sábado, 7 de março de 2020

CLASSE TAMANDARÉ. O futuro navio de escolta da marinha do Brasil.

Fragata Classe Tamandaré

FICHA TÉCNICA
Tipo: Fragata Leve.
Tripulação: 120 tripulantes*.
Data do comissionamento: Entre 2024 a 2028*.
Deslocamento: 3455 toneladas.
Comprimento: 107,2 mts.
Boca: 15,95 mts.
Propulsão: 4 Motores MAN 12V 28/33 DSTC produzem 21840 shp.
Velocidade máxima: 28 nós (52 km/h).
Alcance: 5000 mn (9260 Km) em velocidade econômica (14 nós/ 26 km/h)
Sensores: 1 radar tridimensional Hensoldt TRS-4D AESA com 250 km de alcance (Instrumentado); Radar de navegação Raytheon de banda X, Radar de controle de fogo Thales STIR 1.2 EO MK2; Sistema de de apoio a Guerra eletrônica MAGE ET/SLR-1, Um sistema eletro-óptico SAFRAN Pasei XLR e um sonar de casco ATLAS Elektronik ASO 713
Armamento: 2 lançadores duplos MBDA ITL-70A para mísseis MM-40 Exocet Block I e Block III; Um lançador vertical para 12 mísseis Sea Ceptor; Um canhão Leonardo Super Rapid de 76 mm; 1 canhão CIWS Bofors 40 mm MK-4, dois lançadores triplos de torpedos MK-46 e duas metralhadoras pesadas M2HB em calibre 12,7 mm (.50)
*Dado estimado

DESCRIÇÃO

Por Carlos Junior
A Marinha do Brasil tem a responsabilidade de patrulhar uma área litorânea com território marítimo de 4.489.919 km² de área, formada por mais de três milhões de km² de Zona Econômica Exclusiva e mais 950 mil km² de plataforma continental, área maior do que as Regiões Nordeste, Sudeste e Sul juntas. Para isso, a marinha conta com 6 fragatas da classe Niterói, projetadas nos anos 70, duas fragatas Type 22, classe Greenhalgh,  de 4 unidades compradas usadas em uma dessas compras de oportunidade, 5 corvetas da classe Inhaúma (incluindo a mais recente classe Barroso, mas com apenas 3 navios em serviço atualmente). Observando o breve quadro descrito acima, pode se chegar rapidamente a uma conclusão que não estamos bem equipados, materialmente para a missão da Marinha do Brasil. Independentemente de modernizações que foram feitas e ainda serão implementadas nas fragatas Niterói, nada fará com que ela deixe de ser um navio obsoleto e já "cansado" de tanto tempo no mar.
A Marinha do Brasil tinha o objetivo de comprar uma nova classe de modernas fragatas no programa PROSUPER para substituir as fragatas classe Niterói e as fragatas da classe Greenhalgh, porém, a crise que assolou o país, principalmente na segunda gestão do governo Dilma impossibilitou que houvesse recursos financeiros para este empreendimento.

Acima: A corveta Barroso é derivada, diretamente, da corveta Inhaúma, desenvolvida no inicio dos anos 80. Hoje, é o navio em melhores condições de toda a frota brasileira. A Tamandaré será bastante superior em capacidade a este navio.

Embora a questão de falta de dinheiro seja um dos problemas do país, o problema principal da marinha, a necessidade de um novo navio de escolta, permaneceu e alguma solução tinha que ser dada. Optou-se pela construção de uma nova classe de corvetas pelo Arsenal da Marinha do Brasil, porém, foi emitido um RFI (requerimento por informação) para empresas do setor naval do mundo todo proporem suas soluções para os requisitos que a Marinha do Brasil tem em vista. A proposta que viesse a ser escolhida, teria que se juntar com a Emgepron, que será a contratante principal, para construir o navio no Brasil.
Pois bem. No dia 08 de março de 2019, a Marinha do Brasil publicou sua escolha pelo Consórcio Águas Azuis, formado pela Thyssenkrupp Marine Systems, Embraer Defesa &; Segurança e Atech com seu projeto baseado na classe MEKO A-100 para se tornar o futuro navio de escolta da Marinha do Brasil.
Acima: A proposta do consórcio Águas Azuis, composto pela Thyssenkrupp Marine Systems, Embraer Defesa & Segurança e Atech, venceu a licitação da marinha do Brasil para construir 4 navios de guerra da Classe Tamandaré, usando como base o projeto da MEKO A-100.

