Por Jesus Dapena, Steven's Balagan, 22 de julho de 2017.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 11 de maio de 2021.
O primo da minha mãe, Cipriano Briz ("tio Cipri") estava estacionado no Protetorado espanhol no Marrocos na década de 1920 durante a Guerra do Rife (chamada na Espanha de "La Guerra de Africa" ou "La Guerra de Marruecos"). Ele estava na infantaria.
Cipriano Briz em uma companhia de metralhadoras
Tenente Cipriano Briz em Zoco Tzelatza, no Marrocos, 2 de junho de 1921 .
Cipri nasceu em 1894. A foto o mostra no Zoco El Telata do Yebel Hebib, no extremo oeste da zona de guerra ocidental, em 2 de junho de 1921. Na época, ele era tenente de uma companhia de metralhadoras do 60º Regimento de Infantaria de Ceuta. De 6 a 16 de julho de 1921, seu regimento fazia parte da força “Columna del Jarrub” que penetrou a leste de Megaret profundamente no interior da região de Yebala até Zoco El Jemis de Beni Aros.
Mais tarde naquele ano, seu regimento foi transferido para Buharrax, na extremidade oriental da zona de guerra ocidental, de onde penetrou novamente na região de Yebala, desta vez para o oeste. No primeiro dia desta ofensiva, 19 de dezembro de 1921, Cipri foi baleado na coxa esquerda perto de Ayalia. Ele estava com uma equipe de metralhadora e a cinta de munição emperrou. Cipri se levantou, pressionou a metralhadora com o pé e puxou a cinta com as mãos, tentando desfazer o emperramento. Foi quando ele foi baleado.
Cipri ficou hospitalizado e em licença até agosto de 1922.
Binóculos Zeiss Turact 8x24. (Cipriano Briz)
Binóculos Zeiss Turact 8x24 de Cipri, fabricados na Alemanha em 1918. Eles provavelmente foram comprados pela Espanha do governo francês após o fim da Primeira Guerra Mundial.
Cipriano Briz na unidade de Renault FT-17
Renault FT-17 nº 4, carro-comando. (Cipriano Briz)
Depois que ele voltou da licença, Cipri foi transferido para a unidade de tanques leves de infantaria do 67º Regimento de Infantaria de Cádiz, que estava ativo na zona de guerra oriental. Cipri teve má circulação na perna esquerda pelo resto da vida. Isso provavelmente tornou mais difícil para ele suportar longas marchas e pode ter sido o motivo de sua transferência para uma unidade blindada.
A unidade da Cipri foi equipada com tanques Renault FT-17. Ele enviou esta série de fotos para a Espanha, provavelmente para sua mãe. As originais foram impressas em cartões postais.
A imagem acima é intitulada “Meu tanque de comando”. No verso, diz:
"Observe o elefante pintado à esquerda da metralhadora: é o mascote.
Este é o obstáculo mais difícil que um tanque pode enfrentar. Este tanque quase foi queimado pelos mouros.
É por isso que tem um X (que significa "ferido") no círculo branco na parte traseira. É o número 4, e o número 1 da Sección."
Tanques FT para a proteção do comboio para Tizzi-Asa. (Cipriano Briz)
Tanques FT-17 incluindo um FT-17 TSF (Transmissão Sem Fio) para comunicações sem fio. A imagem acima é intitulada “Tanques para proteção do comboio para Tizzi-Asa”. No verso, diz:
"Meu pequeno tanque é aquele marcado por uma flecha. Seu canhão (sic) foi atingido por cinco balas, e partículas de duas delas penetraram como um spray de pólvora fina. Afinal, isso é engraçado! Esta foto foi tirada em Tafersit."
Observe o mascote da tartaruga pintado na torre do tanque de Cipri.
Carros FT-17, incluindo o TSF. (Cipriano Briz)
Tanques FT-17 e FT-17 TSF. O tanque de Cipri não é aquele marcado pela seta, mas o segundo da esquerda. Observe na foto ampliada que tem a tartaruga de Cipri pintada no lado esquerdo da torre.
