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terça-feira, 29 de março de 2022

FOTO: Pôster ucraniano com as regras de manuseio de armas

Pôster ucraniano explicando manuseio de armamento com atrizes "à vontade".

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 29 de março de 2022.

Com o objetivo de acelerar a curva de aprendizado dos voluntários ucranianos, um pôster com atrizes pornográficas segurando armas em várias poses foi distribuído pelo exército ucraniano.

"Regras simples
    1. Sempre trate uma arma como se ela estivesse carregada.
    2. Nunca aponte uma arma para onde você não vai atirar.
    3. Não coloque o dedo no gatilho até que esteja pronto para atirar.
    4. Controle o espaço na frente e atrás do alvo.
    5. Certifique-se de atirar no inimigo, ou atirar apenas sob as ordens do comandante.
Regras para abrir fogo."

O pôster mirando "homens de cultura" é uma ideia criativa para captar a atenção dos soldados. É sempre interessante como andam de mãos dadas os homens das armas e estas mulheres "do lar", lembrando do artigo da revista Soldado da Fortuna na Playboy e da vez que uma soldado da Força Aérea americana foi playmate em três Playboys diferentes. Um outro exemplo famoso é calendário da Hot Shots, onde as modelos fazem ensaios com temática militar.

Esta não é a primeira vez que manuais são ilustrados de forma parecida para garantir que sejam lidos pela tropa. Na Segunda Guerra Mundial, o Exército alemão emitiu manuais com desenhos de pin-ups seminuas para tropas da Panzerwaffe em meio às instruções de cuidado com os blindados.

Lições sobre cuidados com o motor do tanque Tigre alemão.
Uma pin-up se refresca em um banho de ducha.

Ainda falando sobre pin-ups, os ucranianos também capitanearam um reavivamento das pin-ups militares após a invasão da Criméia em 2014 e início da "guerra híbrida" contra Moscou.


Homens de cultura, estes ucranianos...

Leitura recomendada:

sexta-feira, 25 de março de 2022

FOTO: A Filha do General

Formandos de um curso de oficiais da Força de Defesa de Israel, 1º de agosto de 1957.
A primeira à direita é Yael Dayan, filha do General Moshe Dayan.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 25 de março de 2022.

Yael Dayan nasceu em Nahalal, atual Israel, durante a era do Mandato Britânico da Palestina em 12 de fevereiro de 1939. Ela era filha do famoso general israelense Moshe Dayan e neta do sionista Shmuel Dayan, ambos pais fundadores do Estado de Israel.

Yael está portando um fuzil Mauser durante a cerimônia, armamento típico da Força de Defesa de Israel de 1948 até a padronização com o FAL nos início dos anos 50, relegando o fuzil a funções cerimoniais. Os israelenses conseguiram muitos fuzis Mauser da FN Herstal, o blog tratou desse assunto aqui.

Na Guerra dos Seis Dias (1967), a Tenente Yael Dayan serviu na unidade de comunicação social do estado-maior da divisão de Arik Sharon e escreveu um diário da sua guerra no Sinai contra os egípcios. Ela publicou cinco romances, bem como uma biografia de seu pai chamada My Father, His Daughter (Meu Pai, Sua Filha). Ela escreveu um livro de memórias da Guerra dos Seis Dias chamado Israel Journal: June 1967 (Diário de Israel: junho de 1967), também intitulado como A Soldier's Diary e traduzido no Brasil como "Diário de um Soldado".

Yael Dayan ao lado do seu pai Moshe Dayan nos dias que antecederam a ofensiva do Sinai, 1967.
O General Moshe Dayan era então o Ministro da Defesa.

Embora ela mesma não tenha entrado em combate, pois esta não era a sua função, ela esteve próxima da ação e observou as operações de perto, ao lado dos militares que comandavam as ações. De particular importância foi a tomada da fortaleza de Umm Qatef em Abu Agheila, a noz dura que ancorava o sistema de defesa egípcio. O exército de Nasser então passou à debandada em pânico em direção ao Canal de Suez, uma catástrofe militar para o Cairo. A tão a
lardeada "Força Shazly", que deveria ter atuado como reserva estratégica, deu as costas e fugiu para o Egito africano ao invés de contra-atacar o rompimento em Umm Qatef-Abu Agheila.

Os egípcios tinham 80 tanques T-34 defendendo a fortificação, e tanques Sherman e Centurion espalhados pelo Sinai. Havia também os pesados tanques IS-3, que eram impermeáveis na blindagem frontal. O Egito ainda possuía os então novíssimos T-55, muito mais modernos que os tanques israelenses. Ainda assim, a manobra e violência da ação dos israelenses nocauteou os árabes. O exército egípcio no Sinai esfacelou-se, com grandes números de soldados zanzando pelo deserto e sendo feitos prisioneiros pelos israelenses. Yael descreve a situação em Nakhl, no centro do deserto do Sinai:

"Nakhl é uma região esquecida por Deus, não obstante possuir abundância de água. Vocês precisavam provar a água! É malcheirosa, enjoativamente adocicada e oleosa. Arik e Dov conheciam Nakhl de trás pra frente pois tinham estado lá na última guerra [1956]. Poucas casas, um acampamento militar, uma colina ou duas em volta, e a estrada para o Passo de Mitla e o Canal que ali faz uma esquina em ângulo reto. Na vez passada, tomáramos a localidade em poucos minutos, antes de avançar para Mitla.

