Mostrando postagens com marcador Saigon. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Saigon. Mostrar todas as postagens

domingo, 6 de fevereiro de 2022

FOTO: ARVN Rangers na Ofensiva do Tet

Os Rangers sul-vietnamitas defendem a ponte de Newport, próxima a Saigon, 1968.
(PFC Matthew J. Roach)

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 6 de fevereiro de 2022.

Um grupo de combate de soldados sul-vietnamitas da Companhia C, 30º Batalhão Ranger, luta contra snipers vietcongues (VC) do outro lado da ponte de Newport na rodovia 1, a poucos quilômetros de Saigon, 31 de janeiro de 1968.

A ação ocorreu durante o Ano Novo Lunar (o Tet), quando os vietcongues lançaram ataques contra Saigon e as demais grandes cidades sul-vietnamita durante a trégua das celebrações. Os Rangers portam uma variedade de armamentos, com o Ranger mais próximo armado com um lança-granadas M79. O Ranger sentado ao seu lado tem um M14 com bipé.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

FOTO: Desfile de despedida em Saigon

Desfile final das forças francesas na Indochina, Saigon, 10 de abril de 1956.

O Corpo Expedicionário Francês do Extremo-Oriente (Corps Expéditionnaire Français en Extrême-Orient, CEFEO) marchou pela última vez nas ruas de Saigon em 10 de abril de 1956, acompanhado por seus camaradas vietnamitas Bawouans. Aqui eles estão desfilando lado a lado, fuzis nos ombros e bandeiras à frente. Os paraquedistas vietnamitas e a nouba dos tirailleurs magrebinos que passaram por Duong Tu-Do novamente por alguns momentos voltaram à rue Catinat.

Cinco destacamentos franceses e um destacamento vietnamita com bandeira e estandartes marcharam em frente às autoridades após a cerimônia antes de cruzarem a cidade em direção ao cais. Milhares de espectadores franceses e vietnamitas, cordialmente misturados, reuniram-se em torno da Praça Chiên-Si (antiga Place du Maréchal Joffre) e nas calçadas da rue Duy-Tân, atrás da catedral.

As Associações Patrióticas Francesas, uma delegação de franceses da Índia e muitas personalidades civis e militares, tanto vietnamitas, francesas e estrangeiras, tomaram seus lugares na plataforma onde está localizado o Memorial aos Mortos da Primeira Guerra Mundial.


O último desfile demonstra a heterogeneidade do CEFEO, conforme celebrado por Bernard Fall:

"Em uma tal guerra sem frentes, ninguém estava seguro e ninguém era poupado. Tenentes morriam pelas centenas, e era calculado que para manter linhas de comunicação principais ao longo do Viet-Nã do Norte custa em média três ou quatro homens por dia para cada centena de quilômetro de estrada. Oficiais superiores morriam também. O General Chanson foi assassinado por um terrorista no Viet-Nã do Sul. O General da Força Aérea Hartman foi derrubado sobre Langson; os Coronéis Blankaert, Edon e Érulin foram mortos por minas enquanto lideravam seus grupos móveis através dos pântanos e arrozais. E a guerra não poupou os filhos dos generais, também. O Tenente Bernard de Lattre de Tassigny foi morto na defesa do ponto rochoso que era a chave para o forte de Ninh-Binh. Ele era o único filho do Marechal de Lattre e a sua morte partiu o coração do homem. O Tenente Leclerc, filho do Marechal Leclerc, morreu em um campo de PG comunista; e o Tenente Gambiez, filho do chefe de estado-maior do General Navarre, foi morto em Dien Bien Phu.

Estes homens, e milhares de outros, da Martinica ao Taiti e de Dunquerque ao Congo, de todas as partes da península indochinesa, e legionários estrangeiros de Kiev na Ucrânia a Rochester, Nova Iorque, compuseram as Forces de l'Union Française - sem dúvida o maior, e último, exército francês a lutar na Ásia."

- Bernard Fall, Street Without Joy, pg. 252.