Coluna de carros Renault FT-17 no Rife. (Cipriano Briz)
Renault FT-17 nº 5. (Cipriano Briz)
Renault FT-17 nº 8. (Cipriano Briz)
Renault FT-17 nº 8 no Rife. (Cipriano Briz)
Observe nas duas últimas fotos o mascote da tartaruga pintado na torre do tanque identificado por um número “8” pintado de branco na trave horizontal do trem de tração. Este é obviamente o tanque de Cipri novamente.
Tanques Renault FT-17 nos caminhões de transporte. (Cipriano Briz)
Tanques FT-17 em transportes com Dar-Drius em segundo plano. (Cipriano Briz)
Na parte de trás da foto, está escrito:
"Como você pode ver, é impossível não amar esses tanques (montados em seus caminhões de transporte), porque eles são muito bonitos. Ao fundo você pode ver a cidade de Dar-Drius, um acampamento muito maior do que Riffien, e mais confortável."
Tanque FT-17 TSF Infanteria nº 1. (Cipriano Briz)
Tanque FT-17 TSF Infanteria nº 1. (Cipriano Briz)
Tanque FT-17 TSF Infanteria nº 1. (Cipriano Briz)
Tanque FT-17 TSF Infanteria nº 1. (Cipriano Briz)
Tanque FT-17 TSF Infanteria nº 1. (Cipriano Briz)
No verso da imagem acima, diz:
"O tanque do telégrafo e do telefone sem fio que já mandei antes, mas a posição não é a mesma. Aqui está mais além, ao longo da borda do parapeito de onde vai cair. Isso foi publicado no ‘Nuevo Mundo’."
Tanque FT-17 TSF tombando. (Cipriano Briz)
Tanques Renault FT-17 e Schneider M16 CA1 na Guerra do Rife
FT-17 "Infanteria nº 12" no caminhão de transporte. (Santiago Dominguez)
“Tanque dirigindo-se às trincheiras inimigas”. (Santiago Dominguez)
Tripulante ferido. (Santiago Dominguez)
“O tanque de comando de infantaria descendo do transporte”. (Santiago Dominguez)
"Campanha da África, 1922". Dois tanques FT-17 e um FT-17 TSF (no meio), e dois tanques Schneider M16 CA1 quase invisíveis nas bordas esquerda e direita da imagem. (Santiago Dominguez)
Esta é uma imagem rara de um tanque Schneider M16 CA1 na Guerra do Rife. A imagem é intitulada “Tanque de artilharia descendo do trator”. (Santiago Dominguez)
Post-script: A Guerra do Rife (1921-1926)
Por Filipe A. Monteiro, 11 de maio de 2021.
A Guerra do Rife foi um dos conflitos ocorridos no Entre-Guerras (1918-1939) e que caíram no esquecimento. O conflito contou com equipamentos modernos, como os carros de assalto do texto, além de metralhadoras, obuses, fuzis de repetição e granadas (esta última uma novidade das trincheiras européias para a África). A companhia de carros de combate com os Renault FT-17 (efetivo de 12 carros) e os Schneider foram os primeiros blindados usado em um assalto anfíbio, no desembarque de Alhucemas em 8 de setembro de 1925, um dos melhores exemplos de ação anfíbia moderna - com uso de comando unificado de forças aéreas, marítimas e terrestres.
Apesar da presença de carros blindados e tanques, estes veículos mecânicos foram apenas uma parte minúscula do conflito. Em sua essência, ainda se tratou de batalhas por fortificações com marcha e contramarchas abaixo do sol escaldante, cargas de cavalaria e ataques relâmpago de beduínos.
"Desembarque de Alhucemas", pintura de José Moreno Carbonero, 1929.
A guerra também criou figuras importantes, como Francisco Franco - o futuro ditador da Espanha - e Milán Astray, o comandante da Legião Estrangeira Espanhola (Terço de Estrangeiros); uma tentativa fracassada de imitar a Legião Estrangeira Francesa e que jamais atingiu 25% de estrangeiros (sendo boa parte portugueses) e que hoje não aceita mais estrangeiros. A incompetência dos espanhóis durante os quatro primeiros anos da guerra levaram a instabilidades que levariam à Guerra Civil Espanhola (1936-1939). O comandante franco-espanhol não foi ninguém menos que o Marechal Philippe Pétain, o herói de Verdun.
