quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

FOTO: Comandantes das forças armadas francesas e líbanesas

General de Exército François Lecointre, Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas francesas, sendo recebido em Yarzé pelo Comandante-em-Chefe do Exército Libanês, General Joseph Aoun, em 23 de dezembro de 2020. (Exército Libanês/ Twitter)

Por Filipe do Amaral, Warfare Blog, 24 de dezembro de 2020.

General François Lecointre, Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas francesas (Chef d'état-major des armées, CEMA), foi recebido na quarta-feira (23/12) pela manhã pelo Comandante-em-Chefe do Exército Libanês, General Joseph Aoun em Yarzé. O General Lecontre presidiu uma delegação que incluiu a embaixadora francesa Anne Grillo, para discutir a "cooperação entre os dois exércitos".

O General Lecointre chegou terça-feira à tarde ao Líbano para uma visita oficial, em particular ao contingente francês da Força Provisória das Nações Unidas no Líbano (Force intérimaire des Nations Unies au Liban, FINUL/UNIFIL). Inicialmente, foi o presidente francês Emmanuel Macron, que deveria viajar a Beirute em 22 de dezembro, para sua terceira visita desde a dupla explosão mortal no porto de Beirute em 4 de agosto, e para passar a véspera de Ano Novo com capacetes azuis franceses, mas ele cancelou sua viagem na quinta-feira passada, depois de um teste positivo para o coronavírus. O Gal. Lecointre foi acompanhado em seu desembarque no Líbano por uma delegação oficial francesa, informa a Agência Nacional de Informações (ANI, libanesa).

Durante esta visita, o general francês é também esperado no sul do país, na fronteira com Israel, na sede da UNIFIL em Nakoura e na base militar de Deir Kifa. A tradição dita que durante as férias as autoridades militares e políticas francesas visitam soldados destacados em missões no exterior. A visita do General ao Líbano é uma forma de reconciliar esta tradição, de reafirmar a importância da cooperação militar franco-libanesa, nomeadamente na luta contra o terrorismo e na segurança marítima. Também não se sabe se o General Lecointre se encontrará ou não com as autoridades políticas libanesas durante a sua estada no âmbito da iniciativa francesa lançada por Emmanuel Macron.

Marinha do Brasil em ação na região do porto de Beirute, no Líbano, atingida pela explosão.

O chefe do estado-maior dos exércitos franceses já estava no Líbano há um mês durante uma visita oficial. Ele foi notavelmente para o porto de Beirute, para o local da explosão dupla. O exército francês lançou a Operação "Amitié" no início de agosto para ajudar o Líbano após esta tragédia.

Em 1º de setembro, durante sua segunda estada no Líbano, Emmanuel Macron anunciou um roteiro para uma saída da crise, retomando as reformas cruciais esperadas pela comunidade internacional para liberar fundos destinados a tirar o país da crise financeira e econômica agudo que passa. Este documento prevê, entre outras coisas, a formação de um governo de "missão" composto por especialistas. Mas quase quatro meses após a renúncia do gabinete de Hassane Diab em 10 de agosto, Saad Hariri, primeiro-ministro designado em 22 de outubro, ainda não conseguiu formar sua equipe; colocando a iniciativa francesa mais do que nunca num impasse, ou mesmo enterrada, de acordo com alguns observadores.

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