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sexta-feira, 2 de setembro de 2022

FOTO: Operador especial polonês tatuado com as Meninas Superpoderosas

Operador GISW polonês, 2022.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 2 de setembro de 2022.

Operador do GISW (Grupa Interwencyjna Służby WięziennejGrupo de Intervenção do Serviço Prisional), forças especiais da polícia prisional polonesa, com o braço tatuado com as Meninas Superpoderosas.


As Meninas Superpoderosas (The Powerpuff Girls) é uma série de desenho animado criada e escrita por Craig McCracken, e dirigida junto com Genndy Tartakovsky, e que segue as três meninas superpoderosas Florzinha, Lindinha e Docinho. Elas foram criadas pelo Professor Utônio, que acidentalmente deixou derrubar o Elemento X na poção da "Garotinha Perfeita" (uma mistura de açúcar, tempero e tudo o que há de bom). Sendo assim, o Elemento X deu a elas superpoderes, e entre uma brincadeira e outra, elas têm que salvar a cidade fictícia norte-americana de Townsville de diversos monstros; este nome significando "vila-cidadezinha", para ser o nome mais genérico possível.

Os episódios geralmente começam com o narrador dizendo "A cidade de Townsville... está sendo atacada!". A série estreou em 18 de novembro de 1998 pelo Cartoon Network nos Estados Unidos e foi um sucesso mundial, inclusive no Brasil.

Abertura em português brasileiro


Leitura recomendada:

A estratégia da Polônia, 5 de junho de 2021.

domingo, 15 de maio de 2022

O precioso tesouro escondido dos nazistas teria sido localizado na Polônia sob um antigo bordel da SS

É sob este palácio localizado na Polônia, que eles usavam como bordel, que os nazistas teriam enterrado o tesouro.

Por Laure Ducos, Midi Libre, 13 de maio de 2022.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 15 de maio de 2022.

Um baú foi encontrada enterrada sob um palácio que foi escondido por ordem de Heinrich Himmler.

O famoso tesouro acumulado pelos nazistas que saquearam bens preciosos durante a Segunda Guerra Mundial foi finalmente descoberto.

De fato, os caçadores de tesouros que investigam há anos para localizar esse saque, contendo mercadorias estragadas, escondidos sob as ordens de Heinrich Himmler, teriam descoberto, graças a um georadar, um baú de metal localizada três metros abaixo do solo em um palácio abandonado na Polônia, conforme relatado pelo Daily Mail.

Este palácio, que data do século XVIII, foi utilizado pelos nazistas que utilizaram o local situado na aldeia de Minkowskie como bordel durante a guerra. Heinrich Himmler havia emitido a ordem para manter e esconder esse tesouro para financiar o Quarto Reich.

O que o tesouro conteria?

O espólio acumulado após as espoliações dos nazistas durante a guerra poderia conter várias toneladas de ouro, em particular o ouro de Breslau que havia sido roubado na Polônia.

Há também inúmeras joias e outros objetos de valor, bem como 47 obras de arte que teriam sido roubadas de coleções na França.

Como os caçadores de tesouros encontraram esse esconderijo?

É a Fundação Ponte da Silésia que há anos tenta colocar as mãos no tesouro nazista. As pessoas que participam da pesquisa não o fazem para enriquecer, mas para devolver os bens roubados aos seus legítimos proprietários.

Eles traçaram a trilha através de documentos secretos, incluindo o diário de um oficial da SS e um mapa que conseguiram obter com os descendentes de certos oficiais. Desde maio de 2021, são realizadas escavações neste palácio. É graças a essas escavações que o baú foi localizado.

Para remontar o baú de metal, é necessária a autorização das autoridades polacas, mas também dos desminadores, porque estes podem ter ficado presos. Teremos que esperar mais algumas semanas para descobrir o que este famoso baú contém e se contém o cobiçado tesouro.

quarta-feira, 9 de março de 2022

O Pentágono rejeita que países da OTAN forneçam jatos para a Ucrânia

Um oficial militar está passando entre a aeronave MiG-29 da Bulgária e a aeronave espanhola Eurofighter EF-2000 Typhoon II e o MiG-29, em Graf Ignatievo, quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022. Como parte dos esforços unidos dos parceiros da OTAN para reforçar a defesa do flanco leste da Aliança, enquanto as tensões continuam sobre uma possível invasão russa na Ucrânia, a Espanha está enviando caças para a Bulgária para implementar missões conjuntas de policiamento aéreo. (Foto AP/Valentina Petrova)

Por Vanessa Gera e Robert Burns, AP News, 9 de março de 2022.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 9 de março de 2022.

VARSÓVIA, Polônia (AP) - O Pentágono bateu a porta na quarta-feira para qualquer plano de fornecer caças MiG para a Ucrânia, mesmo através de um segundo país, chamando-o de empreendimento de "alto risco" que não alteraria significativamente a eficácia da Força Aérea Ucraniana.