[...]

De súbito, fomos informados pelo rádio de que a Fôrça Aérea ia dar-nos apoio. Paramos o jipe na ladeira e galgamos a parte lateral da colina. Pudemos, então, divisar seis tanques Centuriões egípcios na estrada. Pareciam maciços e bem protegidos, em meio aos demais veículos. Seria tolice expormo-nos, em carros de meia esteira ou jipes, aos canhões dos pesados Centuriões.

[...]

A Fôrça Aérea surgiu no céu azul. Quatro Super Mystères voaram baixo, despejando bombas incendiárias sôbre os tanques [egípcios]. Estávamos todos muito nervosos, com exceção de Dov que, com a maior calma, ficou de pé e filmou tôda a cena, com uma câmera Canon 8 mm. 'Como nas manobras', comentou alguém.

Os aviões mergulharam duas ou três vêzes. Esperei que nos reconhecessem. Seus ataques eram por demais precisos para nos arriscarmos a não ser identificados. Achávamo-nos bem próximos aos alvos. No seu quarto círculo, acenaram Shalon para nós, pendendo as asas. Poucos dias depois, encontrei-me com um dos pilotos - Arik, meu colega de classe em Nahalal. 'Eu sabia que um dia nós dois iríamos trabalhar juntos', disse-me. Quando êles se afastaram pelo nordeste, embarcamos no jipe e dirigimo-nos a tôda velocidade para a estrada abaixo. Aproximamo-nos arriscadamente dos tanques que se incendiavam. Munições explodiam em tôdas as direções.

[...]

De repente, escutamos tiroteio atrás de nós. Alguns dos nossos soldados começaram a trocar disparos de armas de fogo portáteis com soldados egípcios escondidos num arbusto a poucas jardas de distância. Devemos ter tido sorte, pois apenas dez minutos antes passáramos por êsses mesmos arbustos, erguendo uma nuvem protetora de poeira à nossa volta. Arik optou por permitir que seguíssemos a infantaria blindada em sua operação de limpeza até Nakhl. Veículos de meia esteira, jipes russos, tanques incendiavam-se e vomitavam fumaça para onde quer que se olhasse. Viam-se canhões e transportes de tropas blindadas atirados em tôdas as direções e posições. Centenas de soldados egípcios avançavam precipitadamente em direção a Nakhl. Posteriormente, revelaram-nos que imaginavam achar-se em área ainda sob seu domínio. Nossos soldados conclamavam-nos a se renderem. Alguns o fizeram. Outros responderam com um disparo ou uma saraivada - ou fugiram. À minha frente, vi um jovem soldado de um dos nossos veículos de meia esteira matar um egípcio, depois correr para trás do carro blindado e vomitar, logo em seguida refazendo-se e indo juntar-se à sua divisão.

Eu agarrava com firmeza uma metralhadora portátil Uzi. Dov estava ao volante, Katz atrás da metralhadora dianteira e Itzik apontava um canhão automático. Nenhum de nós chegou a disparar. Outros se encarregavam disso, e nos limitamos à observação. Cadáveres estiravam-se pelo caminho, e saltávamos do carro para retirar-lhes as armas. Os adversários de tocaia nos arbustos foram mortos. Grupos de soldados inimigos fugiam nas mais diversas direções. Alguns escaparam. No entanto, não pude afastar o pensamento de que isso era mais uma caçada que um combate. Eu não ia atirar. Os homens nos jipes achavam-se armados e, se fôssemos alvejados diretamente, êles responderiam ao tiroteio. Todavia, minha minha arma permanecia carregada e engatilhada. Meus óculos contra o vento de nada valiam e meus olhos doíam. Além da canícula do meio-dia, havia o calor irradiado pelos veículos em chamas, um inferno em miniatura, odioso e medonho.

Chegamos a Nakhl à tardinha. Ali encontramos mais destruição, destruição total, como sòmente sucede um embate de tanques contra tanques. Era o Vale da Morte do Exército egípcio. Cêrca de cento e cinqüenta tanques foram contados no percursos de Temed a Nakhl. Ninguém contou os veículos, a artilharia pesada, os canhões anti-aéreos leves, os tratores pesados que rebocavam os canhões, os caminhões de munições, todos êles em posições insólitas ou formando pilhas, de modo que muitaas vêzes os destroços assumiam semelhança bizarra com peças de escultura moderna."

