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domingo, 5 de julho de 2020

A submetralhadora MAS-38


Por Martin K.A. Morgan, Shooting Illustrated, 26 de dezembro de 2017.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 5 de julho de 2020.

Walter Audisio foi a figura principal do movimento de resistência italiano em Milão e operou sob o nome de guerra "Coronel Valerio" pelo bem do anonimato. Em 28 de abril de 1945, ele deixou Milão com outro partisan comunista e dirigiu para o norte, em direção ao lago Como. No dia anterior, uma coluna de veículos alemães havia sido interceptada perto da vila de Dongo, que incluía, entre outros líderes fascistas de alto escalão, ninguém menos que o próprio “Il Duce”: Benito Mussolini. Juntamente com sua amante Claretta "Clara" Petacci, Mussolini havia fugido de Milão em 25 de abril, na tentativa de escapar pela fronteira para a Suíça, mas essa tentativa falhou quando os guerrilheiros prenderam o casal no dia 27.

Walter Audisio.

As notícias das prisões chegaram rapidamente ao Comando Geral de todas as unidades partisans e uma ordem de execução foi prontamente emitida. É por isso que Walter Audisio viajou para Dongo naquela tarde de sábado. Depois de chegar à vila, Petacci e Mussolini foram coletados e depois levados para o sul até a Villa Belmonte, na vila de Giulino de Mezzegra. Eles foram forçados a ficar diante dos portões da frente da casa, enquanto Audisio preparava uma submetralhadora esotérica francesa, emprestada de outro guerrilheiro. Às 16:10h, ele apertou o gatilho e terminou duas vidas, uma das quais foi reconhecida como a principal responsável pelo desastre que caracterizou a experiência italiana na Segunda Guerra Mundial.

(Esquerda) Mantendo a ação livre de detritos, a alavanca de manejo não-recíproca também continha uma tampa.
(Direita) Para ajudar a manter a MAS-38 livre de detritos indutores de engripamento, o poço do carregador tem uma tampa articulada para fechar uma avenida potencial de sujeira.

A submetralhadora francesa obscura que Walter Audisio usou para acabar com a vida de Clara Petacci e Benito Mussolini foi a Pistolet Mitrailleur Manufacture d'Armes de Saint-Étienne modèle 38, geralmente chamada de submetralhadora MAS-38. Criada no final da década de 1930, numa época em que as forças armadas francesas estavam se esforçando para se modernizar, a MAS-38 completou o pacote de armas de fogo militares que também incluía a Pistolet automatique modèle 1935A, o fuzil ferrolhado MAS Modèle 36, e o Fusil-mitrailleur Modèle 1924 M29. Ela parecia e manuseava ao contrário da maioria de seus contemporâneos, na medida em que um pronunciado diédro dominava sua anatomia geral e pesava menos de 8 libras (3,45kg), carregada. Um comprimento total de 24,5 polegadas (63,5cm) produzia uma compacidade que os operadores apreciavam.


O MAS-38 foi projetado para alimentar o cartucho Longue de 7,65x20mm a partir de um carregador destacável de 32 tiros bifilar, tipo cofre, semelhante ao carregador usado pelas submetralhadoras Thompson e Beretta. Embora produzisse velocidades iniciais ligeiramente mais altas, o 7,65 Longue se comparou aproximadamente ao cartucho de .32 ACP (7,65x17mm) de John Browning, e os franceses o escolheram especificamente porque seu impulso de recuo leve tornaria a submetralhadora mais controlável do que uma que dispara um cartucho de calibre maior gerando recuo mais pesado.

As alças e massas de mira estão deslocadas para a esquerda; a alça de mira tem duas aberturas, uma para trabalhos em proximidade e uma (otimista) à distância.

Ao contrário dos projetos contemporâneos das submetralhadoras Thompson e Beretta, a MAS-38 só podia disparar no modo automático com uma cadência de tiro de 600 disparos por minuto, um recurso que simplificou significativamente seu projeto de recuo (blowback). Uma tampa de proteção com dobradiça para o carregador protegia a ação mecânica contra a intrusão de sujeira, assim como a alavanca de manejo/tampa não-recíproca do ferrolho. O projeto também apresentava duas aberturas de alça de mira dobráveis definidas para 100 e 200 metros, além de um registro de segurança que poderia ser acionada quando o gatilho fosse pressionado para frente.