O secretário de imprensa do Pentágono, John Kirby, disse a repórteres que o secretário de Defesa, Lloyd Austin, conversou com seu colega polonês na quarta-feira e disse a ele a avaliação dos EUA. Ele disse que os EUA estão buscando outras opções que forneceriam necessidades militares mais críticas para a Ucrânia, como defesa aérea e sistemas de armas anti-blindados.

ARQUIVO - Dois Mig 29 de fabricação russa da Força Aérea Polonesa voam acima e abaixo de dois caças F-16 de fabricação americana da Força Aérea Polonesa durante o Air Show em Radom, na Polônia, em 27 de agosto de 2011. Em uma vídeo-chamada privada com legisladores americanos no fim de semana, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy fez um apelo “desesperado” aos Estados Unidos para ajudar Kiev a obter mais aviões de guerra para combater a invasão da Rússia e manter o controle de seu espaço aéreo. (Foto AP/Alik Keplicz, Arquivo)

A Polônia havia dito que estava preparada para entregar aviões MiG-29 à OTAN que poderiam ser entregues à Ucrânia, mas Kirby disse que a inteligência dos EUA concluiu que isso poderia ser considerado uma escalada e desencadear uma reação russa “significativa”.

As observações de Kirby foram além de seus comentários em um comunicado na terça-feira, rejeitando a oferta da Polônia de dar caças aos Estados Unidos para transferência para a Ucrânia.

Ele disse que as nações individuais da OTAN podem decidir por si mesmas sobre qual assistência dar à Ucrânia, mas é questionável se alguma delas forneceria caças sem o apoio dos EUA.

Refugiados que fogem da guerra na vizinha Ucrânia passam por barracas depois de cruzarem para Medyka, Polônia, quarta-feira, 9 de março de 2022. (AP Photo/Daniel Cole)

ESTA É UMA ATUALIZAÇÃO DE ÚLTIMAS NOTÍCIAS. A história anterior da AP segue abaixo.

VARSÓVIA, Polônia (AP) - Uma disputa embaraçosa entre os Estados Unidos e a Polônia, aliada da OTAN, está colocando em dúvida as esperanças da Ucrânia de obter os caças MiG que ela diz precisar para se defender contra a invasão da Rússia.


Ninguém quer se destacar sozinho por trás da ação, que pode convidar a retaliação russa.

O governo dos EUA jogou uma batata quente na Polônia com um pedido para enviar caças de fabricação soviética – que os pilotos ucranianos são treinados para voar – para a Ucrânia. A Polônia a devolveu, dizendo que estava preparada para entregar todos os 28 de seus aviões MiG-29 – mas para a OTAN, levando-os para a base dos EUA em Ramstein, na Alemanha.

Esse plano pegou os EUA desprevenidos. No final da terça-feira, o Pentágono o rejeitou como “insustentável”. Na quarta-feira, o secretário de Estado Antony Blinken disse que, em última análise, cada país teria que decidir por si mesmo. Em linguagem diplomática: “A proposta da Polônia mostra que há complexidades que a questão apresenta quando se trata de fornecer assistência de segurança”.

A vice-presidente Kamala Harris chega para embarcar no avião Força Aérea Dois, quarta-feira, 9 de março de 2022, na Base Aérea de Andrews, a madame Harris está iniciando uma viagem à Polônia e à Romênia para reuniões sobre a guerra na Ucrânia. (Saul Loeb/Piscina via AP)

A Ucrânia receberá os aviões? A vice-presidente Kamala Harris estava chegando a Varsóvia na quarta-feira, embora a Casa Branca tenha dito que não negociaria a questão dos aviões. Blinken disse que os EUA estão consultando a Polônia e outros aliados da OTAN. O chefe do Pentágono, Lloyd Austin, e o presidente da Junta de Chefes, general Mark Milley, também consultaram seus colegas poloneses, disse a Casa Branca.

No cenário proposto pela Polônia, caberia a toda a aliança da OTAN, que toma suas decisões por unanimidade, decidir.

A Polônia já está recebendo mais pessoas fugindo da guerra na Ucrânia do que qualquer outra nação no meio da maior crise de refugiados em décadas.

Ela sofreu invasões e ocupações da Rússia durante séculos e ainda teme a Rússia apesar de ser membro da OTAN. Já teve de rivalizar com o território russo de Kaliningrado em sua fronteira nordeste e está desconfortavelmente ciente das tropas russas em outra fronteira, com a Bielo-Rússia.

Em uma visita quarta-feira a Viena, o primeiro-ministro polonês Mateusz Morawiecki insistiu que a Polônia não é parte da guerra da Ucrânia e que qualquer decisão sobre enviar os caças não poderia ser apenas para Varsóvia.

Traz o risco de “cenários muito dramáticos, ainda piores do que aqueles com os quais estamos lidando hoje”, argumentou Morawiecki.

