envolvidos no desassossego no quintal de Washington - e em grande parte, pelas mesmas razões.

O quadro geral

Os esforços dos EUA para conter a influência da Rússia em suas fronteiras obrigaram Moscou a reafirmar seu peso geopolítico em todo o mundo. Na América Latina, isso pode ser evidenciado pelas tentativas da Rússia de proteger o governo venezuelano do movimento de oposição apoiado pelos EUA, enquanto trabalha para desmantelar mais governos aliados do Ocidente em outros lugares da região.

O legado soviético na América Latina

Soldados cubanos e oficiais soviéticos num terraço de Luanda, capital de Angola, nos anos 80.

Na tentativa de estabelecer uma utopia comunista global, a União Soviética incentivou a exportação de sua revolução para o exterior para "libertar" trabalhadores em todo o mundo. Mas como os Estados Unidos e seus aliados se uniram para conter a expansão comunista, a União Soviética começou a se sentir ameaçada pelas estruturas da aliança que a cercavam, bem como pela presença de tropas e armas dos EUA em sua periferia. Em resposta, os soviéticos abraçaram a Revolução Cubana e tentaram colocar mísseis nucleares em Cuba - uma aposta que acabou levando à Crise dos Mísseis de Cuba. Mas mesmo depois que os soviéticos removeram seus mísseis de Cuba, eles continuaram a usar a ilha como cabeça de praia no Hemisfério Ocidental, para expandir sua influência do Canadá até o Chile - apoiando partidos comunistas nas Américas, ao mesmo tempo em que treinavam, financiavam e armaram uma série de grupos terroristas e insurgentes marxistas em toda a região.

Os esforços de Moscou na América do Sul e Central, em particular, foram em grande parte conduzidos através de seus aliados cubanos endurecidos em batalha, como evidenciado pelo infeliz ataque do revolucionário Ernesto "Che" Guevara à Bolívia no final da década de 1960. Os soviéticos viam essas atividades como uma maneira de não apenas expandir o comunismo mundial, mas também combater os esforços anticomunistas dos EUA em outros lugares. Ao criar problemas no próprio quintal de Washington, as ações soviéticas também ajudaram a distrair os Estados Unidos e seus recursos desses outros esforços. A crescente influência comunista na região envolveu o governo dos EUA em uma série de esforços que envolveram eventos de alto nível, como o golpe de 1954 na Guatemala; a fracassada invasão da Baía dos Porcos, em 1961, em Cuba; o golpe de 1973 no Chile; e apoio aos Contras nicaraguenses nos anos 80.

Atividades atuais da Rússia

Pulando para o presente, no entanto, e a ameaça dos EUA à influência russa apenas se tornou mais aguda. O tampão de segurança periférica que outrora protegeu a Rússia da Europa diminuiu significativamente após o colapso da União Soviética em 1991. Ex-membros do Pacto de Varsóvia, como Bulgária, Polônia, Hungria, República Tcheca, Eslováquia e Romênia, tornaram-se membros da OTAN, tal qual os antigos estados bálticos ocupados pelos soviéticos da Letônia, Estônia e Lituânia.

Medos crescentes de aprisionamento na Rússia finalmente pavimentaram o caminho para a ascensão do presidente Vladimir Putin em 2000. Mas, apesar das promessas de Putin de restaurar o poder passado do país, o tampão estratégico da Rússia continuou machucando. A queda dos líderes pró-russos na Ucrânia após os protestos de Maidan em 2014 e a Revolução Laranja de 2005, em particular, apenas aumentaram o mal-estar russo. Para ajudar a compensar a perda de uma fronteira tão crucial, Putin anexou a Crimeia e invadiu o sudeste da Ucrânia. Mas a Rússia ainda sente, sem dúvida, a dor de ter perdido a profundidade estratégica do Pacto de Varsóvia e do Bloco Soviético que há muito protegia o ventre macio do país.

Guerrilheiros marxistas das FARC, anos 90.

Em vez de armar grupos marxistas com armas, desta vez Moscou está armando manifestantes anti-governamentais com retórica para combater os interesses dos EUA na América Latina.