Apesar de todas as qualidades não-convencionais e diminutivas da sua aparência, a MAS-38 foi na verdade um projeto militar bem-sucedido, embora não servisse apenas à República Francesa. A arma entrou em produção em 1939, quando as nuvens de guerra começaram a se acumular sobre a Europa. Então, quando a Alemanha invadiu em 1940, a MAS-38 lutou até o Armistício de Compiègne em 22 de junho e o subsequente estabelecimento do governo de Vichy de Philippe Pétain. Além dos exemplares capturados com a queda da França, a MAS-38 permaneceu em produção em Saint-Étienne durante a Segunda Guerra Mundial, e os alemães a padronizaram sob a designação MP722(f). De fato, foi uma MP722(f) capturada que Walter Audisio usou para matar Mussolini na Villa Belmonte, no lago Como, perto do final de abril de 1945.

MAS-38 usada por Walter Audisio para executar Mussolini exposta no Museu Histórico Nacional da Albânia.

Mas a história da MAS-38 não terminou com a conclusão da Segunda Guerra Mundial. Embora a submetralhadora MAT-49 de 9mm tenha começado a substituí-la durante a década de 1950, a MAS-38 continuou a servir na Indochina, armando as tropas francesas e o Viet Minh. A pequena arma distintiva também teve um papel de apoio durante a guerra de sete anos na Argélia. As forças militares dos EUA até ocasionalmente a encontraram armando o Viet Cong na década de 1960.

Após um breve mas violento confronto com o Viêt-minh, um atirador do 22º BTA (Batalhão de Tirailleurs Argelinos) mata a sede de um de seus companheiros feridos.
Este, deitado em uma maca e vestido rapidamente, trazia consigo sua submetralhadora MAS 38. Tra Vinh, Cochinchina, outubro de 1950.

Na década de 1970, no entanto, a submetralhadora MAS-38 havia atingido o fim de sua vida útil e começou a desaparecer na obscuridade. Hoje vive apenas em museus e em algumas coleções particulares, portanto não é uma peça particularmente comum. Embora não pareça muito e possa não ser tão familiar, esta submetralhadora francesa pequenininha derrubou um dos ditadores mais opressivos do século XX.

Benito Mussolini.

Bibliografia recomendada:

Les pistolets-mitrailleurs français,
Jean Huon.

Leitura recomendada:









Garands a Serviço do Rei18 de abril de 2020.

Mausers FN e a luta por Israel23 de abril de 2020.

terça-feira, 3 de março de 2020

GALERIA: A Uzi iraniana

Antigo comando iraniano do tempo do Xá com uma Uzi israelense com baioneta, quando as armas eram novas em folha.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 3 de março de 2020.

Projetado pelo judeu-alemão Uziel Gal, que se mudou para Israel e teve uma carreira distinta nas Forças de Defesa de Israel, a submetralhadora Uzi é um ícone de Israel e do Ocidente há décadas. O Irã do Xá comprou Uzis com seu emblema nacional estampado e um seletor de tiro escrito em farsi. Após a Revolução Iraniana de 1979, a nova República Islâmica herdou todas as armas da era do Xá, dos Tomcats F-14 dos EUA às submetralhadoras Uzi de Israel.

Curiosamente, o Irã revolucionário não alterou nenhuma marcação nas armas israelenses, mantendo o antigo emblema do Xá e as iniciais da IMI intactos. No Irã, a Uzi foi usada principalmente em segurança naval e nas forças especiais. Outras Uzis israelenses-iranianas chegaram ao Iraque, sendo capturadas por soldados da Coalização americana, assim como nos mercados de armas da Síria. Em 2018, uma dessas Uzis estava à venda em Idlib, na Síria, por US$ 400. Hoje, as IMI Uzi originais de 30 anos ainda estão em serviço, mas o Irã também começou a fazer cópias (sem licença) da Uzi em 2019. Essas submetralhadoras  fabricadas no Irã provavelmente estarão em serviço mais amplo que a IMI Uzi. O recipiente principal é o Exército (Forças Terrestres do Corpo da Guarda Revolucionária da Revolução Islâmica, NEZSA) com planos para um fornecimento mais geral do que antes.