Embora grande e forte, a OTAN também está profundamente preocupada com qualquer ato que possa arrastar seus 30 países membros para uma guerra mais ampla com uma Rússia armada com armas nucleares. Sob a garantia de segurança coletiva da OTAN, um ataque a um membro deve ser considerado um ataque a todos. É a principal razão pela qual os apelos da Ucrânia por uma zona de exclusão aérea ficaram sem resposta. A Ucrânia não é membro da OTAN.

O Secretário-Geral da OTAN, Jens Stoltenberg, elogiou na quarta-feira novamente a bravura do povo e das forças armadas ucranianas diante de um ataque de um adversário muito maior, mas sublinhou que a maior organização de segurança do mundo deve manter sua “decisão dolorosa” de não policiar o céus do país.

Dias antes, o Secretário dos EUA, Blinken, disse que Washington havia dado "luz verde" à ideia de fornecer caças à Ucrânia e estava analisando uma proposta sob a qual a Polônia forneceria a Kiev os caças da era soviética e, por sua vez, receberia os F-16 americanos para compensar a perda.

Michal Baranowski, diretor do escritório de Varsóvia do think tank German Marshall Fund, disse à Associated Press que o governo de Varsóvia “ficou cegado e surpreso” com o pedido público de Blinken.

“Isso foi visto como pressão dos EUA em Varsóvia. E, portanto, a reação foi colocar a bola de volta na quadra do governo dos EUA”, disse Baranowski em entrevista.

Tudo “deveria ter sido tratado nos bastidores”, disse ele.

sábado, 6 de novembro de 2021

FOTO: Soldados da Hermann Göring inspecionam um JS-2 polonês

Soldados alemães da 1ª Divisão Fallschirm-Panzer Hermann Göring inspecionam um tanque polonês JS-2 capturado na Batalha de Bautzen, abril de 1945.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 6 de novembro de 2021.

Soldados alemães da 1ª Divisão Fallschirm-Panzer Hermann Göring (Fallschirm-Panzer Division 1 "Hermann Göring", da Luftwaffe) inspecionam um tanque pesado JS-2 de fabricação soviética do 1º Corpo de Tanques Polonês (veículo blindado nº 5100, nome próprio Tadeusz), capturado em uma batalha no subúrbio de Kleinvelka, na Alemanha cidade de Bautzen em abril de 1945.

À esquerda está um Universal Light Carrier britânico, conhecido como Bren Carrier, fornecido sob a Lei de Empréstimo-e-Arrendamento (Lend-Lease Act, LLA). A águia polonesa foi aplicada tanto ao Universal Carrier quanto ao tanque JS-2.

A Batalha de Bautzen, ocorrida de 21 a 30 de abril de 1945, foi uma das últimas batalhas da Frente Oriental durante a Segunda Guerra Mundial. Foi travada no flanco extremo sul da Ofensiva Spremberg-Torgau, tendo dias de luta campal de rua entre as forças do Segundo Exército polonês sob elementos do 52º Exército e do 5º Exército de Guardas soviéticos de um lado e elementos do Grupo de Exércitos Centro alemão na forma dos restos dos 4º Exército Panzer e do 17º Exército do outro. Foi a última grande vitória alemã da guerra, que infligiu pesadas baixas aos poloneses e soviéticos; apesar de não romper a linha soviética. Os alemães recapturaram Bautzen e a mantiveram até a rendição final em 8 de maio de 1945.

Leitura recomendada:

sábado, 5 de junho de 2021

A estratégia da Polônia


Por George Friedman, Stratfor, 28 de agosto de 2012.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 5 de junho de 2021.

A estratégia nacional polonesa gira em torno de uma única questão existencial: como preservar sua identidade nacional e independência. Localizada na frequentemente invadida Planície do Norte da Europa, a existência da Polônia é altamente suscetível aos movimentos das principais potências da Eurásia. Portanto, a história polonesa tem sido errática, com a Polônia saindo da independência - até mesmo do domínio regional - para simplesmente desaparecer do mapa, sobrevivendo apenas na linguagem e na memória antes de emergir novamente.

A Polônia na Planície do Norte da Europa.

Para alguns países, a geopolítica é uma questão marginal. Ganhando ou perdendo, a vida continua. Mas para a Polônia, a geopolítica é uma questão existencial; perder gera uma catástrofe nacional. Portanto, a estratégia nacional da Polônia é inevitavelmente desenhada com um sentimento subjacente de medo e desespero. Nada na história polonesa indicaria que o desastre é impossível.

Para começar a pensar na estratégia da Polônia, devemos considerar que no século XVII, a Polônia, alinhada com a Lituânia, era uma das grandes potências europeias. Estendeu-se do Mar Báltico quase até o Mar Negro, do oeste da Ucrânia às regiões germânicas. Em 1795, deixou de existir como um país independente, dividido entre três potências emergentes: Prússia, Rússia e Áustria.