Pétain organizou um sistema de pontos-fortes e colunas móveis em operações de contra-insurgência que seriam familiares aos atuais sistemas usados no Afeganistão, Iraque e na África. Ele comandou a movimentação, re-suprimento e combate de 160 mil tropas francesas de uma força expedicionária bem treinada e bem equipada, contando tropas metropolitanas, argelinas, senegalesas e da Legião Estrangeira Francesa, bem como regulares marroquinos (tirailleurs) e auxiliares (goumiers); além de 90 mil espanhóis e seus auxiliares nativos. Pétain cuidava de tudo isso ao mesmo tempo em que se correspondia com a esposa por cartas, detalhando miniciuosamente os cuidados com suas galinhas na França.
Marechal Pétain e o General Miguel Primo de Rivera em Tetuan, no Marrocos, 4 de agosto de 1925.
Em 3 de setembro de 1925, Pétain foi nomeado o único Comandante-em-Chefe das Forças Francesas no Marrocos para lançar uma grande campanha contra as tribos rifenhas, em conjunto com o Exército espanhol, que foi concluída com sucesso no final de outubro. Posteriormente, foi condecorado, em Toledo, pelo rei Alfonso XIII com a medalha militar espanhola. Em 1940, ele era embaixador em Madri.
Os rifenhos eram grupos bérberes muçulmanos sofisticados liderados por Abid el-Krim, um chefe astuto e carismático. Eles derrotaram os espanhóis catastroficamente em Anoual em 1921, infligindo mais de 13 mil mortos e feridos, além de 700 capturados; o desastre derrubaria o governo espanhol. Os rifenhos perderam cerca de 800 homens entre mortos e feridos. Apesar de serem derrotados pelos franceses em apenas um ano, ofereceram feroz resistência em uma guerra encarniçada cuja brutalidade foi ainda pior do que já era costumeiro na região. Os soldados franco-espanhóis eram aconselhados a guardarem a última bala para eles. Dos 66 fortes franceses na fronteira com a República Rifenha, 9 foram tomados de assalto e 30 abandonados quando os rifenhos atacaram de súbito em abril de 1925 - inclusive ameaçando Fez. Os rifenhos foram sendo progressivamente empurrados e sangrados até a rendição de Abd el-Krim para as autoridades francesas, mas não sem antes terem conseguido vitórias locais. A batalha final, iniciado em 8 de maio de 1925, opôs franceses e espanhóis com 123.000 homens, apoiados por 150 aeronaves, contra 12.000 rifenhos.
Van Damme no filme "Legionário" (Legionnaire, 1998).
A cultura popular moderna tem apenas um único filme ambientado na Guerra do Rife: Legionário. Estrelando Jean Claude van Damme como Alain Lefèvre (alistado na Legião como Alain Duchamp) e combatendo os rifenhos comandados pelo próprio Abid el-Krim (interpretado por Kamel Krifa). O filme mostra o dilema de guarda uma última bala para si mesmo, pois os prisioneiros eram brutalmente torturados antes de serem mortos. Um filme que não deve faltar no léxico dos entusiastas da Legião.
Um outro filme menos recente, chamado Marcha ou Morre (March or Die, 1977), porém considerado por alguns como o melhor filme da Legião Estrangeira, e estrelando Gene Hackman, Terence Hill e Catherine Deneuve possui elementos da Guerra do Rife. A Legião dessa vez enfrenta uma rebelião bérbere fictícia enquanto protege arqueólogos em busca de um artefato no deserto. O líder tribal El-Krim, interpretado por Ian Holm, o Bilbo d'O Senhor dos Anéis, foi inspirado em Abid el-Krim. A ambientação, uniformes, armas e táticas são fiéis ao período histórico.