O antigo emblema nacional, que estava na bandeira do Irã antes da Revolução Islâmica de 1979. O selo foi deixado intacto, coroa e tudo.

Marcações em Farsi, número de série e estampa IMI (Israeli Military Industries).

Marcações do seletor de tiro no idioma farsi.

Sargento comando iraniano com uma Uzi.



Menina do Pasdaran, o ramo infanto-juvenil da Guarda Revolucionária.

Um comando iraniano da Brigada de Forças Especiais NOHED fazendo rapel com uma Uzi, 2014.


A Unidade de Resgate de Reféns (Unidade-110) da NOHED durante um exercício de missão de resgate de reféns, o homem da frente armado de submetralhadora Uzi.


BÔNUS: Chuck Norris e a Uzi

Chuck Norris atirando com uma Uzi em frente a um quadro do Aiatolá Khomeini.

Bibliografia recomendada:

The Uzi Submachine Gun.
Chris McNab.

Leitura recomendada:


domingo, 1 de março de 2020

FOTO: J.E. O'Toole, Serviço Feminino Rodesiano

Futura Major J. E. O'Toole, Rhodesian Woman's Service (RWS).

"Mal ouso mencionar a vez em que fomos apresentados à "pista de selva". Foi quando fomos soltas, uma de cada vez, por uma trilha, armadas com o Stirling, totalmente carregada. Seguida de perto por um instrutor. Ao longo da trilha havia vários alvos que apareceriam repentinamente. O objetivo era eliminar o "inimigo". Muitas de nós largávamos aço, esvaziando o carregador, ao primeiro sinal de um farfalhar nos arbustos ... várias de nós quase emboscamos os instrutores. Eles nos deram um esporro após o exercício... gritando que éramos a arma secreta dos terroristas, capazes de destruir todo o Exército Rodesiano! Nós, novatas, imaginávamos no que havíamos nos metido... confortando umas às outras com o pensamento de que não seríamos novatas para sempre!"

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

BRUGGER & THOMET APC-9. A nova submetralhadora das forças de segurança do Exército dos Estados Unidos.


FICHA TÉCNICA
Tipo: Submetralhadora.
Sistema de operação: Blowback com ferrolho fechado.
Calibre: (APC-9): 9X19 mm; (APC-45): 45 ACP.
Capacidade: Carregadores de 15, 20, 25 e 30 munições.
Peso: 2,7 kg. (vazia).
Comprimento Total: 59,7 cm (Estendida), 37,8 cm (coronha rebatida).
Comprimento do Cano: 6,9 polegadas (175 mm).
Miras: Alça e massa dobráveis e um trilho picatinni integral para miras óticas.
Cadência de tiro: 1080 tiros por minuto.
Velocidade na Boca do Cano: 405 m/seg (munição 9 mm padrão).

