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quarta-feira, 24 de março de 2021

FOTO: Tanques LT-38 eslovacos em desfile

Tanques LT-38 eslovacos desfilando em 14 de março de 1941.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 24 de março de 2021.

A Eslováquia encomendou 10 tanques ČKD LT vz. 38 da República Tcheca, então ocupada pela Alemanha e com o nome oficial de Protetorado da Boêmia e Morávia, depois que a Tchecoslováquia foi dividida em dois e a Eslováquia teve que construir sua própria força blindada. O primeiro uso dos LT-38 (sua designação eslovaca) foi na guerra de fronteira com a Hungria, em 1938.

Os eslovacos foram o primeiro aliado da Alemanha nazista, e participaram da invasão da Polônia em 1º setembro de 1939, onde empregaram seus LT-38 como a força móvel do Exército de Campanha Bernolák, uma força de 51.306 homens dividida em três divisões de infantaria sob o ministro da Defesa, General Ferdinand Čatlošo, e incorporado ao 14º Exército alemão (Coronel-General Wilhelm List). Os eslovacos se engajaram em combate com o exército polonês em 4 e 5 de setembro, parando para operações de limpeza do território conquistado. Um grupo móvel foi criado em 5 de setembro, oficialmente Grupo de Tropas Rápidas "Kalinčiak" (Coronel Ivan Imro), participando dessas ações de limpeza contra o Exército Karpaty polonês. O exército eslovaco lutou em escaramuças menores, terminando seu avanço em 11 de setembro.

Esse exército de campanha retornou em triunfo para a Eslováquia em 16 de setembro, desfilando em Poprad em 5 de outubro. O Exército de Campanha Bernolák foi desmobilizado gradualmente a partir de 7 de outubro. As baixas eslovacas foram mínimas, com 37 mortos, 114 feridos, 11 desaparecidos e 2 aeronaves destruídas.

Bibliografia recomendada:


Leitura recomendada:

sexta-feira, 5 de março de 2021

FOTO: Parada noturna na Caiena

Legionários em parada na praça d'armas do quartel de la Madeleine, do 9e RIMa, durante a visita da ministra da Defesa, 10 de dezembro de 2020.
(Lara Priolet / ECPAD)

Parada noturna com legionários do 3e REI no quartel de la Madaleine na Caiena, a capital da Guiana Francesa, para a visita da ministra da Defesa, Florence Parly, 10 de dezembro de 2020.

O quartel pertence ao 9e RIMa, das tropas navais do exército. O 3e REI é baseado em Kouru e tem por missão a  proteção ao programa espacial francês. As duas unidades participam de missões de segurança territorial e ao combate ao garimpo ilegal. As duas unidades possuem treinamento especial de selva e respondem às Forças Armadas Francesas na Guiana.

Bibliografia recomendada:

French Foreign Legion:
Infantry and Cavalry since 1945.

Leitura recomendada:

VÍDEO: O Brasil poderia tomar a Guiana Francesa?12 de dezembro de 2020.

O Estado-Maior Brasileiro considera a França a principal ameaça militar até 20409 de fevereiro de 2020.

A Viabilidade das Operações na Selva à Noite, 5 de outubro de 2020.

PINTURA: Desembarque anfíbio em Caiena, 18094 de fevereiro de 2020.

FOTO: 14ª Reunião de Estados-Maiores entre o Brasil e a França2 de maio de 2020.

Legionários e gendarmes destruíram um grande acampamento de garimpeiros ilegais na Guiana7 de abril de 2020.

FOTO: Equipe de míssil anti-aéreo Mistral durante o lançamento do foguete Ariane 515 de janeiro de 2020.

Chineses buscam assistência brasileira com treinamento na selva9 de julho de 2020.

VÍDEO: Estágio Jaguar na Guiana Francesa19 de setembro de 2020.

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Os tanques Leopard 2 de Cingapura são equipados para a guerra urbana

Leopard 2SG no desfile de 9 de agosto de 2020.
 
Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 12 de outubro de 2020.

O desfile blindado durante a celebração anual do Dia Nacional do pequeno enclave asiático revelou o arsenal ultramoderno das Forças Armadas de Cingapura (Singapore Armed Forces, SAF). Este ano, devido à quarentena, o desfile não permitiu telespectadores nas ruas, com a população prestigiando o evento das sacadas dos apartamentos.

