sábado, 18 de janeiro de 2020
Exército Sírio lança grande assalto no sudoeste de Alepo
![]() |
Equipe de metralhadora do Exército Sírio durante confrontos no sul de Aleppo. (Fonte: Sputnik /Mikhail Alayeddin) |
Do jornal AMN Al-Masdar News, 17 de janeiro de 2020.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 18 de janeiro de 2020.
BEIRUTE, LÍBANO (14:30) - O Exército Árabe da Síria (SAA) lançou um assalto pesado ao longo das linhas de frente do sudoeste de Alepo na sexta-feira (17/01/20), conforme suas tropas continuam sua campanha contra os rebeldes jihadistas na província.
De acordo com uma fonte militar em Aleppo, o Exército Árabe Sírio lançou uma pesada barragem de artilharia e mísseis em direção às posições de Hay'at Tahrir Al-Sham (HTS) ao redor da estratégica Rodovia Aleppo-Idlib (M-5), resultando em fortes explosões que podiam ser ouvidas tão longe quanto na capital da província.
A fonte apontou que a maioria dos ataques de artilharia se concentravam na principal cidade de Khan Touman, localizada ao longo da rodovia Aleppo-Idlib.
Este último ataque do Exército Árabe Sírio ocorre apenas um dia após o lançamento de um ataque em larga escala às posições jihadistas na província de Aleppo.
Ao mesmo tempo, o Exército Sírio continuou a atacar a província de Idlib com artilharia pesada, enquanto suas tropas tentam avançar para o norte de Jarjanaz.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2020
O líder do Estado Islâmico (ISIS), conhecido como "Jabba the Hutt", foi capturado em Mosul
![]() |
Abu Abdul Bari (Twitter/@AliBaroodi) |
Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 17 de janeiro de 2020.
O governo iraquiano anunciou na quinta-feira (16/01/2020) a captura do mufti do ISIS Shifa Al-Nima, também chamado Abu Abdul Bari, e conhecido como "Jabba the Hutt" (Jabba, o Hutt; do universo de Guerra nas Estrelas) em Mosul. Bari, pesando 136kg, não coube dentro de um carro e teve que ser levado na traseira de uma caminhonete.
Ele era conhecido nos círculos do ISIS por "discursos provocativos contra as forças de segurança" e considerado um dos principais líderes das "gangues do ISIS" que continuam a atormentar o país, anunciou o governo iraquiano no Twitter. Bari também é responsável por emitir uma fatwa para a destruição de uma mesquita em julho de 2014, que se acredita ser o local de sepultamento do profeta Yunus (o Jonas da Bíblia que é engolido por uma baleia), afirmou o governo iraquiano.
Uma fatwa, ou fátua, é um pronunciamento legal no Islã feito por um especialista em lei religiosa (sharia), sobre um assunto específico. Um acadêmico capaz de emitir fatwas é conhecido por mufti, a quem é reconhecida a capacidade de interpretar a lei islâmica.
O local religioso histórico foi destruído pelo Estado Islâmico em 2014 depois que eles tomaram Mosul. O mufti Bari/Jabba foi uma das principais figuras a ordenar o massacre, execução, escravização, estupro, sequestro e venda de não-muçulmanos e muçulmanos que se opunham ao Estado Islâmico.
FOTO: Soldados americanos e afegãos observam uma explosão
![]() |
Soldados americanos e afegãos observando uma explosão em posições talibãs no Afeganistão, em 2013. |
Bibliografia recomendada:
![]() |
Guerra. Sebastian Junger. |
Leitura recomendada:
Aliados, inimigos, ou apenas inúteis? Um operador das forças especiais sobre trabalhar com as SOF afegãs, 15 de fevereiro de 2020.
Como a guerra boa se tornou ruim, 24 de fevereiro de 2020.
FOTO: Operador especial usando shemagh no Afeganistão, 8 de março de 2021.
FOTO: Fuzil Lebel capturado no Afeganistão, 1º de janeiro de 2021.
FOTO: Raide dos Comandos Afegãos na província de Farah, 3 de setembro de 2020.
GALERIA: Graduação na ANASOC, 13 de abril de 2020.
GALERIA: Soldados americanos em um tiroteio no Vale de Waterpur, 10 de fevereiro de 2021.
FOTO: Helicóptero Kamov na Síria
![]() |
Kamov Ka-52 Alligator ("Hokum-B") na Síria, 2019. (Foto Lost Armour.Info) |
O Kamov está em operação na Síria desde abril de 2016. Em particular, de acordo com os resultados da campanha na Síria, os fabricantes foram instruídos a aumentar a gama de sistemas de mira óptica e armas de aviação para helicópteros Ka-52 Alligator. Até o momento, os Alligators estão em serviço na versão de helicópteros de apoio de tropa. Sob o contrato assinado em 2011 pela holding Helicopters of Russia e Oboronprom, até 2020 140 dessas máquinas serão entregues.
Bibliografia recomendada:
FOTO: Hinds afegãos, 26 de abril de 2020.
PINTURA: Guardas de Fronteira da KGB com um Mi-8, 27 de março de 2021.
