segunda-feira, 11 de outubro de 2021
O Iraque diz que capturou um alto funcionário do Estado Islâmico na... Turquia!
terça-feira, 31 de agosto de 2021
O último soldado americano deixa o Afeganistão
Último soldado americano a deixar o Afeganistão. |
"O último soldado americano deixa o Afeganistão.O General Chris Donahue, comandante da 82ª Divisão Aerotransportada do Exército dos EUA, embarca em um avião de carga C-17 no Aeroporto Internacional Hamid Karzai em Cabul, Afeganistão."
If I remember correctly, the first images we saw of US troops in Afgh were of Rangers doing a raid at night. Alsi in night-vision green. Appropriate bookends, I guess. https://t.co/qHPzvngKGm
— Michael Shurkin (@MichaelShurkin) August 31, 2021
A postagem foi retuitada pelo professor Michael Shurkin, da RAND Corporation, com o comentário:
"Se bem me lembro, as primeiras imagens que vimos das tropas americanas no Afeganistão foram de Rangers fazendo uma incursão à noite. Também em verde de visão noturna. Finais de livros apropriados, eu suponho."
Um epitáfio interessante para a saída inglória dos americanos na calada da noite. A incursão citada pelo professor trata-se da Operação Rhino (Rinoceronte), onde uma tropa de 200 homens (um Chalk valor companhia) do 3º Batalhão Ranger fez um salto de combate, na noite de 19 para 20 de outubro de 2001, sobre uma pista de pouso abandonada nas cercanias de Kandahar, a segunda maior cidade no Afeganistão. O salto foi liderado pelo então Coronel Joseph Votel, comandante do batalhão e atualmente um general de quatro estrelas aposentado.
Rangers embarcando em um dos quatro Lockheed MC-130. |
A pista de pouso havia sido bombardeada por aviões de ataque AC-130 Combat Talon e outras aeronaves, causando algumas baixas (30-100 mortos) e dispersando os talibãs. Os Rangers saltaram em zero visibilidade sobre a pista de pouso deserta, com um único talibã tentando atirar nos paraquedistas, mas sendo rapidamente morto a tiros. Os Rangers tiveram dois feridos no salto, e mais tarde dois 2 Rangers mortos na queda de um helicóptero sobrevoando em volta da zona de lançamento (ZL) em missão de Busca e Resgate em Combate (Combat Search and Rescue, CSAR).
Rangers lançam-se no espaço durante a Operação Rhino na noite de 19 para 20 de outubro de 2001. |
O salto foi principalmente uma peça de propaganda, com um risco basicamente inexistente, com os únicos dois mortos por acidente de helicóptero - uma certa tradição americana, com as primeiras baixas ocorrendo dessa forma antes mesmo do início da invasão - e uma ZL virtualmente vazia.
A façanha foi repetida na invasão do Iraque, com o salto sem oposição da ZL Bashur sobre a pista de pouso de 2,1km de Bashur, classificada como "base aérea" no norte do Iraque, na Operação Northern Delay (Operação Atraso ao Norte, o que indica seu objetivo). Na noite de 26 de março de 2003, paraquedistas da 173ª Brigada Aerotransportada (173rd Airborne Brigade), partindo da Itália, saltaram sem oposição sobre a pista abandonada e fizeram a baliza dos vôos de re-suprimento em Bashur.
A operação foi classificada como salto de combate pelo Exército, embora a zona de lançamento já estivesse protegida por forças curdas aconselhadas por forças especiais americanas. O salto, comandado pelo Coronel William Mayville Jr., levou um total de 58 segundos, embora 32 paraquedistas não tenham conseguido saltar porque teriam pousado muito longe do resto da força.