- Yael Dayan, Diário de um soldado, pg. 131, 132, 133-135, 1967 (trad. 1970).

Post-script: Suspense militar

O título deste artigo é uma homenagem ao filme A Filha do General (The General's Daughter, 1999), um filme de investigação militar onde o investigador Paul Brenner (John Travolta) ao lado de sua parceira Sara Sunhill (Madeleine Stowe) investigam a misteriosa morte da oficial de guerra psicológica Capitã Elisabeth Campbell (Leslie Stefanson), filha do comandante da base: o General Joe Campbell (James Cromwell).

Outros personagens marcantes sendo o Coronel Bob Moore (James Woods), o oficial comandante e mentor da Capitã Elisabeth Campbell, e o Coronel George Fowler (Clarence Williams III), o leal segundo em comando do General Campbell. Além da investigação e da discussão sobre mulheres no exército em uma época onde este era um conceito novo, o filme ainda apresenta a estética esverdeada dos antigos uniformes BDU americanos.

Recomendação do Warfare.


A Filha do General ainda gerou um filme de suspense e investigações militares, Violação de Conduta (Basic, 2003), dessa vez com John Travolta contracenando com a futura rainha Hipólita, Connie Nielsen, como a investigadora Capitão Júlia Osborne e com o titã Samuel L. Jackson interpretando o implacável Sargento Nathan West.

Leitura recomendada:

domingo, 13 de março de 2022

GALERIA: Brigada Feminina do Secto Hoa Hao

Combatentes do Hoa Hao com submetralhadoras Sten na Cochinchina, julho de 1948.

Por Filipe A. Monteiro, Warfare Blog, 13 de março de 2022.

Mulheres guerreiras do secto Hoa Hao na Cochinchina, em julho de 1948, em demonstrações marciais fotografadas por Jack Birns para a revista LIFE, publicada em 7 de março de 1949. O artigo da LIFE menciona que dentre os 2 mil guerreiros Hoa Hao no período, havia dois pelotões femininos.

Os camponeses (coolies) acreditavam que os Hoa Hao comiam a carne dos seus inimigos. A Brigada Feminina dos Hoa Hao era comandada por uma general, a madame Lê Thi Gam, esposa do General Tran Van Soai.

As armas tradicionais eram utilizadas ao lado das armas de fogo modernas. Os Hoa Hao provaram sua eficácia erradicando o Viet Minh da área do Delta.

Em 7-9 de setembro de 1945, um bando de 15.000 Hoahaoistas armados com armas de combate corpo-a-corpo e auxiliados pelos trotskistas, atacou a guarnição do Việt Minh na cidade portuária de Cần Thơ, que o Hòa Hảo considerava a capital legítima de seu domínio. Eles foram liderados por Trần Văn Soái, seu filho mais velho, Lâm Thành Nguyên, e o irmão mais novo de Sổ, mas com suas armas antiquadas, os Hòa Hảo foram derrotados e os homens de Sổ foram massacrados pela Juventude da Guarda Avançada controlada pelo Việt Minh, que teria sido auxiliado por uma guarnição japonesa próxima. O massacre, caracterizado por sua selvageria, desencadeou uma campanha de retaliação de matança em massa contra os comunistas das fortalezas do delta pelo Hòa Hảo. Os corpos dos quadros comunistas foram amarrados e jogados em rios e canais. Nas aldeias onde os Hòa Hảo estavam no comando, os cadáveres também eram exibidos em público para testar as inclinações políticas de forasteiros. Aqueles que expressaram seu desconforto com a visão foram considerados simpatizantes do Việt Minh.

Guerreiras com espadas.

O Hòa Hảo ("paz e fartura") é um novo movimento religioso que é descrito como uma religião folclórica sincrética ou como uma seita do budismo. Foi fundado em 1939 por Huỳnh Phú Sổ (1919–1947), que é considerado um santo por seus devotos. É uma das principais religiões do Vietnã, com entre um milhão e oito milhões de adeptos, principalmente no Delta do Mekong. Os ritos regulares do Hòa Hảo são limitados a quatro orações por dia, enquanto os devotos devem manter os Três Laços Fundamentais e as Cinco Virtudes Constantes.

A influência dos senhores coloniais, a crescente intensidade da guerra do final da década de 1930 até meados da década de 1970 e os conflitos ideológicos decorrentes moldaram o início e o desenvolvimento posterior do Hòa Hảo. Foi, juntamente com o Việt Minh de Hồ Chí Minh e outro movimento religioso conhecido como Cao Đài (4.500 guerreiros), um dos primeiros grupos a se envolver em conflito militar com as potências coloniais, primeiro os franceses e depois os japoneses. Hòa Hảo floresceu sob a ocupação japonesa da Segunda Guerra Mundial, e transformou-se em um exército privado que operava principalmente em benefício de seus líderes, ao mesmo tempo em que estabelecia seu próprio governo praticamente autônomo na região.

A madame Lê Thi Gam.