A família de navios do projeto MEKO tem com principal característica seu elevado nível de modularidade que permite que cada cliente coloque sistemas específicos às suas necessidades, customizando o navio. Um dos navios mais capazes da família MEKO já foi mostrado aqui no WARFARE Blog, na matéria que trata dos navios da classe Valour da marinha sul africana. Estas são fragatas multi-função MEKO A-200 SAN, com deslocamento maior que o modelo que será fornecido para a marinha do Brasil.
A Tamandaré terá um deslocamento de  3455 toneladas, valor esse, relativamente pesado para uma corveta e mais coerente com o deslocamento de uma fragata, classificação esta, que passou a ser usada depois que o contrato de construção das Tamandaré foi assinado. A propulsão do novo navio será responsabilidade para quatro motores MAN 12V 28/33 DSTC que produzem 32180 hp de potência, e o sistema de geração de energia será feito por quatro geradores Caterpillar C-32, também alimentados a diesel. A autonomia da Tamandaré será de 30 dias no mar e o navio terá alcance de  9260 km em velocidade econômica de 14 nós, que equivale a 24 km/h. A velocidade máxima que esse sistema de propulsão permite a Tamandaré acelerar é até 28 nós (52 km/h). Estes números são bastante bons fazendo jus, novamente, ao desempenho de uma fragata.
Acima: O desempenho projetado para as futuras fragatas Tamandaré estão bem acima da média que se tem nos navios da classe Niterói.

A gama de sistemas e sensores da classe Tamandaré tem como seu principal elemento o radar tridimensional Hensoldt TRS-4D AESA com 250 km de alcance que faz a busca, rastreio  e vigilância a uma distancia de até 250 km podendo ser monitorados até 1000 alvos simultaneamente. Este sistema de radar permite operar mesmo sob ação de interferência de guerra eletrônica. O radar de controle de fogo é o Thales STIR 1.2 EO MK2, que fornece a solução de tiro para os mísseis e para o canhão do navio. Para navegação serão instalados um radar Raytheon que opera na banda S e outro que opera em banda X. Para apoiar os sistemas de detecção ativa, os navios da classe Tamandaré receberão um sistema eletro-óptico SAFRAN Pasei XLR que proporciona imagem clara de dia ou de noite, em qualquer condição climática do ambiente, ajudando na busca de ameaças de pequenas dimensões que podem acabar escapando do radar.
O sistema MAGE ET/SLR-1 será instalado também e trata-se de um sistema de Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica capaz de contribuir para o reconhecimento tático dos emissores radar de um dado ambiente eletromagnético. Este sensor tem a função de interceptar radiações de emissores, localizar sua marcação, registrar o tempo de chegada e medir os seus parâmetros (Frequência, Presença de Modulação Intrapulso, Largura de Pulso e Amplitude), separando-os em grupos associados a um determinado radar emissor, caracterizando a frequência, frequência de repetição e varredura, classificando o tipo e o modo de operação do radar envolvido e a provável plataforma associada segundo uma Biblioteca de Emissores.
Para lidar com ameaças submarinas, será instalado um sonar de casco ATLAS Elektronik ASO 713 que opera de forma ativa e passiva nas bandas entre 660 Hz e 3000 Hz podendo detectar, não somente submarinos, mas também minas navais, lanchas ou navios inimigos, assim como veículos submarinos sem tripulantes (UUV).

Acima: Aqui podemos ver o radar tridimensional Hensoldt TRS-4D AESA, principal sistema de detecção empregado na Tamandaré.

