segunda-feira, 26 de abril de 2021

Sobre o adestramento do Exército Brasileiro na região Norte


Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 26 de abril de 2021.

Em uma pesquisa feita em 2020 para a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO) do Exército Brasileiro, foram entrevistados 99 militares da ativa (2 coronéis, 3 majores, 62 capitães, 5 tenentes e 27 sargentos) que serviram ou serviam no Comando Militar da Amazônia (CMA) e Comando Militar do Norte (CMN) nos 3 anos anteriores, perguntando-se caso acreditavam que suas tropas estivessem devidamente adestradas para operações convencionais (Ofensivas e Defensivas) em ambiente de selva.

A resposta deveria ser dada em notas de 1 a 5, onde cada cada nota representava um percentual de adestramento, onde 1 significa estar até 20% adestrada e 5 significa estar 100% adestrada. O autor da pesquisa, o Capitão de Infantaria Francisco José Carneiro, considerou que para a tropa ser considerada devidamente adestrada o nível de adestramento deveria ficar acima de 75%, ou seja, deveria ter nota 4 ou 5.

Dos entrevistados, 69,8% (ou 69 deles) responderam que consideravam a tropa no máximo 60% adestrada (notas 1 a 3), o que para o autor do trabalho implica que consideram a tropa carente de adestramento.



Sobre o adestramento da tropa para as Operações de Apoio a Órgãos Governamentais, como Garantia da Lei e da Ordem (GLO), Operações de Cooperação e Coordenação com outras agências, Operações de Faixa de Fronteira, e tendo como padrão de resposta o mesmo da pergunta anterior, 71,7% dos entrevistados indicaram que as tropas estão em condições de serem empregadas de imediato para esses tipos de operações.

O autor considera que esse efeito ocorre pela tropa ser empregada nesse tipo de operação quase que diariamente, coisa que não acontece com as Operações Convencionais.



A importância da criação do Centro de Adestramento da Amazônia no aperfeiçoamento do adestramento e a contribuição na formação da consciência situacional dos comandantes das tropas do ambiente de selva, pelo Capitão de Infantaria Francisco José Carneiro.

O PDF de 26 páginas está disponível no link.

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