terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Ex-intérprete do exército alemão acusado de espionagem para a inteligência iranianas

MAZAR-E-SHARIF, Afeganistão - Soldados do exército alemão, baseados em Camp Marmal, realizam a vigilância de uma vila próxima, durante uma patrulha diária de segurança, onde se encontram com os anciãos. As patrulhas garantem segurança e promovem boas relações com os afegãos. (Foto oficial do sargento de primeira classe Ryan Tabios, Relações Públicas do QG da ISAF)

Do site Task&Purpose, 24 de janeiro de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 25 de fevereiro de 2020.

Nota do editor: Este artigo foi originalmente publicado no site Radio Free Europe / Radio Free Liberty.

O julgamento de um cidadão alemão-afegão, suspeito de espionar para a inteligência iraniana, deve começar em 20 de janeiro na cidade de Koblenz, na Alemanha.

Identificado como Abdul Hamid S. de acordo com as leis de privacidade da Alemanha, o ex-intérprete e conselheiro de 51 anos de idade das forças armadas alemãs, ou Bundeswehr, foi preso há um ano na região da Renânia, no oeste da Alemanha e acusado de fornecer informações à inteligência iraniano por muitos anos.

Os promotores o acusam especificamente de repassar 19 documentos classificados à inteligência iraniana. O Irã negou ter tido contato com o ex-consultor militar. O cônjuge de 40 anos do suspeito foi acusado como acessório, mas não foi detido. Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã disse à emissora alemã Deutsche Welle que a prisão do suspeito foi uma tentativa de "inimigos" do Irã de sabotarem as relações da república islâmica com a UE.

A revista alemã Der Spiegel informou que ele teve acesso a informações confidenciais, incluindo possíveis detalhes sobre o desdobramento de tropas no Afeganistão, e que trabalhou para a agência de inteligência MOIS do Irã. Sabe-se que a Bundeswehr usa falantes nativos para acompanhar as tropas em patrulha no Afeganistão para facilitar a comunicação com os habitantes locais. A agência de notícias DPA informou que o julgamento será realizado a portas fechadas e está programado para durar até 31 de março.

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