As fragatas da classe Tamandaré terão uma combinação de armamentos bem equilibrada para lidar com ameaças aéreas, de superfície e submarinas. 
Para defesa antiaérea, um lançador vertical com 12 mísseis MBDA Sea Ceptor que são guiados por radar ativo e com atualização de meio curso por data link será instalado a frente da ponte. Com alcance que supera os 25 km de distancia, o Sea Ceptor será o mais capaz míssil antiaéreo já operado pela Marinha do Brasil. 
Em apoio a este sistema, o sistema de defesa antiaérea de ponto (CIWS) será composto por um canhão Bofors 40 mm MK4, fabricado pela BAE Systems, capaz de engajar alvos aéreos a 4 km de distancia podendo empregar granadas com detonação por espoleta de aproximação e ogiva de fragmentação, o que aumenta, substancialmente, a probabilidade de destruição do alvo. 
Este canhão possui um carregador para 100 granadas para pronto emprego e pode disparar a uma cadência teórica de 300 tiros por minuto.
O canhão principal será o popular Leonardo 76/62 Super Rapid (SR) em calibre 76 mm, capaz de ser empregado contra alvos aéreos e de superfície, disparando suas granadas a uma distancia que pode chegar a 16 km, e disparando a uma cadência de 120 tiros por minuto. Para ataque antinavio, o Tamandaré será armado com dois lançadores duplos para mísseis antinavio MM-40 Exocet ou míssil MANSUP, um projeto nacional que foi desenvolvido com ajuda da MBDA, tendo ambos os mísseis, alcance ma faixa de 70 km e guiamento por radar ativo. Haverá, também dois lançadores triplos para torpedos leves MK-46 capazes de atingir um alvo a 11 km de distancia e 365 metros de profundidade. O sistema de guiagem do MK-46 é feito por um sonar ativo/ passivo. Há dois reparos de suporte para metralhadoras pesadas M-2HB em calibre 12,7 mm (.50).

Acima: O destaque dentre as capacidades de combate dos navios da classe Tamandaré será seu sistema de lançamento vertical para mísseis antiaéreos Sea Ceptor da MBDA. Certamente será o mais capaz sistema de defesa antiaéreo já empregado por qualquer navio da Marinha do Brasil. Nesta foto vemos o lançamento de um Sea Ceptor a partir de uma fragata classe Duke (Type 23).

Embora classificada originalmente de corveta, o projeto da Tamandaré a ser executado pelo consórcio Águas Azuis com base no projeto MEKO A-100, fornecerá um navio com capacidades análogas a uma fragata leve, e por isso o navio acabou recebendo esta nova classificação. Os quatro navios deverão ser entregue para a Marinha do Brasil entre os anos de 2024 até 2028. Quando entrar em serviço, a Tamandaré será o mais capaz navio de guerra nacional e terá capacidade de combate superior a das fragatas da classe Niterói e as fragatas da classe Greenhaugh, navios maiores que a Tamandaré.
A matéria acima visa apresentar as características e capacidades que a futura classe de navios de guerra da Marinha do Brasil terá. No entanto, exponho que, sob meu ponto de vista, as 4 fragatas da classe Tamandaré não serão suficientes para dar a Marinha do Brasil, uma capacidade dissuasória e capacidade de escolta adequada, principalmente quando se leva em conta o grande aumento da capacidade dos navios de superfície modernos da categoria de fragatas. Torço para que, em meados da década de 20, a instituição tenha recursos para incorporar e operar uma classe de modernas fragatas de maior deslocamento e armamento para que a dissuasão estratégica seja atingida e não fique apenas dependente de nossos submarinos.
Acima: Nesta ilustração podemos ver a quantidade de alternativas de equipamentos que se pode instalar em um navio da classe MEKO A-100. A modularidade é a característica chave desta extensa família de navios.








              

QUAIS ARMAS DE FOGO UM POLICIAL CIVIL DE SÃO PAULO PODE USAR?

Investigadores do Grupo de Operações Especiais (G.O.E) da Policia Civil de São Paulo
A pergunta do título desta postagem é comum em todos os lugares onde se conversa sobre armas de fogo. Eu desconheço se a regra para o policial civil de São Paulo é compartilhada por outros Estados da federação, porém, é interessante ter esse tipo de informação. Abaixo a resposta de um policial civil do Estado de São Paulo.



Nova escultura homenageia cães militares

"My Hero, My Friend", uma homenagem aos cães militares da escultora Susan Norris.
(Foto de Susan Norris)

Por Olivia Vermane, Military Times, 2 de março de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 7 de março de 2020.

A escultora Susan Norris tem uma longa história de tocar o coração dos outros através de sua arte, mas recentemente ela assumiu um novo projeto - um envolvendo o melhor amigo do homem na vida cotidiana, mas talvez ainda mais no campo de batalha.

