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sábado, 2 de janeiro de 2021

FOTO: O fuzil sniper PSL na Nicarágua

Sniper nicaraguense de operações especiais da polícia armado com o PSL (Puşcă Semiautomată cu Lunetă) em patrulha em Monimbo, bairro da cidade de Masaya, durante manifestações anti-Ortega em 18 de julho de 2018.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 2 de janeiro de 2021.

O fuzil de precisão Puşcă Semiautomată cu Lunetă (P.SA.L./PSL, literalmente "fuzil semi-automático com luneta") é uma arma romena inspirada no SVD Dragunov russo, mas com o mecanismo do fuzil-metralhador RPK (PM md. 1964, versão romena idêntica). Esse fuzil foi visto na Nicarágua durante os protestos contra o ditador-presidente José Daniel Ortega Saavedra. 

Daniel Ortega governa o país direta ou indiretamente por 42 anos, desde a vitória sandinista sobre Somoza em julho de 1979, e as manifestações populares de 2018 foram reprimidas com violência. Em maio de 2018, as estimativas do número de mortos chegavam a 63, muitos deles estudantes manifestantes, e os feridos totalizavam mais de 400. Após uma visita de trabalho de 17 a 21 de maio, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos adotou medidas cautelares destinadas a proteger os integrantes do movimento estudantil e suas famílias, após testemunhos indicarem que a maioria deles havia sofrido atos de violência e ameaças de morte por sua participação. Em 18 de julho de 2018 iniciaram-se manifestações em massa em mais de 2 mil cidades nicaraguenses, sendo reprimidas violentamente. Em 2019, os mortos já se elevavam a 325, a maioria por armas de fogo das forças policiais, mais de 1.400 feridos e mais de 690 detidos.

Ortega expulsou do país o escritório do alto comissário de direitos humanos das Nações Unidas (United Nations High Commissioner for Human Rights, OHCHR) e a comissão interamericana de direitos humanos (Inter-American Commission on Human Rights, IACHR) por denunciarem a mão pesada do governo sandinista.

Operadores especiais da polícia nicaraguense durante as manifestações de 18 de julho de 2018. O operador à esquerda tem um PSL.

Desde a madrugada de 25 de fevereiro de 2020, a Polícia da Nicarágua manteve todas as entradas de Manágua tomadas no mesmo dia em que a oposição ao regime de Daniel Ortega pretendia se manifestar para exigir a libertação de presos políticos. Nos postos de controle, os policiais requisitam veículos particulares, ônibus e detinham pessoas para questioná-las sobre os motivos de sua visita à capital. Em vários lugares, a polícia agrediu cidadãos que protestavam e manifestavam seu desacordo com o governo autoritário de Ortega e nessas ações policiais e grupos civis ou paramilitares vinculados ao sandinismo agrediram e ameaçaram jornalistas. A violência contra jornalistas e membros eclesiásticos continuou em julho de 2020.

O impasse dos protestos ainda continua em 2021.

Bibliografia recomendada:

Out of Nowhere:
A history of the Military Sniper,
Martin Pegler.

Leitura recomendada:

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

VÍDEO: Helicóptero Blackhawk americano resgatando famílias hondurenhas

Tripulação do helicóptero HH-60 Black Hawk do Exército Americano do 1-228º Regimento de Aviação, Força Tarefa Conjunta-Bravo (1-228th Aviation Regiment, Joint Task Force-Bravo), salva uma menina e duas famílias hondurenhas perdidas em uma ilha após uma enchente, 23 de novembro de 2020.

Leitura recomendada:

FOTO: CLAnf filipino durante uma enchente13 de novembro de 2020.

Helicópteros de ataque australianos resgatam náufragos em uma ilha deserta no Pacífico, 4 de agosto de 2020.


domingo, 30 de agosto de 2020

Quando a China se instala na América Latina

Por Nashidil RouiaïDario Ingiusto, Areion24, 15 de janeiro de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 30 de agosto de 2020.

A China tornou-se em poucos anos um importante parceiro econômico e financeiro dos países da América Latina e do Caribe. Vários estados da região adotaram, portanto, o principal programa da República Popular no comércio e infraestrutura mundial, a “Nova Rota da Seda”.

Há muito tempo considerada o quintal dos Estados Unidos, a América Latina e o Caribe gradualmente se voltaram para a China. No espaço de uma década, a China se tornou seu segundo maior parceiro comercial, com o volume de comércio de mercadorias aumentando de US$ 12 bilhões para US$ 307,4 bilhões entre 2000 e 2018.

Cartografia de Dario Ingiusto.

A República Popular também é o principal credor dos países latino-americanos. O valor de seus empréstimos superou o do financiamento do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Entre 2008 e 2018, mais de US$ 153 bilhões foram emprestados por Pequim, grande parte para o Brasil e a Venezuela. A China deseja garantir os recursos estratégicos úteis para as suas necessidades internas, em primeiro lugar hidrocarbonetos, recursos minerais e produção de alimentos. Assim, 88% dos empréstimos referem-se a projetos de energia e infraestrutura.

