Avião da Emirates no aeroporto, 5 de janeiro de 2018. (Ali Atmaca/Agência Anadolu) |
Do site Middle East Monitor (MEMO), 21 de maio de 2020.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 24 de maio de 2020.
O governo palestino recusou ajuda médica transportada por via aérea através de Israel pelos Emirados Árabes Unidos.
O vôo facilitado pela ONU que transportava suprimentos contra o coronavírus foi entregue por um avião da Etihad Airways que vôou dos Emirados Árabes Unidos para Tel Aviv, uma ação controversa. Os Emirados Árabes Unidos não têm relações diplomáticas com Israel, no entanto, preocupações comuns sobre a influência do Irã na região levaram a um degelo discreto nos laços entre Israel e o Golfo Árabe nos últimos anos.
"As autoridades dos Emirados Árabes Unidos não se coordenaram com o Estado da Palestina antes de enviar a ajuda", disseram fontes do governo, acrescentando que "os palestinos se recusam a ser uma ponte [para os países árabes] que procuram ter laços normalizados com Israel".
Eles afirmaram que qualquer assistência a ser enviada ao povo palestino deve ser coordenada com a Autoridade Palestina primeiro.
"Enviá-los diretamente para Israel constitui uma cobertura para a normalização", acrescentaram.
Em um tweet ontem, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, condenou o primeiro vôo comercial entre os dois países como uma forma de "perfídia" e uma "traição" à causa palestina, acusando-os de normalizarem as relações com Israel.
Ele escreveu: “Hoje, alguns estados do Golfo Pérsico cometeram a maior perfídia contra sua própria história e a história do mundo árabe. Eles traíram a #Palestina apoiando Israel.”
Today, some Persian Gulf states have committed the biggest treachery against their own history and the history of the Arab world. They have betrayed #Palestine by supporting Israel. Will the nations of these states tolerate their leaders’ betrayal?— Khamenei.ir (@khamenei_ir) May 19, 2020
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