Intitulada "My Hero, My Friend" (Meu Herói, Meu Amigo), a mais nova estátua de Norris é uma escultura de bronze em tamanho real de um cão militar com um Coração Púrpura (Purple Heart), lamentando a perda de seu companheiro de duas pernas.

"Sempre gostei de animais, mas o vínculo entre um cão militar e seu parceiro é de outro nível", disse Norris em comunicado à imprensa.

Esta escultura tem como objetivo homenagear a bravura e dedicação de um cão militar ao seu treinador humano, puxando as cordas do coração dos transeuntes. A escultura residirá no Veterans Memorial Park em Trophy Club, Texas, dentro do metroplex de Dallas-Fort Worth.


"É emocionante ver as pessoas chorarem quando vêem minha escultura", acrescentou Norris sobre as reações à mesma.

Cães militares passaram por todos os tipos de apelidos ao longo da história militar dos EUA, incluindo K-9 Corps e "cães de guerra". Em várias épocas de combate, eles serviram como guardas, mensageiros, mascotes e batedores, de acordo com um livro do Exército sobre serviços veterinários militares. 

À medida que as operações no Afeganistão e no Iraque aumentavam, também aumentavam os esforços das forças armadas dos EUA para construir um programa canino.

"Devido à crescente ameaça de dispositivos explosivos improvisados no Afeganistão e no Iraque, o treinamento para detecção de minas também foi retomado", diz o livro. "Os cães se tornaram membros de equipes avançadas desdobradas, serviram com unidades aerotransportadas e foram transportados por helicópteros quando necessário".


A escultura de Norris não é o primeira honrando caninos de combate. Em 2008, o Congresso aprovou o Monumento Nacional das Equipes de Cães Militares, que foi inaugurado em 2013 na Joint Base San Antonio - Lackland. 

"Os seres humanos estão continuamente redescobrindo que a tecnologia não pode corresponder a muitos sentidos caninos e outras habilidades inerentes, e também percebem que os cães continuam leais, mesmo quando os equipamentos e os conflitos evoluem ao seu redor", segundo o livro.

sexta-feira, 6 de março de 2020

Níger: desdobrados por um mês em Liptako, os legionários do 2º REP tornaram vida dura para os jihadistas


Por Laurent Lagneau, Zone Militaire Opex 360, 6 de março de 2020.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 6 de março de 2020.

No final da cúpula de Pau, em 13 de janeiro, o Presidente Macron anunciou o engajamento de mais 200 soldados sob a Operação Barkhane, a fim de intensificar o esforço contra o Estado Islâmico no Grande Saara [État islamique au grand SaharaEIGS] , uma organização jihadista que prevalece principalmente na região conhecida como das três fronteiras, ou seja, localizada nas fronteiras do Mali, Níger e Burkina Faso.

Pré-posicionados na Costa do Marfim, esses reforços anunciados, principalmente do 2º Regimento Estrangeiro de Paraquedas [Régiment Étranger de ParachutisteREP], formaram rapidamente o Agrupamento Tático no Deserto [Groupement tactique désertGTD] "Altor", desdobrado em janeiro em Liptako, ao lado do 1º Batalhão de Marcha das Forças Armadas da Nigéria [Forces armées nigérienneFAN], que acabara de sofrer pesadas baixas durante os ataques de Inates e Chinégodar.

Note-se que, ao mesmo tempo, o GTD "Centurion", formado por legionários do 2º REI [Régiment Étranger d'Infanterie] e do 1º REC [Régiment Étranger de Cavalerie], foi concentrado sobre o Liptako maliano.

O GTD Altor, portanto, permaneceu no local por um mês, em completa autonomia e sob condições difíceis, com o objetivo de interromper os grupos armados terroristas [Groupes armés terroristeGAT], sob o EIGS, seus recursos. Claramente, tratava-se de degradar sua logística e desorganizar, tanto quanto possível, suas redes de comando.

“A particularidade do nosso grupo é a nossa presença contínua em operação nesta região do Sahel. Nós não somos apoiados por uma base. Nós fomos desdobrados no terreno há mais de um mês em autonomia. As condições são resumidas e o engajamento é exigente, mas Altor, ao lado das FAN, está obtendo resultados ", explicou o Coronel de La Chapelle, comandante do 2º REP.