Liderando a coluna móvel da Parada do Dia Nacional em 9 de agosto estavam os Leopard 2SG do exército, seguidos por seus homólogos menores sobre esteiras e rodas. Embora o Ministério da Defesa (Ministry of Defense, MINDEF) da próspera cidade-estado seja notavelmente transparente sobre suas atividades por meio de uma rede de contas online, muito permanece desconhecido sobre o Leopard 2SG. Com menos de uma centena desses tanques de batalha principais de 65 toneladas em serviço, a vantagem do poder de fogo que eles fornecem permanece formidável.

Foto compartilhada pelo MINDEF na sua página do Facebook uma semana antes do desfile.

Coluna blindada no desfile de 9 de agosto de 2020.

O foco predominante das SAF na segurança interna e na guerra urbana se reflete nas muitas melhorias do Leopard 2SG. Todo o chassis é coberto por uma camada de blindagem de apliques, com saias laterais grossas e seções de gaiola ou ripas protegendo os flancos, e o arco frontal da torre envolto em painéis compostos removíveis. O armamento do Leopard 2SG permanece o mesmo - um canhão principal de alma lisa de 120mm emparelhado com uma metralhadora coaxial - embora uma metralhadora secundária no telhado da torre esteja ausente. O nível de proteção aprimorado de cada Leopard 2SG é para garantir sua sobrevivência contra múltiplas ameaças explosivas, especialmente projéteis de alta velocidade em distâncias próximas, como as onipresentes granadas de foguete de um RPG-7.

O nível de proteção do Leopard 2SG e a capacidade de funcionar dia e noite (graças à câmera térmica oscilante do comandante no telhado da torre) dá às forças terrestres de Cingapura um excelente veículo de apoio de fogo em qualquer cenário de conflito onde todo o peso de sua frota mecanizada é necessário. Complementando o Leopard 2SG está o Hunter AFV sobre lagarta que entrou em serviço em 2019 cujos armamentos (um canhão de 30mm e um lançador de mísseis em tandem) e mobilidade colocam as tropas de Cingapura muito à frente de seus pares regionais. Até o momento, nenhum outro exército na Associação de Nações do Sudeste Asiático (Association of Southeast Asian NationsASEAN) colocou em serviço um veículo de combate sobre lagartas montado localmente. O sucesso do Hunter AFV está dando à ST Technologies um maior incentivo para buscar exportações viáveis e melhorias ao veículo; uma variante tem o Hunter convertido em um tanque leve com uma torre John Cockerill.

Desfile de 2017.

Desfile de 2019.

Embora Indonésia e Cingapura operem tanques de batalha Leopard 2, a variante de Cingapura é considerada mais avançada. Em 2010, o fabricante alemão Rheinmetall revelou sua atualização “MBT Revolution” para o Leopard 2A4, que mais tarde foi rebatizado como “Advanced Technology Demonstrator” ou ATD. Externamente, o ATD e o Leopard 2SG se pareciam, mas o ATD tinha recursos adicionais, como o lançador de granadas de fumaça ROSY, um sistema de detecção e proteção ativo e uma estação de arma remota montando um lançador de granadas de 40 mm. O MINDEF pode adicionar essas mesmas contra-medidas no Leopard 2SG em um futuro próximo, mas tais planos não foram anunciados. Internamente, os controles analógicos do ATD dentro da torre foram substituídos por subsistemas digitais e o Rheinmetall garantiu que a tripulação tivesse consciência situacional de 360 graus.

Visão de cima, de uma sacada, durante o desfile de 2019.

As frotas de tanques mantidas pelas forças armadas da ASEAN são limitadas pela logística e abrangem uma ampla variedade de modelos. O exército da Tailândia é único por sua coleção de tanques de segunda geração mais antigos, como o M47 e o M60 Patton, sem mencionar o obscuro tanque leve Stingray, que serve ao lado do chinês MBT 3000 e do ucraniano T-84. O Laos recebeu novos lotes de tanques T-72B1MS "Águia Branca", aposentando de vez os antigos T-34/85 e atuando com os T-55. O Exército Popular Vietnamita tem o mesmo problema, embora em uma escala maior, com até mil tanques médios chineses e soviéticos armazenados e um pequeno lote de modernos carros T-90S de fabricação russa entregue para fornecer um tanque de terceira geração equipado para missões futuras.