Bibliografia recomendada:

Street Without Joy:
The French Debacle in Indochina.
Bernard B. Fall.

segunda-feira, 19 de abril de 2021

GALERIA: Desfile do 14 de julho de 1950 em Saigon

O General Carpentier condecora a bandeira do 5e BCCP com a Croix de Guerre des TOE. Ao lado do porta-bandeira está o Comandante Romain-Desfossés, nascido em Hanói, no Tonquim, em 1908.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 19 de abril de 2021.

Desfile do 14 de julho em Saigon, capital da Cochinchina, parte da então Indochina Francesa. O desfile deu ênfase à condecoração da bandeira do 5e BCCP (5e Bataillon colonial de commandos parachutistes/ 5º Batalhão Colonial de Comandos de Pára-quedistas) pelo General Carpentier na presença de seu líder, o Major Romain- Desfossés (apelidado de "Gaulois des Pitons" por seus homens).

O General Marcel Carpentier foi um instrutor na missão francesa no Exército Brasileiro como capitão em 1930, e o General Souto Malan lhe faz uma homenagem no prefácio do seu livro Missão Militar Francesa de Instrução Junto ao Exército Brasileiro.

O 5e BCCP foi criado com seus quadros vindo principalmente do SAS B, chamado de Groupement Ponchardier, uma unidade comando formada com a organização do SAS. Em 22 de julho de 1950, o 5e BCCP foi dissolvido quando embarcou de volta para a metrópole. O batalhão foi recriado em Quimper em 15 de outubro de 1950. Embarcou no Athos II em 10 de julho de 1951 e tornou-se oficialmente o 5º BPC em 3 de agosto em sua chegada a Saigon.

Três paraquedistas do 5e BCCP condecorados com a Médaille Militaire (Medalha Militar) na cerimônia.

Os generais Carpentier e Chanson condecoram vários soldados e civis e depois assistem ao desfile de tropas: Guarda Republicana, Gendarmaria, Tirailleurs senegaleses, marroquinos e tunisianos, Legião Estrangeira (13e DBLE), infantaria colonial (43e RIC) e um destacamento de paraquedistas liderado pelo Tenente-Colonel Château-Jobert "Conan", veterano do SAS francês na Segunda Guerra Mundial e que saltaria em Suez em 1956.

O desfile motorizado contou com caminhões meia-lagarta, carros blindados Panhard e blindados anfíbios "Crab" (Weasel M29) de um GA (Grupo Anfíbio) do 1er REC (1er Régiment Étranger de Cavalerie/ 1º Regimento de Cavalaria Estrangeira). O desfile é sobrevoado por três aviões de transporte de tropas, com um "Tucano" (Junker 52) flanqueado por dois C47 Dakota. A população de Saigon reuniu-se no percurso, ao longo de uma avenida enfeitada com as cores franco-vietnamitas.

A multidão reuniu-se para assistir ao desfile de 14 de julho de 1950. As ruas de Saigon são em grande parte enfeitadas com as cores francesas e vietnamitas para a ocasião.

Um destacamento da gendarmaria colonial.

Soldados do BMTS (Bataillon de Marche de Tirailleurs Sénégalais/ Batalhão de Marcha de Tirailleurs Senegalês).

Guarda-bandeira do 43e RIC.

Tenente-Coronel Château-Jobert (codinome "Conan", seu nome de guerra dentro do "Special Air Service French Squadron" durante a Segunda Guerra Mundial) comandando o 2e DBCCP (2e Demi-Brigade Coloniale de Commandos Parachutistes, ex-Demi-Brigade "Special Air Service") à frente de um destacamento de seus paraquedistas durante o desfile.

Bibliografia recomendada:

Histoire des Parachutistes Français:
La guerre para de 1939 à 1979.
Henri Le Mire.

Leitura recomendada:

sábado, 27 de março de 2021

Os combates de rua na Batalha de Saigon

Paraquedistas sul-vietnamitas cercaram os rebeldes Binh Xuyen em frente à Escola Petrus Ky, na rua Cong Hoa, durante a Batalha de Saigon, em 28 de abril de 1955.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 27 de março de 2021.

