Por Gary Li, The Jamestown Foundation, 20 de fevereiro de 2015.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 9 de novembro de 2020.
Entre 31 de maio e 28 de julho de 2014, o Exército de Libertação do Povo Chinês (PLA) iniciou o exercício anual em grande escala com o codinome "Stride 2014". Os exercícios Stride (Passo Largo) têm ocorrido regularmente, concentrando-se principalmente no rápido desdobramento de grandes formações de campanha em território desconhecido e na realização de exercícios de confronto. A versão de 2014, no entanto, era diferente em sua escala, composição das unidades, intensidade e natureza do oponente que as unidades enfrentavam. Nada menos que sete das principais brigadas, de sete diferentes grupos de exércitos (GA) do PLA, foram enviados para a Base de Treinamento de Zhurihe, na Mongólia Interior, sob a Região Militar de Pequim. Durante os seis exercícios de confrontação que se seguiram, apenas um resultou na vitória das “Forças Vermelhas” (REDFOR) visitantes, e a um custo elevado. A surra recebida pela REDFOR na verdade reflete uma nova era no treinamento do PLA que está intimamente ligada à unidade que os ensinou a lição, a primeira brigada de forças oponentes dedicada da China (Opposing Forces, OPFOR*).[1] [2]
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Distintivo da "1ª Brigada OPFOR da China", Lobos de Zhurihe. |
[1] Os exercícios OPFOR são uma prática militar comum em todo o mundo, incluindo os Estados Unidos. As REDFOR são as unidades normais do PLA e a “Blue Force" OPFOR são unidades especiais destinadas a atuar como unidades inimigas para fins de treinamento. Para referência, os Estados Unidos usam “Red Teams” como inimigo. O Centro Nacional de Treinamento em Irwin, Califórnia, é a casa do OPFOR dos EUA desde 1980, onde unidades que simulam um regimento soviético foram responsáveis por colocar unidades mecanizadas dos EUA à prova durante a Guerra Fria. Hoje, também se especializou em unidades de treinamento para operações de contra-insurgência.
[2] As unidades específicas dos GA foram identificadas por meio de pesquisas de código aberto.
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Sniper francês da FORAD (Force Adverse/ Figurativo Inimigo) no Centro de Treinamento de Combate em Zona Urbana (Centre d'entraînement au combat en zone urbaine, CENZUB), em Sissonne, na França. |
*Nota do Tradutor: Na Marinha do Brasil, a OPFOR é chamada de "Figurativo Inimigo" (FINGIM). O acrônimo lembra "fingimento". No Exército Brasileiro usam o termo ForOp, "Força Oponente".
Participantes e resultados do exercício “Stride 2014”
Segmento do Exercício
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Região Militar (MR)
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Unidade do Exército
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Resultado
vs
OPFOR
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A
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Nanquim
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12º Grupo de
Exército (GA), 2ª Brigada Blindada
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Perdeu
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B
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Guangzhou
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41º GA, 122ª
Brigada Mecanizada
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Perdeu
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C
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Jinan
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20º GA, 58ª Brigada
Leve Mecanizada
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Perdeu
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D
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Shenyang
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16º GA, 68ª Brigada
Mecanizada
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Venceu/ Empatou
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E
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Chengdu
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14º GA, 18ª Brigada
Blindada
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Perdeu
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F
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Lanzhou
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47º GA, 55ª Brigada
Motorizada
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Perdeu
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N/A*
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Pequim
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27º Grupo do
Exército (GA), 7ª Brigada Blindada
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N/A
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* Não participou do “Stride 2014”, mas possivelmente foi usado como unidade de teste antes dos exercícios principais.
As forças visitantes estavam sob ataques simulados desde o momento em que chegaram às áreas de concentração e, em seguida, foram colocadas sob ataque químico, biológico e nuclear (QBN) contínuo, bem como ataque aéreo durante os exercícios (Xinhua Net, 24 de junho de 2014). A OPFOR possuía domínio total nas arenas aéreas e de artilharia, bem como vantagem tática devido ao reconhecimento avançado ser negado às unidades visitantes. A maioria das unidades perdeu 30–50 por cento de suas forças no momento em que entrou em contato com a OPFOR, e algumas perderam até 70% quando o seu segmento de exercício terminou. Nunca antes o PLA havia feito tal teste por um oponente assim, e o experimento de Zhurihe enviou ondas de choque por todo o corpo de oficiais.