O domínio das terras fronteiriças está agora obrigando a Rússia a recorrer aos seus velhos truques na América Latina. Isso incluiu, nomeadamente, a sustentação do regime fracassado de Nicolás Maduro na Venezuela no ano passado, com a ajuda dos parceiros cubanos de Moscou. Cuba é um importante parceiro de segurança dos regimes venezuelanos desde que o ex-presidente venezuelano Hugo Chávez chegou ao poder em 1999. A vasta rede de operadores e ativos de inteligência cubanos que se infiltrou na sociedade venezuelana desde então informou o regime de Maduro sobre ameaças em potencial, mantendo a oposição dividida e brigando por trivialidades. Enquanto isso, o apoio financeiro, militar e de inteligência técnica da Rússia - para não mencionar a proteção rigorosa dos prestadores de serviços militares russos ("contractors") - também foi crítico para o regime de Maduro nos últimos anos. Na verdade, eu chegaria ao ponto de dizer que Maduro teria sido deposto há muito tempo, se não fosse pela ajuda da Rússia e de Cuba.

Histórias da Guerra Civil de El Salvador: A batalha pela memória.

Mas as atividades da Rússia e de seus parceiros cubanos na América Latina não se limitam à Venezuela. Em 13 de novembro, autoridades prenderam quatro cubanos na Bolívia por supostamente financiarem protestos contra o governo em apoio ao ex-presidente socialista do país, Evo Morales. Aliado do regime de Maduro, apoiado pela Rússia, Morales foi forçado a procurar refúgio no México após sua vitória em uma eleição aparentemente fraudada, que provocou protestos generalizados. Nas últimas semanas, a Organização dos Estados Americanos (OEA) também acusou Cuba e Venezuela de ajudarem a instigar os protestos anti-governamentais no Equador, Chile e Colômbia. Assim como os soviéticos financiaram os esforços paramilitares cubanos na América Latina durante a primeira Guerra Fria, fica claro que a Rússia ainda está financiando esses esforços, já que Cuba e Venezuela estão com falta aguda de dinheiro e não podem realizar essas operações sozinhos.

Usando a angústia social para obter ganhos políticos

Os soviéticos e russos tiveram ampla experiência no uso de protestos para minar o lugar de seus oponentes ocidentais no poder. Nos Estados Unidos, há evidências da mão de Moscou nos protestos anti-guerra da década de 1960 e nos protestos anti-nucleares da década de 1980, bem como no movimento de fraturamento anti-hidráulico e no Occupy Movement (Movimento de Ocupação) nos anos mais recentes. E, claro, há a intervenção da Rússia no referendo do Brexit de 2016, seguido pelas eleições presidenciais dos EUA no mesmo ano.

A equipe do Exército da Nicarágua nos Jogos Internacionais do Exército Russo de 2015, na base de Alabino, nas cercanias de Moscou. (Evgeny Biyatov/ RIA Novosti)

De fato, ao longo das décadas, a Rússia tornou-se cada vez mais hábil em explorar sentimentos e questões sociais muito reais para alcançar seus próprios objetivos políticos. Em concerto com seus aliados cubanos e venezuelanos, a Rússia se mostrou hábil em ampliar a tensão ao longo de linhas de falha social muito reais nesses países. A Rússia não está simplesmente fabricando questões que sustentam a agitação do nada; ao contrário, está simplesmente fornecendo a "faísca" para acender as queixas econômicas e sociais subjacentes que silenciosamente vêm se formando logo abaixo da superfície nesses países há anos.

A Rússia também agora tem uma vasta experiência usando as mídias sociais para dispersar a desinformação na internet, assim como fez antes da votação do Brexit no Reino Unido e da eleição presidencial dos EUA em 2016. Nos últimos anos, Moscou também desdobrou campanhas de propaganda online semelhantes na Alemanha, Ucrânia e Estados Bálticos. E há sinais de que ela está tentando fazer o mesmo antes das próximas eleições nos EUA em 2020. Assim, podemos esperar que essas ferramentas de desinformação sejam usadas em outros lugares da região para apoiar aliados socialistas e se oporem a governos democráticos e mais orientados para o livre mercado, ou de outra forma aliada com os Estados Unidos.

A equipe do Exército Venezuelano no biatlo de tanques nos Jogos Internacionais do Exército Russo, 2015. (Evgeny Biyatov/ RIA Novosti)

Partes interessadas estrangeiras na mira

Dada a tendência socialista, anarquista e anticapitalista de muitos dos movimentos anti-governamentais, os manifestantes, como era de esperar, já começaram a visar interesses comerciais na região. Mais de 100 lojas pertencentes à subsidiária do Walmart no Chile, por exemplo, foram saqueadas e queimadas em meio a crescentes manifestações anti-capitalistas no país. À medida que os protestos continuam em todo o continente, as empresas dos EUA e da Europa que operam nesses países provavelmente continuarão a ser alvo, incluindo empresas potencialmente de mineração e energia, hotéis, bancos e escritórios de companhias aéreas. As instalações diplomáticas dos EUA e as organizações não-governamentais (ONGs) que operam na região também poderiam ser visadas. Várias empresas e ONGs já retiraram seu pessoal da Bolívia após o recente aviso de viagem do Departamento de Estado dos EUA, que também instou os cidadãos americanos que moram no país a saírem.