Extensão máxima da Comunidade polonesa-lituana do século XVII.

A Polônia só recuperou a independência depois da Primeira Guerra Mundial - foi criada pelo Tratado de Versalhes (1919) - após o que teve de lutar contra os soviéticos para sobreviver. A Polônia foi novamente colocada sob o poder de uma nação estrangeira quando a Alemanha invadiu em 1939. Sua condição de Estado foi formalizada em 1945, mas foi dominada pelos soviéticos até 1989.

Informada por sua história, a Polônia entende que deve manter sua independência e evitar a ocupação estrangeira - uma questão que transcende todas as outras psicológica e praticamente. Questões econômicas, institucionais e culturais são importantes, mas a análise de sua posição deve sempre retornar a esta questão raiz.

A Polônia particionada 1795.

A segurança evasiva da Polônia

Hussardos Alados poloneses.

A Polônia tem dois problemas estratégicos. O primeiro problema é sua geografia. As montanhas dos Cárpatos e as montanhas Tatra fornecem alguma segurança ao sul da Polônia. Mas as terras a leste, oeste e sudoeste são planícies com apenas rios que fornecem proteção limitada. Essa planície foi a linha natural de ataque de grandes potências, incluindo a França napoleônica e a Alemanha nazista.

Durante o século XVII, os alemães foram fragmentados no Sacro Império Romano, enquanto a Rússia ainda emergia como uma potência coerente. A planície do Norte da Europa foi uma oportunidade para a Polônia. A Polônia poderia se estabelecer na planície. Ela poderia se proteger contra um desafio de qualquer direção. Mas a Polônia se torna extremamente difícil de defender quando vários poderes convergem de diferentes direções. Se a Polônia está enfrentando três adversários, como fez no final do século XVIII com a Prússia, a Rússia e a Áustria, está em uma posição impossível.

Para a Polônia, a existência de uma Alemanha e uma Rússia poderosas representa um problema existencial, a solução ideal para o qual é se tornar-se um tampão que Berlim e Moscou respeitem. Uma solução secundária é uma aliança com um deles para proteção. A última solução é extremamente difícil porque a dependência da Rússia ou da Alemanha convida à possibilidade de absorção ou ocupação. A terceira solução da Polônia é encontrar uma potência externa para garantir seus interesses.

A polícia nacional (Landespolizei) de Gdańsk e tropas de fronteira alemãs recriando a demolição da barreira polonesa na fronteira com a Cidade Livre de Gdańsk, perto de Sopot, em 1º de setembro de 1939. Um soldado segura a águia polonesa.

Foi isso que a Polônia fez na década de 1930 com a Grã-Bretanha e a França. As deficiências dessa estratégia são óbvias. Em primeiro lugar, pode não ser do interesse do fiador vir em auxílio da Polônia. Em segundo lugar, pode não ser possível na hora do perigo para eles ajudarem a Polônia. O valor de uma garantia de terceiros está apenas em dissuadir o ataque e, falhando isso, na vontade e capacidade de honrar o compromisso.

Desde 1991, a Polônia tem procurado uma solução única que não estava disponível anteriormente: a adesão a organizações multilaterais como a União Europeia e a OTAN. Essas associações têm o objetivo de fornecer proteção fora do sistema bilateral. Mais importante, essas associações trazem a Alemanha e a Polônia para a mesma entidade política. Ostensivamente, eles garantem a segurança polonesa e removem a ameaça potencial da Alemanha.

Esta solução foi bastante eficaz enquanto a Rússia era fraca e focada internamente. Mas a história polonesa ensina que a dinâmica russa muda periodicamente e que a Polônia não pode presumir que a Rússia permanecerá fraca ou benigna para sempre. Como todas as nações, a Polônia deve basear sua estratégia no pior cenário possível.

Carro de combate Leopard 2 com as bandeiras da OTAN e da Polônia.

A solução também é problemática porque pressupõe que a OTAN e a União Europeia são instituições fiáveis. Caso a Rússia se torne agressiva, a capacidade da OTAN de colocar uma força para resistir à Rússia dependeria menos dos europeus do que dos americanos. O coração da Guerra Fria foi uma luta de influência em toda a Planície do Norte da Europa, e envolveu 40 anos de riscos e despesas. Se os americanos estão preparados para fazer isso de novo, não é algo com que a Polônia possa contar, pelo menos no contexto da OTAN.

Além disso, a União Europeia não é uma organização militar; é uma zona de livre comércio econômica. Como tal, tem algum valor real para a Polônia na área de desenvolvimento econômico. Isso não é trivial. Mas a extensão em que ele contém a Alemanha agora é questionável. A União Europeia está extremamente estressada e o seu futuro é incerto. Há cenários em que a Alemanha, não querendo arcar com os custos de manutenção da União Europeia, pode afrouxar seus laços com o bloco e se aproximar dos russos. O surgimento de uma Alemanha não intimamente ligada a uma entidade europeia multinacional, mas com crescentes laços econômicos com a Rússia, é o pior cenário da Polônia.