O nascimento da “Força Azul”
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Tropas do PLA lançam um assalto a uma réplica do Edifício Presidencial de Taiwan na base de treinamento de Zhurihe, na Mongólia Interior. (SCMP Pictures) |
A Base de Treinamento de Zhurihe, no deserto da Mongólia Interior, tem sido um importante campo de treinamento para as tropas blindadas da China desde 1957. No entanto, foi somente a partir de 2007 que ela evoluiu de um simples campo de tiro para um centro de treinamento de armas combinadas. Este foi um tempo surpreendentemente longo, pois o PLA está perfeitamente ciente do seu atraso desde a Guerra do Golfo de 1991, após a qual a velocidade da modernização militar aumentou drasticamente. As unidades anteriores da OPFOR estavam em grande parte em rotações muito curtas e imitavam as formações soviéticas, que foram os principais adversários terrestres durante a Guerra Fria. Apesar da desintegração da União Soviética em 1991, isto permaneceu praticamente inalterado até os anos 2000. Essa transformação recebeu um impulso extra desde que o presidente e comandante-em-chefe chinês Xi Jinping chegou ao poder em 2012, quando ele decidiu implementar reformas dentro do PLA a fim de obter uma força de combate que "pode lutar e vencer batalhas" (PLA Daily, 21 de fevereiro de 2013).
A misteriosa "Força Azul" - como o PLA chama sua OPFOR - é na verdade a 195ª brigada de infantaria mecanizada, comandada por Xia Minglong, sob a RM de Pequim (anteriormente a 1ª Divisão Blindada, 65º GA, uma das primeiras unidades pioneiras em "guerra informatizada"). Esta unidade parece ter sido retreinada durante 2013 e ativada em janeiro de 2014. Em março de 2014, a Comissão Militar Central (CMC) sob o presidente Xi emitiu a diretiva "Recomendações sobre a Melhoria do Realismo dos Exercícios Militares" (Xinhua, 20 de março de 2014), e a 195ª brigada seria o "amolador". O “Stride 2014”, portanto, foi pessoalmente aprovado por Xi de acordo com os novos “Regulamentos de Treinamento de Base Transregional de 2014-2017” (Liao Wang Dong Fang, 6 de agosto de 2014).
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Transporte Tipo 63 dos Lobos de Zhurihe, OPFOR.
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Embora a unidade seja amplamente equipada com equipamentos obsoletos, como tanques de batalha principais Tipo 59 (MBT) e veículos blindados de transporte de pessoal (VBTP) Tipo 63, seus pontos fortes estão, na verdade, em sua integração profunda de armas combinadas. Também por meio do emprego em larga escala de sistemas de engajamento de laser semelhantes ao Sistema de Engajamento de Laser Integrado Múltiplo (Multiple Integrated Laser Engagement System, MILES) usado pelas forças armadas dos EUA, a unidade provavelmente simulou carros M1 e veículos de combate de infantaria Bradley. Isso nunca é implicitamente reconhecido pela mídia oficial, mas as evidências de código aberto parecem sugerir que a unidade às vezes utiliza doutrina semelhante àquelas das Equipes de Combate de Brigada dos EUA (Brigade Combat Teams, CBT), o que significa que a 195ª provou ser um oponente letal (China Military Net, 16 de junho de 2014).
A 195ª é comandada pelo Coronel Sênior Xia Minglong*, que foi vice-chefe de treinamento da RM de Pequim até assumir o comando da brigada OPFOR em janeiro de 2014 (Ministério da Defesa Nacional, 4 de fevereiro). De acordo com entrevistas à mídia, Xia já estava ciente de que sua nova brigada enfrentaria o melhor do PLA no final do ano. A brigada só concluiu sua reorganização em abril de 2014, apenas 20 dias antes da primeira “Força Vermelha” chegar a Zhurihe. Claramente, ele descreveu os tipos de treinamento anteriores como "excessivamente formais, com pouco resultado... embora muitos comandantes queiram colocar o treinamento em uma base mais realista, havia pouco em suas mentes sobre como isso deveria ser alcançado - em grande parte devido à falta de experiência em combate ao longo de muitos anos” (Liao Wang Dong Fang, 6 de agosto de 2014).