Nicolás Maduro e Vladimir Putin em Caracas, 2019.

Dado o imperativo da Rússia de minar a crescente influência dos EUA mais perto de casa, bem como globalmente, Moscou fará tudo o que estiver ao seu alcance para garantir que os protestos continuem em frente à porta de Washington. Portanto, empresas e organizações na América do Sul precisarão acompanhar de perto a dinâmica da agitação na América Latina, à medida que ela evolui e potencialmente aumenta nas próximas semanas. Caso contrário, eles poderão se encontrar em breve no fogo cruzado de outra batalha por procuração de uma Guerra Fria.

Bibliografia recomendada:

A KGB e a Desinformação Soviética: A visão de um agente interno.
Ladislav Bittman.

A Verdade Sufocada: A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça.
Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra.

A Obsessão Antiamericana: Causas e Inconseqüências.
Jean-François Revel.

Estado-maior taiwanês decimado por um acidente de helicóptero


Por Laurent Lagneau, Zone Militaire Opex360, 2 de janeiro de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 2 de janeiro de 2020.

Em 2 de janeiro, o General Shen Yi-ming, chefe do estado-maior das forças taiwanesas, deveria iniciar uma visita de inspeção antes do Ano Novo Lunar, indo para a base de Dong'ao, localizada no distrito de Yilan [nordeste da ilha]. Infelizmente, seu helicóptero UH-60M Black Hawk, que transportava vários oficiais de alta patente, não chegou ao seu destino.

Tendo decolado pouco antes das 8 horas da base de Songshan, perto de Taipei, a aeronave supostamente tentou um pouso de emergência alguns minutos depois, enquanto sobrevoava uma área montanhosa na região de Pinglin.

Equipes de resgate chegaram ao local e conseguiram libertar cinco sobreviventes dos destroços do Black Hawk. Mas o acidente matou 8 pessoas, incluindo os generais Shen Yi-ming, Yu Chin-wen [chefe do Departamento de Guerra Política] e Hung Hung-chun [chefe de inteligência militar].

O General Shen assumiu o cargo de chefe de gabinete das forças taiwanesas em julho de 2019, depois de assumir o comando da RoCAF (Força Aérea da República da China).

"Hoje é um dia triste. Vários excelentes generais e soldados de nossas forças armadas morreram neste acidente. […] O chefe de estado-maior Shen Yi-ming era um general excepcional e competente, e um líder amado por todos. Seu desaparecimento nos deixa imensamente tristes”, disse Tsai Ing-wen, presidente de Taiwan. "Meus pêsames mais profundos vão para os soldados excepcionais que desapareceram hoje neste acidente, bem como para suas famílias", acrescentou. E garantir que as autoridades taiwanesas “façam de tudo [...] para ajudar suas famílias neste momento de luto e para determinar as causas do acidente."

O acidente ocorreu enquanto a China exerce uma pressão militar e diplomática crescente sobre Taiwan, considerada uma província rebelde.

Além disso, para seu primeiro desdobramento após sua entrada em serviço, o CNS Shandong, o novo porta-aviões chinês, navegou para o Estreito de Taiwan do sul para o norte, com sua escolta, em 26 de dezembro, alguns dias da eleição presidencial de Taiwan.

"É responsabilidade e dever das duas margens do estreito manter a paz e a estabilidade e trabalhar pelo bem-estar das populações", reagiu então Taipei. E uma alta autoridade da ilha disse que era uma "manobra de intimidação" que visa "os eleitores de Taiwan ainda indecisos."

É por isso que as Forças Especiais do Irã ainda usam boinas verdes


Por Eric SOF, Spec Ops Magazine, 9 de setembro de 2018.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 3 de janeiro de 2020.

