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quinta-feira, 23 de abril de 2020

FOTO: Reais Fuzileiros Navais de Tonga no exercício RIMPAC 2012

Reais Fuzileiros Navais de Tonga no RIMPAC 2012.

Tonga contribuiu com um pelotão de infantaria de 30 homens reais fuzileiros navais; as armações inferiores dos fuzis estão gastas por causa de uso e limpeza. Os Reais Fuzileiros Navais Tonganeses são um único batalhão com uma companhia de comando e serviço e três companhias de infantaria leve, com sede em Fuaʻamotu. Os fuzileiros tonganeses, assim como as demais forças tonganesas, participaram nas missões no Afeganistão e no Iraque, apenas do tamanho diminuto do país.

Os reais fuzileiros navais tonganeses participam de um "sipi tau", uma dança cerimonial, fazendo a Haka durante uma cerimônia de arriamento da bandeira à bordo do acampamento Leatherneck, província de Helmand, Afeganistão, em 28 de abril de 2014.


O RIMPAC (Rim of the Pacific Exercise), o Exercício da Orla do Pacífico, é o maior exercício de guerra marítima internacional do mundo. O RIMPAC é realizado bienalmente durante junho e julho dos anos pares à partir de Honolulu, Havaí. É hospedado e administrado pelo Comando Indo-Pacífico da Marinha dos Estados Unidos, com sede em Pearl Harbor, em conjunto com as forças do Corpo de Fuzileiros Navais, da Guarda Costeira e da Guarda Nacional do Havaí, sob o controle do Governador do Havaí. 


Os EUA convidam forças militares da Orla do Pacífico e além para participarem. Até o momento, o Brasil participou apenas com observadores, cancelando a sua participação duas vezes, em 2016 e 2018, alegando "compromissos de agendamento imprevistos".

O RIMPAC 2012 foi o 23º exercício da série e começou em 29 de junho de 2012, com a participação de 42 navios, incluindo o porta-aviões USS Nimitz e outros elementos do Carrier Strike Group 11, seis submarinos, 200 aeronaves e 25.000 militares de 22 nações. O exercício envolveu combatentes de superfície dos EUA, Canadá, Japão, Austrália, Coréia do Sul e Chile.

A Marinha dos EUA demonstrou sua "Grande Frota Verde" de embarcações movidas a biocombustíveis, para as quais comprou 450.000 galões de biocombustível, a maior compra individual de biocombustível da história a um custo de US$ 12 milhões. Em 17 de julho, o USNS Henry J. Kaiser entregou 900.000 galões de biocombustível e combustível tradicional à base de petróleo ao Carrier Strike Group 11.


Os exercícios de 2012 incluíram unidades ou pessoal dos seguintes países:
- Austrália, 
- Canadá, 
- Chile, 
- Colômbia, 
- França, 
- Índia, 
- Indonésia, 
- Japão, 
- Malásia, 
- México, 
- Holanda, 
- Nova Zelândia, 
- Noruega, 
- Peru, 
- República da Coréia, 
- República das Filipinas, 
- Rússia, 
- Cingapura , 
- Tailândia, 
- Tonga, 
- Reino Unido,
- Estados Unidos. 

A Rússia participou ativamente pela primeira vez, assim como as Filipinas, devido às crescentes tensões com a República Popular da China sobre a propriedade do Banco de Areia de Scarborough.


O RIMPAC 2012 também foi o cenário principal do filme Battleship (Battleship: A Batalha dos Mares, 2012).

Leitura recomendada:

GALERIA: O FAMAS em Vanuatu22 de abril de 2020.

sábado, 4 de abril de 2020

FOTO: Fuzileiros navais sul-coreanos no Vietnã do Sul

Fuzileiros navais sul-coreanos no Vietnã do Sul.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 4 de abril de 2020.