Durante esta operação, os legionários puderam contar com o apoio de um Atlas A400M que, partindo da França [primeira vez para esta aeronave, nota], entregou 40 toneladas de alimentos, água, combustível e de munição em duas largagens [a segunda foi efetuada em Niamey, nota].

Durante esse engajamento exigente, enfatiza o Estado-Maior das Forças Armadas [État-major des arméesEMA] em seu relatório semanal, os legionários franceses e os soldados nigerianos combinaram modos de ação “muito variados” para tentar surpreender e assediar os jihadistas , seja de dia ou como de noite.

"Infiltrações, emboscadas, controles de área, operações de busca e limpeza, operações de helicópteros, tornaram possível neutralizar vários terroristas e apreender inúmeros recursos logísticos e equipamentos de guerra", detalhou ele.

Assim, como foi relatado na semana passada, foram realizadas grandes apreensões de equipamentos [aparelhos de rádio, drones, etc.] de armas e munições. E, em três engajamentos separados [21, 23 e 27 de fevereiro], os legionários "neutralizaram quase uma dúzia de combatentes" e destruíram várias motocicletas, disse o Estado-Maior.



Este último salienta que, durante este mês de operação, o GTD "Altor" participou diretamente do aumento da pressão sobre os GAT que operam nas três áreas de fronteira "e que esse engajamento ao lado das forças nigerianas" se inscreve na parceria de combate que permite progressivamente aumentar em potência as forças parceiras e que contribui plenamente para o objetivo principal da força Barkhane", a saber, "colocar os grupos armados terroristas ao alcance das forças parceiras".

Diante dos jornalistas da Associação da Imprensa Diplomática [Association de la presse diplomatique], relata a AFP, um assessor do Elysée [que não foi nomeado] disse que a situação está melhorando nesta região das três fronteiras, com exceção da parte relativa ao Burkina Faso.

"Estamos realmente na lógica de recuperar o controle do terreno que havia sido perdido. […] Na área das três fronteiras, houve desde [a cúpula de] Pau uma melhoria", que é "atribuível ao estado-maior conjunto que foi constituído [entre a Barkhane e a Força Conjunta do G5 Sahel] e que permite o planejamento operacional", afirmou o este conselheiro. No entanto, ele continuou: "Eu abafei essa satisfação porque embora a situação esteja melhorando no lado do Níger (e) no lado do Mali, no entanto não está melhorando no lado burkinês."

Além disso, com relação a um possível diálogo que Bamako está buscando estabelecer com Iyad Ag Ghaly, chefe do Grupo de Apoio ao Islã e aos Muçulmanos [GSIM ou JNIM], esse conselheiro do Élysée foi categórico: isto não está em questão. "Iyad [Ag Ghaly] continua sendo um membro proeminente da hierarquia da Al-Qaeda; portanto, a partir do momento em que a Al-Qaeda continua sendo nossa inimiga, Iyad continua sendo nosso inimigo. Seu status não mudou e seu posicionamento, que eu saiba, também não mudou", afirmou.

Original: http://www.opex360.com/2020/03/06/niger-deployes-durant-un-mois-dans-le-liptako-les-legionnaires-du-2e-rep-ont-mene-la-vie-dure-aux-jihadistes/?fbclid=IwAR2yzCkh38t6l4-QV3BPTE4S1H9ReoC8dCI7OWGYcBpLLFh2rJ8VwDvkfNQ

FOTO: M60A1 RISE Passive na Guerra do Golfo

Carros de Combate M60A1 da Companhia B dos fuzileiros navais americanos avançando no Kuwait na manhã de 23 de fevereiro de 1991, navegando por um campo minado.

Carros de Combate M60A1 RISE Passive da Companhia B, 8º Batalhão de Tanques da 2ª Divisão de Fuzileiros Navais avançando no Kuwait na manhã de 23 de fevereiro de 1991, navegando por um campo minado.

A unidade eventualmente entrou em contato com as trincheiras iraquianas, casamatas e tanques T-55 em posição "hull-down".

Bibliografia recomendada:

FOTO: Exercício militar em Taiwan

Forças especiais de Taiwan avançam cobertos por uma granada fumígena durante um treinamento de assalto helitransportado e demonstração de defesa em Taipei, capital de Taiwan, 14 de dezembro de 2017.