Apesar das dificuldades, as forças militares da ASEAN certificam-se de possuírem poderosas frotas blindadas de carros de combate principais, demonstrando a confiança na utilidade desses aparelhos, mesmo em uma região entrecortada por selvas e por cursos d'água, além de ambientes montanhosos; terrenos geralmente vistos como impróprios para os blindados pesados.

Uma companhia indonésia de Leopard 2RI e um Marder 1A3 cobertos na vegetação, norte da Sumatra, 2019.

Bibliografia recomendada:


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segunda-feira, 28 de setembro de 2020

GALERIA: Desfile Militar do Dia das Forças Armadas Reais da Tailândia

O rei Rama X saudando as tropas.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 28 de setembro de 2020.

Sua Majestade o Rei Maha Vajiralongkorn (Rei Rama X) e Sua Majestade a Rainha Suthida, junto com a Princesa Bajrakitiyabha Narendira Debyavati participaram, no sábado 18 de janeiro de 2020, às 16h, no Centro de Cavalaria do Campo Militar Adisorn no subdistrito de Pak Phriew, no distrito de Muang, na província de Saraburi, para presidir sobre a cerimônia de juramento e marcha de militares e policiais por ocasião do Dia das Forças Armadas Reais da Tailândia e para celebrar a Cerimônia de Coroação Real de 2019.

6.812 militares e policiais de 39 divisões em todo o país marcharam no desfile, incluindo uma série de veículos militares e aeronaves do Exército Real da Tailândia, Marinha Real da Tailândia e Força Aérea Real da Tailândia. Fotos do jornal The Nation - Thailand.


Sua Majestade o Rei Maha Vajiralongkorn e Sua Majestade a Rainha Suthida.





O desfile completo


Bibliografia recomendada:


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quarta-feira, 22 de abril de 2020

GALERIA: O FAMAS em Vanuatu

Membros da Força Móvel de Vanuatu desfilando diante do palanque nas comemorações do 35º aniversário da independência de Vanuatu, 30 de julho de 2015.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 22 de abril de 2020.

Organização Paramilitar

Existem duas forças de segurança em Vanuatu, a Força Policial de Vanuatu (Vanuatu Police ForceVPF; também  chamada Ni-Vanuatu Police) e a ala paramilitar, a Força Móvel de Vanuatu (Vanuatu Mobile ForceVMF), que também conta com a Ala Marítima da Força Policial de Vanuatu.

Recrutas da VMF durante acampamento básico em Siviri, norte de Efate, em 22 de julho de 2019.

A Força Móvel de Vanuatu (VMF) é um pequeno corpo móvel de 300 voluntários que compõe as forças armadas de fato de Vanuatu, tendo sido criada no ato de independência em 30 de julho de 1980. Sua principal tarefa é apoiar a Força Policial de Vanuatu, mas em caso de ataque, a VMF atuará como a primeira linha de defesa do pequeno país; seu comandante desde 2015 é o Coronel Robson Iavro.

A VMF foi treinada, no ato da sua criação, pela Força de Defesa da Papua Nova Guiné (Papua New Guinea Defence Force, PNGDF), treinamento este pago pelas forças armadas australianas. Inicialmente armada com o fuzil SLR 1A1 australiano, a versão imperial do venerável FAL, a VMF o substituiu pelo FAMAS F1 em 2009.

Desfile da tropa com FAMAS numa avenida


Uniforme azul da VPF, adotado em 30 de julho de 1983.

Uniformes verdes da VMF.

Ao todo, contando com 547 policiais organizados em dois comandos principais: um em Port Vila e outro em Luganville. Além desses dois postos de comando, há quatro delegacias secundárias e oito postos policiais. Isso significa que existem muitas ilhas sem presença policial e muitas partes das ilhas onde chegar a um posto policial pode levar vários dias.

Força Naval 

Marinheiros da Ala Marítima com uniforme branco.

Olhar à direita!

A Ala Marítima da Força Policial de Vanuatu (Vanuatu Police Force Maritime Wing) foi fundada em 15 de agosto de 1985, operando um navio patrulha classe Pacífico RVS Tukoro, providenciado pela Austrália. Em fevereiro e março de 2017, o Tukoro participou de uma operação conjunta de proteção da pesca com seu navio irmão das Ilhas Salomão, RSIPV Lata. RVS Turoroa foi entregue pela Austrália. Em setembro de 2017, Tukoro ajudou a prestar socorro aos evacuados após a erupção do vulcão Ambae. A Austrália pretende fornecer um navio classe Guardian para Vanuatu em 2021.