FOTO: Soldado israelense com fuzil-metralhador em 1948
![]() |
Soldado do 7º Pelotão, 10ª Companhia da Juventude Operária, 3º Batalhão Hachsharot, Brigada Yiftach, em um posto de vigia no Kibbutz Misgav Am na fronteira com o Líbano, em 1948. |
Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 17 de janeiro de 2020.
Ele está armado com o FM (Fuzil-Metralhador) MAC 24/29 (MAC é o acrônimo para Manufacture d'Armes de Châtellerault). Pelo menos 200 FMs MAC 24/29 estavam em serviço com as Forças de Defesa de Israel, e possivelmente mais do que isso antes da formação das FDI/IDF. Um manual de campanha escrito ou traduzido datado de 1942 pelo Haganah ("Força de Defesa") refere-se ao MAC 24/29 como "מקלע צרפתי שטו", ou seja, "Metralhadora francesa château", uma tradução errada de "Châtellerault".
FOTO: Um T-62 russo observa o horizonte na Chechênia
Morte do Almirante Pierre Lacoste, ex-chefe da DGSE
Por Laurent Lagneau, Zone Militaire Opex360, 16 de janeiro de 2020.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 17 de janeiro de 2020.
Nota do Tradutor: Lacoste é chamado de "Patron", o termo respeitoso francês para o chefe de unidades, e que significa "Patrono" e é a origem do culto aos patronos no Brasil, por influência da Missão Militar Francesa.
Chefe da Direção Geral de Segurança Externa [Direction Générale de la Sécurité Extérieure, DGSE] na época do chamado caso "Rainbow Warrior", o Almirante Pierre Lacoste morreu em 13 de janeiro, quando estava prestes a comemorar seu 96º aniversário. Seu funeral será realizado em 20 de janeiro de 2020 na Catedral de Saint Louis des Invalides, em Paris, de acordo com a área de tradições da Escola Naval.
Nascido em 23 de janeiro de 1924 em Paris, Pierre Lacoste tinha apenas 19 anos quando decidiu se juntar às forças francesas no norte da África, com a intenção de se alistar na Marinha. Depois de passar pela Espanha, ele finalmente chegou ao Marrocos antes de ingressar no curso para oficiais da reserva e na Escola Naval [classe 1944], o que deu origem a algumas complicações administrativas...
De qualquer forma, o jovem era aspirante de marinha em 1946, antes de ser promovido ao posto de guarda-marinha de primeira classe [tenente] dois anos depois. Ele então participou de operações navais na Indochina. Depois de alternar posições em terra e no mar e se especializar em comunicações, ele assumiu o comando de três navios de superfície, incluindo a escolta rápida "Le Provençal" e a escolta de esquadra Maillé-Brézé.
Depois de lecionar na Escola de Guerra (École de Guerre) e de ter passado pelo gabinete do Ministro da Defesa [Yvon Bourges na época], foi promovido a Contra-Almirante e nomeado comandante da Escola Superior de Guerra Naval (École Supérieure de Guerra Navale) em 1976. Dois anos depois, ele se tornou chefe do gabinete militar do primeiro-ministro Raymond Barre. Cargo que ocupou até 1980, quando recebeu o comando da Esquadra do Mediterrâneo.
Após a eleição do presidente François Mitterrand [maio de 1981], a inteligência exterior francesa foi profundamente revisada sob a liderança de Pierre Marion, o Serviço Externo de Documentação e Contra-Espionagem [Service de documentation extérieure et de contre-espionnage, SDECE] antes da Direção Geral de Segurança Externa.
Em 1982, Pierre Marion decidiu deixar o cargo devido a divergências com os políticos da época. Para substituí-lo, o ministro da Defesa Charles Hernu sonda Almirante Pierre Lacoste, que esperava ser nomeado inspetor geral da Marinha. Em uma entrevista ao Presidente Mitterrand, o oficial expressou seu "espanto", devido à "sua inocência" e "ignorância" sobre a comunidade de inteligência. "Não se preocupe, eu conheço você, está tudo bem..." respondeu o chefe de estado.
Depois veio o caso do Rainbow Warrior. Em 1984, a organização ambiental Greenpeace lançou uma campanha contra os testes nucleares franceses realizados em Mururoa. A operação "Satanique" (Satânica) devia combatê-la. Mas se transformou em um escândalo com a sabotagem do navio Rainbow Warrior, então ancorado em Auckland [Nova Zelândia]. Um fotógrafo perdeu a vida lá [Fernando Pereira] e dois oficiais da DGSE foram presos [os cônjuges falsos de Turenge, a saber, a Capitã Dominique Prieur e o Major Alain Mafart, nota].
Entre as rivalidades entre certos membros do governo, os vazamentos organizados para a imprensa e outros barbouzeries [barbacarias, operações disfarçadas], os fusíveis foram queimados. O ministro Hernu renunciou e o Almirante Lacoste foi substituído pelo General René Imbot.
