segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Resultados dos testes do MAS 62


Por Ian McCollum, Forgotten Weapons, 8 de julho de 2015.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 1º de fevereiro de 2021.

Obrigado ao leitor Thibaud, temos uma tradução de alguns dos resultados dos testes do julgamento militar francês do FN FAL e do MAS Modelo 62. Obrigado, Thibaud!

Nos anos 1950 e no início dos anos 1960, o arsenal francês MAS produziu várias dúzias de protótipos de fuzis em 7.62x51 OTAN. Este artigo descreve um dos últimos, o Type 62 (Tipo 62). Ele mostra uma notável semelhança com o FAL belga e quase foi adotado pelas forças armadas francesas até que o novo cartucho da OTAN de 5,56mm começou a se tornar popular.

Os documentos informam que o FA MAS 62 foi testado junto com o FN FAL, que foi considerado um padrão de referência. Aqui está o resultado dos testes:
  • Miras: O equipamento de mira do FAL foi preferido pelos soldados franceses durante os testes devido à sua semelhança com aquele do FSA 49-56, mais familiar aos soldados franceses.
  • Ajuste de mira: Satisfatório em ambas as armas. Algumas massas de mira do FAL não eram apertadas o suficiente para permanecer no lugar durante o tiro automático.
  • Gatilho e seletor de tiro: O gatilho foi satisfatório em ambas as armas. Todos os testadores preferiram o seletor de tiro no FAL.
  • Precisão: A precisão do FAL era superior. Dispersão vertical estranha com o 62.
  • Manuseio durante o disparo: Satisfatório com ambas as armas. O manejo do FAL foi considerado melhor. A coronha ajustável no 62 foi apreciada.
  • Manuseio durante o tiro com luneta: Satisfatório com ambas as armas. O adaptador para montar a luneta no 62, que não é necessário para montar uma luneta no FAL, foi considerado muito frágil e complexo. A possibilidade de usar miras de ferro mesmo quando a luneta foi montada no 62 foi apreciada em oposição ao FAL, o qual não pode ser disparado usando as miras de ferro quando a luneta está instalada.
  • Manuseio e transporte: ambas as armas foram consideradas leves, fáceis de manusear e nem pesadas ou incômodas. O FAL foi preferido por seu peso mais leve (cerca de 400 gramas/0,9 libras a menos).
  • Robustez e funcionamento: Satisfatório em ambas as armas.
  • Notas durante o teste: Vantagem para o FAL pela facilidade de desmontagem e limpeza. O 62 foi considerado muito complicado, com várias peças, algumas das quais eram fáceis de perder.
4 unidades (de soldados em teste) em 5 preferiram o FAL pela sua “maturidade técnica, suas soluções práticas e seus melhores resultados durante os testes de tiro”. O FA MAS 62 foi, no entanto, melhor quando disparou granadas, mesmo que sua construção mecânica seja menos robusta.

Os resultados dos testes não culminaram na adoção de nenhum dos dois fuzis, o FA MAS 62 retornou ao fabricante e o FAL também não foi adotado. Algumas unidades francesas foram supridas com o FN FAL em pequenos números, pois parece que havia um “lobby FAL” no exército francês da época. Quando o ministro da Defesa da época, Michel Debré, foi informado disso, disse com raiva que “a arma do soldado francês será uma arma francesa!” (Por que isso não me surpreende?). Os fuzis FAL do exército francês foram eliminados e nunca mais voltaram.

Bibliografia recomendada:

Fusils d'Assaut Français de 1916 à nous jours.
Jean Huon.

Leitura recomendada:



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