Em 18 de abril de 1947, Sổ foi convidado a um reduto do Việt Minh na Planície dos Juncos para uma reunião de conciliação. Ele recusou as exigências dos comunistas e voltou para casa, mas foi interceptado enquanto navegava por Long Xuyên no rio Đốc Vàng Hạ, a maior parte de sua companhia foi morta e ele foi preso pelo líder sulista do Việt Minh, Nguyễn Bình. Sổ foi morto, e para evitar que os Hoahaoistas recuperassem seus restos mortais e erguessem um santuário de mártir, o Việt Minh esquartejou o corpo de Sổ e espalhou seus restos mortais por todo o país; seus restos mortais nunca foram encontrados. Muitos Hoahaoistas saudaram-no como uma figura messiânica que chegaria em tempos de crise. A morte de Sổ levou o Hòa Hảo ao campo francês, e o secto liderou uma guerra contra os comunistas, sendo rotulado como o "mais forte elemento anti-Việt Minh do país". O Hòa Hảo, juntamente com outras organizações político-religiosas, dominaram a cena política e social do sul do Vietnã na década de 1950, reivindicando uma participação na formação de um Vietnã do Sul não-comunista.

Porte-fanion da Brigada Feminina Hoa Hao.

Momento de oração.



Carga simulada das guerreiras.


Ao longo da Primeira Guerra da Indochina (1946-1954), o governo francês emitiu pagamentos de apoio às forças armadas de Cao Đài, Hòa Hao e Bình Xuyên em troca da defesa dos territórios que controlavam contra o Việt Minh. Eles concederam a hegemonia Hòa Hảo sobre o sudoeste do Delta do Mekong e, eventualmente, forneceram armas para cerca de 20.000 Hoahaoistas. Em troca de ajuda contra o Việt Minh, a nova liderança do Hòa Hảo estava disposta a formar alianças com os colonialistas; eles não viam tal acordo como uma traição aos seus ideais nacionalistas porque o objetivo final da independência religiosa não estava comprometido. O Hòa Hảo periodicamente amarrava simpatizantes do Việt Minh e os jogava no rio para se afogarem.

O secto Hòa Hảo procurou preservar sua identidade religiosa e independência. Eles fizeram alianças temporárias com inimigos do passado. Originalmente preocupado apenas com a autonomia religiosa, o Hòa Hảo lutou contra os franceses, os japoneses, o Việt Minh, novamente os franceses, o recém-independente Vietnã do Sul, o Việt Cộng e o Exército do Vietnã do Norte. Eles desfrutaram de influência política durante os regimes pós-Diệm de Saigon.

Jack Birns com sua câmera.

Bibliografia recomendada:

Street Without Joy:
The French Debacle in Indochina.
Bernard B. Fall.

Leitura recomendada:

FOTO: Professora iraniana com o M1 Garand na época do Xá


Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 13 de março de 2022.

Uma jovem rural iraniana com um M1 Garand, emitido ao Exército Real Iraniano do Xá Mohammad Reza Pahlavi pelos Estados Unidos. A foto pessoal foi postada pelo seu filho sob o nome u/mohajaf no site Reddit com a seguinte informação:

"Minha mãe em um breve treinamento militar antes de obter sua licença como professora, 1970, Shiraz, Irã."

Nos comentários, Mohajaf disse que elas, as recrutas, estavam entre a primeira geração de mulheres modernas e liberadas das pequenas vilas, e tornar-se professora era um sonho que se realiza para elas. Ele continua dizendo que cerca de 9 anos depois, com a mudança de regime para um sistema "teocrático retrógrado com leis Sharia semi-estritas", a sua mãe teve que usar hijab completo enquanto ensinava.

Bibliografia recomendada:

O Mundo Muçulmano.
Peter Demant.

Os Iranianos.
Samy Adghirui.

Leitura recomendada:

Uma opinião persa sobre o M1 Garand, 20 de fevereiro de 2022.

domingo, 6 de março de 2022

Mulheres em lados opostos da guerra na Síria

Mulher combatente da Unidade de Proteção ao Povo Curdo.

Por Khalil Hamlo, The Arab Weekly, 1º de agosto de 2016.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 6 de março de 2022.

DAMASCO - Elas são bem treinados, podem manejar fuzis automáticos e grandes armas e são excelentes em sniping. A Brigada de Um Ali, o Primeiro Batalhão de Comandos e as unidades curdas são destacamentos femininos que lutam em lados opostos do violento conflito sírio.

Voluntária curda com um distintivo de Abdullah Öcalan.

Em um fenômeno raro nas sociedades árabes conservadoras, as mulheres sírias têm lutado lado a lado com os homens, seja com o Exército Sírio e forças afiliadas ou com grupos de oposição.