A República da Coréia (chamada ROK pelos aliados) enviou a 2ª Brigada de Fuzileiros Navais "Dragão Azul"(elevada a divisão em 1981), para o Vietnã do Sul como parte da sua contribuição à contenção comunista na Ásia. Os dragões azuis foram desdobrados na Baía de Cam Ranh, e mais tarde em Tuy Hoa, e estavam inicialmente armados com armas da época da Segunda Guerra Mundial: M1918A2 BAR, M1 Garand e M1919A4. Até muito mais tarde em sua missão, esses homens começaram a receber ajuda americana; geralmente usando o Colt XM16E1 e o Colt M16A1 (Modelo 603). Este seria o caso até que o Arsenal de Pusan, na Coréia, pudesse produzir o M16A1 licenciado.

Os fuzileiros navais coreanos usavam um uniforme no padrão de camuflagem baseado no padrão americano M1942 Spot (pintado), também conhecido como "Duck Hunter" (Caçador de Patos). Os fuzileiros navais coreanos eram conhecidos por serem cruéis em combate, a ponto de serem temidos pelos comunistas.

A 2ª Brigada de Fuzileiros Navais foi uma das três unidades enviadas pela ROK a fim de auxiliar nas operações no Vietnã. As outras duas foram a Divisão Tigre (Divisão de Infantaria Mecanizada da Capital) e a 9ª Divisão de Infantaria "Cavalo Branco". A ROK enviou 320 mil homens ao Vietnã de 1964 a 1973, mantendo uma força de 48-50 mil homens no Vietnã, a segunda maior força expedicionária aliada de Saigon.

quarta-feira, 25 de março de 2020

Fuzileiros navais americanos fecharão todas as unidades de tanques e cortarão batalhões de infantaria em grande reforma

Fuzileiros navais dos EUA da Companhia Charlie, 1º Batalhão de Tanques, 1ª Divisão de Fuzileiros Navais, participam de treinamento de tiro real durante o exercício Native Fury 20 nos Emirados Árabes Unidos, em 19 de março de 2020. (Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA/ Sargento Alexis Flores)

Por Gina Harkins, Military.com, 23 de março de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 25 de março de 2020.

Na próxima década, o Corpo de Fuzileiros Navais não operará mais tanques ou terá batalhões policiais. Também terá três unidades de infantaria a menos e eliminará cerca de 7% de sua força total, enquanto o serviço se prepara para um possível confronto com a China.


O Corpo de Fuzileiros Navais está cortando todas as especialidades profissionais militares associadas a batalhões de tanques, unidades policiais e companhias de pontoneiros, anunciou o serviço na segunda-feira. Também está reduzindo o número de batalhões de infantaria de 24 para 21 e cortando esquadrões de aeronaves de decolagem de rotor basculante, de ataque e de transporte pesado.

As mudanças são o resultado de uma ampla revisão e experimentos de jogos de guerra de meses que estabeleceram a força que o serviço precisará até 2030. O General Comandante David Berger dirigiu a revisão, que ele chamou de sua prioridade número 1 como o general mais importante do serviço.


"O desenvolvimento de uma força que incorpore tecnologias emergentes e uma mudança significativa para forçar a estrutura dentro de nossas atuais restrições de recursos exigirá que o Corpo de Fuzileiros Navais diminua e remova os recursos herdados", informou um comunicado à imprensa que anuncia as mudanças.

Em 2030, o Corpo de Fuzileiros Navais cairá para uma força final de 170.000 homens. São cerca de 16.000 "leathernecks" a menos do que hoje.

A economia de custos associada à redução das fileiras pagará um aumento de 300% nas capacidades de artilharia de foguetes, mísseis anti-navio, sistemas não-tripulados e outros equipamentos de alta tecnologia, pois os líderes dizem que os fuzileiros navais precisarão enfrentar ameaças como China ou Rússia.


"O Corpo de Fuzileiros Navais está redesenhando a força de 2030 para a guerra expedicionária naval em espaços ativamente contestados", afirma o anúncio.

As unidades e esquadrões que serão desativados sob o plano incluem:
  • 3º Batalhão, 8º Regimento de Fuzileiros Navais
  • 264º Esquadrão de Rotores Basculantes Médios de Fuzileiros Navais
  • 462º Esquadrão de Helicópteros Pesados de Fuzileiros Navais
  • 469º Esquadrão de Helicópteros de Ataque Leves de Fuzileiros Navais
  • 27º e 37º Grupos de Apoio de Alas de Fuzileiros Navais
  • Companhia de Quartel General do 8º Regimento de Fuzileiros Navais
As outras unidades do 8º Regimento de Fuzileiros Navais - 1/8 e 2/8* - serão absorvidas por outros comandos. O 2º Regimento de Fuzileiros Navais receberá o 1/8, e o 2/8 passará para o 6º Regimento de Fuzileiros Navais.

*Nota do Tradutor: Lê-se 1/8 como 1º Batalhão do 8º Regimento, e 2º Batalhão do 8º Regimento.


As baterias de canhões de artilharia cairão de 21 hoje para cinco. As companhias de veículos anfíbios cairão de seis para quatro.

O 367º Esquadrão de Helicópteros de Ataque Leves de Fuzileiros Navais, baseado no Havaí, que voa com aeronaves AH-1Z e UH-1Y, também será desativado e realocado para Camp Pendleton, Califórnia, segundo o comunicado.

AH-1Z Viper.

UH-1Y Venom.

E planos para reativar o 5º Batalhão, 10º Regimento de Fuzileiros Navais, bem como uma unidade de sistema de artilharia de precisão também estão sendo descartados. As baterias atribuídas a essa unidade serão realinhadas sob o 10º Regimento de Fuzileiros Navais, de acordo com o comunicado.

"O futuro da Força de Fuzileiros da Esquadra (Fleet Marine Force, FMF) exige uma transformação de uma força herdada em uma força modernizada com novas capacidades orgânicas", acrescenta. "O FMF em 2030 permitirá que a Marinha e o Corpo de Fuzileiros Navais restaurem a iniciativa estratégica e definam o futuro dos conflitos marítimos capitalizando novas capacidades para impedir conflitos e dominar dentro da zona de combate das armas do inimigo".

As unidades de infantaria existentes ficarão menores e mais leves, de acordo com o plano, "para apoiar a guerra expedicionária naval e construídas para facilitar distribuições e Operações de Base Avançada Expedicionária (Expeditionary Advanced Base Operations)".

Fuzileiros navais da Companhia Charlie, Equipe de Desembarque do Batalhão, 1º Batalhão, 4º Regimento de Fuzileiros Navais, correm em direção a posições de segurança durante um exercício de tiro real, como parte das operações simuladas de Operações de Base Avançada Expedicionária da 31ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais, Camp Schwab, Okinawa, Japão, 13 de março de 2019 (Sargento de Pontaria TT Parish/ Corpo de Fuzileiros Navais)

O Corpo de Fuzileiros Navais também criará três regimentos costeiros que são organizados, treinados e equipados para lidar com as missões de negação e controle do mar. O comunicado à imprensa descreve as novas unidades como uma "postura do Pacífico". As unidades expedicionárias de fuzileiros navais, que são enviadas para navios da Marinha, aumentarão esses novos regimentos, acrescenta o comunicado.

Além de mais sistemas não-tripulados e capacidade de tiro de longo alcance, o Corpo de Fuzileiros Navais também quer um novo navio de guerra anfíbio leve e investirá em gerenciamento de assinaturas, guerra eletrônica e outros sistemas que permitirão que os fuzileiros navais operem a partir de "locais minimamente desenvolvidos".


Berger considerou a escalada da China no Mar da China Meridional e na região Ásia-Pacífico um divisor de águas para a Marinha e o Corpo de Fuzileiros Navais. Ele pressionou por uma integração mais estreita entre os serviços marítimos, à medida que a luta muda dos grupos insurgentes no Oriente Médio e para novas ameaças no mar.

