terça-feira, 18 de agosto de 2020

Golpe de estado em curso em Bamako: o estado-maior do exército sob controle dos militares

Por Hind Talha, Yeclo, 18 de agosto de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 18 de agosto de 2020.

Golpe de estado em Bamako: Tiros foram ouvidos desde terça-feira, 18 de agosto de 2020, na cidade-guarnição de Kati, a 15 quilômetros de Bamako.

13h14: Diz-se que uma coluna está a caminho da ORTM (Office de Radio et Télévision du Mali), a estação nacional de rádio e televisão, cujo pessoal foi evacuado. O chefe do Estado-Maior da Guarda Nacional também teria sido preso.

13h06: Representações diplomáticas recomendam que seus cidadãos permaneçam em casa. Veículos da Polícia Militar (Police Militaire, PM) em frente ao Departamento de Defesa. O ORTM também foi evacuado por razões de segurança.

Operadores do Groupement Spéciale d’Intervention de la Gendarmerie Nationale (GSIGN) cumprimentando o representante americano, Jimmy Panetta, em Faladié, no Mali, 28 de agosto de 2019.

12h30: Diversas fontes, incluindo diplomatas, dizem que pesado tiroteio foi ouvido desde esta manhã na cidade-guarnição de Kati, a 15 quilômetros de Bamako. Nosso correspondente em Bamako relata a prisão de oficiais de alta patente do grupo de intervenção da guarda nacional.

O novo ministro da Economia e Finanças, Abdoualye Daffe, também foi sequestrado esta manhã em seu escritório.

11h45: O Estado-Maior do Exército também estaria sob o controle dos soldados da Guarda Nacional liderados pelo Coronel Sadio Camara, ex-diretor do Prytanee, a escola militar de Kati. Roubos também foram relatados em Kati e evacuações ocorreram na cidade administrativa de Bamako.

Na sexta-feira, especialistas da ONU acusaram altos funcionários do exército e da inteligência do Mali de "comprometerem" a implementação do acordo de paz de Argel, apesar de apelos urgentes da comunidade internacional para resolver a crise.

Exercício de intervenção da gendarmeria, 26 de setembro de 2018.

Este relatório, apresentado ao Conselho de Segurança da ONU em 7 de agosto, ainda não foi divulgado. A AFP soube disso na sexta-feira, depois que o Mali enfrentou outro grande protesto político por vários meses.

Uma coalizão de oponentes, clérigos e personalidades da sociedade civil pede desde junho a renúncia do presidente Ibrahim Boubacar Keita (IBK), acusando-o e sua comitiva de corrupção e nepotismo. Pelo menos quatorze malineses foram mortos em julho em protestos, de acordo com a ONU.

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