Ao olhar para a 65ª Brigada de Forças Especiais Aerotransportadas do Irã, você pode notar algumas semelhanças impressionantes - as divisas amarelas dos graduados parecem muito com as divisas amarelas do antigo uniforme verde do Exército, por exemplo. Antes da Revolução Iraniana, as insígnias de suas unidades pareciam muito com o brasão De Oppresso Liber, que simboliza as Forças Especiais do Exército dos Estados Unidos.

A boina verde distintiva usada pelos iranianos pode não ter a mesma tonalidade de verde usada pelas Forças Especiais do Exército dos EUA de hoje, mas os operadores especiais iranianos vestem verde por um motivo - eles foram treinados pelos americanos.

Boinas verdes americanos no Irã do Xá


Na década de 1960, os Estados Unidos enviaram ao Irã quatro destacamentos operacionais de operadores das Forças Especiais do Exército para treinar as forças militares imperiais do Xá. As Equipes de Treinamento Móvel (Mobile Training Teams) passaram dois anos como Grupo Consultivo de Assistência Militar no Irã (Military Assistance Advisory Group Iran). Antes que eles pudessem chegar ao Irã, os soldados tiveram que passar no curso de Oficial de Forças Especiais (Special Forces Officer) em Fort Bragg, e então aprenderem farsi no Instituto de Idiomas de Defesa (Defense Language Institute) de Monterey, na Califórnia. Só então eles seriam enviados ao Irã para treinar as Forças Especiais Iranianas.

Faz muito tempo que a 65ª foi parte das Forças Especiais Imperiais Iranianas. Agora chamada 65ª Brigada NOHED (que é apenas um acrônimo farsi para "forças especiais aerotransportadas"), a missão da unidade é muito semelhante àquelas para as quais as Forças Especiais dos EUA os treinaram na década de 1960. Eles realizam resgate de reféns, operações psicológicas, guerra irregular e treinam para missões de combate ao terrorismo dentro e fora da República Islâmica.

Brevê iraniano ao lado do americano.

Dentro das forças armadas iranianas, a unidade é conhecida como "fantasmas poderosos". O apelido deriva de uma missão dada à 65ª em meados dos anos 90. Eles foram encarregados de tomar edifícios em torno de Teerã das forças armadas regulares - e conseguiram fazê-lo em menos de duas horas.

Desde o seu confronto inicial com as Forças Especiais dos EUA, a 65ª Brigada de Forças Especiais Aerotransportadas do Irã sobreviveu à Revolução Iraniana de 1979, então eles sobreviveram à brutal Guerra Irã-Iraque na década de 1980, e agora aconselham o Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana enquanto lutam pelo regime de Assad dominado pelo Irã na Síria contra uma rebelião fraturada.

Membros do NOHED operando uma metralhadora nas terras altas do Curdistão iraniano durante a Guerra Irã-Iraque dos anos 80. (Foto: Wiki)

O legado do treinamento duro, mas completo, com os boinas verdes americanos continua no Irã. O treinamento atual inclui resistência e sobrevivência em guerra no deserto, na selva e nas montanhas, entre outras escolas, como o treinamento de pára-quedas e queda livre, assim como seus antigos aliados americanos ensinaram há muito tempo.

Nota do Tradutor: Em 1953, 10 oficiais do Exército Imperial Iraniano foram enviados à França para treinamento paraquedista. Retornando ao Irã, eles estabeleceram a Unidade Paraquedista (واحد چتربازی) em 1955, que evoluiu para o Batalhão Paraquedista (گردان چتربازی) em 1959. Por essa razão, a boina iraniana é usada “à francesa”, tal qual no Brasil, com o distintivo no lado direito.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Modernização do exército chinês: progresso, retórica e realidade


Por Henry Boyd, Military Balance Blog, 21 de agosto de 2019.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 21 de agosto de 2019.

O Livro Branco da Defesa de 2019 da China, publicado em 24 de julho, sugere que o Exército de Libertação Popular (PLA) pode estar em risco de perder as metas de modernização programadas para serem alcançadas antes do 100º aniversário da fundação do Partido Comunista Chinês (PCC) em 2021.
O cronograma de modernização do PLA está mais do que simbolicamente vinculado aos objetivos dos "Dois Centenários" (两个一百年) do Presidente Xi Jinping. O aniversário da fundação do PCC é o primeiro centenário, enquanto o segundo, em 2049, marcará 100 anos desde a fundação da própria República Popular da China. Um PLA mais capaz é uma parte fundamental do "China Dream" (中国梦, Sonho Chinês) - uma ambição abrangente de desenvolvimento e modernização para a nação chinesa promovida por Xi. Portanto, o PLA recebeu uma série de três pontos de referência para seu próprio progresso - em 2020, 2035 e 2049.