Autoridades fuzileiros navais dizem que continuarão avaliando e realizando jogos de guerra o projeto da força do serviço.

"Nossas iniciativas de projeto da força são projetadas para criar e manter uma vantagem competitiva contra adversários incansáveis e em constante mudança", afirma o comunicado.

Leituras recomendadas:










domingo, 1 de março de 2020

FOTO: Serviço de Polícia da CiaPol do GptFNR nos anos 80

CiaPol do GptFNRJ em caminhão-choque nos anos 80.

Fuzileiros navais do Serviço de Polícia (SP) da Companhia de Polícia (CiaPol) do Grupamento de Fuzileiros Navais do Rio de Janeiro em uniforme cáqui em cima de um caminhão-choque, década de 1980.

O boot marrom, símbolo do status de elite dos fuzileiros, está com os cadarços brancos acompanhando os capacetes brancos de ocasiões especiais.

Distintivo do Grupamento de Fuzileiros Navais do Rio de Janeiro.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

GALERIA: Exercício conjunto de fuzileiros navais russos e sírios em Tartus

Unidades dos fuzileiros navais sírios e russos realizaram exercícios militares conjuntos na base naval russa na cidade portuária síria de Tartus, em 17 de maio de 2017. Centenas de fuzileiros navais dos dois países praticaram disparos de armas portáteis e simulando problemas táticos.







Análise Militar: Os Fuzileiros Navais Russos


Por Igor Pejic e Viktor StoilovSouth Front: Analysis & Intelligence, 7 de dezembro de 2015.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 18 de fevereiro de 2020.

Introdução

A infantaria naval russa ou os fuzileiros navais russos têm uma longa história e tradição em seu currículo. A unidade foi formada pela primeira vez em 1705, durante a Grande Guerra do Norte 1700-1721, quando a necessidade de uma unidade militar capaz de combater armadas quando combates em ilhas e regiões costeiras se tornou crucial. Durante os séculos XVIII e XIX, a infantaria naval teve numerosos envolvimentos em várias missões, algumas delas foram vitórias famosas como a Batalha de Gangut (1714) e a tomada da Fortaleza Izmail (1792) no Danúbio. No entanto, a unidade foi dissolvida repetidamente ao longo dos anos até 1939. No período da Segunda Guerra Mundial, os fuzileiros navais russos foram encarregados de deveres defensivos nas bases da frota e também foram enviados em várias missões anfíbias. Durante a era soviética, a unidade foi desdobrada perto de fortes terrestres e algumas cidades como Moscou, Leningrado, Odessa, Sebastopol, Stalingrado, contribuindo para as defesas das cidades. A infantaria naval realizou quatro operações principais durante a Guerra, duas delas durante a Batalha da Península de Kerch (1941-42), uma durante a Campanha do Cáucaso (1942-44) e outra durante o desembarque em Moonsund (1944)*. Em 1961, a Infantaria Naval foi reformada e tornou-se parte das Forças Navais Soviéticas. Isso incluiu a expansão da unidade, bem como a modernização de seus equipamentos e veículos. No final da Guerra Fria, a unidade tinha 18.000 homens com mais de oitenta navios de desembarque. Desde o final da Guerra Fria, os fuzileiros navais russos realizaram numerosos exercícios com forças militares de outros países, incluindo os fuzileiros navais dos EUA em 1994. A chamada "Cooperação à partir do Mar" foi realizada em Vladivostok com a 3ª Força Expedicionária de Fuzileiros Navais dos EUA, a fim de promover uma maior cooperação entre as forças russas e americanas.