PINTURA: Mulheres na Grande Marcha

Chen Huiqing logo após dar à luz durante a Longa Marcha (1935), óleo sobre tela do Coronel Li Mingfeng.

O Coronel Li Mingfeng, nascido em Pequim em 1963, é um coronel do Exército Popular de Libertação da China e membro da associação de artistas chineses.

"Chen Huiqing, 1909-83, foi uma das trinta mulheres que acompanharam a Primeira Frente do Exército Vermelho na Longa Marcha dos comunistas chineses de 1934 a 1935. Ela nasceu em Hong Kong de uma família que veio do Condado de Panyu, na Província Guangdong. Em 1929, Chen Huiqing casou-se com Deng Fa (1906-46) em Hong Kong e trabalhou com ele dali em diante, primeiro no movimento trabalhista e depois no escritório de segurança. Deng Fa ocupou o cargo de chefe de segurança durante a Longa Marcha. Chen Huiqing estava grávida quando ela também partiu e ela deu à luz seu bebê em abril de 1935 em Yunnan, o bebê foi abandonado, assim como todos os bebês nascidos durante a Longa Marcha. Chen Huiqing sobreviveu à Revolução Cultural e morreu em 1983." (Sue Wiles, Dicionário Biográfico das Mulheres Chinesas, 2003).

A Longa Marcha é conhecida como uma expedição de imensas dificuldades e sacrifícios. Soldados do sexo feminino também enfrentaram seus perigos. Quando o Exército Vermelho Central, com 86 mil soldados, decidiu fazer a transferência estratégica da província de Jiangxi em 1934, apenas as 32 mulheres mais fortes foram selecionadas para acompanhar as tropas. Elas foram encarregados de espalhar as idéias do Partido Comunista da China, cuidando dos feridos e levantando suprimentos e dinheiro para o exército.

A retirada foi desastrosa em termos de perdas humanas e sofrimento. Os Exércitos Vermelhos deixaram Jiangxi com cerca de 100.000 soldados e recrutaram mais ao longo do caminho. Apenas 7.000 chegaram a Shaanxi - menos de 1 em 10.

Bibliografia recomendada:

FOTO: Desfile israelense

Desfile das Forças de Defesa de Israel no Dia da Independência, cerca de 1965.

quinta-feira, 5 de março de 2020

Micro Tavor VS M4/M16


Por Elie Rappoport, Draft IDF, 28 de dezembro de 2017.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 5 de março de 2020.

Todo soldado das FDI recebe uma arma quando se alista: seja temporariamente para treinamento básico ou ocasionalmente no turno de guarda, ou para a totalidade do seu serviço, como é o caso de soldados de combate. Durante o treinamento básico, o convocado geralmente recebe um dos três fuzis de assalto: um M4, M16 ou um Micro Tavor. Uma pergunta calorosamente debatida pelos soldados persiste: qual é melhor, o M4/M16 ou o Micro Tavor?


Tanto o M16 quanto o M4, fabricados nos Estados Unidos, foram vendidos a Israel como parte da assistência militar dos EUA nas últimas décadas e ainda estão sendo usados hoje pelas FDI. Lentamente, as FDI decidiram começar a eliminar gradualmente essas armas mais antigas em favor do Micro Tavor, feito em Israel.


No que diz respeito atualmente ao Corpo de Infantaria das FDI, os paraquedistas e as Brigadas Kfir ainda estão fornecendo o M4 para seus recrutas. O restante dos Corpos (Brigadas Golani, Givati e Nachal), no entanto, fizeram todos a transição para o Micro Tavor.


Outras unidades de combate, tais como a Artilharia e o Corpo Blindado, ainda hoje continuam a usar o antecessor amplamente antiquado do M4, o M16. Como é esperado com o todo das FDI com o tempo, essas unidades também substituirão seus fuzis fabricados nos Estados Unidos pelo Micro Tavor. 

Pergunte a qualquer soldado do exército israelense, e é provável que eles ofereçam sua opinião sobre qual é a melhor arma. Por fim, parece que, embora o M4 seja um excelente fuzil e tenha servido bem às Forças Armadas de Israel por muitos anos, os Micro Tavor lentamente estão no centro do palco como a arma padrão de escolha das forças armadas israelenses.