Em 2017, a Espanha produziu uma minissérie ambientada na Guerra do Rife seguindo um grupo de enfermeiras espanholas: Tempos de Guerra (Tiempos de Guerra), com 13 episódios.
Operadores do GEO espanhol durante uma operação contra-terrorista contra os GRAPO, em 18 de janeiro de 1985.
Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 3 de setembro de 2020.
O Grupo Especial de Operaciones (GEO) capturou cerca de 20 terroristas nessa operação.
Os Grupos de Resistência Anti-fascista Primeiro de Outubro (Grupos de Resistencia Antifascista Primero de Octubre, GRAPO) foram um grupo clandestino marxista-leninista espanhol com o objetivo de formar um estado republicano espanhol. Além do anti-capitalismo, ele era anti-imperialista, opondo-se fortemente à adesão da Espanha à OTAN.
Até o momento, a última ação violenta infligida pelos GRAPO data de 2006. Depois de ter sido bastante ativo no final dos anos 1970 e início dos anos 1980, atualmente o número cada vez menor de seus militantes, a falta de qualquer apoio social e a ação policial permitiu que as autoridades espanholas reivindicassem um número de vezes a dissolução dos GRAPO depois que os poucos militantes restantes do bando foram capturados. De acordo com a polícia espanhola, os GRAPO foi dissolvido depois que seis de seus militantes foram presos em junho de 2007, mas, formalmente, o grupo não anunciou sua dissolução e os GRAPO permanece incluído na lista da União Europeia de pessoas e organizações terroristas.
O legionário está vestindo o uniforme camuflado M73 Árido, também conhecido como Lagarto, que era usado em serviço ativo pela Legião Estrangeira Espanhola no Saara Espanhol. Ele tem insígnias da Legião costurados na sua dragona, visível à direita. O capacete é o Modelo Z M42/79, a versão espanhola e de qualidade inferior do M35 alemão adotada em 1979 e usado até os anos 80.
Tropas espanholas em treinamento próximo a Saragoça, anos 1980.
A Espanha adotou o capacete Modelo Z, em estilo alemão, em 1942. Tratava-se de uma cópia inferior do capacete de aço M35 (Stahlhelm M35), com uma espessura de apenas 1mm e borda desenrolada. Ele foi produzido na Espanha até um novo capacete de fibra ser atualizado em 1975, e colocado em uso padrão em 1979 (capacete M42/79). Esse capacete manteve-se em uso na Espanha até a sua incorporação na OTAN, nos ano 80.
Wolfgang Riess, um dos Comandos que usou estes CETMEs – mais tarde ele foi trabalhar como técnico de armas da H&K. Esta história vem de suas anotações.
Por Ian McCollum, Forgotten Weapons, 1º de junho de 2016.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 2017.
Eu estava lendo sobre os primeiros fuzis com retardo do recuo por roletes (no livro requintadamente técnico e detalhado de Blake Stevens (Full Circle: A Treatise on Roller Locking/ Círculo Completo: Um Tratado sobre Trancamento por Roletes) e me deparei com essa história muito legal, que eu queria compartilhar…
A Espanha adotou formalmente o CETME Modelo B em 1958. Era mecanicamente praticamente a mesma arma que conhecemos hoje como o CETME-C ou G3, mas que ainda calibrado para o cartucho 7,62 NATO-CETME. Esta foi uma resposta espanhola aos requisitos de cartuchos da OTAN – era dimensionalmente idêntica 7,62 mm OTAN, mas disparou um projétil de 125 grãos a 2300 fps, em vez dos 143gr a 2790fps do padrão da OTAN. Os espanhóis viram que o cartucho padrão era muito potente para ser eficaz em um fuzil de tiro seletivo, e a carga reduzida foi desenvolvida para reduzir o recuo a um nível manejável. Isso foi feito apenas por alguns anos, até que eles se renderam e adotaram o Modelo C em 1964 usando munição padrão. O CETME-B ainda usaria a munição da OTAN, mas ela foi dura com as armas.
