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sexta-feira, 9 de outubro de 2020

GALERIA: Uma missão da Marinha Francesa na Indochina

No setor de Can Tho, as vedetes (ou Cutter) da Dinassaut 8 durante uma patrulha no rio Bassac. Cada barco está armado com um canhão Oerlikon de 20mm.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 9 de outubro de 2020.

Missão de controle fluvial no setor de Can Tho, Cochinchina, em agosto de 1952. Fotos de Defives Guy para o ECPAD.

Dinassau 8 (Division Navale d’Assaut/ Divisão Naval de Assalto) patrulha o rio Bassac com embarcações pesadas LCMs ​​(Landing-Craft-Material) e embarcações de assalto armadas com canhões de tiro rápido Oerlikon de 20mm. Esses navios fortemente armados realizam missões de escolta a comboios de juncos trazendo suprimentos, contato com postos de ligação e vigilância costeira, interceptando embarcações de contrabando inimigas.

Distintivo do Dinassaut 2.

Os Dinassaut (às vezes grafados Dinassau) foram criados pelo General Leclerc em 1947 para substituir as flottilles fluviales criados por Jaubert em 1945-1946. Dez grupos foram criados, com os Dinassaut 2, 4, 6, 8 e 10 na Cochinchina (sul), e os Dinassaut 1, 3, 5, 12 e Haiphong no Tonquim (norte).

Cada Dinassaut consistia em aproximadamente 12 embarcações, frequentemente embarcações de desembarque americanas modificadas com blindagem e usando torres de tanque como armas. Outras embarcações carregavam morteiros de 81mm para serem usadas como artilharia fluvial (ribeirinha). Cada um tinha uma companhia de Commandos Marine, dos Fusiliers-Marins.

Distintivo do Dinassaut 4.

Segundo Bernard Fall:

"[O Dinassaut] pode muito bem ter sido uma das poucas contribuições valiosas da Guerra da Indochina para o conhecimento militar".

Esse tipo de interdição, em uma país coberto por selvas quase intransponíveis e altamente dependente dos rios e áreas costeiras mostrou-se essencial para o esforço de guerra da União Francesa; mesmo que o comando naval em Paris ainda insistisse em uma marinha de água azul, os esforços de água marrom permaneceram os mais eficazes.

Os Dinassaut 6 e 8 foram transferidos para a Marinha da República do Vietnã (VNN) em 1953. Os conselheiros americanos dissolveram os dois quando os franceses deixaram a região, mas a força da necessidade levou-os a recriarem unidades fluviais. Isso levou à criação da Força Móvel Flutuante do Delta do Mekong (Mekong Delta Mobile Afloat Force), mais tarde denominada Força Móvel (Riverine Mobile Riverine Force, MRF), após maio de 1967.

Um LCM (Landing Craft Material/ Embarcação de Desembarque de Material) do Dinassaut 8 durante a operação.

O mesmo LCM durante a missão de escolta e patrulha.

Dois veículos de assalto (engins d'assaut, EA) do Dinassaut 8 durante a missão de patrulha e escolta.
Esses veículos de assalto de fabricação francesa equiparam os Dinassaut em adição ou em substituição aos LCVP (Landing Craft Vehicle and Personnal). Tal como acontece com o último, os EA operavam em pares.

Um marinheiro do Dinassaut 8 está postado no telhado de um LCM enquanto acompanha um comboio de juncos no rio Bassac.
O marinheiro está equipado com um fuzil-metralhador Bren de origem britânica.

A bordo de um LCM do Dinassaut 8, um marinheiro está postado atrás de uma metralhadora pesada de 12,7mm (.50) durante a escolta de juncos no rio Bassac, no setor de Can Tho.

Bibliografia recomendada:

Dinassaut.
Comandante de Brossard.

Leitura recomendada:

GALERIA: Comandos Navais na Baía de Ha Long8 de outubro de 2020.

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

GALERIA: Comandos Navais na Baía de Ha Long

Um segundo-mestre em traje de passeio brinca com o comando de origem vietnamita apelidado de "Julot", condecorado com a Croix de Guerre do TOE e armado com uma carabina US M1. No centro, outro comando de origem vietnamita, apelidado de "Fredo".

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 8 de outubro de 2020.

Fuzileiros navais do comando naval "de Montfort" treinando na baía de Ha Long, no Tonquim, em fevereiro de 1951. Desde outubro de 1950, commandos marine (comandos da marinha ou navais) estavam presentes no Tonkin para recuperar o controle das áreas costeiras e de fronteira, após o desastre da RC4 (Rota Colonial 4). Com base no Porto Wallut (Ilha Ke Bao), eles realizavam várias incursões e reconhecimentos na área da Baía de Ha Long à Ilha Cac Ba. 