MECANIZAÇÃO E INFORMATIZAÇÃO
Até 2020, o PLA deve ter cumprido os objetivos de alcançar a mecanização básica (机械化) e feito progressos significativos em direção à informatização (信息化). Essa linha do tempo foi divulgada publicamente no Livro Branco da Defesa de 2008 e foi reiterada recentemente no discurso de Xi no 19º Congresso do Partido em 2017. O PLA nunca tornou público o que exatamente quer dizer por um ou outro termo, mas o primeiro é amplamente entendido como modernizar os inventários de equipamentos, enquanto o último aborda a ampla adoção de sistemas digitais em um ambiente de rede.
Os dois objetivos refletem o fato de que o PLA do pós-Guerra Fria vem correndo atrás das outras grandes potências militares, e os EUA em particular, em termos de capacidade de equipamentos e como conduzir operações militares modernas. Procurando diminuir rapidamente essa lacuna, está tentando perseguir os dois objetivos mais ou menos simultaneamente.
Também em 2017, Xi parecia indicar que os objetivos de modernização haviam sido atingidos. No desfile do dia do exército em 1º de agosto daquele ano, ele pareceu anunciar que o PLA já havia alcançado a mecanização e havia feito rápido progresso em direção à informação. Os autores do último Livro Branco, no entanto, adotam uma linha mais cautelosa. Apesar do bom progresso, o PLA "ainda não concluiu a tarefa de mecanização e precisa urgentemente melhorar sua informatização".
Examinar fatos no terreno sugere que, particularmente no que diz respeito à mecanização, o floreio retórico de Xi parece excessivamente otimista e a cautela do Livro Branco talvez exageradamente pessimista.

PROGRESSO DO EXÉRCITO DO PLA
O próprio Exército do PLA (ou seja, as forças terrestres) continua sendo o ponto de falha mais provável para os objetivos de 2020. Embora a reorganização mais recente tenha reduzido o tamanho geral do exército para menos de 1.000.000 de soldados, ele ainda mantém aproximadamente o dobro do pessoal em serviço ativo do que o Exército dos EUA. Equipar essa força exclusivamente com equipamentos modernos é uma tarefa enorme. É um desafio ainda maior, dado que as forças da marinha, da força aérea e de foguetes estão recebendo prioridade sobre o exército para seus próprios programas ambiciosos.
Embora o exército tenha ambições de padronizar seu equipamento em suas brigadas de armas combinadas, recentemente reestruturadas, com papéis pesados, médios e leves que lembram a estrutura da equipe de combate de brigada dos EUA, por enquanto um número significativo de formações ainda depende de plataformas e sistemas legados. Essa "mecanização parcial" do exército é vista há muito tempo como um fator complicador importante na busca do PLA de obter a informatizações efetiva.
Dos 5.800 tanques principais de batalha listados em serviço no banco de dados do IISS Military Balance+, apenas cerca de 60% podem ser classificados como modernos; cerca de 2.000 ainda são baseados no obsoleto ZTZ-59 (uma versão licenciada do T-54 soviético). O tanque leve Tipo-15 (ZTQ-15) mencionado no Livro Branco entrou em serviço agora, mas apenas com uma, ou talvez duas, brigadas até agora. Para outros veículos blindados, o cenário é pior: das aproximadamente 50 brigadas de armas combinadas pesadas e médias do PLA (excluindo formações anfíbias), apenas cerca de 20 estão atualmente equipadas com os mais recentes veículos de combate de infantaria sobre lagarta (ZBD-04/ -04A) ou sobre rodas (ZBL-08).
O novo MBT leve ZTQ-15 (Type 15) do Exército de Libertação Popular
Em suma, substituir completamente o inventário da plataforma legada do Exército do PLA - presumivelmente um componente essencial da verdadeira mecanização - exigiria a adição de milhares de novos veículos blindados e peças de artilharia nos próximos dois anos. É altamente improvável que isso ocorra, mesmo que a modernização do exército receba uma priorização mais alta do que no passado. Um resultado mais realista pode ser a expectativa de que pelo menos 50% de todos os veículos blindados, artilharia e sistemas de defesa aérea do Exército do PLA sejam modernos até 2020.
Embora esse resultado possa ser menos palatável politicamente do que a modernização total, é importante lembrar que mesmo um Exército do PLA parcialmente modernizado ainda representa uma capacidade impressionante. Mesmo as 20 brigadas equipadas com ZBD-04/ZBL-08, mencionadas acima, já superam o total de 17 equipes de combate de brigada Blindadas e de Stryker do Exército Americano em serviço. Enquanto isso, os vizinhos da China, como Índia, Rússia e Taiwan, estão enfrentando seus próprios problemas em relação à modernização das forças terrestres. Dado que a Marinha do PLA e a Força Aérea do PLA, em particular, estão muito mais à frente do que o exército em termos de modernização de equipamentos, os prazos de 2020 podem, portanto, representar mais uma preocupação de apresentação do que prática para o PLA.
Míssil balístico DF-21D, projetado para destruir porta aviões e seu grupo de batalha é uma das grandes conquistas do moderno Exército de Libertação Popular da China.

Essa análise foi originalmente publicada no IISS Military Balance+, o banco de dados online que fornece informações e análises indispensáveis para usuários do governo, forças armadas, setor privado, academia, mídia e muito mais. Personalize, visualize, compare e baixe dados instantaneamente, em qualquer lugar, a qualquer hora. O IISS Military Balance+ inclui dados sobre as forças armadas da China, equipamentos, economia de defesa, aquisições de defesa, exercícios militares e desdobramentos.

Henry Boyd é pesquisador
em Defesa e Análise Militar.















quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

HECKLER & KOCH G3. Conheça o Fuzil de Batalha G-3 (e ele é uma lenda por um bom motivo)

Heckler & Koch G3

Por Kyle Mizokami, The National Interest, 08 de dezembro de 2019.
Tradução Filipe do A. Monteiro
Adaptação de Carlos Junior.

FICHA TÉCNICA
Tipo: Fuzil de assalto.
Miras: dioptro rotativo com marca para 100 e 400 metros.
Peso: 4,5 kg (vazio).
Sistema de operação: Blowback com retardo.
Calibre:7,62x51 mm.
Capacidade: 20 tiros.
Comprimento Total: 102 cm.
Comprimento do Cano: 17,72 pol.
Velocidade na Boca do Cano: 790 m/seg*.
Cadência de tiro: 600 tiros/ min.
 * Dependendo da munição haverá variação como qualquer calibre.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

ESTÁGIO CAPACITA OPERADORES DO SISTEMA REMAX, ESTAÇÃO DE ARMAS DA NOVA FAMÍLIA DE BLINDADOS DO EXÉRCITO


Estágio do Sistema Automatizado REMAX da Viatura Blindada de Transporte Pessoal (VBTP) Média sobre Rodas 6x6 GUARANI.
São Borja (RS) – No período de 16 a 20 de dezembro foi realizado, no 2º Regimento de Cavalaria Mecanizado, o Estágio do Sistema Automatizado REMAX da Viatura Blindada de Transporte Pessoal (VBTP) Média sobre Rodas 6x6 GUARANI. A REMAX é uma estação de armas remotamente controlada, giro-estabilizada, para metralhadoras 12.7 mm, 7,62 mm e .50mm, equipando a nova família de blindados do Exército Brasileiro. Participaram da atividade integrantes de organizações militares subordinadas à 1ª Brigada de Cavalaria Mecanizada.

Durante o estágio, foram realizadas instruções teóricas e práticas por técnicos da empresa ARES Aeroespacial e Defesa. Na oportunidade, os estagiários executaram o tiro diurno parado e em movimento, utilizando o sistema de estabilização de tiro da Torre REMAX, empregando a metralhadora calibre .50. A finalidade foi capacitar os oficiais e sargentos a operarem o material que faz parte do Programa Estratégico Guarani e realizar a manutenção de 1º nível da Torre REMAX.
O REMAX é uma estação de armas remotamente controlada giro-estabilizada para metralhadoras 12,7 mm e 7,62 mm que foi desenvolvida a partir dos requisitos do Exército Brasileiro por meio de uma parceria da ARES com o CTEx (Centro Tecnológico do Exército).
Fonte: 2º RC Mec



terça-feira, 24 de dezembro de 2019

UM FELIZ NATAL A TODOS VOCÊS!


Eu desejo a todos os leitores e colaboradores do WARFARE Blog um feliz natal para todos vocês! Que esta data seja aproveitada por todos vocês para refletir sobre o significado da vinda de Jesus Cristo e os exemplos que ele deu com objetivo de instruir a humanidade para um caminho mais alto.

Carlos Junior