A Batalha de Saigon (Operação Rung Sat) foi uma confrontação urbana de um mês entre o Exército Nacional Vietnamita e o exército privado do sindicato do crime organizado Binh Xuyen ocorrida de 28 a 30 de abril de 1955, no período em que o governo central de Saigon estava consolidando-se como um Estado. A batalha começou ao meio-dia de 28 de abril de 1955 e o ANV esmagou amplamente o Binh Xuyen em uma semana. Os combates se concentraram principalmente no distrito comercial chinês de Cholon, no centro da cidade. A área densamente povoada viu cerca de 500-1000 mortes e até 20.000 civis desabrigados no fogo cruzado. Os combates de limpeza fora de Saigon continuaram até maio.

O Binh Xuyen era uma organização criminosa que controlava atividades ilegais em Saigon, especialmente no distrito comercial chinês de Cho Lon, que cresceu o bastante para formar forças paramilitares e controlar regiões no Vietnã, seguindo a tradição regional de exércitos particulares. Os combates entre o Binh Xuyen e o Exército Nacional Vietnamita (Armée Nationale Vietnamien, ANV) se iniciaram em 28 de abril de 1955, após uma campanha de atentados à bomba por conta do ultimado do primeiro-ministro Ngo Dinh Diem para que o Exército Binh Xuyen fosse absorvido pelo ANV e ficasse sob a autoridade do Estado vietnamita. A batalha terminou em maio de 1955 com a vitória total do ANV e a completa destruição da organização criminosa.

Origem

Os grupos Binh Xuyen surgiram pela primeira vez no início dos anos 1920 como uma coalizão vagamente organizada de gangues e trabalhadores contratados com cerca de duzentos a trezentos homens. A história inicial de Binh Xuyen consistia em ciclos de sequestro, pirataria, perseguição e, ocasionalmente, prisão. Nos 1920-40, o Binh Xuyen sofreu pesada infiltração de comunistas através dos trabalhadores sindicalizados e participaram do grande levante comunista de 1940, e da guerra contra os franceses em 1945 ao lado do Viet Minh. Rapidamente derrotados, o Binh Xuyen se fragmentou e, para sobreviver como organização, seu líder Bay Vien se aliou ao serviço secreto francês (Deuxième Bureau) depois de escapar de uma tentativa de assassinato, protegido por duas companhias de capangas leais. Em junho de 1948, Bay Vien tornou-se coronel encarregado das Forças Auxiliares Binh Xuyen, reportando-se temporariamente a Tran Van Huru, vice-primeiro-ministro do governo provisório do Vietnã e governador de Nam Phan.

As autoridades francesas no Vietnã do Sul deram a Vien o controle total de Saigon-Cholon (Sài Gòn – Chợ Lớn), sob a condição de que ele destruísse a infraestrutura comunista da cidade. O conhecimento de Bay Vien sobre o Viet Minh e seu desejo de destruir as tropas de seu adversário Nguyen Binh em Saigon possibilitaram que ele destruísse as forças comunistas em muito pouco tempo. O governo colonial francês recompensou o sucesso do Binh Xuyen permitindo que Bay Vien monopolizasse a indústria de caminhões na Cochinchina (sul do Vietnã) e permitindo que o chefão operasse como um senhor da guerra. Bay Vien foi promovido a Général de division (General-de-Divisão, três estrelas).

Em 1949, o Imperador Bao Dai tornou-se o Chefe de Estado do recém-formado Estado do Vietnã. Para resolver o problema de ter que espalhar muito o Exército Nacional Vietnamita na guerra contra o Viet Minh, ele decretou todas as forças militares não-comunistas do país como exércitos independentes dentro do exército convencional. Bay Vien recebeu o posto de Major General do Exército Nacional Vietnamita após a operação para limpar a Rota Colonial 15 e suas tropas se tornaram o Exército Binh Xuyen (QDQG Bình Xuyên), que era um exército autofinanciado com receitas de bordéis e cassinos administrados legalmente; Bay Vien tomou à força o controle dos cassinos de grupos do crime organizado macaense.

O General Vien fez acordos com Bao Dai, garantindo-lhe o controle de seus próprios assuntos em troca de seu apoio nominal ao regime, assim como fizera com o governo colonial francês. Em março de 1955, o grupo juntou-se ao Cao Dai e Hoa Hao na formação de uma "Frente Unida das Forças Nacionais". Nesse período, o Exército Binh Xuyen tinha cinco batalhões de infantaria regulares e dois batalhões de tropas de choque de segurança pública (Công an xung phong). Essa força privada era poderosa demais e o novo primeiro-ministro do recém-independente Vietnã, Ngo Dinh Diem emitiu um ultimato para que eles se rendessem e ficassem sob o controle do Estado.

Na meia-noite de 29 a 30 de março, explosões abalaram Saigon enquanto o Binh Xuyen respondia à remoção de seu chefe de polícia por Diem. 200 tropas do Binh Xuyen atacaram a sede do ANV. Os confrontos foram inconclusivos, com o ANV sofrendo seis mortos para os 10 de seus oponentes, mas ao nascer do sol, os corpos de civis espalhavam-se pelas as calçadas.

A batalha

Paraquedistas do ANV em durante os combates, com fumaça ao fundo. O soldado à retaguarda carrega um FM Châtellerault 24/29 francês.

A batalha final entre o ANV de Diệm e o Binh Xuyen começou no dia 28 de abril ao meio-dia. Após a troca inicial de tiros de armas portáteis e morteiros, o ANV recorreu à artilharia mais pesada de seu arsenal. Isso coincidiu com os crescentes pedidos de dentro do governo Eisenhower para se livrar de Diem porque Eisenhower acreditava que ele não seria capaz de subjugar o Binh Xuyen e unificar o país. Ao anoitecer, uma grande parte do centro da cidade foi engolfada pelo combate de casa em casa. Na manhã de 29 de abril, o conflito jogou milhares de civis para fora de suas casas. Um quilômetro quadrado da cidade, em torno do densamente povoado distrito chinês de Cholon, onde o Binh Xuyen tinha uma fortaleza, tornou-se uma zona de fogo livre. Artilharia e morteiros arrasaram os bairros pobres da cidade, matando quinhentos civis e deixando 20 mil desabrigados.

Os observadores descreveram que o combate de ambos os lados carecia de estratégia e dependia de táticas de desgaste de força bruta. Uma das poucas manobras consideradas táticas foi uma tentativa do ANV de cortar os reforços de Bình Xuyen demolindo a ponte que cruza o canal Saigon-Cholon. Isso foi respondido com o Binh Xuyen lançou pontes flutuantes sobre o canal. Parecia que o conflito seria determinado pelo lado que fosse capaz de absorver o maior número de perdas. Aproximadamente 300 combatentes foram mortos no primeiro dia de combate.


Na manhã de 29 de abril, em Washington, John Foster Dulles, o Secretário de Estado dos EUA ligou para J. Lawton Collins para suspender as medidas destinadas a substituir Diem. Eisenhower determinou que eles deveriam ser colocados em espera enquanto se aguardava o resultado da operação do ANV. Collins e Dulles entraram em confronto na reunião do Conselho de Segurança Nacional (National Security Council, NSC), com Collins pedindo veementemente a remoção de Diem. Collins continuou a argumentar que a tentativa de destruir os Binh Xuyen pela força produziria uma guerra civil. O NSC endossou a posição de Dulles.

Após 48 horas de combate, o ANV começou a ganhar vantagem. Le Grand Monde, anteriormente o maior estabelecimento de jogos de Bay Vien e servindo temporariamente como cidadela do Binh Xuyen, foi tomado de assalto pelos paraquedistas de Diem após uma luta que causou pesadas perdas para ambos os lados. O ANV então tomou de assalto uma das fortalezas mais pesadamente fortificadas do Binh Xuyen, a Escola de Ensino Médio Petrus Ký, na rua Cong Hoa (na era francesa, era a rua Nancy, hoje Nguyen Van Cu) em Cholon. Quando Collins voltou ao Vietnã do Sul, em 2 de maio, a batalha estava quase vencida. As forças Binh Xuyen foram derrotadas e em retirada e seus postos de comando foram destruídos. O quartel-general de Bay Vien estava sendo bombardeado e seus tigres, pítons e crocodilos lá dentro foram mortos por ataques de morteiros e bombardeios.

Ngo Dinh Diem saiu vitorioso da operação: Bay Vien fugiu para Paris para viver sua vida com os lucros de seus empreendimentos criminosos, e o ANV perseguiu os remanescentes do Binh Xuyen no delta do Mekong, perto da fronteira com o Camboja. Em Saigon, multidões exultantes se reuniram em frente à residência de Diem gritando "Đả đảo Bảo Đại!" (que significa "Abaixo Bao Dại!").