Marechal Jozef Pilsudski.

Obviamente, laços estreitos com a OTAN e a União Europeia são a primeira solução estratégica da Polônia, mas a viabilidade da OTAN como força militar é menos do que clara e o futuro da União Europeia está confuso. Este é o cerne do problema estratégico da Polônia. Quando era independente no século XX, a Polônia buscou alianças multilaterais para se proteger da Rússia e da Alemanha. Entre essas alianças estava o Intermarium, um conceito do Entre-Guerras promovido pelo general polonês Jozef Pilsudski que exigia um alinhamento entre os países da Europa Central, do Mar Báltico ao Mar Negro, que juntos poderiam resistir à Alemanha e à Rússia. O conceito da Intermarium nunca se consolidou e nenhuma dessas alianças multilaterais se mostrou suficiente para atender às preocupações polonesas.

Uma questão de tempo

Oficial polonês saúda a estátua do Marechal Príncipe Józef Poniatowski, que serviu à Napoleão em prol da independência do então Ducado da Polônia.

A Polônia tem três estratégias disponíveis. A primeira é fazer tudo o que estiver ao seu alcance para manter a OTAN e a União Europeia viáveis e a Alemanha contida nelas. A Polônia não tem poder para garantir isso. A segunda é criar uma relação com a Alemanha ou a Rússia que garanta seus interesses. Obviamente, a capacidade de manter esses relacionamentos é limitada. A terceira estratégia é encontrar uma potência externa preparada para garantir seus interesses.

Esse poder atualmente são os Estados Unidos. Mas os Estados Unidos, após as experiências no mundo islâmico, estão se movendo em direção a uma abordagem mais distante e de equilíbrio de poder para o mundo. Isso não significa que os Estados Unidos sejam indiferentes ao que acontece no norte da Europa. O crescimento do poder russo e o expansionismo potencial russo que perturbaria o equilíbrio de poder europeu obviamente não seriam do interesse de Washington. Mas, à medida que os Estados Unidos amadurecem como potência global, isso permitirá que o equilíbrio de poder regional se estabilize naturalmente, em vez de intervir caso a ameaça pareça administrável.

Na década de 1930, a estratégia da Polônia era encontrar um fiador como primeiro recurso. Ela presumiu corretamente que sua própria capacidade militar era insuficiente para se proteger dos alemães ou dos soviéticos, e certamente insuficiente para se proteger de ambos. Portanto, presumiu que sucumbiria a esses poderes sem um fiador. Nessas circunstâncias, por mais que aumentasse seu poderio militar, a Polônia não sobreviveria sozinha.

Soldados franceses em Lauterbach durante a Ofensiva do Sarre na Alemanha, 7-16 de setembro de 1939.

A análise polonesa da situação não estava incorreta, mas deixou escapar um componente essencial da intervenção: o tempo. Quer uma intervenção em nome da Polônia consistisse em um ataque no oeste ou uma intervenção direta na Polônia, o ato de montar tal intervenção levaria mais tempo do que o exército polonês foi capaz de garantir em 1939.

Isso aponta para dois aspectos de qualquer relacionamento polonês com os Estados Unidos. Por um lado, o colapso da Polônia com o ressurgimento da Rússia privaria os Estados Unidos de um baluarte crítico contra Moscou na planície do Norte da Europa. Por outro lado, a intervenção é inconcebível sem tempo. A capacidade das forças armadas polonesas de deterem ou atrasarem um ataque russo o suficiente para dar aos Estados Unidos - e quaisquer aliados europeus que possam ter os recursos e a intenção de se juntarem à coalizão - tempo para avaliar a situação, planejar uma resposta e então responder deve ser o elemento-chave da estratégia polonesa.

Oficiais alemão e soviético apertando mãos na cidade polonesa de Brest-Litovsk, 22 de setembro de 1939.

A Polônia pode não ser capaz de se defender para sempre. Necessita de fiadores cujos interesses coincidam com os seus. Mas, mesmo que tenha tais fiadores, a experiência histórica da Polônia é que deve, por si só, realizar uma operação de adiamento de pelo menos vários meses para ganhar tempo para a intervenção. Um ataque russo-alemão conjunto, é claro, simplesmente não pode ser sobrevivido, e esses ataques multifrontais não são excepcionais na história polonesa. Isso não pode ser resolvido. Um ataque de frente única pode ser, mas caberá à Polônia montá-lo.

É uma questão de economia e de vontade nacional. A situação econômica na Polônia melhorou dramaticamente nos últimos anos, mas construir uma força efetiva leva tempo e dinheiro. Os poloneses têm tempo, já que a ameaça russa neste momento é mais teórica do que real, e sua economia é suficientemente robusta para suportar uma capacidade significativa.