Embora as mulheres tenham servido no exército antes da eclosão da guerra civil em 2011, seu papel foi amplamente confinado a tarefas administrativas ou logística militar e unidades de abastecimento. E de acordo com um oficial do exército que pediu para ser identificado como Mohamad, o papel desempenhado pelas mulheres na guerra foi exagerado para fins meramente políticos.

“Por exemplo, os grupos de oposição destacaram a participação das mulheres nos combates do lado do regime alegando falta de efetivos masculinos após a deserção ou morte de milhares de soldados. Eles alegaram que o regime teve que recorrer às mulheres para compensar as perdas incorridas”, disse Mohamad ao The Arab Weekly.

Ela argumentou que a participação feminina na oposição armada também foi exagerada “para dar a impressão de que o que está acontecendo na Síria é uma verdadeira revolução popular que abrange todos, incluindo as mulheres”.

Soldado feminino pertencente à primeira brigada de comandos femininos na Guarda Republicana Síria.

O Primeiro Batalhão de Comandos da Guarda Republicana, o principal destacamento feminino do Exército Sírio, foi desdobrado em Jobar, na periferia leste de Damasco. Yolla, uma filha de 23 anos de um oficial reformado do exército recentemente matriculada na unidade. Ela disse que queria ajudar a libertar milhares de mulheres e crianças sequestradas por milícias.

“Entrei para o batalhão de comandos depois de testemunhar os horrores cometidos na zona rural de Latakia em 2013, quando homens armados invadiram as aldeias e levaram dezenas de mulheres e crianças para Ghouta Sharqiya, perto de Damasco”, disse Yolla. “Decidi pegar em armas com a esperança de contribuir para a sua libertação.”

Mohamad Sleiman, um general aposentado do exército, minimizou a importância das mulheres na luta real. “As mulheres estão se alistando no exército há décadas”, disse ele. “Existem milhares de mulheres oficiais que se formaram na academia militar, mas sempre atuaram nas fileiras de trás, na administração e dentro das instalações militares.”

Combatente curda com um Kalashnikov.

No entanto, a Brigada da Guarda Republicana inclui 130 franco-atiradoras posicionadas nos arredores de Damasco. Estima-se que 3.000 mulheres, com idades entre 20 e 35 anos, operam dentro das Forças de Defesa Nacional, uma unidade pró-regime criada durante o conflito. Elas são desdobradas principalmente em bloqueios militares e centros de busca dentro de áreas relativamente seguras em Damasco, Latakia, Tartus e Sweida.

“Essas meninas também estão presentes na linha de frente e se envolvem em combate direto. Algumas se ofereceram para transportar armas e munições, enquanto outras manuseiam fuzis de precisão e, às vezes, grandes armas”, disse Salem Hassan, porta-voz das forças de defesa.

Snipers cristãs sírias do Exército Árabe Sírio em Sotoro Qamishli, na Síria.

Do lado dos rebeldes, as mulheres também estão ativas, especialmente em Aleppo e Idlib, no norte da Síria, que estão sob o controle de Jaysh al-Fateh. “As mulheres sírias se juntaram aos homens na luta contra as forças do regime para defender a liberdade”, comentou um ativista da mídia em Idlib, identificado por seu sobrenome, Taleb.

“As mulheres sírias provaram ser tão corajosas quanto os homens na condução da guerra destinada a libertar a Síria (do regime Ba'ath). Elas participaram de combates reais e eu as vi manusear fuzis automáticos e, às vezes, armas pesadas com facilidade”, disse Taleb em entrevista por telefone.

Sniper curda com um fuzil Dragunov.

No entanto, estima-se que as mulheres combatentes dos grupos armados da oposição não sejam superiores a 1.000, devido à grande oferta de combatentes do sexo masculino, explicou ele. “Mas milhares de mulheres estão ativas no resgate e assistência médica aos feridos e na preparação de alimentos para os combatentes.”

“Guevara”, uma ex-professora de inglês apelidada em homenagem ao líder guerrilheiro revolucionário marxista argentino Che Guevara, ficou famosa como a “Sniper de Aleppo”. Ela pegou em armas contra o regime depois que seus dois filhos foram mortos em um ataque aéreo. Desde então, ela está “caçando” soldados na linha de frente de Saladino. A Brigada de Um Ali é outro grupo de combate feminino de renome na cidade agredida. O que começou como um grupo médico de sete mulheres evoluiu para uma unidade de combate exclusivamente feminina composta por 60 mulheres especializadas em atiradores de elite.

A sniper "Guevara", uma palestina-síria em Aleppo, na Síria, armada com um fuzil FAL e luneta.

“As mulheres de Aleppo se destacaram nas linhas de frente, especialmente no trabalho de inteligência, coletando informações sobre posições do exército na parte da cidade controlada pelo regime”, disse Mustafa Issa, ex-combatente da Brigada al-Tawheed.

As mulheres curdas que lutam com as Unidades de Proteção da Mulher (YPJ), o braço feminino da principal força curda, ganharam reconhecimento como combatentes obstinadas durante a batalha de Kobani contra o Estado Islâmico (ISIS). “Elas participaram de todos os tipos de combate no norte da Síria”, disse o jornalista Marwan Hami.