DESCRIÇÃO
Por Ironhead
A desconhecida empresa suíça Brügger & Thomet  (B&T) é um fabricante suíça de armas de fogo que ganhou atenção no começo de 2019 por ter vencido uma concorrência para o Exército dos Estados Unidos para fornecimento de uma submetralhadora sub compacta para ser empregada por militares responsáveis por segurança pessoal de potenciais alvos de alto risco (autoridades politicas e militares) norte americanas.
Aqui no WARFARE Blog, a marca já foi citada na matéria sobre a submetralhadora MP-9, versão da TMP, originalmente projetada pela Steyr, e atualmente fabricada pela empresa suíça.
A B&T é uma empresa relativamente jovem, tendo sido fundada no final da década de 90 do século passado. Em pouco tempo, a empresa passou a produzir uma grande variedade de tipos de armas que vão de pistolas a fuzis de precisão de longo alcance.
Acima: A APC-9 possui um desenho convencional, tendo como diferencial o baixo peso e o fato de vir com uma mita de qualidade reconhecida Aimpoint Micro TL-1 tipo red dot.
O armamento que será foco deste artigo é a submetralhadora APC-9, cuja sigla "APC" significa "Advanced Police Carbine". O foco que os projetistas tiveram foi o de fornecer uma arma para emprego policial e para forças especiais através de analise de requisitos para uma arma que usasse munição de arma curta e que tivesse versatilidade para emprego em diversas situações que incluem combate em ambientes confinados (CQB), arma de defesa pessoal (PDW), armamento para emprego em ambiente urbano, etc.
A escolha da munição, considerando tais requisitos, caiu como uma luva sobre o 9x19 mm, conhecido também por 9 mm Luger, Parabellum, ou simplesmente 9 mm NATO, em referência ao padrão adotado pela aliança militar ocidental OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e o velho guerreiro calibre 45 ACP (Automatic Colt Pistol), cuja versão neste calibre é chamada de APC-45.
Acima: A APC-9 é fabricada nos calibres 9 mm (foto) e no calibre 45, sendo esta ultima na versão APC-45
A APC-9 opera por sistema blowback, aproveitando a própria energia do recuo do disparo da munição para movimentar o ferrolho para liberar a câmara do estojo da munição deflagrada e alimentar com uma nova munição. A APC-9 possui uma cadência de 1080 disparos por minuto, o que pode ser considerado muito alta, o que obriga a um treinamento mais rigoroso de tiro para que o operador seja habilitado em usar o regime automático sem desperdiçar munição (o que é bastante difícil). Nesse ponto, tem se observado vários projetos modernos de armas automáticas tem objetivado reduzir a cadencia de tiro com o intuito de  facilitar o controle da arma em regime automático.
Esta submetralhadora possui seletor de fogo com 3 posições que são as básicas "safe" (travada); semi automático e totalmente automático (rajada). Não há a posição de rajada curta ou "burst", como em alguns concorrentes deste modelo.
Acima: A tecla seletora de disparo na APC-9 possui apenas as três posições básicas e é ambidestra.
A APC-9 pode usar carregadores 15, 20, 25 e de 30 munições de capacidade e que é produzido em plástico translucido, o que facilita a visualização da munição disponível (o que também pode ser negativo pois o inimigo, dependendo da situação, também poderá ver).
Um ponto a ser observado é que a alavanca do ferrolho é reversível, para qualquer lado, e as teclas da APC-9  de seleção de disparo e liberador do ferrolho são ambidestras.
Na parte superior da arma há um trilho integral padrão picatinny que facilita a instalação de acessórios, porém, a arma vem de fabrica com uma mira Aimpoint Micro TL1, do tipo red dot.
No guarda mão há trilhos nas laterais e na parte de baixo, para instalação de acessórios como lanternas, miras laser ou grip frontal.
O baixo recuo somado a agilidade de aquisição do alvo com essa mira dão a APC-9 uma agilidade elevadíssima para o rápido engajamento do alvo.
A coronha padrão é do tipo rebatível com desenho esqueletizado para redução de peso. Existe, porém, opção de substituir essa coronha por outros modelos como uma de tubo que possui um formato baixo que facilita seu uso com capacetes com protetores faciais (como os usados em operações de tropas de choque). O corpo da arma é produzido em polímero, o que contribui para um peso reduzido.
Acima: O uso de um trilho integral na parte superior ajuda muito na flexibilidade de configurações de acessórios como sistemas de miras.
Além dos Estados Unidos, esta excelente submetralhadora é encontrada em mãos de policiais e agencias de segurança da Suíça, Jordânia, Bósnia e Herzegovina, Eslováquia, Bélgica, Lituânia e Áustria. Considerando a qualidade elevada desta arma, e seu projeto recente (arma foi colocada em serviço em 2011), é previsível que ela consiga penetrar ainda mais rapidamente em novos mercados depois de ter passado na concorrência para uma submetralhadora sub compacta para o Exército dos Estados Unidos que acaba tendo um apelo comercial muito forte aumentado significativamente sua visibilidade no mercado mundial de armamentos.
Acima: A coronha rebaixada apresentada nesta APC-9 permite o uso do armamento por operadores empregando capacetes com viseiras como as vistas em tropas de choque.

Acima: Nesta foto podemos ver uma APC-9 com supressor de ruido, lanterna tática na lateral direita e o grip frontal.






quinta-feira, 16 de agosto de 2018

HECKLER & KOCH MP-5. A escolha do profissional

FICHA TÉCNICA
Tipo: Submetralhadora.
Sistema de operação: Blowback com retardo.
Calibre: 9X19 mm, 40 S&W e 10 mm.