Visão das três unidades.

O Desfile da Independência de Vanuatu


O FAMAS é uma visão comum nos desfiles da independência de Vanuatu, que ocorrem no dia 30 de julho. Habitada por autóctones melanésios e governado por franceses e britânicos, as línguas oficiais da República de Vanuatu são bislamá, francês e inglês; mas ainda há chinês hakka, chinês mandarim e mais 113 línguas indígenas do sul da Oceania, fazendo com que Vanuatu tenha a maior densidade lingüística do mundo. Essa mistura denota o longo caminho da formação autóctone, da colonização européia até a independência de 30 de julho de 1980, que é celebrada com o desfile atualmente ostentando o distinto FAMAS F1.  

O arquipélago de Vanuatu foi descoberto pelo navegador português à serviço da coroa espanhola, Pedro Fernandes de Queirós, em 1606. Acreditando ter atingido a Austrália (Terra Australis), ele batizou o novo conjunto de ilhas como La Austrialia del Espíritu Santo (A Terra Sul do Espírito Santo), batizando a ilha maior como Espírito Santo. O pequeno enclave espanhol não prosperou e os europeus não voltaram a Vanuatu até 1768, quando Louis Antoine de Bougainville redescobriu as ilhas em 22 de maio. 

Desfile da Independência de Vanuatu em 30 de julho de 2013.

Na década de 1880, a França e o Reino Unido reivindicaram partes do arquipélago e, em 1906, concordaram em uma estrutura para o gerenciamento conjunto do arquipélago como as Novas Hébridas, por meio de um condomínio anglo-francês. Os melanésios foram impedidos de adquirir a cidadania de qualquer das duas potências e eram oficialmente apátridas.

Inicialmente, os súditos britânicos da Austrália constituíam a maioria da população do arquipélago, mas o estabelecimento da Companhia Caledoniana das Novas Hébridas (Compagnie Calédonienne des Nouvelles-Hébrides) em 1882 logo inclinou a balança a favor dos súditos franceses. Por volta do início do século XX, os franceses superavam os britânicos em dois pra um. Na década de 1920, trabalhadores contratados anamitas da Indochina Francesa começaram a trabalhar nas plantações nas Novas Hébridas.


Os desafios para o governo do condomínio começaram no início dos anos 40. A chegada dos americanos durante a Segunda Guerra Mundial, com seus hábitos informais e riqueza relativa, contribuiu para a ascensão do nacionalismo nas ilhas. A crença em uma figura messiânica mítica chamada John Frum foi a base para um culto à carga indígena prometendo a libertação melanésia.

Culto à carga é um movimento religioso descrito pela primeira vez na Melanésia, que engloba uma série de práticas que ocorrem após o contato de sociedades simples com civilizações tecnologicamente mais avançadas. O nome deriva da crença que começou entre os melanésios no final do século XIX e início do século XX de que vários atos ritualísticos, como a construção de uma pista de pouso, resultariam no aparecimento de riqueza material, particularmente nas tão desejadas mercadorias ocidentais (ou seja, a "carga"), que eram enviadas através de aviões. Hoje, John Frum é uma religião e um partido político com um membro no Parlamento de Vanuatu.


Em 1980, a França e o Reino Unido concordaram que as Novas Hébridas teriam independência em 30 de julho de 1980. A partir de junho de 1980, Jimmy Stevens, chefe do movimento Nagriamel, liderou uma revolta contra as autoridades coloniais e os planos de independência, iniciando a curta Guerra do Côco (Junho-Agosto de 1980). A revolta durou cerca de 12 semanas. Os rebeldes bloquearam o Aeroporto Internacional de Santo-Pekoa, destruíram duas pontes e declararam a independência da ilha de Espírito Santo como o "Estado de Vemerana". Stevens foi apoiado por proprietários de terras de língua francesa e pela Phoenix Foundation, uma fundação comercial americana que apoiou o estabelecimento de um paraíso fiscal libertário nas Novas Hébridas.