Atiradora do YPJ com um Dragunov na linha de frente de Raqqa em novembro de 2016.

“Elas são combatentes da linha de frente que desempenharam um papel importante no confronto com os terroristas do ISIS que cometeram massacres contra os curdos, levando-as a assumir sua responsabilidade na defesa de seu povo e seus direitos”, disse Hami.

A Brigada al-Khansa do ISIS, que opera em Raqqa, a capital de fato do Estado Islâmico, é a unidade feminina mais notória cujo papel se limita à coleta de inteligência e ao monitoramento da oposição ou crítica ao governo do ISIS. Eles também supervisionam a implementação estrita das diretrizes e instruções islâmicas do grupo.

Combatente curda do YPJ de Rojava, na Síria, em novembro de 2014.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

A Sargento Gal Gadot com uma submetralhadora Uzi

Sargento Gal Gadot posando com uma submetralhadora Uzi, a icônica arma israelense.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 25 de fevereiro de 2022.

A estrela israelense Gal Gadot serviu dois anos nas Forças de Defesa de Israel, como instrutora de combate do exército, saindo com o posto de Samal (sargento). Em Israel, o serviço é compulsório para ambos os sexos, com os homens servindo 3 anos e as mulheres dois.

Geralmente, as mulheres servem em funções de secretaria e recursos humanos, chamadas pejorativamente de Jobnicks. Mas Gal, que já era famosa por ter vencido o concurso de Miss Israel em 2004, tornou-se instrutora de combate e atuou assim na preparação física dos soldados.

Disparo automático da Uzi


Gal descreveu seu tempo no exército como parte de ser israelense:

"Você dá dois ou três anos de sua vida a eles e não é sobre você. Você aprende disciplina e respeito."

Aos 18 anos, ela conquistou o título de Miss Israel e representou o país no concurso de beleza Miss Universo no mesmo ano de 2004. Em 2007, Gal  participou de uma sessão de fotos para a revista Maxim intitulada "Mulheres do Exército Israelense", que apresentou modelos de Israel que eram militares das FDI. A foto de Gal apareceu no convite para a festa de lançamento do ensaio, e na capa do jornal New York Post.

Foto do ensaio da Maxim.

A chamada da Maxim dizia "Elas são lindas de morrer e podem desmontar uma Uzi em segundos. As mulheres das Forças de Defesa de Israel são os soldados mais sexy do mundo?" e contou com a entrevista de quatro modelos militares.

Gal
Expertise: Condicionamento físico
"Ensinei ginástica e calistenia", diz esta impecável ex-Miss Israel. "Os soldados me amavam porque eu os fazia ficarem em forma."

Yarden
Expertise: Inteligência Militar
Estacionada no norte de Israel para seu período de dois anos nas FDI, Yarden diz que a prática de tiro ao alvo era sua atividade favorita. “Adorei disparar o M-16”, diz ela. “E eu era boa em acertar os alvos. Mas não atirei com nada desde que deixei o exército.” Ou em alguém, esperamos.

Nivit
Expertise: Inteligência Militar
“Meu trabalho era ultrassecreto”, diz essa nativa de Tel Aviv, que ainda mora com os pais. “Não posso falar sobre isso além de dizer que estudei um pouco de árabe!”

Natalie
Expertise: Telecomunicações navais
Essa loira sedutora se lembra claramente de sua parte favorita de servir seu país: “Conheci meu marido. Seu comandante continuou tentando nos arrumar." Para sua sorte, Natalie seguiu as ordens.

Gal Gadot deixou o exército e começou a trabalhar como atriz, interpretando o papel principal no drama israelense Bubot ("Bonecas") em 2008, como Miriam "Merry" Elkayam; além de ser escolhida para ser a modelo principal da Castro, a maior marca de roupa israelense. Seu caminho para o estrelato começou quando ela foi notada pelo diretor taiwanês Justin Lin para a franquia Velozes e FuriososSegundo Gal, uma das benesses do seu serviço militar foi desbancar a modelo brasileira Gisele Bündchen para o papel da agente Gisele Yashar no filme Velozes e Furiosos 4 (Fast & Furious, 2009):

"Eu acho que a principal razão do diretor Justin Lin realmente ter gostado foi de eu ter servido no exército e ele queria usar meu conhecimento sobre armas."


A carreira de Gal Gadot continuou subindo e ela alcançou fama internacional ao ser escolhida como a Mulher Maravilha em 4 de dezembro de 2013, estrelando no filme de Zack Snyder Batman vs Superman: A Origem da Justiça (Batman v Superman: Dawn of Justice, 2016). Em seguida, ela protagonizou dois filmes próprios como a Mulher Maravilha em 2017 e 2020; com um terceiro filme previsto, ainda sem data, que encerrará sua atuação com o personagem.