Bibliografia recomendada:

The Twenty-Five Year Century:
A South Vietnamese General remembers the Indochina War to the Fall of Saigon.
General Lam Quang Thi.


Leitura recomendada:

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

FOTO: Bulldog em Saigon

Tanque M41 Walker Bulldog sul-vietnamita participando da limpeza de forças vietcongues nas ruas de Cholon, bairro de Saigon, durante a Ofensiva do Tet, 5 de junho de 1968.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 18 de dezembro de 2020.

As forças armadas da República do Vietnã (conhecidas como ARVN) foram um elemento fundamental na derrota do ataque inesperado comunista que se aproveitou do feriado do Tet, que geralmente era uma trégua. A reação rápida do ARVN impediu que os vietcongues e o exército popular vietnamita (APV) tomassem a rádio de Saigon, a base aérea de Tan Son Nhut e garantou o fracasso do objetivo principal de Hanói: a pulverização do Estado sul-vietnamita.

O esperado levante popular contra a "opressão" do regime de Saigon não se materializou, e a população apoiou o ARVN durante a campanha do Tet. A ofensiva comunista iniciou em janeiro e passou por três fases até finalmente perde o ímpeto em setembro de 1968. Contra-ataques aliados continuariam até a metade de 1969.

Apesar do fracasso militar, a ofensiva demonstrou a ineficácia da estratégia americana, além das graves omissões e fabricações nos relatório militares americanos sobre o impacto das ações aliadas na máquina militar comunista. A surpresa não apenas humilhou a liderança militar americana, mas gerou pânico em Washington, com autoridades decidindo pela imediata retirada do Vietnã. Esta ocorreria apenas em 1973, com a redução abrupta da ajuda ao Vietnã do Sul - na prática, um verdadeiro abandono.

Rangers ARVN  movendo-se através de ruas destruídas na parte oeste de Cholon, Saigon, 10 de maio de 1968. (Coronel Hoang Ngoc Lung/ The General Offensives of 1968-69)

Bibliografia recomendada:


Leitura recomendada:

FOTO: M41 vietnamita destruído, 16 de dezembro de 2020.


FOTO: Vietnamitas em Monastir31 de maio de 2020.

Interferência política, incoerência estratégica e a escalada de Lyndon Johnson no Vietnã21 de agosto de 2020.


FOTO: "Certamente Venceremos", 27 de agosto de 2020.

Armas vietnamitas para a Argélia, 14 de dezembro de 2020.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

FOTO: M41 vietnamita destruído

Tanque leve M41 Walker Bulldog sul-vietnamita destruído na batalha pela cidadela de Quang Tri, 1972.

A retomada dessa cidade fortificada foi uma das maiores vitórias do Vietnã do Sul.

Bibliografia recomendada:

Steel and Blood:
South Vietnamese Armor and the War for Southeast Asia,
Coronel ARVN Ha Mai Viet.

Leitura recomendada:


FOTO: Um M24 Chaffee no Tonquim9 de julho de 2020.

FOTO: M113 australiano no Vietnã13 de dezembro de 2020.

FOTO: Sherman japonês, 6 de outubro de 2020.

FOTO: Sherman nas selvas do Pacífico13 de dezembro de 2020.

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

GALERIA: A evacuação da população católica de Bui Chu

Em Haiphong, em frente ao navio "La Pertuisane", refugiados católicos de Bui Chu apresentam os objetos de culto levados durante seu êxodo para o sul, em outubro de 1954.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 12 de outubro de 2020.

Após a queda do campo fortificado de Diên Biên Phu e a assinatura dos acordos de Genebra, que dividiram o Vietnã em dois estados de cada lado do paralelo 17, foi concedido um prazo de 300 dias para permitir às forças franco-vietnamitas evacuarem a zona norte antes do estabelecimento do regime Viêt-Minh, e garantindo às populações o livre movimento para o sul. Grande parte da população (budistas, católicos dos bispados de Phat Diem e Bui Chu, minorias Nung de Tien Yen e Moncay, grupos étnicos Thai, Man e Méo) escolheu o êxodo para o sul: mais de 360.000 vietnamitas juntaram-se às tropas francesas no corredor de evacuação entre Hanói e Haiphong entre 20 de julho e 16 de outubro de 1954.