O comando "de Monfort" foi criado em 1947 e batizado em homenagem ao enseigne de vaisseau de Monfort, morto em Haiphong em março de 1946. Assim como o comando "Jaubert", ele se distinguia pela integração de 50% de vietnamitas em suas fileiras.

Um comando relaxa no convés de um navio de transporte de tropas lendo um romance, sentado em cordas e com os pés apoiados no carrinho de um canhão Oerlikon de 20mm. Granadeiro, ele mantém um fuzil Lee-Enfield britânico à mão, modificado pela adição de um "tromblon" lançador de granadas.

O comando "de Montfort", à bordo dos Doris, pequenos barcos de assalto especialmente construídos no arsenal de Cherbourg, rebocados por barcos durante a fase de aproximação a uma praia.

O timoneiro de um barco Doris, ele usa a boina verde comando com distintivo à esquerda (no estilo britânico) e veste uma blusa camuflada, duas granadas ofensivas OF 37 penduradas em seus bolsos. Ele carrega uma carabina US M1 em bandoleira no ombro.

Como parte de um exercício na Baía de Ha Long, um atirador com o fuzil-metralhador 24/29 (e uma pistola automática Colt 1911A1 no cinto) do comando "de Montfort" está prestes a desembarcar assim que atracar, estando pronto para responder a um eventual fogo inimigo.

A reportagem apresenta um exemplo típico do tipo de missão atribuída aos comandos fuzileiros navais: um raide de curta duração após infiltração costeira para atacar o inimigo de surpresa e no centro do seu dispositivo. Após o transporte pelo LCI (Landing Craft Infantry) para se aproximarem do objetivo, os comandos tomam seu lugar a bordo de barcos de assalto Doris, desembarcam na praia e se posicionam nas primeiras coberturas onde os morteiros de 60mm são colocados em bateria e fuzis-metralhadores Châtellerault 24/29 (a fim de proteger a área antes que o comando se irradie para os arredores) enquanto os primeiros relatórios repassados através de uma estação de rádio SCR 300.

À esquerda o Tenente Servo, comandante do comando. Suas ordens são transmitidas aos pelotões por meio de uma estação de rádio SCR 300. O rádio-operador tem uma submetralhadora alemã MP 40 (Maschinenpistole 40) de calibre 9mm.

Os comandos fuzileiros navais do comando "de Montfort" colocaram em bateria um morteiro de 60mm. O atirador está pronto para deslizar um projétil para dentro do tubo, enquanto o apontador termina de regular a peça. Os outros dois comandos preparam a munição.

Um segundo-mestre com a função de comandante de grupo designa um objetivo para seu adjunto, um contra-mestre. Ambos estão equipados com uma carabina US M1; o contra-mestre pendurou granadas defensivas DF 37 e MK2 nos bolsos.

Um comando naval do comando "de Montfort" postou-se atrás de uma rocha após o desembarque. Ele está armado com uma carabina US M1 e colocou uma granada ofensiva OF 37 na gola da sua blusa camuflada para facilitar o acesso em caso de confrontação.

A reportagem enfoca os homens (com muitos closes), incluindo alguns vietnamitas, bem como a fase de transporte no LCI, a aproximação em barcos de assalto Doris e o desembarque. Destaca-se o uso característico da boina verde (com distintivo à esquerda segundo a tradição britânica) em operação, bem como a blusa camuflada tipo “Denison Smock” popular entre os comandos navais. Além das carabinas US M1 e dos fuzis semiautomáticos MAS 49, também deve ser destacado o uso regulatório da submetralhadora alemã tipo MP 40 (Maschinenpistole 40) de 9mm, precedendo a alocação da submetralhadora MAT 49 de concepção francesa.

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terça-feira, 29 de setembro de 2020

GALERIA: Museu do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil

Entrada do Túnel dos Uniformes.

Localizado no sítio histórico da Fortaleza de São José da Ilha das Cobras, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), o Museu do Corpo de Fuzileiros Navais está situado nas instalações que, desde o fim da campanha contra os franceses em Caiena (Guiana Francesa, 1809), foram ocupadas pelos componentes da Brigada Real da Marinha, origem do atual Corpo de Fuzileiros Navais.

O circuito expositivo do museu compõe-se de dois túneis subterrâneos que, historicamente, foram construídos para servir de ligação segura entre as fortalezas erguidas pelos portugueses, a partir do século XVII. Neles estão expostos medalhas, documentos, pratarias, material arqueológico, fotografias, equipamentos e armamentos.







Um salão onde estão expostas obras de arte, esculturas, medalhística, pratarias, maquete da ilha em 1736, miniaturas e acervo de ex-Comandantes-Gerais do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN).

Uma galeria de uniformes históricos, localizada em um antigo túnel que ligava as fortalezas na Ilha das Cobras. Na galeria estão expostos alguns dos modelos utilizados pelos fuzileiros navais no decorrer da sua trajetória histórica.