Seu último grande sucesso foi como uma contrabandista no filme Alerta Vermelho (Red Notice, 2021), contracenando ao lado de Dwayne "The Rock" Johnson e Ryan Reynolds. Alerta Vermelho tornou-se o filme mais assistido em seu fim de semana de estreia na Netflix, bem como o filme mais assistido em 28 dias após o lançamento na plataforma. Ele também se tornou o 5º título de filme mais assistido em streaming de 2021. Com tamanho sucesso, não é surpresa que já foram fechadas duas sequências.

Sua atuação mais recente foi estrelando como Linnet Ridgeway-Doyle na adaptação de suspense de mistério Morte no Nilo (Death on the Nile, 2022), de Agatha Christie; lançado no Brasil em 10 de fevereiro de 2022.

Trailer de Morte no Nilo

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

FOTO: Vespa cubana

Integrante das Vespas Negras participa de ensaio para o desfile comemorativo dos 50 anos da vitória de Cuba na Invasão da Baía dos Porcos, Havana, 2011.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 13 de janeiro de 2022.

A militar das Vespas Negras (Avispas Negras), unidade de forças especiais do exército cubano, durante o ensaio para o desfile comemorativo dos 50 anos da vitória de Cuba na Invasão da Baía dos Porcos, Havana, 2011. Ela está armada com o fuzil AKMSB 7,62x39mm dotado de uma mira de ponto vermelho VILMA (Visor Lumínico para Matar Agresores) e um silenciador.

A mira VILMA é de origem cubana e também está em uso na Venezuela, fornecida aos fuzileiros navais da FANB.

A boina vermelha tem a insígnia das Vespas Negras. Essa força especial das Forças Armadas Revolucionárias Cubanas (FAR) foi criada oficialmente no final da década de 1980. As Vespas Negras trabalham em subgrupos constituídos por 5 membros, que podem ser homens ou mulheres.

A vestimenta oficial consistia em um macacão camuflado, com boina vermelha, o qual a partir de 2011 passou a ser a boina verde, ficando a boina vermelha apenas para as Tropas de Prevenção (Polícia Militar) e o escudo de vespa preta com ferrão pronto para atacar, em uma pulseira. No caso de membros profissionais, um indicativo de "Profissional" é adicionado à pulseira.


Suas bases principais estão no antigo presídio militar "El Pitirre", localizado no Km 8 da Rodovia Nacional, e na unidade "Praia de Baracoa", próximo à área do porto de El Mariel, atual província de Havana, e com unidades menores em "El Bosque de la Habana", fica o Departamento de Tropas Especiais do MINFAR e o "Clube El Reloj", este último próximo ao aeroporto Rancho Boyeros. Seu principal campo de treinamento se chama "El Cacho", na província de Pinar del Río, também chamada de "Academia Baraguá".

Seu treinamento é altamente rigoroso. Após a formatura, soldados e oficiais profissionais desta força realizam exercícios na Ciénaga de Zapata, ao sul da província de Matanzas, próximo à Baía dos Porcos, ou nos pântanos ao sul da Ilha de Pines, imensos pântanos localizados tanto a oeste de Cuba, sob estritas condições de sobrevivência. Ser aprovado nesses exercícios significa graduar-se.

As "Vespas Negras" receberam treinamento de vietnamitas, norte-coreanos, chineses, bem como VDV e Spetsnaz russos. Eles aprenderam a se comunicar e se mover silenciosamente por túneis estreitos. Essas tropas também são especialistas em técnicas de mascaramento, uso de ambientes de selva para montar armadilhas e várias artes marciais.

Existiam unidades de missões especiais anteriores que atuavam como parte do Ministério das Forças Armadas Revolucionárias (MINFAR), denominadas "Tigres" e "Leões" em Angola em 1977, quando o MINFAR decidiu ter forças especiais próprias. Antes disso contando com as tropas especiais do Ministério do Interior (MININT) na Batalha de Quifangondo, no norte de Angola, no final de 1975.

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quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Tec Target Schneider: O novo fuzil de precisão bullpup alemão

Modelo Hanna Selena com um fuzil bullpup Tec Target Schneider calibrado em .338 Lapua Magnum.
(@hanna.selena)

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 30 de dezembro de 2021.

Em 2020, a Tec Target Schneider (TTS) da Alemanha, e seu parceiro de vendas IEA Mil-Optics GmbH, apresentou o fuzil bullpup TTS Xceed, de longo alcance e ferrolhado. Trata-se de um desenho modular e ergonômico com uma aparência futurista, oferecendo calibre rápido e intercambiabilidade do cano. O fuzil entrou em produção na Tec Target Schneider GmbH em 2021, principalmente visando o mercado civil.

Esse novo fuzil foi projetado por Hubert Schneider, um armeiro de Baden-Württemberg que se especializou no projeto e fabricação de armas de precisão, tendo desenvolvido muitas com suas empresas anteriores, como Mauser, Rheinmetall e DSR-Precision.