Essa estratégia permite que as empresas chinesas entrem em novos mercados. Várias barragens e usinas hidrelétricas foram construídas por empresas chinesas na floresta amazônica e na Patagônia. E enquanto milhares de quilômetros de ferrovias estão em construção no Brasil, Peru e Venezuela, chineses e argentinos negociaram em março de 2019 a construção de uma instalação nuclear de 8 bilhões de dólares em Atucha, na província de Buenos Áreas. Espera-se que esses grandes projetos continuem: quinze países da região foram integrados à iniciativa da “Nova Rota da Seda”, e a Jamaica e o Peru ratificaram protocolos de intenção em abril de 2019. Embora eles sejam bem recebidos por atores econômicos regionais, esses projetos são alvo de críticas de populações locais e associações ambientalistas.

A presença chinesa também envolve tecnologia. Desde 2017, a Bolívia lançou um sistema de resposta a desastres naturais desenvolvido por uma empresa chinesa e financiado por um empréstimo de Pequim. Enquanto o Equador adotou a vigilância de espaços públicos desenvolvida pela China, a Venezuela usa tecnologia chinesa por meio de um documento de identidade emitido em janeiro de 2017. Esse “caderno da pátria” tornou-se necessário para se beneficiar da ajuda social concedida pelas autoridades, mas ativistas de direitos humanos denunciam seu uso para fins de vigilância ou para invadir a vida privada. Do ponto de vista cultural, a República Popular está suprindo sua falta de influência com o estabelecimento de Institutos Confúcio, inclusive em parceria com universidades locais. Em agosto de 2019, eram 43, incluindo 10 no Brasil. Além de aumentar seu poder sobre uma região onde os Estados Unidos têm uma influência histórica, Pequim também está assumindo uma liderança decisiva sobre Taiwan, já que os últimos aliados globais de Taipei estão principalmente na América Latina.

Bibliografia recomendada:

China versus Ocidente:
O deslocamento do poder global no século XXI.

Leitura recomendada:


O coronavírus pode ser o fim da China como centro global de fabricação, 10 de março de 2020.

A China está cada vez mais preocupada com "humilhação" à medida que o Japão financia o êxodo de empresas19 de agosto de 2020.

França interrompe ratificação de tratado de extradição com Hong Kong após lei de segurança5 de agosto de 2020.

China lança lições de patriotismo para jovens rebeldes de Hong Kong21 de julho de 2020.

A China está preenchendo a lacuna do tamanho da África na estratégia dos EUA14 de março de 2020.

Viva Laos Vegas - O Sudeste Asiático está germinando enclaves chineses13 de maio de 2020.

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

FOTO: Kaibiles na inauguração da Escuela de Comandos

Kaibiles durante a abertura da Escuela de Comandos (Escola de Comandos), em 5 de dezembro de 1974. À esquerda da insígnia Kaibil, o futuro General Pablo Nuila Hub. 

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 17 de agosto de 2020.

A Escola de Comandos, em Melchor de Mencos, na Guatemala, foi renomeada três meses depois como Centro de Adiestramiento y Operaciones Especiales Kaibil (Centro de Adestramento e Operações Especiais Kaibil). Em 12 de janeiro de 1989, a escola foi transferida para Poptún, ainda no departamento de Petén.

Os Kaibiles atualmente estão inseridos na Brigada de Operaciones Especiales "General de Brigada Pablo Nuila Hub":
  • Batallón de Fuerzas Especiales “Kaibiles”;
  • Brigada de Paracaidistas "General Felipe Cruz";
  • I Batallón de Paracaidistas;
  • II Batallón de Paracaidistas;
  • Escuela Militar de Paracaidismo.
Bibliografia recomendada:

Los Kaibiles.
General Jorge Antonio Ortega Gaytán.

Leitura recomendada:







terça-feira, 21 de abril de 2020

FOTO: Soldados caribenhos

Soldado jamaicano (esquerda) armado com um FAL australiano L1A1 e um soldado do Royal Bermuda Regiment com um Ruger Mini-14, durante um exercício conjunto na Jamaica.

Um membro da Força de Defesa Jamaicana (Jamaican Defense Forcedesignado para escoltar um pelotão do Regimento Real das Bermudas (Royal Bermuda Regiment, RBR), treinando nas Montanhas Azuis da Jamaica em 1996. Cada pelotão do Regimento das Bermudas foi designado um soldado jamaicano para agir em seu nome em caso de qualquer dificuldade com civis jamaicanos. Soldados das Bermudas não têm autoridade na Jamaica, mas soldados jamaicanos possuem determinados poderes de polícia.

Leitura recomendada:


Garands a Serviço do Rei18 de abril de 2020.


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

FOTO: Forças de Defesa do Caribe Oriental em Granada


Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 21 de fevereiro de 2020.

Militares da Força de Defesa do Caribe Oriental (Eastern Caribbean Defense Force, ECDF), armados com fuzis FN FAL, empilham armas capturadas aos granadinos durante a Operação Urgent Fury, 1983.

A pilha contém fuzis AK-47 e SKS soviéticos, além de outras peças de equipamento mais sofisticado, como um rádio portátil.


Granada de morteiro 82mm soviético.

Bibliografia recomendada:

Urgent Fury:
The Battle for Grenada.
The Truth Behind the Largest U.S. Military Operation Since Vietnam.
Major Mark Adkin.

Leitura recomendada:

FOTO: Soldados caribenhos, 21 de abril de 2020.


Um breve comentário sobre o FN FAL21 de fevereiro de 2020.