GALERIA: O primeiro desfile militar das Forças de Defesa de Israel

No palanque, Yaakov Dori e generais do exército.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 5 de março de 2020.

A primeira parada militar das IDF ocorreu em Tel Aviv no dia 27 de julho de 1948 (o 20º dia do mês de Tamuz), apenas uma semana depois do "segundo cessar-fogo" da Guerra de Independência (1948-49). Este dia foi considerado um dia memorial nacional devido à morte do pai do sionismo moderno, Theodor Herzl. A lei do Dia da Independência de 1949 mudaram as celebrações para o 5º dia do mês de Iyar.

A parada passou pelas ruas Allenby e Ben-Yehuda, e foi prestigiada por Ben-Gurion, o fundador e primeiro-ministro de Israel, pelo General Yaakov Dori, o chefe do Estado-Maior das IDF, além de generais do exército e representantes dos vários corpos da jovem força.

As fotos foram tiradas por Aryeh Yaakobi, um veterano da USAF na campanha de bombardeio à Alemanha, ingressou na então nascente Força Aérea Israelense (IAF) em janeiro de 1948. Ele fez parte de uma equipe que montou laboratórios fotográficos para a IAF.

Ben-Gurion e Yaakov Dori dirigem-se para o palanque.

Ben-Gurion e Yaakov Dori.

Mulas de carga abrindo a parada.
Nessa época, as mulas eram o meio de transporte de armas e munições.

Cavalaria.

Carro blindado sobre rodas.

Carro blindado sobre rodas armado de canhão.



Jipe da Marinha puxando um projetor anti-aéreo.

Jipe anfíbio da Marinha.

Metralhadoras Thompson.

Espectadores na varando do Hotel Yarden.

Corpo Feminino.

Banda das FDI.

Aryeh Yaakobi, direita, comandante da unidade de decodificação, com o decodificador Mosher Meller.

Bibliografia recomendada:


Leitura recomendada:

FOTO: Diensteinheit IX, unidade especial da Alemanha Oriental

Operadores armados com submetralhadoras polonesas PM-63 RAK, capacetes de titânio suíços PSH-77 com viseira, camuflagem gota de chuva alemã oriental, e coletes paraquedistas alemães orientais.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 5 de março de 2020.

Com o atentado de Munique em 1972, os países europeus iniciaram a criação de unidades especiais de intervenção e contra-terrorismo. Por conta da criação do GSG 9 e do Spezialeinsatzkommandos (SEK, equivalente estadual), a Alemanha Oriental iniciou a criação de uma unidade semelhante. Como nenhuma força comparável existia na Alemanha Oriental naquela época, ela teve que ser criada do zero, ou seja, a partir de relatórios de inteligência sobre unidades de forças especiais ocidentais e soviéticas. A unidade foi criada em 1973 com unidades provisórias antes de ser totalmente estabelecida em 1974, por Ernst Fabian, com 30 homens inicialmente na unidade - atingindo um total de 111 homens.

Chamada de Diensteinheit IX (Unidade de Serviço 9), ela diferia da mais famosa 9. Volkspolizei-Kompanie (Companhia da Polícia Popular 9), com as duas existindo paralelamente. A unidade foi encarregada de operações de combate ao terrorismo, incluindo:
  • Resgate de reféns;
  • Proteção VIP;
  • Aplicação da lei em situações de alto risco;
  • Segurança física para grandes eventos;
  • Caçada de soldados soviéticos desertores.
A unidade respondia diretamente ao chefe do Ministério de Segurança do Estado. Em todas as capitais distritais, uma subunidade estava estacionada em sigilo, uma vez que o Partido Socialista da União da Alemanha [Sozialistische Einheitspartei DeutschlandsSED] não admitia ao público que o crime existia na Alemanha Oriental. 

Membros do Diensteinheit IX eram recrutados na Volkspolizei da Alemanha Oriental, exigindo-se terem entre 25 e 39 anos. Eles precisavam cumprir requisitos físicos e psicológicos rigorosos e serem graduados em alguma escola de oficiais. A unidade era armada por equipamentos do Pacto de Varsóvia (locais ou não) e equipamentos da Alemanha Ocidental, como a submetralhadora MP5 e o fuzil HK33.