50.000 reservistas foram re-convocados para treinamento em março de 2020.

A questão principal é a vontade nacional. No século 18, a queda do poder polonês teve tanto a ver com a desunião interna entre a nobreza polonesa quanto com uma ameaça multifrontal. No período entre guerras, havia vontade de resistir, mas nem sempre incluía a vontade de arcar com os custos da defesa, preferindo acreditar que a situação não era tão terrível quanto estava se tornando. Hoje, a vontade de acreditar na União Europeia e na OTAN, em vez de reconhecer que as nações, em última análise, devem garantir sua própria segurança nacional, é uma questão para a Polônia resolver.

Alguns movimentos diplomáticos são possíveis. O envolvimento da Polônia na Ucrânia e na Bielo-Rússia é estrategicamente sólido - os dois países fornecem um tampão que protege a fronteira oriental da Polônia. A Polônia provavelmente não venceria um duelo com os russos nesses países, mas é uma manobra sensata no contexto de uma estratégia mais ampla.

Soldados poloneses em treinamento.

A Polônia pode adotar prontamente uma estratégia que pressupõe alinhamento permanente com a Alemanha e fraqueza e falta de agressividade permanentes da Rússia. Eles podem estar certos, mas é uma aposta. Como os poloneses sabem, a Alemanha e a Rússia podem mudar regimes e estratégias com velocidade surpreendente. Uma estratégia conservadora requer uma relação bilateral com os Estados Unidos, baseada no entendimento de que os Estados Unidos contam com o equilíbrio de poder e não com a intervenção direta de suas próprias forças, exceto como último recurso. Isso significa que a Polônia deve estar em posição de manter um equilíbrio de poder e resistir à agressão, ganhando tempo suficiente para que os Estados Unidos tomem decisões e se posicionem. Os Estados Unidos podem proteger a Planície do Norte da Europa bem a oeste da Polônia e se alinhar com potências mais fortes a oeste. Uma defesa a leste requer o poder polonês, o que custa muito dinheiro. Esse dinheiro é difícil de gastar quando a ameaça pode nunca se materializar.

Bibliografia recomendada:

Introdução à Estratégia.

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terça-feira, 13 de abril de 2021

13 de abril de 1990: Soviéticos admitem o Massacre de Katyn da Segunda Guerra Mundial

Oficiais nazistas com delegados britânicos, canadenses e americanos em Katyn, abril de 1943.

Do History Channel, 9 de abril de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 13 de abril de 2021.

O governo soviético aceita oficialmente a culpa pelo Massacre de Katyn na Segunda Guerra Mundial, quando cerca de 5.000 oficiais militares poloneses foram assassinados e enterrados em valas comuns na Floresta de Katyn [número total de 21.768 assassinados]. A admissão foi parte da promessa do líder soviético Mikhail Gorbachov de ser mais direto e franco em relação à história soviética.

Em 1939, a Polônia foi invadida pelo oeste pelas forças nazistas e pelo leste pelas tropas soviéticas. Em algum momento da primavera de 1940, milhares de oficiais militares poloneses foram presos pelas forças da polícia secreta soviética, levados para a Floresta de Katyn nos arredores de Smolensk, massacrados e enterrados em uma vala comum. Em 1941, a Alemanha atacou a União Soviética e invadiu o território polonês que antes era controlado pelos russos. Em 1943, com a guerra contra a Rússia indo mal, os alemães anunciaram que haviam desenterrado milhares de cadáveres na Floresta de Katyn. Representantes do governo polonês no exílio (situado em Londres) visitaram o local e decidiram que os soviéticos, e não os nazistas, eram os responsáveis pelos assassinatos. Esses representantes, no entanto, foram pressionados por autoridades americanas e britânicas a manterem seu relatório em segredo por enquanto, já que não queriam arriscar uma ruptura diplomática com os soviéticos. Quando a Segunda Guerra Mundial chegou ao fim, a propaganda alemã atacou os soviéticos, usando o Massacre de Katyn como um exemplo das atrocidades russas. O líder soviético Joseph Stalin negou categoricamente as acusações e afirmou que os nazistas foram os responsáveis pelo massacre. O assunto não foi revisitado por 40 anos.

Valas cheias de cadáveres, abril de 1943.

Exame durante a exumação, abril de 1943.

Em 1990, no entanto, dois fatores levaram os soviéticos a admitirem sua culpabilidade. Em primeiro lugar, foi a muito divulgada política de "abertura" de Gorbachov na política soviética. Isso incluiu uma avaliação mais franca da história soviética, particularmente no que diz respeito ao período de Stalin. Em segundo lugar estava o estado das relações polonês-soviéticas em 1990. A União Soviética estava perdendo muito de seu poder de manter seus satélites na Europa Oriental, mas os russos esperavam reter o máximo de influência possível. Na Polônia, o movimento Solidariedade de Lech Walesa estava constantemente erodindo o poder do regime comunista. A questão do Massacre de Katyn foi um ponto sensível nas relações com a Polônia por mais de quatro décadas, e é possível que as autoridades soviéticas acreditassem que uma admissão franca e um pedido de desculpas ajudariam a aliviar as crescentes tensões diplomáticas. O governo soviético emitiu a seguinte declaração: “O lado soviético expressa profundo pesar pela tragédia e a avalia como um dos piores ultrajes stalinistas”.

