domingo, 15 de março de 2020

FOTO: Munição viva


Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 15 de março de 2020.

No dia 1º de outubro de 1966, o Dr. Harry Dinsmore era o chefe de cirurgia da Marinha em Da Nang, no Vietnã do Sul, quando soube que uma granada viva de morteiro 60mm estava alojada no peito do um soldado sul-vietnamita de 22 anos, ainda consciente.

Embora não estivesse de serviço naquele dia, Dinsmore realizou a operação, ciente de que a munição poderia explodir ao menor movimento. Ele cortou a granada e tentou levantá-la, mas as barbatanas da base da granada ainda estavam presas no uniforme do soldado. Enquanto segurava a munição coberta de carne em uma mão, ele meticulosamente cortou o uniforme de brim com a outra, em um espaço de tempo de 10 minutos que pareciam uma eternidade. Uma vez livre, um especialista em explosivos levou a granada do lado de fora e a desarmou. Todo o procedimento levou cerca de 30 minutos.

O soldado de primeira classe Nguyen Van Luong estava na escotilha aberta de um veículo blindado quando a granada que atingiu a tampa da escotilha, ricocheteando então com força no seu capacete, nocauteando-o. A munição entrou em seu corpo logo acima da clavícula e deslizou entre sua pele e caixa torácica. Van Luong voltou ao serviço ativo em dois meses.

O Dr. Harry Dinsmore recebeu a Cruz da Marinha por seu heroísmo. Aposentou-se da Marinha em 1967, e praticou medicina em Punxsutawney até se aposentar em 1990.

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