Em 8 de junho de 1980, o governo das Novas Hébridas pediu à Grã-Bretanha e à França que enviassem tropas para reprimir a rebelião na ilha de Espírito Santo. A França se recusou a permitir que o Reino Unido empregasse tropas para neutralizar a crise, e os soldados franceses estacionados no Espírito Santo não tomaram nenhuma atitude. Como o dia da independência se aproximava, o primeiro-ministro eleito, Walter Lini, pediu à Papua-Nova Guiné que enviasse tropas para intervir. Quando os soldados de Papua Nova Guiné começaram a chegar ao Espírito Santo, a imprensa estrangeira começou a se referir aos eventos em andamento como a "Guerra do Côco".


A "guerra" foi breve: Os moradores do Espírito Santo geralmente acolheram os papua-nova guineenses como companheiros melanésios, e os rebeldes Nagriamel de Stevens dispunham apenas de armas da Idade da Pedra: arcos e flechas, pedras e fundas.

Houve poucas baixas e a guerra terminou repentinamente quando um veículo que transportava o filho de Stevens atravessou um bloqueio das tropas da Papua Nova Guiné no final de agosto de 1980, e os soldados abriram fogo contra o veículo, matando o filho de Stevens. Pouco tempo depois, Jimmy Stevens se rendeu, afirmando que nunca pretendera que alguém fosse ferido.

No julgamento de Stevens, foi revelado o apoio da Fundação Phoenix ao movimento Nagriamel. Também foi revelado que o governo francês havia apoiado secretamente Stevens em seus esforços; a nova República de Vanuatu foi impedida de entrar na Nova Caledônia e o embaixador francês foi "convidado" a se retirar de Vanuatu. O pobre Stevens foi condenado a 14 anos de prisão e permaneceu preso até 1991.



Visita da Alta Comissária Britânica em Vanuatu

Pela primeira vez uma guarda-de-honra da Força Móvel de Vanuatu, composta e comandada inteiramente por mulheres, foi inspecionada pela então recém nomeada Alta Comissária Britânica em Vanuatu, HE Karen Bell, em 23 de julho de 2019.

Karen Bell foi o primeiro Alto Comissário Britânico em Vanuatu em 15 anos.






Treinamento e operações

"Proteja o nosso Estado."
O lema da Companhia de Infantaria da Força Móvel de Vanuatu colocado entre dois fuzis FAMAS na sua insígnia.

Não há despesas puramente militares em Vanuatu, com a VMF atuando em ações de policiamento. Em 1994, a VMF enviou 50 homens para Bougainville, na Papua Nova Guiné, como sua primeira missão de manutenção da paz. 

Durante os anos 90, Vanuatu experimentou um período de instabilidade política que levou a um governo mais descentralizado. A Força Móvel de Vanuatu tentou um golpe militar em 1996 por causa de uma disputa salarial.

A VMF também participou da Missão de Assistência Regional às Ilhas Salomão (Regional Assistance Mission to Solomon Islands, RAMSI) de 2003 a 2017, como parte da Força Policial Participante (Participating Police Force, PPF).

Exercício de tiro da VMF em 30 de novembro de 2019.

FAMAS disparado "na canhota".

Representantes de Vanuatu estiveram presentes no Champs Elysées, em Paris, para o desfile anual do Dia da Bastilha em 14 de julho de 2014. Este ano comemorou os 100 anos do início da Primeira Guerra Mundial. Três soldados da VMF desfilaram seguindo a bandeira de Vanuatu entre representantes dos 80 países que participaram da guerra de alguma forma.

A VMF enviou 15 soldados para a Costa do Marfim em 2015, em apoio à missão francesa. As forças de segurança de Vanuatu também participam do exercício bi-anual Croix du Sud.

O FAMAS é adaptável para atiradores destros e canhotos.

Duas soldados da VMF durante exercícios de campo.

Exercício Croix du Sud

Soldados da Força Móvel de Vanuatu durante o exercício Croix du Sud, em 2018.

Croix du Sud é o termo francês para Cruzeiro do Sul, e ele é o maior exercício de assistência humanitária e treinamento em socorro a desastres do Pacífico Sul. A França hospeda e organiza os exercícios através de suas Forças Armadas da Nova Caledônia (Forces armées de Nouvelle-Calédonie), baseadas em Nouméa.


O exercício reúne países de todo o Pacífico, incluindo as forças armadas dos EUA, Grã-Bretanha e Austrália. Seu objetivo visa melhorar as habilidades de planejamento, gerenciamento e preparação das forças militares. São duas semanas de treinamento, com a primeira semana contendo exercícios de preparação, com treinamentos de familiarização ao uso de recursos e equipamentos, com o exercício real ocorrendo na segunda semana.