Um salão projetado em antigas instalações da Fortaleza de São José, onde o visitante terá acesso a uma exposição permanente, com 40 painéis e monitores de LCD, que contam a participação do CFN nos eventos ligados à formação da nacionalidade e do Estado brasileiro.

No museu a céu aberto, o visitante terá contato com viaturas operativas, canhões, metralhadoras e motocicletas que foram usados pela corporação, uma escavação arqueológica, na qual o visitante pode observar parte do contra-forte da muralha da Fortaleza, construída no século XVIII, e o monumento aos Fuzileiros Navais mortos em combate.






Quando se houverem acabado os soldados no mundo - quando reinar a paz absoluta - que fiquem pelo menos os fuzileiros como exemplo de tudo de belo e fascinante que eles foram!
Rachel de Queiroz

Bibliografia recomendada:





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segunda-feira, 28 de setembro de 2020

FOTO: Fuzileiro naval com lança-chamas

Exercício do Núcleo da 1ª Divisão de Fuzileiros Navais (futuro Batalhão Riachuelo) com a utilização de lança-chamas na Pedreira do Bananal, na Ilha do Governador, em 8 de maio de 1963.

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segunda-feira, 21 de setembro de 2020

FOTO: Comandos anfíbios à moda antiga

Comandos italianos do Regimento San Marco no norte da África, 1942.

Estes soldados da foto pertenciam ao Reparto "G" (Unidade "G"), uma unidade especial do Regimento San Marco, fuzileiros navais italianos. Os homens dessa foto faziam parte de um grupo de 14 comandos liderados pelo Tenente Fernando Berardini que, na noite de 3 para 4 de setembro de 1942, foram desembarcados por torpedos à motor (MS-11 e MS-15, um dos quais visto nessa foto) na costa egípcia, a cerca de 70km atrás das linhas aliadas. Ali plantaram cargas explosivas em uma ferrovia costeira e no aqueduto próximo, que foram inutilizados temporariamente pelas explosões (segundo algumas fontes, um trem de munições também foi destruído). Os comandos foram capturados ao serem interceptados por uma força gurca quando tentavam alcançar as linhas do Eixo, marchando pelo deserto.

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GALERIA: Visita de Hitler a Mussolini na Itália, 19389 de setembro de 2020.

FOTO: O Tigre na Tunísia5 de julho de 2020.

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FOTO: Mussolini passa os Alpini em revista27 de março de 2020.

A submetralhadora MAS-385 de julho de 2020.

FOTO: Prisioneiros alemães na Itália26 de março de 2020.

FOTO: Helicóptero nos alpes italianos29 de janeiro de 2020.

FOTO: Cemitério alemão na Itália8 de abril de 2020.

domingo, 30 de agosto de 2020

A Marinha Americana demite comandante das forças de reserva em Portland

Comandante Erin Borozny.
(US Navy)

Por Paul Szoldra, Task & Purpose, 28 de agosto de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 30 de agosto de 2020.

A Marinha demitiu a oficial comandante de marinheiros da reserva em Portland, Oregon, devido a uma "perda de confiança em sua capacidade de comando", disse a Força em um comunicado à imprensa na sexta-feira (28/08).

A Comandante Erin E. Borozny foi dispensada de suas funções como comandante do Centro de Apoio Operacional da Marinha em Portland na sexta-feira pelo Capitão Jonas C. Jones, comandante das forças da Reserva da Marinha no noroeste dos EUA. Ela estava no comando há menos de um ano.

O Tenente Adam Demeter, um porta-voz da Marinha, disse à Task & Purpose que a decisão de demitir Borozny foi baseada em seu "desempenho geral" e disse que ela não estava sob investigação.

Borozny, uma oficial de recursos humanos da reserva, foi temporariamente transferida para o quartel-general da Reserva da Marinha regional em Everett, Washington, disse o comunicado, que acrescentou que "procedimentos adicionais não estão previstos neste momento".

O Comandante Christian R. Parilla assumiu como comandante do NOSC Portland até que um substituto permanente possa ser designado, de acordo com o comunicado.

Os Centros de Apoio Operacional da Marinha são responsáveis pela preparação e treinamento dos marinheiros em seus respectivos estados, e apoiam os comandos da ativa em toda a frota.

Borozny, formada pela Academia Naval e que foi promovida a comandante em junho de 2019, assumiu o comando da unidade em 7 de outubro de 2019. Seus prêmios e condecorações incluem duas medalhas de comenda da Marinha/Corpo de Fuzileiros Navais, três medalhas de conquista da Marinha/Corpo de Fuzileiros Navais e a Fita "E" da Marinha.

Paul Szoldra é o editor-chefe da Task & Purpose e ex-fuzileiro naval de infantaria.

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