*Nota do Tradutor: Um batalhão de fuzileiros navais russos, com cerca de mil homens, desembarcou na Ilha Shimushu em 18 de agosto de 1945 (três dias depois do anúncio de rendição pelos japoneses) como ponta-de-lança de uma força de 8 mil homens de duas divisões de infantaria do Exército Vermelho, como parte dos desembarques nas Ilhas Curilas. Os soviéticos sofreram pesadas baixas diante de um contra-ataque blindado do 11º Regimento de Carros de Combate japonês do Coronel Sueo Ikeda, munido inicialmente de 30 blindados de vários tipos - pois os soviéticos ainda não haviam desembarcado os canhões anti-carro. 

Os demais 8.500 da 91ª Divisão de Infantaria japonesa, com 77 tanques, se engajou em um combate encarniçado de duas horas contra os 8.821 soviéticos. Um cessar-fogo foi acordado em 20 de agosto e a ilha Shimushu (ou Shumshu) foi entregue aos soviéticos, mas o choque da resistência japonesa convenceu o alto-comando soviético que Moscou não possuía grandes capacidades anfíbias, e isso cancelou os planos de outros desembarques contra o Japão. Essa foi a última batalha da Segunda Guerra Mundial.

Os fuzileiros navais russos participaram ativamente dos conflitos locais da "Guerra Fria"; por exemplo, no Iêmen e Angola.

Fuzileiros navais russos na Chechênia.

No período pós-soviético, os fuzileiros navais russos participaram de duas guerras na Chechênia. As unidades de fuzileiros navais realizaram prodígios de bravura. Mais de 20 fuzileiros navais receberam os títulos de Herói da Federação Russa. Mais de 5.000 foram premiados com medalhas militares. Ao longo da história, a infantaria naval russa mostrou um treinamento de batalha de alta categoria e as melhores qualidades humanas.

Desdobramento na Síria

Fuzileiros da 61ª Brigada de Infantaria Naval na Síria, 2016.

Recentemente, os fuzileiros navais russos foram destacados na Síria como parte da assistência militar russa no combate ao terrorismo. Desde setembro deste ano, poucas centenas de fuzileiros navais estão estacionados no oeste da Síria e na cidade de Slunfeh, no leste de Latakia, com o objetivo principal de proteger a base aérea russa (de Khmeimim)Durante seu curto serviço na Síria, já houve confrontos esporádicos com grupos terroristas em Latakia. Um dos incidentes aconteceu em setembro, quando os combatentes do Estado Islâmico tentaram montar um ataque à base aérea de Latakia, no entanto foram emboscados pelos fuzileiros navais russos, o que resultou em alguns terroristas mortos enquanto os outros recuavam. Há também alguns relatos que sugerem que esta unidade pode estar coordenando ataques a terroristas ao lado do Hezbollah e do Exército Árabe Sírio. O envolvimento dos fuzileiros navais russos no conflito sírio já rendeu dividendos. Após a derrubada do SU-24, esta unidade teve sucesso na missão de busca e salvamento do segundo piloto, enquanto lutava contra os jihadistas na região de fronteira com a Turquia.

Fuzileiro naval russo em Palmira, 2016.

Infantaria Naval - cerca de 20.000 fuzileiros navais russos estrutura/desdobramento:

Frota do Pacífico QG em Vladvostok
  • 59º Batalhão de Infantaria Naval
  • 84º Batalhão Blindado de Infantaria Naval
  • 263ª Bateria de Artilharia
  • 1484º Batalhão de Comunicações
Frota do Báltico QG em Kaliningrado
  • 299º Centro de Treinamento das Forças Costeiras da Frota do Báltico
  • 336ª Brigada de Infantaria Naval de Guardas Białystok - Białystok
  • 877º Batalhão de Infantaria Naval
  • 879º Batalhão de Assalto Aéreo (Desant)
  • 884º Batalhão de Infantaria Naval
  • 1612º Batalhão de Artilharia Auto-Propulsada
  • 1618º Batalhão de Artilharia e Mísseis Anti-Aéreos
  • 53º Pelotão de Infantaria Naval de Escolta de Carga – Kaliningrado
Fuzileiros da 61ª Brigada de Infantaria com um BDM ucraniano capturado no Donbas, 2015.

Frota do Norte QG em Severomorsk
  • 61ª Brigada de Infantaria Naval Bandeira Vermelha Kirkinesskaya – Sputnik
  • 874º Batalhão de Infantaria Naval
  • 876º Batalhão de Assalto Aéreo (Desant)
  • 886º Batalhão de Reconhecimento
  • 125º Batalhão Blindado
  • 1611º Batalhão de Artilharia Auto-Propulsada
  • 1591º Batalhão de Artilharia Auto-Propulsada
  • 1617º Batalhão de Artilharia e Mísseis Anti-Aéreos
  • 75º Hospital Naval
  • 317º Batalhão de Infantaria Naval
  • 318º Batalhão de Infantaria Naval

Frota do Mar Negro QG na Criméia
  • 810ª Brigada de Infantaria Naval – Kazachye Bukhta, Sebastopol
  • 880º Batalhão de Infantaria Naval
  • 881º Batalhão de Assalto Aéreo
  • 888º Batalhão de Reconhecimento
  • 1613ª Bateria de Artilharia
  • 1619ª Bateria de Defesa de Artilharia Anti-Aéria
  • 382º Batalhão de Infantaria Naval
Flotilha do Mar Cáspio QG em Astracã
  • 414º Batalhão de Infantaria Naval
  • 727º Batalhão de Infantaria Naval
Forças por função:

Manobra:

Mecanizado: 2 brigadas de fuzileiros motorizados; 1 regimento de fuzileiros motorizados; 3 brigadas independentes de infantaria naval; 2 regimentos independentes de infantaria naval.

Apoio ao combate: 1 brigada de artilharia; 3 regimentos de mísseis terra-ar.

Tipo de Equipamento:

- MBT: 200 T-72/T80

- Reconhecimento: 60 BRDM-2 cada um com mísseis 9K11 (AT-3 Sagger).

- Transporte Blindado de Combate de Infantaria: 300 BMP-2.

- Transporte Blindado de Infantaria: 300 MT-LB; 500 BTR-80. Total 800.

- Artilharia: Auto-Propulsada (AP) 263: 113 122mm; 95 2S1; 18 2S19; 50 2S3. Rebocada: 150 152mm: 50 2A36; 50 2A65. Total 365.

- Morteiros: 66. AP 42 120mm: 12 2S23 NONA-SVK; 30 2S9 NONA-S.

- Rebocados: 24 2B16 NONA-K 120mm. Lançadores Múltiplos de Mísseis: 36 BM-21 122mm.

- Anti-Carro: MSL SP 9P149 com 9K114 Shturn (AT-6 Spiral); Mísseis Anti-Carro: 9K11 (AT-3 Sagger); 9K113 (AT-5 Spandrel). Canhões: T-12 100mm.

- AAe: Mísseis Terra-Ar AP 70: 20 9K33 Osa (SA-8 Gecko); 50 Strela-1/Strela-10 (SA-9 Gaskin/SA-13 Gopher). Mísseis Portáteis AAe: 9K32 Strela-2 (SA-7 Grail). Canhões: 60 ZSU-23-4 23mm.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

GALERIA: Fuzileiros navais russos emboscados na Chechênia

Fuzileiros navais russos da 810ª Brigada de Infantaria Naval emboscado próximo à vila de Tsentaroy, na Chechênia, em dezembro de 1999.






Bibliografia recomendada:

Fangs of the Lone Wolf:
Chechen tactics in the Russian-Chechen Wars 1994-2009.
Dodge Billigsley.

One Soldier's War in Chechnya.
Arkady Babchenko.

Russia's Wars in Chechnya 1994-2009.
Mark Galeotti.

Leitura recomendada:

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Os Fuzileiros Navais na Revolução de 1924

Manobra do Batalhão Naval, 1928.

Pelo Tenente FN Artilheiro (AT) Manoel Caetano da Silva, 1961.

Transcrição Filipe do A. Monteiro, 14 de outubro de 2015.