O TTS Xceed tem a configuração bullpup (com a ação atrás do gatilho) de forma semelhante à plataforma DSR-1, outra plataforma sniper alemã adotada por unidades especiais européias como o famoso GSG-9 alemão. Por ser modular, existem vários comprimentos de cano, guarda-mão e calibres disponíveis; como por exemplo o 6x47 Lapua, o 6,5 Creedmoor, o .308 Winchester, o .300 Win Mag e o .338 Lapua Magnum (como na versão usada por Hanna na foto do topo).

O Xceed em valise.

O Xceed é considerado "o resultado de muitos anos de experiência no desenvolvimento e produção de fuzis desportivos e de precisão"; ele também é anunciado como um sistema de franco-atirador modular com muitas peças que podem ser trocadas por outros acessórios.

O fuzil também possui um descanso de bochecha ajustável, bem como um bipé que pode ser ajustado para comprimento e altura. O quebra-chama do fuzil é feito de titânio revestido com um carbono semelhante a diamante, enquanto o cano é revestido de aço inoxidável e pode ser alterado em minutos para um calibre diferente. A arma é fabricada em comprimentos padrão e compactos.

Bipé TTS de fábrica.

O bipé dedicado do fuzil TTS Xceed é fortemente baseado no design do bipé emitido pelo DSR-1 e pode ser considerado sua evolução direta. Ele se conecta ao trilho superior, bem na guarda-mão, pode ser reposicionado para mudar o equilíbrio do fuzil dependendo da posição de tiro, pode ser empregado de forma fácil e silenciosa com uma única mão e é facilmente ajustável.

A parte inferior do guarda-mão vem com ranhuras M-LOK, permitindo ao usuário escolher entre o bipé montado na parte superior TTS de fábrica ou outros bipés comerciais.

O Xceed possui ergonomia ajustável que pode ser manipulada sem o uso de ferramentas, com o receptor (caixa da culatra) sendo feito de alumínio. O fuzil possui um gatilho totalmente ajustável que é desenhado para o uso de luvas de inverno; uma trava de segurança ajuda a bloquear o gatilho e a câmara quando o fuzil é colocado em seguro no registro de segurança.

Desmontagem em primeiro escalão.

O comunicado de imprensa da TTS, de 25 de março de 2020, assim descreveu o novo fuzil:

TTS: Novo sistema modular de fuzil de precisão em desenho bullpup

Dietingen / Nagold (ww): A Tec Target Schneider - abreviadamente TTS - e seu parceiro de vendas I-E-A Mil-Optics GmbH recentemente apresentaram um novo sistema modular de fuzil de precisão com desenho bullpup no GPEC.

Existem vários comprimentos de cano e calibres (atualmente 6 x 47 Lapua, 6.5 Creedmoor, .308 Win, .300 Win Mag e .338 Lapua Magnum) e guardas-mão de diferentes comprimentos disponíveis para o fuzil. A arma, que pode ser operada de ambos os lados, e pode ser adaptada individualmente ao atirador. Este possui um dispositivo de segurança de três posições (disparo único, câmara de segurança / bloqueio móvel, câmara de segurança / bloqueio travado), um gatilho de acionamento, um esporão de solo e está suspenso do bipé ajustável sob o centro de gravidade. Os canos e superfícies de aço inoxidável são predominantemente revestidos com DLC. A capacidade do carregador é de cinco cartuchos.

O desenho modular da arma permite que o usuário mude o cano em poucos minutos em vários calibres e comprimentos de cano.

A vantagem do sistema Bullpup é óbvia, especialmente no campo de tiro de precisão. Apesar do comprimento do cano de precisão, a arma mantém dimensões compactas. Isso permite que o atirador de precisão os transporte de forma mais discreta e alcance sua posição de maneira oculta. Também é mais fácil atirar em espaços ou veículos confinados.

O diretor-gerente da TTS, Hubert Schneider, aprendeu sua profissão na antiga fábrica da Mauser em Oberndorf. No berço da tecnologia de armas de fogo alemã na Suábia, ele trabalhou no departamento de desenvolvimento da Rheinmetall Waffen und Munition GmbH até sua aposentadoria.

A IEA Mil-Optics GmbH de Nagold é a parceira de vendas dos inovadores sistemas de armas TTS. Os pedidos podem ser feitos imediatamente.

O TTS Xceed é o resultado de muitos anos de experiência no desenvolvimento e produção de rifles esportivos e de precisão. Um sistema de sniper com uma ampla gama de recursos técnicos, uma estrutura modular e amplas opções de configuração.

Bibliografia recomendada:

Out of Nowhere:
A history of the Military Sniper,
Martin Pegler.

Leitura recomendada:


FOTO: Sniper com baioneta calada, 9 de dezembro de 2020.



FOTO: Armada & Perigosa, 11 de fevereiro de 2021.