*NT: O atual comandante é o Coronel Sênior Man Guangzhi.
Antes do estabelecimento da brigada OPFOR, as forças opostas eram sempre compostas por unidades rotativas com pouca experiência na função. Isso se deve a questões políticas e também doutrinárias. Se uma unidade OPFOR derrotar uma unidade visitante de alto nível, então há uma chance de que os altos generais desta se ofendam, algo que dentro de um exército como o PLA - com sua intrincada rede de patrocínio e lealdades pessoais - pode provar desastroso para a carreira de alguém. Portanto, institucionalmente, houve pouco incentivo para os oficiais da OPFOR tentarem derrotar as forças visitantes (Sina Military, 8 de agosto de 2014).
A composição das “Forças Vermelhas” visitantes foi também diferente em 2014, com destaque para as “brigadas combinadas”, nomeadamente brigadas com vários outros armas de serviço adstritas. Em essência, o PLA estava testando a eficácia das reformas de "brigadização" conduzidas no início de 2000, quando as divisões foram transformadas em brigadas mecanizadas altamente móveis. Os resultados do “Stride 2014” parecem sugerir que ainda há muitas melhorias a serem feitas.
A natureza dos exercícios era muito diferente das manobras anteriores do tamanho de uma brigada. Isso variava do doutrinário - sem mais confrontos planejados, ao mundano - sem grandes faixas vermelhas e bandeiras nos veículos. Tudo foi feito para criar “condições de guerra mais realistas” (PLA Daily, 31 de dezembro de 2014). A mudança mais significativa, porém, foi “permitir” que a OPFOR vencesse. O papel das OPFOR anteriores e temporárias era atrasar e obstruir as “Forças Vermelhas”, mas não derrotá-las. Assim, um comandante de brigada vermelha poderia anteriormente emitir comandos que resultavam em grandes perdas sem temer a derrota. No entanto, as dolorosas derrotas infligidas às "Forças Vermelhas" no "Stride 2014" não foram apenas destacadas como uma grande lição dos exercícios, mas também alegremente citadas repetidamente pela cobertura da mídia oficial do PLA (Xinhua, 22 de junho de 2014).
O resultado
O objetivo dos exercícios “Stride 2014” foi significativo. Estrategicamente, eles foram projetados para sacudir o PLA do seu senso de complacência em tempos de paz e para enfrentar sua responsabilidade primária de lutar e vencer guerras. Operacionalmente, eles removeram o cobertor de segurança de operar em ambientes familiares e forçaram as unidades a lutar em locais que não eram de sua escolha contra um inimigo que lutava de forma diferente. Taticamente, as unidades descobriram as dificuldades de operar seus equipamentos sob ataque constante e interferência eletrônica, obrigando os oficiais de todos os níveis a improvisarem seus ataques. Politicamente, e possivelmente o objetivo mais importante, tem sido a remoção do fator de aversão ao risco nos exercícios. Não foram permitidas recriminações contra a brigada OPFOR e foram encorajados relatórios de derrotas (PLA Daily, 11 de novembro de 2014).
Um dos outros problemas-chave identificados durante os exercícios foi o uso adequado de novos equipamentos. Várias das formações que foram derrotadas pela OPFOR possuíam o hardware mais avançado dentro do PLA, incluindo os MBT Tipo 99 e Tipo 96, bem como os IFV Tipo 04. Quase todas as formações possuíam artilharia altamente móvel, orgânica, mecanizada ou montada em caminhão. Em essência, eles representaram os frutos de duas décadas de atualizações de hardware para as forças terrestres destinadas a lutar em uma guerra totalmente mecanizada. No entanto, isso não os salvou da derrota. A única unidade que obteve vitória/empate foi equipada com os MBT Tipo 99 mais avançados, mas foi um batalhão improvisado liderado por um capitão (todos os comandantes de alto escalão tendo sido "mortos") que "venceu" a luta (Guancha, 8 de julho de 2014).
O principal organizador do "Stride 2014", o Coronel Sênior Yang Baoyou, professor da Escola de Comando de Shijiazhuang (o equivalente do PLA a West Point), disse à Xinhua posteriormente que o experimento de Zhurihe pretendia expor as deficiências das unidades de combate em um nível fundamental , algumas das quais incluem “habilidades de comando fracas, colaboração ineficiente entre unidades, incapacidade de utilizar novos equipamentos em seu benefício”, entre outros problemas. Yang aponta que tudo isso se deve em grande parte a um regime anterior de “programas de treinamento incompreensíveis, de baixo padrão e de baixo objetivo” (Modern Express, 8 de agosto de 2014). É claro que o motivo da escolha das unidades - uma brigada de cada região militar - foi para que as lições aprendidas pudessem ser levadas de volta às suas respectivas regiões e ninguém pode dizer que eles poderiam ter feito melhor.
O Futuro da OPFOR de Zhurihe
Não eram apenas as unidades do exército regular que seriam lançadas contra a 195ª em 2014. Ao longo do ano, nada menos que 20 exercícios foram realizados em Zhurihe, incluindo a anual Organização de Cooperação de Xangai (Shanghai Cooperation Organization, SCO) “Missão de Paz 2014” em Agosto, e até a visita de uma das duas Brigadas de Fuzileiros Navais do PLA (China Youth Daily, 13 de fevereiro de 2014). Tradicionalmente com base no sul, a brigada foi lançada contra a recém-ativada 195ª em fevereiro de 2014 e voltou para uma revanche em 2015 (Guangcha, 5 de fevereiro). É evidente que o PLA faz questão de testar todas as suas formações fora das suas zonas de conforto. De acordo com a conta do Weibo do PLA Daily em 5 de fevereiro de 2015, dez brigadas de todas as sete RM descerão sobre Zhurihe para enfrentar a OPFOR para o exercício "Stride" de 2015. A diferença neste ano será que cada batalha será dividida em três rodadas, talvez para permitir que as “Forças Vermelhas” avaliem suas deficiências e tentem superá-las.
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Coluna de carros de combate Tipo 96 da Equipe Azul usando o distintivo de unidade dos "Lobos de Zhurihe". |
O comandante da OPFOR também não é complacente com as realizações da sua brigada em 2014 e destacou suas preocupações com os dois principais gargalos para o desenvolvimento contínuo da brigada, ou seja, retenção de pessoal e equipamentos avançados. Em relação ao primeiro, o Coronel Xia afirmou que é difícil encontrar os oficiais certos, versados na “doutrina de combate estrangeira”, e mantê-los. Em termos deste último, apesar de simular o mais avançado em termos de MBT ocidentais, os envelhecidos Tipo 59 da brigada OPFOR* exigirão substituições no futuro (Liao Wang Dong Fang, 6 de agosto de 2014).
*NT: Em abril de 2017, a brigada foi redesignada como 195ª Brigada Pesada de Armas Combinadas (em chinês: 重型 合成 第 195 旅).
É altamente improvável que o PLA permita que as qualidades de combate da OPFOR sejam corroídas pelos problemas habituais do PLA de retenção de pessoal e reações políticas. Está claro por conta do “Stride 2014” que essa formação incorporou tudo o que o presidente Xi pediu durante seu mandato. No entanto, esse modelo provavelmente será permeado até o nível de RM, e OPFOR regionais também serão criadas para treinar outras forças locais. Considerando o tamanho e distribuição do PLA, esta localização do “modelo Zhurihe” ajudaria muito a moderar as qualidades de combate das formações terrestres.
No entanto, ainda restam dúvidas sobre se o novo regime de treinamento, com toda a ênfase no realismo, reflete um espectro amplo o suficiente para os tipos de ameaças que o PLA pode ter que enfrentar no futuro. É incerto se todos os engajamentos futuros envolverão ataques QBN em grande escala, por exemplo; e a falta de treinamento de contra-insurgência também é gritante. A OPFOR demonstrou em Zhurihe que a era da guerra mecanizada em grande escala pode estar chegando ao fim, mas o que vai substituí-la ainda não foi respondido entre os planejadores do PLA.
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