Segundo o Comando americano, a presença dos paraquedistas forçou o Exército iraquiano a manter aproximadamente seis divisões na área para proteger seu flanco norte, fornecendo alívio estratégico para as Forças da Coalizão avançando em Bagdá a partir do sul. A força acabou espalhada em uma zona de lançamento de mais de 9km e levou 15 horas antes de estar completamente reunida. Nas semanas anteriores havia chovido forte e a lama criou problemas para quem saltava. Os paraquedistas protegeram a pista de pouso, permitindo que os aviões C-17 pousassem e trouxessem blindados pesados e os contingentes do 1º Batalhão do 63º Regimento Blindado.
O salto sobre Bashur
Uma força total de 996 ou 969 Sky Soldiers saltaram no dia em 10 Chalks ("Giz"), apelido para o grupo total dentro de uma aeronave. Um Chalk geralmente corresponde a uma unidade do tamanho de um pelotão para operações de assalto aeromóvel (helitransportado) ou a uma organização igual ou abaixo da companhia para operações paraquedistas. Para operações de transporte aéreo, pode consistir em uma unidade igual ou maior que uma companhia. Freqüentemente, uma carga de paraquedistas em uma aeronave, preparada para um salto, também é chamada de Stick.
O termo Chalk foi cunhado pela primeira vez na Segunda Guerra Mundial para tropas aerotransportadas durante a Operação Overlord, a invasão aliada da Europa. O número de vôo da aeronave era colocado nas costas das tropas com giz. Mais tarde, foi usado durante a Guerra do Vietnã, quando era prática comum numerar com giz as laterais dos helicópteros envolvidos em uma operação. No 75º Regimento Ranger do Exército Americano, eles usam o termo Chalk desde uma formação do tamanho de uma companhia ou tão pequena quanto uma esquadra-de-tiro de quatro homens; a menor formação tática.
Bibliografia recomendada:
82nd Airborne. Fred Pushies. |
AIRBORNE: A Guided Tour of an Airborne Task Force. Tom Clancy. |
Leitura recomendada:
FOTO: Salto de amizade na Polônia, 30 de agosto de 2020.
terça-feira, 27 de julho de 2021
FOTO: T-62 iraquiano atolado
Um T-62 iraquiano atolado num pântano durante a guerra contra o Irã, anos 1980. |
Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 27 de julho de 2021.
A Guerra Irã-Iraque, que durou de 1980 a 1988, viu incontáveis batalhas em terreno pantanoso nas regiões de Abadan, próxima à península de al-Faw, de Bostan, nos pântanos de Hawizeh e nas ilhas Majnoon.
O T-62, já ultrapassado pelo T-72, enfrentou carros de combate ocidentais iranianos comprados na época do Xá. Em algumas ocasiões até conseguiram alguns disparos de sorte, mas ambos os lados operavam seus equipamentos com baixíssima capacidade por falta de treinamento.
quarta-feira, 30 de junho de 2021
FOTO: Combatente xiita iraquiano
Um combatente muçulmano xiita das Saraya al-Salam (Companhias de Paz) na linha de frente de Jurf al-Sakhr ao sul de Bagdá em 18 de agosto de 2014. (AFP) |
Moqtada al-Sadr (centro) ao lado do clérigo Ali Khamenei e do General Qassem Soleimani, Teerã, 2019. |
COMENTÁRIO: Contra o Daesh, a estranha vitória, 11 de setembro de 2020.
sexta-feira, 28 de maio de 2021
GALERIA: A Divisão Daguet no Golfo
A praça d'armas do PC da divisão Daguet em Miramar. Um merlon circunda o acampamento Miramar, na Arábia Saudita, dezembro de 1990. (Yann Le Jamtel / ECPAD) |
A partir de 2 de agosto de 1990, a França condenou o Estado iraquiano contra sua agressão ao Kuwait e envolveu-se em um conflito que se desenrolaria no coração da Península Arábica.