Depois da operação “Auvergne” (30 de junho de 1954), que permitiu salvar 6.000 católicos vietnamitas de Phat Diem que partiram em jangadas de bambu na tentativa de se juntar à frota francesa em alto mar, o clero vietnamita organizou um plano para a evacuação de seus paroquianos com a ajuda da Marinha francesa.

A partir de 15 de outubro, o Lieutenant de Vaisseau (1º tenente) Pierre Guillaume, comandante do LSSL (Landing Ship Support Large/ Navio de Desembarque de Apoio Pesado) "La Pertuisane", começou a patrulhar ao longo da costa em direção a Bui Chu. Por todos os meios: juncos, jangadas de bambu, barcos, muitos dos quais afundariam no mar; os primeiros "boat people" ("povos dos barcos", uma tragédia humanitária que se repetiria de 1975 em diante) fogem de sua terra natal. Recolhidos pelo navio "La Pertuisane", eles serão evacuados para o sul via Haiphong.

A bordo do "La Pertuisane", refugiados católicos de Bui Chu cantam orações de agradecimento em nome do Tenente Pierre Guillaume e sua tripulação.

A bordo do "La Pertuisane", refugiados católicos de Bui Chu olham o porto de Haiphong.

A bordo do "La Pertuisane", refugiados católicos de Bui Chu, incluindo um padre e freiras vietnamitas.

Na noite de 21 a 22 de outubro de 1954, centenas de outros refugiados católicos embarcaram no "La Pertuisane"; os navios “Júlio Verne” e “Pimodan” também fariam parte das operações. A tripulação saltou na água para ajudar a embarcar homens, mulheres, crianças e idosos.

Uma vez a bordo, estes últimos expressaram sua gratidão entoando orações de agradecimento e presenteando rosários para o Tenente Guillaume e sua tripulação. Supostamente capaz de embarcar 100 pessoas, o "La Pertuisane" salvará 700 naquela noite e receberá uma mensagem de felicitações do Almirante Jean-Marie Querville, que virá pessoalmente para ajudar no desembarque dos refugiados em Haiphong e organizará uma rede de recepção.

O Tenente Guillaume (canto superior direito) dirige a manobra do navio "La Pertuisane", no qual muitos refugiados católicos de Bui Chu estão embarcados.

Em Haiphong, membros da tripulação do "La Pertuisane" ajudam os refugiados católicos de Bui Chu a desembarcar.

No cais do porto de Haiphong, refugiados católicos de Bui Chu carregam apenas itens de adoração e imagens religiosas como bagagem.

Este episódio marca o início de um êxodo massivo de populações de norte a sul. As operações de resgate terminaram em 16 de novembro de 1954; cerca de um milhão de refugiados foram resgatados e acolhidos.

O Vietnã sovietizado (Tonquim e partes de Anam) iniciou a coletivização forçada, matando cerca de 500 mil donos de terras na década de 1950, além de uma limpeza étnica contra os povos ditos "selvagens" com bases raciais e anti-religiosas. A newsreel da época mostra alguns refugiados desesperados para tomarem o último navio partindo para o sul.


Bibliografia recomendada:


Leitura recomendada:

GALERIA: Manobra dos comandos navais no Tonquim9 de outubro de 2020.

GALERIA: Blindados Anfíbios do 1er REC na Indochina2 de outubro de 2020.

GALERIA: Largagem paraquedista em Quang-Tri durante a Operação Camargue2 de outubro de 2020.

FOTO: Um M24 Chaffee no Tonquim9 de julho de 2020.

GALERIA: Comandos Navais na Baía de Ha Long8 de outubro de 2020.

GALERIA: Bawouans em combate no Laos28 de março de 2020.

GALERIA: Operação Chaumière em Tay Ninh com o 1er BPVN16 de junho de 2020.

GALERIA: Operação de limpeza com blindados em Tu Vu25 de abril de 2020.

O perigo de abandonar nossos parceiros5 de junho de 2020.