De qualquer forma, os franceses estavam ocupados lutando contra os rebeldes argelinos neste momento, e em março de 1961 um cargueiro dinamarquês chamado Margot Hansen foi visto por um avião de patrulha marítima francesa e parou na costa da Argélia. Durante a abordagem e inspeção, descobriu-se que o navio carregava 200 novos fuzis CETME-B e munição para eles, destinados (ilegalmente) aos grupos rebeldes da ANL e da FLN. As armas foram confiscadas, é claro, e colocadas em depósito no depósito naval francês em Mers El Kebir. Este depósito também possuía outras armas apreendidas, principalmente de origem alemã da Segunda Guerra Mundial – Kar 98k Mausers e fuzis de assalto StG-44. Quando os 200 CETMEs chegaram, rapidamente chamaram a atenção dos Comandos Navais Franceses que estavam estacionados no porto.
Os franceses na época usavam fuzis MAS 49/56, apenas semiautomáticos e com carregadores de 10 tiros. O poder de fogo automático suplementar era fornecido pelos fuzis-metralhadores Châtellerault 24/29, que possuíam carregadores tipo cofre de 20 tiros (que ocasionalmente eram adaptadas a fuzis 49/56, mas essa é uma história diferente). Os Comandos Navais estavam muito interessados nesse novo fuzil, que parecia oferecer as capacidades de seus fuzis e FMs em um único pacote leve. Como eram uma unidade da Marinha Francesa e as armas foram apreendidas pela Marinha e armazenadas em um depósito da Marinha, os Comandos puderam requisitar as armas e munição apreendidas para seu próprio uso sem muita dificuldade.
Comandos Navais franceses testam seus fuzis CETME-B no Djibuti.
O único obstáculo que surgiu foi quando alguém notou que todos os fuzis estavam faltando os percussores. Por quê? Ninguém sabe ao certo, mas muito provavelmente porque os contrabandistas estavam planejando retê-los por segurança ou por um pagamento adicional. Também é possível que toda a configuração do contrabando fosse na verdade uma operação falsa que estava sendo executada pelo SDECE (Inteligência do Exército Francês), mas quaisquer registros que pudessem confirmar isso há muito tempo foram destruídos. De qualquer forma, os Navais não permitiram que uma questão menor, como percussores, os detivesse, e os operadores de máquinas dos depósitos fabricaram por engenharia reversa o projeto e fabricaram um grande número de substitutos. Eles nunca conseguiram acertar o material e o tratamento de calor, e seus percussores aparentemente tinham uma tendência de quebrar com frequência – então os Navais carregavam um monte de peças sobressalentes sempre que usavam as armas.
Outro obstáculo que surgiu foi que a munição apreendida acabou por ser um lixo. Ela foi feita apressadamente a partir de componentes enviados para serem sucateados, e dimensões como o comprimento total variaram substancialmente. Alguns cartuchos não tinham os furos das espoletas. As bases das espoletas variaram significativamente, e foram misturadas dentro de caixas. Os homens conseguiram obter munição de 7,62 mm fabricada na França e acabaram usando os fuzis CETME-B em operações de combate até fins de 1978. Um histórico bem-sucedido para um lote de fuzis espanhóis, por fim usado por décadas contra os próprios grupos que se destinava a ajudar!
Um grupo de comandos franceses relaxantdo durante sua campanha na Argélia. Dois estão armados com submetralhadoras MAT-49 e dois com fuzis CETME-B apreendidos.
Como as armas conseguiram sair do controle espanhol? Esta é uma boa pergunta. Elas teriam sido os armas de uso militar de primeira linha na época, não sendo as armas excedentes ou deixadas sem vigilância. No entanto, a CETME estava trabalhando ativamente com empresas holandesas e alemãs e organizações militares na época, e os carregamentos de fuzis poderiam ter sido legitimamente destinados a qualquer um desses países. Blake Stevens sugere que uma possibilidade para a fonte é que tal carregamento tenha sido desviado por um homem como o notório contrabandista de armas alemão Otto the Strange (Otto, o Estranho) – embora isso possa ser apenas especulação.