A linguagem da época foi mantida.

A revolução de 1924 no Estado de São Paulo, foi um acontecimento de muita gravidade, que preocupou sèriamente a Nação, e levou o Brasil a temer pela sorte do grande Estado. O que mais depôs contra os paulistas naquela eventualidade, e que contribuiu para que a revolução fôsse debelada mais depressa, foi a notícia que se espalhou por todo o País, que, o que eles queriam, era separarem-se do Brasil.

São Paulo, que todos dizem e reconhecem ser uma nação, pela pujança do seu progresso admirável e pelo idealismo e valor dos seus filhos, desejaria ser, realmente, independente? Não cremos que fôsse êsse o pensamento que norteava as idéias do seu povo, e que levava-o à luta. Os paulistas não eram ingênuos, sabiam da impossibilidade de realizarem tão incomum quão impatriótico propósito, e mesmo que alimentassem essa aspiração para a sua terra, o Brasil não permitiria que a levassem a efeito.

Artilharia do Batalhão Naval durante manobras na então longínqua Barra da Tijuca, 1928.

Artilharia do Batalhão Naval durante manobras na então longínqua Barra da Tijuca, 1928.

Artilharia do Batalhão Naval durante manobras na então longínqua Barra da Tijuca, 1928.

A Fôrça Pública de São Paulo, numerosa, bem treinada e bem armada, que Ruy Barbosa dissera, ao vê-la em manobras, ser um exército, encarnava a esperança de vitória daquele povo que recorria às armas não por suas ambições de grandeza, mas buscava nas trincheiras soluções para problemas de ordem social, econômico e político, que, conforme admitiam os seus líderes, o govêrno da República descurava ou não tinha pressa em resolvê-los.

Foi uma luta fratricida que durou poucos dias. A Fôrça Pública, coadjuvada por fracos elementos militares, bateu-se valentemente com fôrças regulares que tinham a apoiá-las o resto da Nação.

A derrota chegou depressa e era inevitável, porque São Paulo não lutava por nenhum ideal conspícuo que merecesse a ajuda dos seus irmãos. A Fôrça Pública batia-se por uma causa que significava agredir o Brasil e não defender São Paulo que não estava sendo acometido por nenhum inimigo.

Um contingente de fuzileiros navais, pequeno mas capaz, seguiu para São Paulo a fim de ajudar as fôrças legalistas na sua ação contra os revoltosos em armas. Era uma fôrça mista, que compreendia as armas de artilharia e infantaria, e não ultrapassava uma companhia.

O Encouraçado Minas Gerais transportou os fuzileiros até o pôrto de Santos onde desembarcaram incorporados a grande número de marinheiros do navio. Era Comandante da Fôrça da Marinha o Capitão-de-Fragata Anatoqles, Imediato do Minas Gerais.

Os fuzileiros seguiram de trem para o teatro da luta onde iriam demonstrar as superiores qualidades militares que foram apanágios dos seus antepassados, e fariam dêles os modernos representantes de uma estirpe de bravos que se confirmaria e haveria de multiplicar-se através dos tempos.

Renault FT-17 e tanquistas da Companhia de Carros de Assalto do Exército Brasileiro em uma avenida paulista durante os combates, 1924.

- (Não poderemos narrar convenientemente o que foi aquela epopéia porque não dispomos de elementos suficientes. Alguns fuzileiros dos que tomaram parte na mesma, junto aos quais buscamos informes, pouco nos adiantaram. Alegaram êles que já haviam se esquecido de quase tudo. Não tiveram a preocupação de tomar notas porque jamais pensariam que os seus apontamentos poderiam ser publicados).