Processo de exumação, abril de 1943.

Mão amarradas para trás, tiro na cabeça. Execução padrão da NKVD.

É difícil determinar se a admissão soviética teve algum impacto. O regime comunista na Polônia ruiu no final de 1990, e Lech Walesa foi eleito presidente da Polônia em dezembro daquele ano. Gorbachov renunciou em dezembro de 1991, o que pôs fim à União Soviética.

Post-script: Visita do presidente do comitê central da LVF à Katyn

Fernand de Brinon (centro e capote claro), presidente da comissão da LVF e o terceiro homem do regime de Vichy visitando os túmulos de Katyn em abril de 1943.

Marquês de Brinon quando em visita à Legião de Voluntários Franceses (LVF) na União Soviética, à pedido das autoridades alemãs, visitou a exumação de Katyn em abril de 1943. Notam-se vários militares das Legiões Orientais (povos da União Soviética à serviço alemão) durante a filmagem, reconhecidos pelos casquetes em estilo soviético (pelo menos um porta a Medalha Ostvolk).


Filme: Katyn (2007)

Em 2007, o cinema polonês lançou o filme Katyn, que trouxe o caso do massacre da floresta de Katyn para o grande público. O filme choca pelo realismo das cenas, com o massacre em escala industrial e execução mecânica - como numa linha de processamento de uma fábrica.


Cena da execução de um general polonês. Os agentes da NKVD usaram pistolas Walther P38 alemãs, fornecidas durante o período de cooperação entre as duas ditaduras - nazista e soviética.

Cena mostrando as execuções no filme "Katyn":


Vídeo recomendado:


Bibliografia recomendada:


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terça-feira, 15 de dezembro de 2020

FOTO: Assalto aeromóvel a um trem

Imagem rara mostrando operadores do JW GROM e SAS durante um assalto helitransportado em um trem, durante um exercício de treinamento conjunto, início da década de 1990.

Bibliografia recomendada:


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terça-feira, 17 de novembro de 2020

GALERIA: Operadores do GROM no porto de Umm Qasr


Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 17 de novembro de 2002.

Na invasão do Iraque em 2003, o GROM formou parte do núcleo do Grupo-Tarefa de Operações Especiais Navais (Naval Special Operations Task Group), junto com SEALs da Marinha dos EUA, Fuzileiros Navais Reais britânicos e equipes de assuntos civis e Operações Psicológicas do exército americano. GROM significa "trovão" em polonês e é acrônimo para Grupa Reagowania Operacyjno-Manewrowego (Grupo de Resposta de Manobra Operacional); era comandado na época pelo Coronel Roman Polko, hoje um general-de-divisão.

Em 20 de março de 2003, os fuzileiros navais americanos da 1ª Companhia F.A.S.T. (Fleet Anti-terrorism Security Team, Equipe de Segurança Anti-Terrorismo da Esquadra; uma unidade CQB) e operadores do GROM assaltaram os terminais de petróleo KAAOT, enquanto os fuzileiros navais da 1ª Companhia F.A.S.T. e os SEALs dos SEAL Team 8 e 10 tomaram o terminal de petróleo MABOT. Ambos os terminais foram tomados sem baixas e os explosivos encontrados nos terminais foram colocados em segurança pelos operadores GROM e SEAL. 

Comandos americanos e poloneses em 20 de março de 2003.

Uma equipe mista de 35 operadores GROM e 20 SEALs do SEAL Team 5 tomaram a barragem hidrelétrica de Mukatayin, 92km a nordeste de Bagdá. As tropas iraquianas que guardavam a barragem se renderam sem lutar e não houve baixas na equipe; com exceção de um soldado GROM, que quebrou um tornozelo durante a inserção de um helicóptero MH-53J Pave Low da Força Aérea dos EUA.

Os caça-minas da coalizão, incluindo o HMS Bangor e HMS Sandown (auxiliados por mergulhadores), helicópteros MH-53E da Marinha dos EUA e golfinhos treinados, localizaram a abordagem do porto e o limparam de minas, permitindo que o RFA Sir Galahad atracasse após alguns dias. O primeiro caça-minas, HMS Brocklesby, encontrou 80 minas Manta dispostas perto da rota de transporte, que foram destruídas em uma detonação controlada

Unidades SEAL e GROM continuaram a cooperar durante o resto da fase de invasão, com raides e missões anti-sniper em Bagdá.

