quarta-feira, 19 de maio de 2021

VÍDEO: Cerimônia para comemorar o 70º aniversário da participação do Batalhão Francês da Coréia

Veteranos franceses do "Batalhão da Coréia" com a boina, suas medalhas e a insígnia da 2ª Divisão de Infantaria "Cabeça de Índio".

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 19 de maio de 2021.

O ECPAD, o serviço de imagem das forças armadas francesas, capturou a cerimônia em comemoração ao 70º aniversário da participação do batalhão francês da ONU na Batalha de Putchaetul, em 18 de maio de 1951. Cerimônia ocorreu na Praça do Batalhão da ONU, no 4e Arrondissement de Paris, em 18 de maio de 2021.


Geneviève Darrieussecq, Ministra Delegada ao Ministro das Forças Armadas, encarregada dos Assuntos da Memória e Veteranos, presidiu a cerimônia na presença de Sua Excelência o Embaixador da República da Coréia na França, Dae Jong Yoo, e veteranos do batalhão. Criado em 25 de agosto de 1950, o batalhão francês na Coréia lutou sob o mandato das Nações Unidas até o fim dos combates em 1953.

O ministro também inaugurou o Muro com os nomes dos 292 soldados do batalhão, incluindo 24 coreanos, mortos durante os combates, afixado ao Memorial em homenagem ao batalhão.

O Batalhão Francês recebeu 4 citações do Exército Francês, 3 citações presidenciais dos Estados Unidos e 2 citações presidenciais da Coréia do Sul, e com mais de 2 mil citações individuais.

Francês e chinês feridos aguardam evacuação em Arrowhead, outubro de 1952.
(François Borreill/ ECPAD)

O batalhão destacou-se nas batalhas de Wonjou (10-20 de janeiro de 1950), Chipyong-ni (3-13 de fevereiro de 1951) e Putchaetul (18 de maio de 1951), nesta última perdendo 40 mortos e 200 feridos mas capturando o objetivo - a Cota 1037.

A batalha foi apelidada de "O massacre de maio".

Prisioneiro chinês capturado pelos franceses em Putchaetul, 18 de maio de 1951. (ECPAD)

Sua batalha mais famoso foi no monte Crèvecoeur (Heartbreak Ridge), de 13 de setembro a 20 de outubro de 1951. O escritor francês Jean Lartéguy (Jean Pierre Lucien Osty) lutou no Batalhão Francês e foi ferido por uma granada de mão inimiga durante a Batalha de Heartbreak Ridge. Seu romance "Sangue nas Colinas" ("Du sang sur les collines") é uma descrição altamente ficcionalizada da batalha. A primeira edição do romance, publicada em 1960, passou sem grande impacto, mas com o sucesso internacional de "Les Centurions" (Os Centuriões) no mesmo ano, Sangue nas Colinas foi reeditado como "Les mercenaires" (Os mercenários) em 1963.

Em seu livro "Guerra da Coréia: Nem vencedores, nem vencidos", o historiador americano Stanley Sandler qualifica o Batalhão Francês como a melhor unidade das forças da ONU na Coréia (pg. 217).

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FOTO: Filipinos na Coréia, 14 de março de 2020.


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