Os Oficiais da Armada que auxiliaram o Comandante Anatoqles na direção da Fôrça da Marinha, são hoje, todos, altos dignatários da Armada. Foram êles: (salvo êrro ou omissão) Capitão-Tenente Nelson Noronha de Carvalho, Comandante da artilharia dos fuzileiros, e Sub-Chefe Tenente Suzano. Já no fim da campanha o Capitão Noronha foi substituído pelo Capitão-Tenente Helvécio Coelho Rodrigues. Porta-Bandeira da Fôrça da Marinha, Tenente Paraguaçu. Comandante do contingente de marinheiros, Tenente Lauro de Araújo.

Rebelde paulista com fuzil-metralhador Madsen no bairro do Cambuci, 1924.

Partindo de Santos, o comboio chegou a São Bernardo à noite, onde fez uma pequena parada. Desta estação continuou viagem para o Ipiranga alcançando esta cidade pela madrugada. Os fuzileiros desembarcaram a sua artilharia. Patrulhas avançadas de reconhecimento constituídas de marinheiros entraram em ação, e tomaram contato com o inimigo. Seguiu-se um tiroteio terrível no qual diversos marinheiros foram feridos. Depois dêste choque inicial, encetou a Fôrça da Marinha uma marcha penosa em demanda do centro da capital paulista. Os canhões dos fuzileiros dificultavam a marcha, porque rodavam em terreno desconhecido, à noite, e eram importunados pelos revoltosos. Ao ralar do dia, haviam atingido um ponto perto dos Campos Elíseos; dirigiram-se para lá e ocuparam um prédio próximo ao palácio do govêrno. No referido prédio estabeleceram o Q.G. da Fôrça da Marinha. O Capitão Nascimento dispôs a artilharia ao sopé de um morro que havia nas proximidades e abriu fogo contra objetivos considerados importantes, como entroncamentos e estações ferroviárias, quartéis e pontos de concentração de revoltosos. Um pouco distante do local onde estava colocada a artilharia dos fuzileiros, havia um quartel que parecia abandonado; dêste quartel abriram fogo com metralhadoras pesadas contra os fuzileiros; êles viraram as bôcas dos seus canhões para lá, e em poucos minutos silenciaram as metralhadoras e arrasaram o quartel. Alguns fuzileiros saíram feridos da refrega.

Os canhões de campanha dos fuzileiros, os formidáveis 75 m/m Armstrong, em 1924 eram dos melhores que existiam. Os shrapnell, granadas que usavam carregadas com balins, eram próprias para serem atiradas contra pessoal, e o efeito era devastador.

General Isidoro Dias Lopes,
comandante dos rebelados, 1924.

Depois da luta que se travou nas proximidades do palácio do govêrno, o Capitão Noronha foi substituído no comando da artilharia dos fuzileiros pelo Capitão Helvécio Coelho.

Os canhões dos fuzileiros atiraram muito, atiraram talvez demais, tanto que alguns deles dêles ficaram pràticamente imprestáveis.

Durante todo o desenrolar das operações militares, os fuzileiros ao lado dos marinheiros demonstraram espírito de luta, coragem e desprendimento. Morreram marinheiros e fuzileiros.

Os Oficiais da Armada, que comandaram a Fôrça da Marinha o fizeram com precisão admirável e acêrto absoluto.

Nos combates que travaram com os revolucionários, foram feridos gravemente os soldados José Benício Alves, Heliodoro José dos Santos e José Bezerra Sobrinho, que obtiveram promoção a Cabo. O primeiro é hoje Vice-Almirante (CFN) da R. Rm., o segundo morreu como 1º Tenente da R. Rm. e o terceiro deu baixa. Todos pertenciam à Sexta Companhia, de Artilharia.

Dois soldados morreram; dois outros desapareceram sem que jamais se soubesse que fim tiveram e um dêstes era corneteiro, tinha o apelido de "Porão".

- Tenente Fuzileiro Naval AT Manoel Caetano da SilvaHistórias de Fuzileiros Navais Brasileiros, 1961, pg. 87-89.

Histórias de Fuzileiros Navais Brasileiros.
Ten (FN) AT Manoel Caetano da Silva, 1961.

Imagem do antigo CR na contra-capa do livro.