Supporters of Senegal's opposition leader Ousmane Sonko protest in Dakar after he was arrested ahead of his scheduled court appearance to face a rape charge.
— AFP News Agency (@AFP) March 4, 2021
Sonko was arrested on charges of disturbing public order after his supporters and security forces began to clash pic.twitter.com/fZEpFyAi19
Dezenas de estudantes ainda estavam enfurnados na universidade Cheikh Anta Diop de Dakar na quinta-feira, de onde atiraram blocos de concreto contra a polícia, que respondeu com gás lacrimogêneo e granadas de choque, disse um repórter da AFP no local. Sonko seria transferido na quinta-feira à noite para um tribunal de Dacar, onde seu caso será ouvido por um juiz. Mas seus advogados disseram que a audiência foi adiada para sexta-feira.
"Ousmane Sonko é agora objeto de um mandado. Ele será levado ao juiz de instrução amanhã, de boa vontade ou pela força", disse Abdoulaye Tall, um de seus advogados, à AFP. As autoridades regulatórias senegalesas também suspenderam na quinta-feira o sinal de dois canais de televisão locais, Sen TV e Walf TV, acusando-os de transmitir imagens "in loop" dos protestos após a prisão de Sonko.
Popular entre os jovens
Centenas de pessoas seguiram sua carreata na quarta-feira, tocando buzinas e cantando antes que os confrontos estourassem e Sonko fosse preso antes de chegar ao tribunal. O ministro do Interior, Antoine Félix Abdoulaye Diomé, disse que Sonko foi preso por causa da proibição de reuniões por causa do coronavírus e por violar um plano de trânsito estabelecido. "Todos têm que obedecer. Outros fizeram o mesmo. Eu me pergunto por que haveria uma exceção", disse ele à rádio RFM.
Sonko também nega as acusações de estupro feitas contra ele no mês passado por um funcionário de um salão onde ele recebeu massagens. Muçulmano devoto de 46 anos, Sonko costuma criticar a elite governante do Senegal e é popular entre os jovens. Ele acusa Sall de conspirar para afastá-lo antes das eleições de 2024.
A violência também estourou na quarta-feira em outras áreas, incluindo Casamance, de onde vem o pai de Sonko e onde ele tem muitos seguidores. Sonko concorreu contra o presidente na votação de 2019, mas terminou em terceiro lugar em uma disputa que deu ao titular um segundo mandato.
Os presidentes da ex-colônia francesa estão limitados a dois mandatos consecutivos, mas Sall lançou uma revisão constitucional em 2016, levantando suspeitas de que pretende concorrer novamente.
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