Após a reunificação alemã em 1990, a unidade foi dissolvida e alguns membros do Diensteinheit IX foram incorporados nos Spezialeinsatzkommandos (Comandos de Emprego Especial, SEK) da Alemanha Ocidental, tais como em unidades SEK em Mecklenburg-Vorpommern e em Sachsen-Anhalt, após procedimentos de avaliação política rigorosos.

Leitura recomendada:



Contratada de defesa acusada de vazar segredos militares


Por Eric Tucker, Star and Stripes, 4 de março de 2020.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 5 de março de 2020.

WASHINGTON - Uma lingüista que trabalhava para as forças armadas dos EUA manteve uma lista de informantes secretos escondida sob um colchão em sua residência no Iraque, informou o Departamento de Justiça na quarta-feira, e compartilhou os nomes com um caso romântico: um libanês ligado ao grupo militante Hezbollah.

Mariam Taha Thompson, 61, compareceu no tribunal federal de Washington na quarta-feira para enfrentar acusações em um caso de espionagem que os investigadores disseram colocar em risco a vida de militares americanos e fontes confidenciais e representou uma violação significativa de informações secretas.

O caso criminal acusa Thompson, uma tradutora contratada, de dar ao libanês não-identificado os nomes de fontes do governo americano e as informações que eles forneceram. Esse esforço, segundo o governo, acelerou durante um período de seis semanas a partir do final de dezembro, quando ataques aéreos dos EUA atacaram forças apoiadas pelo Irã no Iraque e exacerbaram as relações entre os dois países, até o meio do mês passado.

O procurador-geral adjunto John Demers, principal autoridade de segurança nacional do Departamento de Justiça, chamou a suposta conduta de "uma desgraça, especialmente para alguém que trabalha como prestador de serviço nas forças armadas dos Estados Unidos. Essa traição de país e colegas será punida".

Thompson foi presa na semana passada na instalação militar em Erbil, Iraque, onde os promotores dizem que ela trabalhou como lingüista contratada. O Departamento de Defesa informou que estava ciente da prisão e estava cooperando com a investigação.

Após a prisão, segundo os promotores, Thompson reconheceu que ela havia transmitido informações secretas a um homem que ela estava interessada romanticamente, mas disse que não sabia que ele tinha alguma afiliação com o Hezbollah. Em vez disso, ela disse que achava que ele poderia estar ligado ao partido político de Amal, no Líbano, embora mais tarde tenha dito que considerava os grupos iguais.

"Não, eu não sei sobre o Hizbollah. Eu odeio o Hizbollah", disse Thompson a um agente, de acordo com um depoimento não-lacrado na quarta-feira. Ela descreveu os membros do grupo, que os EUA designaram como organização terrorista estrangeira, como "terroristas" e "como o polvo. Eles podem alcançar qualquer pessoa".

Thompson também disse ao agente que ela repassava informações classificadas memorizando-as, anotando-as e transmitindo-as por meio do recurso de vídeo de um aplicativo de mensagens seguras no celular. Uma captura de tela de um vídeo-chat que o FBI diz ter obtido mostrou Thompson exibindo ao libanês uma nota em árabe descrevendo a técnica que um informante havia usado para coletar informações, de acordo com a declaração.

A partir do final de dezembro, quando os ataques aéreos começaram, Thompson acessou repetidamente cerca de cinco dúzias de arquivos com informações sobre oito informantes do governo, disseram os promotores. Esses arquivos incluíam os nomes dos informantes, suas fotografias e os cabos detalhando as informações que as fontes forneceram ao governo dos EUA.

Os promotores disseram que, quando as autoridades revistaram seus aposentos, encontraram uma nota manuscrita em árabe escondida embaixo do colchão com informações sobre os sistemas de computadores do Departamento de Defesa e aviso sobre um alvo do Departamento de Defesa.

Original: https://www.stripes.com/news/us/defense-contractor-charged-with-giving-up-military-secrets-1.621271?fbclid=IwAR38RZqVWsdpMxmr0ao3kJU92uuyMcxXTqvEvFuNefXdN6czlakwh78VDBQ

quarta-feira, 4 de março de 2020

FOTO: Abrams no Cerco de Waco, no Texas

Um M1A1 Abrams passando por um prédio em chamas no complexo da seita Branch Davidian após o assalto das forças federais no infame Cerco de Waco, na cidade de Waco, no Texas, em 1993.