Em anos alternados, o conceito para o próximo Croix du Sud é desenvolvido por meio de um exercício teórico chamado Equateur (Equador). Um cenário típico seria um desastre de ciclone de categoria quatro, resultando em falta de saneamento, fome, doença e um surto de saques e estupros que visam estrangeiros. Outros cenários incluem extremistas que interrompem o controle do governo e incitam tumultos.

Pelotão da VMF do 2º Ten. Johnny Kakor com militares franceses no exercício Croix du Sud 2016.

A VMF foi particularmente bem no Croix du Sud 2016, com o 2º Tenente Johnny Kakor, comandando um pelotão de 30 homens da Força Móvel e da Ala Marítima, comentando que na segunda semana, o pelotão passou por uma série de exercícios de rebelião e obstáculo que ocorreram em terra e no mar, e estabeleceram um tempo recorde de 1 hora e 24 minutos, atrás do tempo de 1 hora e 15 minutos do Reino Unido.

"Tivemos 12km de marcha, que os rapazes concluíram quando se adaptaram bem ao clima e depois tivemos o tiro ao alvo e o ataque", disse ele. “No tiro ao alvo de 100-450 metros (alvo dos atiradores de elite), nosso primeiro grupo derrubou todos os alvos; portanto, tivemos que esperar que os próximos alvos fossem colocados pela segunda vez e nosso último grupo atirou em todos eles, o comandante da companhia que cuidava nos avaliava disse que dos 12 países, Vanuatu foi o melhor [no tiro].”


O Tenente-Coronel Terry Tulang, então comandante da VMF, congratulou as tropas: “Estou muito satisfeito com o desempenho geral do pelotão, eles tiveram um desempenho excelente e lideraram o tiro de fuzil, e sei que os rapazes aprenderam novas habilidades para melhorar e fornecer melhor segurança ao nosso país. Estamos ansiosos por outro Croix du Sud em 2018 ”.

O Coronel Tulang também confirmou que o treinamento foi financiado pelo governo da França, com os custos de viagem e acomodação cobertos pelo país anfitrião, com material de comunicações sendo pego emprestado dos países amigos.

Guardas-bandeiras na abertura do exercício Croix du Sud, em 25 de maio de 2018. A bandeira da República de Vanuatu pode ser vista ao fundo.

Dependência da Austrália

Visita do Secretário do Departamento de Defesa australiano Greg Moriarty ao quartel de Cook (Cook Barracks), 8 de maio de 2019.

A Força Policial de Vanuatu (VPF) e a Força Móvel de Vanuatu (VMF) continuam a operar uma única entidade unificada, que o governo australiano continua a apoiar. Um dos principais objetivos do Programa de Cooperação em Defesa da Austrália (Australia's Defence Cooperation Program, DCP). A principal atividade de envolvimento da Austrália com a VMF é o Exercício Aliança com Vanuato (Exercise Vanuatu Alliance), que fornece treinamento na condução de patrulhas policiais conjuntas e no aprimoramento da capacidade da VMF de responder a contingências humanitárias e de desastre.

Desmontagem e limpeza do FAMAS durante a visita.


Uma equipe de treinamento australiana do 51º Batalhão, o Regimento de Far North Queensland (51st Battalion, Far North Queensland Regiment51 FNQR) viaja anualmente para Vanuatu para treinar pessoal selecionado da VMF no planejamento e execução de operações da área remota como parte do Exercício Aliança com Vanuato. Como parte do DCP, o 51 FNQR viaja para Vanuatu para treinar a VMF todos os anos desde 1998.

Recrutas da VMF em tiro de assimilação com o FM australiano SLR L2A1, com o carregador de 30 tiros.

Atualmente, Vanuatu recebe o auxílio de outras potências regionais, especialmente de um novo entrante: a China.

Shen Hao, comandante do navio hospital chinês "Arca da Paz", passa em revista à guarda de honra da Força Móvel de Vanuatu, armada de FAMAS, depois que o navio chegou a Port Vila, Vanuatu, em 31 de agosto de 2014.

Leitura recomendada:

O FAMAS no mercado de exportação, 4 de novembro de 2019.

FOTO: Os amotinados e o mistério do FAMAS na Papua Nova Guiné, 23 de abril de 2020.


GALERIA: Exercício "Shamrakh 1", 12 de março de 2020.