Em seu relatório dos fatos, o Almirante Lacoste escreverá: "Foi em 19 de março de 1985 que o Sr. Patrick Careil, diretor do gabinete do Sr. Charles Hernu, pediu explicitamente que ele usasse os meios do DGSE para interditar ao movimento Greenpeace de realizar seus projetos de intervenção contra a campanha francesa de testes nucleares em Mururoa, no verão de 1985. [...] Recebido em audiência pelo Presidente da República, em 15 de maio às 18h, eu havia marcado esta questão no primeiro item da ordem do dia […]. Perguntei ao presidente se ele me permitiria executar o projeto de neutralização que eu havia estudado a pedido de Charles Hernu. Ele concordou com isso e expressou a importância que atribuía aos testes nucleares. Não entrei em mais detalhes do projeto, a autorização era suficientemente explícita."
"Esta operação era muito complicada, arriscada e acima de tudo completamente condenável em seu próprio princípio", escreveu ele em 1997, em seu livro "Um almirante em segredo".
Posteriormente, o Almirante Lacoste tornou-se presidente da Fundação de Estudos da Defesa Nacional [Fondation des études de la défense nationale, FEDN], depois do Centro de Estudos Científicos de Defesa [Centre d’études scientifiques de défense, CESD], no qual criou um seminário de pesquisa multidisciplinar sobre "A Cultura Francesa de Inteligência".
O que o levou a se interessar pelo conceito das implicações da inteligência no mundo dos negócios, desenvolvendo na França, com Alain Juillet, o conceito de inteligência econômica, e criando um DESS Information & Security (DESS Informação & Segurança) [intitulado atualmente Master 2 "Intelligence stratégique, Analyse des risques, Territoires", Inteligência estratégica, Análise de risco, Territórios.]
quinta-feira, 16 de janeiro de 2020
Snipers chineses agora estão equipados com drones para melhor atingirem seus alvos
Por Laurent Lagneau, Zone Militaire Opex360, 12 de janeiro de 2020.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 16 de janeiro de 2020.
Geralmente, um sniper opera em pares, ou seja, é associado a um "spotter" [observador] cuja missão é ajudá-lo a localizar alvos e fornecer informações úteis para garantir a precisão de seus tiros. Para isso, este último é equipado com ópticos, um telêmetro a laser, uma calculadora balística e um anemômetro*.
*NT: Aparelho para medir a velocidade do vento.
Na China, a panóplia dos snipers de reconhecimento e de forças especiais do Exército Popular de Libertação (PLA) foram recentemente enriquecidos por um mini-drone quadricóptero.
Esses dispositivos devem ajudá-los a localizar e neutralizar seus alvos com maior precisão, especialmente em áreas urbanas. E isso, escreve o jornal diário Global Times, que depende do Partido Comunista Chinês (PCC), oferece aos atiradores uma "vantagem tática importante, em particular ao lhes permitir atirar nos inimigos escondidos atrás das paredes" com um fuzil anti-material, como o AMR-2, calibre 12,7x108mm.
O mini-drone, facilmente transportável, é operado pelo observador do binômio. Dependendo das imagens recebidas, ele poderá indicar ao atirador a localização precisa de uma parede na qual ele terá que atirar para eliminar um inimigo... desde que o dispositivo não seja detectado por este último. Para isso, observa o Global Times, o drone "não deve voar muito perto" de possíveis alvos.
"Essa tática é muito vantajosa no campo de batalha, especialmente nas operações de guerra urbana e contraterrorismo", disse um especialista militar nas colunas do diário chinês, enfatizando que o uso de drones levou à "assimetria da informação".
Este método operacional foi testado a priori durante o recente exercício "Semana dos Demônios", organizado no final de dezembro para o benefício das forças especiais do PLA. Em uma fotografia publicada pelo site China Military Online, podemos ver o que é suposto ser um sniper e seu observador usando um mini-drone.
Mas, de acordo com a emissora pública chinesa [CCTV], dispositivos semelhantes foram entregues aos batedores do 80° grupo de exército.
Na Rússia, fala-se em equipar unidades de infantaria [no nível do pelotão] com mini-drones do tipo quadricóptero... capazes de transportar explosivos. Esses dispositivos serão usados principalmente para reconhecimento de curto alcance em áreas urbanas, graças à sua capacidade de pairar, entrar nas instalações e manobrar em ruas estreitas.
O Exército dos EUA está trabalhando em um projeto bastante semelhante, chamado "Sistema Letal de Mísseis Aéreos em Miniatura" [Lethal Miniature Aerial Missile System, LMAMS]. Isso é para fornecer aos soldados de infantaria uma munição "espreitando" para destruir alvos que não estão à vista, como... os snipers.
Bibliografia recomendada:
Leitura recomendada:
Fuzis sniper chineses têm uma história conturbada, 11 de junho de 2020.
FOTO: Sniper do FORAD no CENZUB, 23 de janeiro de 2020.
FOTO: Snipers irlandeses em manobras, 1º de fevereiro de 2020.
FOTO: Sniper belga da SIE/ESI, anos 90, 30 de janeiro de 2020.
A França planeja curso autônomo sobre drones, 11 de janeiro de 2020.
Sahel: Tendo sofrido perdas significativas contra a Barkhane, os jihadistas procuram adquirir drones, 28 de fevereiro de 2020.
Assinar:
Postagens (Atom)