terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

IWI CARMEL. O novo fuzil automático de Israel.

IWI Carmel
FICHA TÉCNICA
Tipo: Fuzil de assalto.
Miras: Diversos modelos, entre aço dobrável,  miras reflex e ópticas, todas instaladas sobre o trilho picatinny
Peso: 3,3 kg (vazio).
Sistema de operação: A gás com trancamento rotativo do ferrolho.
Calibre: 5,56x45 mm, 223 Remington.
Capacidade: 30 munições.
Comprimento Total: 80,3 cm (coronha estendida)
Comprimento do Cano: 11,1 polegadas.
Velocidade na Boca do Cano: 900 m/seg
Cadência de tiro: 700 tiros/ min.

DESCRIÇÃO
Por John Ironhead . com apoio de Claudio Queiroz
Na primeira quinzena de abril de 2019 ocorreu o maior evento de defesa da America Latina, a famosa LAAD, que a cada dois anos, na cidade do Rio de Janeiro, é aberta para um público segmentado de defesa, seja da industria, seja de organizações de segurança publica e militares para que estes tenham um vislumbre das novidades no segmento de defesa e segurança.
Foi nesse evento que uma das mais importantes empresas de defesa do mundo, a IWI, de Israel, apresentou seu novo fuzil de assalto, o Carmel.
O Carmel foi uma surpresa pois não se sabia que a IWI estava desenvolvendo uma arma de assalto por conta própria, uma vez que não houve uma solicitação por parte do governo de Israel para que um novo fuzil fosse projetado. As forças de defesa de Israel empregam as carabinas M-4, e o fuzil Tavor, ambos já descritos aqui no WARFARE Blog (clique nos links no texto para ler) e estão satisfeitos com essa configuração de equipamento neste momento. Assim, fica claro que a IWI tem objetivo de fornecer este novo armamento no mercado internacional.
A LAAD Defense 2019, maior feira de defesa  e segurança da América Latina, que ocorre noa cidade do Rio de Janeiro, foi local escolhido pela IWI para apresentar seu mais novo produto, o fuzil Carmel.
O fuzil Carmel é fabricado em um tipo de polímero modificado com objetivo de ser mais resistente que o material sintético que encontramos em outros fuzis de projeto recente e a caixa da culatra é produzida em uma liga de alumínio aeronáutico, que ajuda a manter om peso reduzido e uma grande imunidade a oxidação.
Seu sistema de funcionamento é o já consagrado sistema de aproveitamento de gases com trancamento por ferrolho rotativo que garante boa confiabilidade e segurança no ciclo de funcionamento da arma. O cilindro de admissão de gases possui uma tecla de regulagem com 3 posições (Regular, Condições extremas (arma muito suja) e a posição de uso com supressor de ruído.
Mecanicamente, o Carmel, usa o consagrado sistema de trancamento rotativo do ferrolho e aproveitamento de gazes com o pistão com recuo curto. Este sistema se mostrou extremamente confiável nas armas que utilizam.
A munição empregada pelo Carmel é o 5,56x45 mm, amplamente usado na maioria das forças armadas e policiais do mundo atualmente e o carregador é o padrão stanag, compatível com os fuzis da plataforma AR. A cadência de tiro se situa em torno de 850 tiros por minuto, o que lhe confere uma condição similar do fuzil M-16 e carabina M-4A1 em situação de rajada. Ainda tratando do regime de fogo do Carmel, o seletor de disparo possui a posição safe, fogo e rajada, não tendo  a posição de rajada curta. Nesse ponto é interessante colocar que muitos dos mais recentes projetos de fuzis não tem mais esse recurso.
O cano do Carmel pode ser substituído facilmente sem uso de ferramentas através de uma alavanca posicionada no início do guardam[ao, abaixo do limite do curso do da alavanca do ferrolho e que solta ele para que se possa trocar por diferentes dimensões de canos para se adaptar a situação como por exemplo, um cano mais curto para CQB (combates em locais confinados), ou mais longo para DMR (atirador designado) ou em campo aberto.
O Carmel possui uma cadência de tiro similar ao encontrado nos fuzis da plataforma AR. São 850 tiros por minuto em regime automático.
Uma das qualidades que a IWI inseriu no Carmel foi a facilidade de operação do armamento através de todas as teclas e comandos ambidestros. A alavanca de manejo possui a capacidade de mudar de lado com o simples empurrar da alavanca para o outro lado da arma em um determinado ponto do curso do ferrolho. A janela de ejeção, embora não possa ser mudada de lado, possui um eficiente defletor de cartuchos que faz com que o cartuchos deflagrados sejam lançados para a posição de "2h" do operador não levando risco de acertar o rosto de um operador canhoto ou mesmo um parceiro que esteja ao seu lado direito.
Nesta foto o Carmel está equipado com um lançador de granadas IWI ACE GL-40 de 40 mm.
A coronha do Carmel é dobrável e telescópica com 6 posições, o que permite uma excelente adaptação para todos os gostos e necessidades dentro do campo de batalha. Outro interessante recurso da coronha é seu encosto para o rosto com 3 posições de altura. Esse recurso só é encontrado em poucos fuzis de série como o SCAR da FN, o ACR da Remington/ Bushmaster e as mais recentes versões do HK G-36. O guarda mão, possui telas removíveis que cobrem os trilhos padrão picatinny STANAG 2324 que estão nas laterais e na parte de baixo. Já na parte de cima, o trilho é integral, cobrindo toda a extensão da arma.
A remoção das telas de proteção dos trilhos de acessórios no guarda-mão é feito de forma fácil através de um botão de trava na lateral da tela.
Embora as forças de defesa de Israel não tenham solicitado o desenvolvimento desta arma e nem encomendado a arma para suas tropas, se o valor cobrado pelo Carmel for competitivo, certamente será uma pedra no sapato dos fabricantes europeus e americanos nesse concorrido mercado. Além disso, é bem provável que a IWI lance uma versão exclusivamente semi automática para ser comercializada no "faminto" mercado norte americano, que é dominado por carabinas da plataforma AR. O Carmel é uma novidade no mercado ainda, e só com o passar do tempo saberemos sobre seu sucesso, mas a julgar pelo histórico da IWI, podemos ter um bom prognóstico de seu futuro.






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