Capacidade: Carregadores com 15, 30 ou carregador beta com 100 cartuchos.
Peso: 2.88 Kg (vazio) 3.6 Kg (carregado)
Comprimento Total: 66 cm (Extendida), 49 cm (coronha rebatida)
Comprimento do Cano: 8,86 polegadas .
Miras: Massa fixa; Alça regulável em 4 posições.

Cadência de tiro:  800 tiros por minuto.
Velocidade na Boca do Cano: 354 m/seg.

CESKA ZBROJOVKA SKORPION EVO 3 A1 - Mais uma grande concorrente para a hegemonia alemã em submetralhadoras.

FICHA TÉCNICA
Tipo: Submetralhadora.
Sistema de operação: Blowback.
Calibre: 9X19 mm.

Capacidade: Carregadores de 20 e de 30 munições.
Peso: 2.1 Kg (vazio) 2.77 Kg (carregado)
Comprimento Total: 66 cm (Extendida), 41 cm (coronha rebatida)
Comprimento do Cano: 7,72 polegadas .
Miras: Massa fixa; Alça regulável. Miras opticas de varios tipos podem ser instalados nos trilhos de acessórios em cima da arma, assim como apontadores laser e lanternas nos trilhos laterais.

Cadência de tiro: 1100 tiros por minuto
Velocidade na Boca do Cano: 366 m/seg.

IMI UZI - Um ícone da engenharia bélica de Israel.

FICHA TÉCNICA
Tipo: Submetralhadora.
Sistema de operação: Blowback com ferrolho aberto.
Calibre: 9X19 mm.
Capacidade: Carregadores de 20, 25 e 32 munições.
Peso: 3,5 Kg (vazio) 4 Kg (com carregador de 25 munições completo)
Comprimento Total: 65 cm (Extendida), 47 cm (coronha rebatida).
Comprimento do Cano: 10,24 polegadas.
Miras: Massa fixa; Alça regulável para 100 e 200 metros.
Cadência de tiro:  600 tiros por minuto.
Velocidade na Boca do Cano: 400 m/seg.

KECKLER & KOCH UMP. Uma submetralhadora HK para orçamentos menores.

FICHA TÉCNICA
Tipo: Submetralhadora.
Sistema de operação: Blowback com ferrolho fechado.
Calibre: 45ACP, 9X19 mm e 40 S&W.

Capacidade: Carregadores com 25, e 30 cartuchos.
Peso: 2.1 Kg (vazio).
Comprimento Total: 60 cm (Estendida), 45 cm (coronha rebatida).
Comprimento do Cano: 8 polegadas .
Miras: Massa fixa; Alça regulável, além de acessórios de miras ópticas e miras a laser.
Cadência de tiro:  600 tiros por minuto. 
Velocidade na Boca do Cano: 285 m/seg.

HECKLER & KOCH MP-7 PDW. Uma submetralhadora para o século XXI



FICHA TÉCNICA
Tipo: Submetralhadora/ Arma de defesa pessoal.
Sistema de operação: Operação a gás com ferrolho rotativo.
Calibre: 4,6X30 mm.
Capacidade: 20, 30 e 40 cartuchos.
Peso: 1,9 Kg (vazio).
Comprimento Total: 63,8 cm (Estendida), 41,5 cm (coronha rebatida).
Comprimento do Cano: 7,09 polegadas .
Miras: Miras ajustáveis. Trilho picatinny com opção de miras eletrônicas e ópticas. Além de miras a laser.
Cadência de tiro:  950 tiros por minuto. 
Velocidade na Boca do Cano: 735 m/seg.

KRISS-USA VECTOR. A criatividade surpreendendo o mundo das submetralhadoras.

FICHA TÉCNICA
Tipo: Submetralhadora.
Sistema de operação: Blowback cm retardo com ferrolho aberto..
Calibre: 45ACP.
Capacidade: Carregadores com 13 ou 25 cartuchos.
Peso: 2.54 Kg (vazio).
Comprimento Total: 61,72 cm (Estendida), 40,64 cm (coronha rebatida).
Comprimento do Cano: 5,5 polegadas, .
Miras: Alça e massa dobráveis fabricadas em aço, além de acessórios de miras ópticas e miras a laser instaladas nos trilhos picatinny.
Cadência de tiro:  1600 tiros por minuto. 
Velocidade na Boca do Cano: 270 m/seg.

SIG SAUER MPX. Desafiando a hegemonia da MP-5


FICHA TÉCNICA
Tipo: Submetralhadora.
Sistema de operação: Aproveitamento de gases com trancamento com ferrolho rotativo.
Calibre: 9X19 mm.
Capacidade: Carregadores de 10, 20 e 30 munições.
Peso: 3 Kg.
Comprimento Total: 58 cm (Estendida), 46 cm (coronha rebatida).
Comprimento do Cano: 10,24 polegadas.
Miras: Miras de aço dobráveis, tipo peep sight. Pode se usar miras opticas e miras refletivas facilmente instaladas no trilho picatinny.
Cadência de tiro:  600 tiros por minuto.
Velocidade na Boca do Cano: 532 m/seg.

FN HERSTAL P-90. A famosa e futurista submetralhadora belga

FICHA TÉCNICA
Tipo: Submetralhadora/ Arma de defesa pessoal.
Sistema de operação: Blowback com ferrolho fechado..
Calibre: 5,7x28 mm.
Capacidade: 50 munições.
Peso: 2,8 Kg (vazia), 3,1 kg (carregada).
Comprimento Total: 50,5 cm.
Comprimento do Cano: 10,4 polegadas.
Miras: Mira óptica integrada com um ponto de lítio para melhor enquadramento em ambientes com pouca luz. Pode se usar miras ópticas com amplificação e miras refletivas ou apontadores a laser facilmente instaladas no trilho picatinny.
Cadência de tiro:  850 a 1100 tiros por minuto.
Velocidade na Boca do Cano: 715 m/seg.

STEYR TMP/ BRUGGER & THOMET MP-9. Da Áustria para a Suíça, a excelência de uma compacta submetralhadora.

FICHA TÉCNICA (BRUGGER & THOMET MP-9)
Tipo: Submetralhadora.
Sistema de operação: Recuo curto com sistema de retardo por rotação do cano.
Calibre: 9X19 mm.
Capacidade: Carregadores de 15, 20, 25 e 30 munições.
Peso: 1,3 Kg. (vazia)
Comprimento Total: 52,3 cm (Estendida), 30,3 cm (coronha rebatida).
Comprimento do Cano: 5,12 polegadas (130 mm).
Miras: Totalmente ajustáveis.  Pode se usar miras opticas e miras refletivas facilmente instaladas no trilho picatinny.
Cadência de tiro: 1100 tiros por minuto.
Velocidade na Boca do Cano: 370 m/seg.

DESCRIÇÃO
Por Carlos Junior
A fábrica austríaca Steyr, outra empresa mundialmente consagrada do ramo de armas leves, bastante lembrada pelo seu excelente fuzil de assalto bullpup AUG, já descrito no no WARFARE Blog, projetou e construiu no finalzinho dos anos 80 do século passado, uma submetralhadora ultra compacta, quase que uma "pistola metralhadora", batizada de TMP que significa Taktische Maschinenpisto ou "pistola metralhadora tática". Embora, suas dimensões sejam bastante compactas, ainda são maiores que uma pistola com dimensões "full" como uma M-1911, por exemplo.
Acima: Aqui podemos ver a Steyr TMP original. Observe que ela não dispõe de coronha e nem de trilhos para instalação de acessórios.
O projeto da TMP trouxe uma submetralhadora fabricada com corpo de polímero e inserções de aço para reforço das partes onde há atrito ou qualquer esforço mecânico. O carregador, também em polímero, é inserido dentro da empunhadura, ao melhor estilo "UZI" e foi produzido pela Steyr com capacidade para 15 e para 30 munições, sendo mais comum este ultimo, uma vez que a elevada cadência de tiro da TMP que chega a 1100 tiros por minuto, esvazia muito rapidamente o carregador quando operada em regime totalmente automático. O cano da TMP possui pouco mais de 5 polegadas de comprimento e além disso a Steyr optou por não integrar uma coronha na arma, o que a deixou extremamente compacta, tendo a manopla de apoio, no guarda mão, como única forma de apoio no momento de disparo.
Acima: A técnica de uso da TMP foca em um tiro "semi visado", até porque este tipo de arma não tem objetivo com uma "precisão olímpica" no seu uso tático. É uma arma de assalto no mais puro conceito do termo.
O sistema de seleção de regime de fogo é bastante simples, de forma que eu chamaria até mesmo de "rudimentar". Trata-se de uma tecla que fica atravessada na parte superior da empunhadura e que quando pressionada para a direita, deixa a arma em "safe" ou travada; pressionando a tecla para a posição intermediaria, a arma operará em semi-automático e quando pressionada totalmente para a esquerda, a TMP operará exclusivamente em regime totalmente automático.
O mecanismo de funcionamento da TMP opera em um sistema  de recuo curto, blowback com retardo gerado pela rotação lateral do cano. Embora, essa forma de retardo onde o cano gira lateralmente para a direita, não seja comum, a arma apresenta alta confiabilidade mecânica. A tecla de manejo do ferrolho tem desenho e operação semelhante a encontrada nos fuzis da plataforma AR, sendo uma alça na parte superior e traseira do corpo da submetralhadora que se puxa uma vez para alimentar a câmara da TMP e armar o percursor.
Acima: Mesmo sendo uma arma de qualidade inquestionável e boa confiabilidade a Steyr não obteve o resultado comercial que esperava para a TMP.
Atualmente a Steyr não fabrica mais a TMP, tendo vendido o projeto em 2001 a empresa suíça Brugger & Thomet que a partir dai passou a desenvolver o projeto da TMP aperfeiçoando a arma levando à apresentação, em 2004 da nova e moderna MP-9 que apresenta diversas modificações que tornaram o projeto original da Steyr, mais flexível para um mercado dominado pelas muitas versões das submetralhadoras HK MP-5, como a MP-5K. As modificações que a B&T integrou na MP-9 foram a instalação de uma coronha dobrável para a direita que, quando estendida, permite disparos mais precisos a maiores distancias; a instalação de trilhos padrão MIL-STD-1913 picatinny para rápida montagem de miras e um sistema de segurança no gatilho semelhante ao encontrado nas famosas pistolas Glock, com uma tecla no próprio gatilho que desarma o sistema de disparo se não estiver pressionado. Outra importante modificação no modelo MP-9 foi a mudança da tecla de regime de fogo para uma tecla ambidestra, posicionada próximo a parte superior da empunhadura da arma e que se move verticalmente entre as posições safe (travada), Fire (tiro intermitente) e Full (rajada).
Acima: A empresa Brugger & Thomet, ou simplesmente B&T adquiriu o projeto da TMP da Steyr e desenvolveu o modelo. Assim nasceu a MP-9, uma submetralhadora que permite um uso mais flexível e que dá a seu operador mais recursos para ser empregada de forma eficaz.
Hoje o modelo MP-9 se mantem no mercado, sendo usado principalmente por forças de segurança de autoridades e por forças militares e policiais. Suas melhorias em relação ao modelo original trouxe maiores vendas para o modelo MP-9 que tem vantagens em operações em ambientes fechados devido a sua compacidade e para ser portado dentro de viaturas. Como desvantagens, a MP-9 (assim como as TMP), tem uma cadência de tiro muito alta, fazendo com que a munição acabe rapidamente ocorrendo desperdício de munição (o que um bom treino por parte do operador pode contornar), e uma precisão degradada devido ao cano relativamente curto que faz com que haja uma baixa concentração dos impactos dos disparos. Embora o fabricante informe que a arma possa ser usada contra alvos dispostos a 50 metros, o seu uso, na pratica, deve ser empregado a distancias que não excedam os 15 metros. Atualmente há 12 países que empregam o armamento em suas forças policiais e militares, incluindo a Rússia em sua FSB (Federal'naya sluzhba bezopasnosti Rossiyskoy Federatsii) ou serviço de segurança federal. A submetralhadora TMP original só é usada pela Áustria e pela Itália em seu Gruppo di intervento speciale (grupo de intervenção especial).
Acima: A MP-9 obteve um substancial maior sucesso no mercado de armas conseguindo equipar forças policiais e militares em 12 países, contra apenas dois países que a TMP original conseguiu equipar.

VÍDEO