Operadores do GROM no porto de Umm Qasr, 28 de março de 2003.

Homens do GROM e SEAL posando diante de um blindado iraquiano destruído, 2003.

Operadores GROM e SEAL posando diante de um retrato do ex-ditador Saddam Hussein, 2003.

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domingo, 8 de novembro de 2020

GALERIA: O T-72 polonês em direção à Lituânia

Tanques T-72 poloneses sendo transportados por via férrea para a Lituânia em 28 de outubro de 2020.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 8 de novembro de 2020.

De 28 de outubro até 6 de novembro, as tropas do 21BSP (21 Brygada Strzelców Podhalańskich/ 21ª Brigada de Fuzileiros Podhale) treinaram como parte da segunda fase do exercício Brilliant Jump 20, um exercício organizado pelo Comando de Operações Conjuntas da OTAN em Brunssum, na Lituânia.

O exercício Brilliant Jump 20 testou a logística da OTAN e sua capacidade de responder e movimentar a Força-Tarefa Conjunta de Prontidão Muito Alta (Very High Readiness Joint Task Force, VJTF) rapidamente em caso de crise. A Matriz do Corpo Multinacional Nordeste (HQ MNC NE) era responsável por realizar a Recepção, Colocação e Movimento Adiante (Reception, Staging and Onward MovementRSOM) das unidades que chegavam.

O planejamento do exercício, que entrou em sua fase final em 28 de outubro, teve início em meados de 2019. Realizado sob a égide do Comando da Força Conjunta Aliada Brunssum, o exercício Brilliant Jump foi projetado para demonstrar a prontidão e mobilidade da VJTF. Foram enviados para a Lituânia 2.500 soldados e 600 veículos usando recursos aéreos, terrestres e marítimos enviados da República Tcheca, Polônia e Espanha. 

O modal ferroviário é o melhor sistema de transporte terrestre que existe. Isto é particularmente verdadeiro em relação ao transporte de blindados.

O exercício Brilliant Jump 20 consiste em duas partes: uma fase marítima conduzida de 28 de setembro a 2 de outubro na costa do Reino Unido; seguida por uma fase de desdobramento terrestre de 28 de outubro a 6 de novembro na Lituânia.

"Nossos exercícios aproveitam as oportunidades para a OTAN e as nações aliadas aprimorarem suas habilidades de combate, concentrando-se em capacidades de ponta", disse o Vice-Almirante Keith Blount, comandante do Comando Marítimo da OTAN. "O exercício Brilliant Jump 20 mostra que continuamos preparados para operações em paz , crise e conflito e que estamos sempre prontos para desdobrar nossas forças onde for necessário, de forma rápida e eficaz.”

Transferir milhares de soldados de um lugar para outro é uma tarefa imensa e complicada. "Todo o processo RSOM é subdividido em várias atividades", indica o Ten-Cel Rene Srock da Divisão MNC NE J4. A coordenação de todos os esforços foi assegurada pelas Unidades de Integração de Forças da OTAN localizadas na Polônia e na Lituânia. Eles forneceram a ligação para seus respectivos ambientes militares e civis. Desta forma, o Comando RSOM em Szczecin teve a tão necessária Consciência Situacional para focar o apoio das Nações Receptoras Anfitriãs (Host Receiving Nations), ajustar os Planos de Movimento e apoiar a segurança para as diferentes fases e locais do RSOM.

"O maior desafio é mover as forças de acordo com os regulamentos de tempo de paz entre o tráfego civil normal. Todos os movimentos devem ser meticulosamente coordenados em tempo hábil", disse COL Miroslav Heger, Chefe RSOM MNC NE.

Independentemente de onde o RSOM é conduzido, os principais provedores de serviços são as Nações Receptoras Anfitriãs com suas capacidades militares e civis. Portanto, a execução bem-sucedida do processo RSOM é uma boa ilustração da coesão, interoperabilidade e prontidão da OTAN para reagir rapidamente em uma emergência.

Os T-72 poloneses estão sendo modernizados atualmente com visão noturna e térmica passiva, e sistemas de comunicação digital. Uma boa direção antes de substituí-los por MBTs modernos.

Os trens fornecem a maior capacidade de carga em todos os modais terrestres.

Este ano, o núcleo da "ponta de lança" da OTAN foi formado pela 21ª Brigada de Fuzileiros Podhale polonesa, com as unidades terrestres participantes incluindo um quartel-general de brigada, um batalhão de ponta-de-lança, forças especiais e o quartel-general da força-tarefa QBN da Polônia, um batalhão mecanizado da República Tcheca, uma companhia mecanizada da Lituânia e um batalhão de infantaria da Espanha.

Após a conclusão do Brilliant Jump 20, as unidades VJTF participarão do exercício liderado pela Lituânia, Iron Wolf (Lobo de Ferro), antes de serem transferidas de volta para suas bases.

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