A ação francesa resultou na criação da Divisão Daguet, composta por 14.500 soldados deslocados no terreno. A partir de setembro de 1990, a divisão Daguet teve que desdobrar meios técnicos colossais para garantir as posições francesas no coração do deserto saudita, nos campos de Miramar ou do Rei Khaled e, assim, preparar seus contingentes para a ofensiva direta dos meses de janeiro e Fevereiro de 1991.
Soldados do 1er REC (1er Régiment Étranger de Cavalerie / 1º Regimento Estrangeiro de Cavalaria) aguardando embarque em Toulon, no sul da França, em setembro de 1990. (Christian Fritsch / ECPAD) |
O TCD "Foudre" ("Relâmpago") no mar carregado de helicópteros Gazelle e atracado em Yanbu, na Arábia Saudita, fevereiro de 1991. (Didier Charre / ECPAD) |
A Operação "Tempestade do Deserto", lançada em 16 de janeiro de 1991, consiste sobretudo em um ataque aéreo de 43 dias contra o exército iraquiano, seguido de uma ofensiva terrestre de 24 a 26 de fevereiro, durante a qual os soldados franceses avançam em direção à cidade de As-Salman (ou Al-Salman) a fim de assumir o controle do eixo do Texas. Objetivo alcançado em 48 horas, menos tempo que o previsto no cronograma do planejamento do estado-maior. O aeroporto de As-Salman foi tomado após um avanço rápido de 150km em apenas dois dias, perdendo apenas 2 homens mortos e 35 feridos.
Foto aérea do campo do Rei Khaled (camp du roi Khaled, CRK) na Arábia Saudita, novembro de 1990. (Yann Le Jamtel / ECPAD) |
Manutenção em Jaguars pelos mecânicos de pista de Al Ahsa, Arábia Saudita, dezembro de 1990. (Yann Le Jamtel / ECPAD) |
Na base aérea de Al Ahsa, no retorno de uma missão, são verificados os armamentos dos aparelhos da Força Aérea Francesa: canhão de 30mm em um Jaguar, outubro de 1990. (Christian Fritsch / ECPAD) |
Um avião de combate francês Jaguar da base aérea de Al Ahsa em patrulha é reabastecido em vôo por um avião de reabastecimento KC-135, outubro-dezembro de 1990. (Yann Le Jamtel / ECPAD) |
Jaguar da Força Aérea Francesa pousando na frente de um avião de transporte Hercules C-130 na pista de taxiamento da base aérea de Al Ahsa, Arábia Saudita, dezembro de 1990. (Yann Le Jamtel / ECPAD) |
Vista aérea das posições fortificadas iraquianas e dos tanques T-55 destruídos em Rochambeau, na Arábia Saudita, fevereiro de 1991. (Michel Riehl / ECPAD) |
Em Rochambeau, na Arábia Saudita, uma equipe de filmagem do ECPA filma prisioneiros iraquianos rendidos, fevereiro de 1991. (Yann le Jamtel / ECPAD) |
No eixo Texas, no Iraque, um caminhão americano rebocando um obus M-198 de 155mm cruza com soldados iraquianos se rendendo, fevereiro de 1991. (Michel Riehl / ECPAD) |
A bandeira tricolor foi içada novamente na Embaixada da França na Cidade do Kuwait, capital do Kuwait, em 28 de fevereiro de 1991. (Claude Savriacouty / ECPAD) |
Bibliografia recomendada:
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021
GALERIA: Armas iraquianas capturadas na Operação Tempestade do Deserto
Legenda original: “Fuzis de assalto AKM capturados são marcados e exibidos durante a Operação Tempestade do Deserto”. (NARA) |
Legenda original: “Uma vista frontal direita de uma metralhadora antiaérea ZPU-4 que foi capturada das forças iraquianas durante a Operação Tempestade do Deserto”. (NARA) |
Legenda original: “Uma vista frontal esquerda de uma metralhadora antiaérea ZPU-4 que foi capturada das forças iraquianas durante a Operação Tempestade no Deserto”. (NARA) |
Bibliografia recomendada: