Mostrando postagens com marcador Mulheres. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Mulheres. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 6 de outubro de 2020

FOTO: Sherman japonês

 

Militar japonesa posando encostada em um M4A3E8 Sherman da nova Força Terrestre de Autodefesa Japonesa (陸上自衛隊, Rikujō Jieitai), cerca de 1968. 

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 30 de setembro de 2020.

Uma soldado japonesa posando ao lado de um tanque Sherman, de fabricação americana. A marcação na torre sugere que este M4A3E8 Sherman pertencia à 12ª Divisão da Força Terrestre de Auto-Defesa, tendo a divisão sido estabelecida em 1962. O novo exército japonês não aceitaria militares do sexo feminino, com a exceção de um punhado de enfermeiras, até 1967, quando começou a recrutar mulheres para funções de apoio.

Contexto

O Japão foi privado de qualquer capacidade militar após ser derrotado pelos Aliados na Segunda Guerra Mundial e foi forçado a assinar um acordo de rendição apresentado pelo General Douglas MacArthur em 1945. Foi ocupado pelas forças dos EUA e tinha apenas uma pequena força policial doméstica com a qual dependiam para a segurança doméstica e contra o crime. As crescentes tensões na Europa e na Ásia devido à Guerra Fria, juntamente com ataques e manifestações de inspiração esquerdista no Japão, levaram alguns líderes conservadores a questionar a renúncia unilateral de todas as capacidades militares. Esses sentimentos foram intensificados em 1950, quando as tropas de ocupação começaram a ser transferidas para o teatro da Guerra da Coréia (1950-53). Isso deixou o Japão virtualmente indefeso, vulnerável e muito ciente da necessidade de estabelecer uma relação de defesa mútua com os Estados Unidos para garantir a segurança externa da nação. Incentivado pelas autoridades de ocupação americanas, o governo japonês em julho de 1950 autorizou o estabelecimento de uma Reserva da Polícia Nacional (警察 予 備 隊, Keisatsu-yobitai), consistindo de 75.000 homens equipados com armas leves de infantaria. Em 1952, a Força de Segurança Costeira (海上 警備 隊, Kaijō Keibitai), a contraparte marítima da NPR, também foi fundada.

Em 1º de julho de 1954, o Conselho de Segurança Nacional foi reorganizado como Agência de Defesa, e a Força de Segurança Nacional foi reorganizada posteriormente como Força de Autodefesa Terrestre do Japão (de facto, o Exército Japonês do pós-guerra), a Força de Segurança Costeira foi reorganizada como a Força de Autodefesa Marítima do Japão (marinha) e a Força de Autodefesa Aérea do Japão (aeronáutica) foram estabelecidas como uma nova força das JSDF. O General Keizō Hayashi foi nomeado o primeiro Presidente do Conselho Conjunto do Estado-Maior; chefe profissional das três forças. A legislação que permitiu isso foi a Lei das Forças de Autodefesa de 1954 (Lei nº 165 de 1954).

Documentário sobre as novas forças de auto-defesa japonesas

Naquele ano, a força real das Forças de Autodefesa Terrestre, Marítima e Aérea atingiu 146.285, armados principalmente com equipamentos americanos da Segunda Guerra Mundial; dando uma aparência americanizada aos antigos inimigos.

Atualmente, as divisões e brigadas das JGSDF são unidades de armas combinadas com unidades de infantaria, blindados e de artilharia, unidades de apoio ao combate e unidades de apoio logístico. Elas são entidades regionais independentes e permanentes. A força das divisões varia de 6.000 a 9.000 militares em 9 divisões ativas (1 blindada e 8 de infantaria). As brigadas giram em torno de 3.000 a 4.000 em 8 brigadas de combate e 9 brigadas de apoio.

Homens da recém-criada Brigada Anfíbia de Desdobramento Rápido das JGSDF com a bandeira do "Sol Nascente".

A questão de novas forças armadas japonesas foi polêmica na Ásia, onde a memória das atrocidades japonesas ainda eram muito frescas e mesmo hoje ainda existe esse tipo de tensão. O Japão cancelou a sua participação em um exercício naval conjunto, em outubro de 2018, quando a Coréia do Sul exigiu que a marinha japonesa não hasteasse a bandeira do "Sol Nascente".

Além disso, existem membros mais radicais na intelligentsia japonesa, civis e militares, que são reacionários e mais agressivos (ao ponto de serem até negacionistas) que desprezam o sistema de "auto-defesa" e desejam uma postura mais independente e agressiva; incluindo despencando para o negacionismo da culpa japonesa, argumentando que o Japão foi, na verdade, a vítima da Segunda Guerra Mundial. O clássico de Tom Clancy da série Splinter Cell: Chaos Theory (Splinter Cell: Teoria do Caos, 2005) tratou justamente dessa questão, com um líder rebelde - o Almirante Otomo - criando uma força especial que violava os termos de desmilitarização japonesa, a Força de Autodefesa de Informação (Information Self-Defense Force, ISDF).

Splinter Cell: Chaos Theory

Novas diretrizes militares, anunciadas em dezembro de 2010, redirecionaram as Forças de Autodefesa do Japão do seu foco da Guerra Fria contra a União Soviética para um novo foco, a China, especialmente no que diz respeito à disputa sobre as Ilhas Senkaku. Isto levou à criação de uma brigada anfíbia moldada na Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais americana (Marine Expeditionary Unit, MEU) em 7 de abril de 2018. A Brigada Anfíbia de Desdobramento Rápido (水陸機動団, Suirikukidōdan) atualmente conta com cerca de 2.100 homens, com o objetivo de atingir 3 mil.

Uma força de fuzileiros navais, ela pertence ao exército - que tem o domínio sobre todo o espectro terrestre conforme o seu nome oficial - por causa das duras lições da completa falta de cooperação entre o exército e marinha durante a guerra (atualmente a única academia militar forma oficiais para as três forças justamente para ensinar cooperação logo no berço). Sendo uma brigada expedicionária, portanto, para projeção de poder, ela é vista com suspeita e desconforto pelos vizinhos como uma arma unicamente ofensiva.

Bibliografia recomendada:




Leitura recomendada:

GALERIA: Caça-Tanques Japoneses em ação, 1º de julho de 2020.

PERFIL: Akihiko Saito, o samurai contractor, 2 de fevereiro de 2020.

FOTO: Colegial japonesa com uma LAW17 de abril de 2020.

Forças aéreas asiáticas recrutam mulheres pilotos de caça19 de fevereiro de 2020.

Tanked Up: Carros de combate principais na Ásia12 de agosto de 2020.

"Tanque!!": A presença duradoura dos carros de combate na Ásia6 de setembro de 2020.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

GALERIA: Realeza Camuflada

Princesa Elisabete da Bélgica, duquesa de Brabante, em treinamento durante seu primeiro ano na Academia Militar Real, 2020. Ela será a futura comandante-em-chefe das forças armadas quando se tornar rainha.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 28 de setembro de 2020.

A princesa Elisabete, duquesa de Brabante (holandês: Elisabeth Theresia Maria Helena; francês: Élisabeth Thérèse Marie Hélène; nascida em 25 de outubro de 2001) é a herdeira aparente do trono belga. Filha mais velha do rei Filipe e da rainha Mathilde, ela adquiriu o cargo depois que seu avô, o rei Alberto II, abdicou em favor de seu pai em 21 de julho de 2013.

A princesa Elisabete da Bélgica, duquesa de Brabante será a futura comandante-em-chefe das forças armadas quando se tornar rainha.

Ela iniciou os seus estudos na Academia Militar Real da Bélgica esse ano. Elisabete será a futura comandante-em-chefe das forças armadas quando se tornar rainha. Em 21 de julho de 2013, depois que seu pai fez o juramento de rei dos belgas, a princesa tornou-se herdeira do trono e, como tal, tem o título de duquesa de Brabante.

Dez anos antes do nascimento de Elisabete, um novo ato de sucessão foi posto em prática que introduziu a primogenitura absoluta, o que significa que Elisabete vem em primeiro lugar na linha de sucessão porque ela é a filha mais velha. Se ela subir ao trono como esperado, ela será a primeira rainha reinante da Bélgica.

A princesa Elisabeth estudou no St John Berchmans College, em Bruxelas, no distrito de Marollen, em Bruxelas, que contou com a presença de seus primos mais velhos, filhos de sua tia paterna, a arquiduquesa da Áustria-Este. Esta é uma mudança significativa nos hábitos da família real, pois é a primeira vez que a educação de um futuro monarca belga começa em holandês. Elisabete fala holandês, francês, alemão e inglês.

Elisabete estudou no UWC Atlantic College no País de Gales e recebeu o International Baccalaureate Diploma Programme na sessão de maio de 2020. Em 20 de maio de 2020, o Palácio Real da Bélgica anunciou que ela ingressou na Academia Militar Belga em Bruxelas no outono de 2020.







O fuzil é o FN FNC, sucessor do venerável FN FAL.

O instrutor observa a aquisição do alvo de forma correta.





Nesta sexta-feira, dia 25 de setembro de 2020, a princesa Elisabete e o seu pelotão receberam a boina azul durante cerimônia na Academia Militar Real. A boina azul é concedida a cadetes que concluíram com sucesso sua fase de iniciação militar (phase d’initiation militaire, PIM), que ocorreu durante 4 semanas em Elsenborn. A abertura formal do ano letivo da academia terá lugar no dia 8 de outubro.

Ver essa foto no Instagram

De Blauwe Mutsen Parade van de Koninklijke Militaire School is de ceremoniële overhandiging van de blauwe muts aan de leerling-officieren die op 2 september gestart zijn met hun militaire initiatiefase in het Kamp Elsenborn. De blauwe muts staat voor de succesvolle afronding van dit belangrijk onderdeel van de opleiding. Zo ontvangen ook Prinses Elisabeth en haar peloton de blauwe muts. De officiële opening van het nieuwe academiejaar van de KMS vindt plaats ‪op 8 oktober‬. ————— Remise du béret bleu à la Princesse Elisabeth et son peloton lors d’une cérémonie à l’Ecole Royale Militaire. Le béret bleu est remis aux élèves-officiers qui ont réussi leur phase d’initiation militaire (PIM) qui s’est déroulée pendant 4 semaines à Elsenborn. L’ouverture solennelle de l'année académique de l'ERM aura lieu ‪le 8 octobre‬ prochain. @royal_military_academy @defensie.ladefense #defensie #defence #PrincesseElisabeth #PrinsesElisabeth #PrincessElisabethofBelgium #ElisabethvanBelgië #HertoginvanBrabant #DuchessedeBrabant #DuchessofBrabant #Princesse #Prinses #Princess #Elisabeth #België #Belgique #Belgium #BelgianRoyalPalace #MonarchieBe 📸 Belga

Uma publicação compartilhada por Belgian Royal Palace (@belgianroyalpalace) em

PERFIL: Veterana da USAF estampa a capa da Playboy em três países

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 28 de setembro de 2020.

Aleen Nichol Johnson, de 25 anos, natural do Arkansas nos Estados Unidos, despertou a atenção da Playboy ao exibir suas curvas e tatuagens nas redes sociais. Com 240 mil seguidores no Instagram (endereço: @thefitpizzagirl), Aleen costuma postar fotos nas quais aparece de lingerie e até de topless em posições "provocantes", para dizer o mínimo. Sendo mais conhecida como The Fit Pizza Girl (A Garota da Pizza em Forma), ela até mesmo tatuou uma fatia de pizza na nádega direita.

Aleen comendo pizza, uma das suas marcas registradas.

Aleen Johnson na capa da For Him Magazine (FHM).

Veterana da força aérea americana (United States Air Force, USAF), a "modelo" estampou a capa da famosa publicação masculina em três países diferentes só neste ano (além de publicações menores). Em janeiro, ela foi o destaque da Playboy neo-zelandesa. Dois meses depois, posou para a edição sueca e, no mês de maio, estampou a capa da edição portuguesa.

Nova Zelândia, janeiro de 2020.

Suécia, março de 2020.

Portugal, maio de 2020.

Leitura recomendada:

Cadete de West Point pediu doações para subsidiar um encontro com uma estrela pornô, 25 de janeiro de 2020.

HUMOR: As 4 Fases da Mulher Policial21 de janeiro de 2020.

O transporte de carga e o soldado feminino8 de janeiro de 2020.

As mulheres deveriam entrar em combate?8 de março de 2020.

FOTO: Partisans italianas em Castelluccio31 de março de 2020.

FOTO: Cavalaria Aérea na Coréia16 de maio de 2020.

PINTURA: Mulheres na Grande Marcha6 de março de 2020.

As forças armadas canadenses querem atrair recrutas encurtando e apertando suas saias dos uniformes3 de maio de 2020.

GALERIA: Primeira turma de mulheres paraquedistas do Exército Mexicano em 22 anos1º de junho de 2020.

ENTREVISTA: A biógrafa Jung Chang diz que a Imperatriz-Viúva "Não é um modelo a ser seguido"1º de julho de 2020.

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

FOTO: Guerrilheiras assírias no século XX

Combatentes do Movimento Democrático Assírio Revolucionário no norte do Iraque, primeira metade dos anos 1980.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog18 de setembro de 2020.

O Movimento Democrático Assírio (siríaco: ܙܘܥܐ ܕܝܡܘܩܪܛܝܐ ܐܬܘܪܝܐ, romanizado: Zawʻá Demoqraṭáyá ʼÁṯuráyá, árabe: الحركة الديمقراطية الدشورية, ADM), popularmente conhecido como Zowaa (literalmente "O Movimento"), é um partido político assírio situado no Iraque e um dos principais partidos assírios dentro do parlamento iraquiano.

O Movimento Democrático Assírio (Zowaa) foi fundado em 12 de abril de 1979 a partir de várias reuniões mantidas em segredo em Kirkuk, Mosul e Bagdá. O partido foi estabelecido entre vários grupos culturais-políticos e estudantis menores, como os Irmãos Assírios, com o foco principal para satisfazer os objetivos políticos do povo Assírio no Iraque, em resposta à brutalidade opressora do regime Ba'ath (Partido Socialista Árabe Baath) e suas tentativas de expropriar à força os assírios étnicos de suas terras nativas.

Bandeira do Zowaa.

O movimento iniciou a luta armada contra o regime iraquiano em 1982 sob a liderança de Ninos Pithyou com o foco principal na defesa de vilas assírias, e se juntou à Frente do Curdistão Iraquiano (IKF) no início dos anos 1990. Em 1988, membros combatentes do movimento e seu quartel-general, bem como o resto dos partidos curdos, foram atacados na Campanha Al-Anfal.

Esta campanha foi um genocídio que matou entre 50.000 e 182.000 curdos, bem como vários milhares de assírios. A operação foi liderada pelo Coronel-General Ali Hassan al-Majid, por ordem do presidente Saddam Hussein, contra o Curdistão iraquiano no norte do Iraque durante os estágios finais da guerra Irã-Iraque. O nome da campanha veio da Sura 8 (al-Anfal) do Alcorão, que foi usado como um codinome pelo antigo governo Baathista iraquiano para uma série de ataques sistemáticos contra os combatentes curdos no norte do Iraque entre 1986 e 1989 , com pico em 1988. A destruição de aldeias curdas pelo governo iraquiano Baath era parte da sua "Campanha de Arabização" de áreas excluídas do Curdistão pelo Acordo de Autonomia Iraque-Curdo de 1970.

A ADM participou da revolta em 1991, que foi esmagada por falta de apoio externo, e ganhou assentos nas eleições parlamentares para a região do Curdistão no Iraque em 1992. O movimento também participa do campo político desde 1982 ao lado de outros grupos, começando com a publicação do seu jornal central, Bahra, em junho de 1982. Atualmente possui assentos no Conselho de Representantes do Iraque e no Parlamento do Curdistão.

O ADM é creditado com o desenvolvimento da educação na língua siríaca nas escolas de ensino fundamental e médio, bem como a iniciação de diferentes organizações, como a União de Estudantes Assíria Chaldo, Escoteiros Hammurabi, União de Mulheres Assírias do Iraque e a Sociedade de Ajuda Assíria.

Cristãos assírios-iraquianos seguram a bandeira do Movimento Democrático Assírio (Zowaa), enquanto comemoram seu Ano Novo (Aketo), na cidade curda de Dohuk, cerca de 430km a noroeste da capital iraquiana Bagdá, em 1º de abril de 2019.

Bibliografia recomendada:




Leitura recomendada:

COMENTÁRIO: 36 anos depois, a Guerra Irã-Iraque ainda é relevante24 de maio de 2020.

GALERIA: Comandos femininas na Guarda Presidencial Palestina1º de fevereiro de 2020.

FOTO: Tom Celek iraquiano20 de agosto de 2020.

A França planeja manter presença militar no Iraque como parte de uma missão da OTAN12 de janeiro de 2020.

Síria: Os "ISIS Hunters", esses soldados do regime de Damasco treinados pela Rússia8 de setembro de 2020.

A Estratégia fracassada dos Estados Unidos no Oriente Médio: Perdendo o Iraque e o Golfo3 de setembro de 2020.

domingo, 30 de agosto de 2020

A Marinha Americana demite comandante das forças de reserva em Portland

Comandante Erin Borozny.
(US Navy)

Por Paul Szoldra, Task & Purpose, 28 de agosto de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 30 de agosto de 2020.

A Marinha demitiu a oficial comandante de marinheiros da reserva em Portland, Oregon, devido a uma "perda de confiança em sua capacidade de comando", disse a Força em um comunicado à imprensa na sexta-feira (28/08).

A Comandante Erin E. Borozny foi dispensada de suas funções como comandante do Centro de Apoio Operacional da Marinha em Portland na sexta-feira pelo Capitão Jonas C. Jones, comandante das forças da Reserva da Marinha no noroeste dos EUA. Ela estava no comando há menos de um ano.

O Tenente Adam Demeter, um porta-voz da Marinha, disse à Task & Purpose que a decisão de demitir Borozny foi baseada em seu "desempenho geral" e disse que ela não estava sob investigação.

Borozny, uma oficial de recursos humanos da reserva, foi temporariamente transferida para o quartel-general da Reserva da Marinha regional em Everett, Washington, disse o comunicado, que acrescentou que "procedimentos adicionais não estão previstos neste momento".

O Comandante Christian R. Parilla assumiu como comandante do NOSC Portland até que um substituto permanente possa ser designado, de acordo com o comunicado.

Os Centros de Apoio Operacional da Marinha são responsáveis pela preparação e treinamento dos marinheiros em seus respectivos estados, e apoiam os comandos da ativa em toda a frota.

Borozny, formada pela Academia Naval e que foi promovida a comandante em junho de 2019, assumiu o comando da unidade em 7 de outubro de 2019. Seus prêmios e condecorações incluem duas medalhas de comenda da Marinha/Corpo de Fuzileiros Navais, três medalhas de conquista da Marinha/Corpo de Fuzileiros Navais e a Fita "E" da Marinha.

Paul Szoldra é o editor-chefe da Task & Purpose e ex-fuzileiro naval de infantaria.

Bibliografia recomendada:



Leitura recomendada:

A General Dunlop criou um ambiente tóxico no escritório do programa ultrassecreto, constata o IG19 de agosto de 2020.

Os Centuriões: 10 passagens que farão você refletir sobre guerra e liderança13 de abril de 2020.

As forças armadas desenvolvem líderes narcisistas?13 de abril de 2020.

Caráter x Competência: A Equação da Confiança25 de fevereiro de 2020.

Com Fuzil e Bibliografia: General Mattis sobre a leitura profissional6 de outubro de 2018.



quarta-feira, 19 de agosto de 2020

A General Dunlop criou um ambiente tóxico no escritório do programa ultrassecreto, constata o IG

A Major-General Dawn Dunlop posa para uma foto na frente de um F-22 Raptor na Base da Força Aérea de Edwards, Califórnia, em 1º de fevereiro de 2019, durante a filmagem de um anúncio de recrutamento. Dunlop foi destituída de seu cargo como diretora do Escritório Central de Programas de Acesso Especial do Departamento de Defesa em maio de 2019. (Kenji Thuloweit / Força Aérea)

Por Stephen Losey, Air Force Times, 18 de agosto de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 19 de agosto de 2020.

A general de duas estrelas* que no ano passado foi demitida da chefia do escritório do Pentágono que supervisiona alguns dos programas mais secretos dos militares, repreendeu e depreciou publicamente seus subordinados, descobriu o Escritório do Inspetor Geral da Força Aérea.

*Nota do Tradutor: Trata-se do posto de Major-Brigadeiro na Força Aérea Brasileira.

A Major-General Dawn Dunlop também certa vez agarrou a mão de um subordinado sem consentimento e repreendeu-o por uma "questão pequena", disse o investigador do IG em um relatório de janeiro de 2020, obtido pelo Air Force Times por meio do Freedom of Information Act (Lei da Liberdade de Informação). Seu comportamento desrespeitoso e depreciativo - confirmado por cerca de 85 por cento das testemunhas entrevistadas - continuou mesmo depois que várias pessoas tentaram oferecê-la feedback, disse o relatório.

Dunlop foi destituída de sua posição como diretora do Escritório de Controle de Programas Especiais de Acesso, ou SAPCO, em 31 de maio de 2019, por Ellen Lord, a principal autoridade de aquisição do Pentágono, em meio a relatos de que ela havia criado um ambiente de trabalho tóxico. Dunlop agora atua como diretora de requisitos de capacidade operacional da Força Aérea.

Dunlop é uma piloto de caça inovadora que foi a primeira mulher a se tornar piloto de caça, pilotar um F-22 e comandar uma ala de teste. Ela é uma das pilotos de caça de mais alta patente da Força Aérea. Mas algumas semanas depois de assumir o escritório da SAPCO em agosto de 2018, testemunhas disseram que Dunlop começou a tratar os subordinados lá de forma desrespeitosa, de acordo com o relatório do IG. O tratamento depreciativo ocorria aproximadamente uma vez por semana, mas às vezes diariamente, disse o relatório.

Dunlop comumente rebaixava seus subordinados quando eles não correspondiam às suas expectativas, era uma seção de insultos não-profissional e regularmente insinuava que eles eram estúpidos, disseram testemunhas. Vários deles usaram termos como “ditatorial” e “ultrapassando o abusivo” para caracterizar seu estilo de liderança e a descreveram como tratando os subordinados como um pai repreendendo uma criança”.

Esse é o ambiente em que estávamos, nada nunca estava certo”, disse uma testemunha não-identificada.

Testemunhas também descreveram que Dunlop é uma oficial extraordinariamente talentosa e realizada que tinha boas intenções e queria que a Força Aérea tivesse sucesso. Ela acreditava que o SAPCO era uma organização quebrada que ela deveria vir e consertar.

Mas seu estilo de liderança fez com que várias testemunhas dissessem que perderam o respeito por ela e questionassem como ela havia alcançado o posto de major-general. Em uma declaração fornecida ao Air Force Times, o advogado de Dunlop, Gary Myers, sugeriu que os esforços de Dunlop para reformar o SAPCO levaram à reclamação do IG contra ela.

Ao longo de sua carreira, a Major-General Dunlop trouxe um claro senso de integridade, excelência e um forte desejo de servir aos aeronautas e à nação”, disse Myers. “Ela sempre esteve disposta a trabalhar com outras pessoas, para assumir mudanças difíceis onde necessário, para entregar resultados em apoio a esses valores”.

Depois de ter sido designada para liderar o SAPCO, “ela se esforçou para identificar e realizar ações para melhor alinhar o empreendimento do SAPCO com as prioridades da Secretaria de Defesa e as necessidades da comunidade SAP”, continuou Myers. “Sua implementação desses esforços resultou em uma reclamação do inspetor-geral em maio de 2019. As alegações do IG e o relatório de investigação não refletem quem ela é como pessoa, seus valores ou seu serviço dedicado de mais de 30 anos”.

Myers disse que Dunlop está grato pelo fato da Força Aérea ter considerado sua resposta ao lado do relatório do IG ao decidir permitir que ela continuasse servindo. Dunlop “obteve uma visão e perspectiva inestimáveis com esta experiência e ao ler os sentimentos de outras pessoas claramente expressos no relatório do IG”, disse Myers. O relatório lista vários incidentes em que Dunlop repreendeu publicamente os subordinados, incluindo chamar o trabalho de alguém de "merda" no meio de uma reunião e denegrir publicamente a qualidade de escrita das pessoas.

Seu comportamento esmagou o moral no SAPCO, disse o relatório. Várias pessoas começaram a ter problemas no trabalho, incluindo “ter medo”, perder o sono, demitir-se ou pensar seriamente em se demitir e não querer falar nas reuniões de equipe. Algumas pessoas tremeram fisicamente de medo quando tiveram que lidar com Dunlop, disse uma testemunha. As pessoas também se retiraram das reuniões semanais de um grupo de trabalho de altos funcionários dos Programas de Acesso Especial para evitar provocar sua ira.

Dunlop presidiu o Grupo de Trabalho Sênior do SAP, que incluiu diretores dos SAPCOs dos outros serviços. Mas uma testemunha não identificada disse que, devido à forma como Dunlop agiu nas reuniões, os membros começaram a falar menos por medo de provocar uma confrontação com ela. A testemunha chamou Dunlop de "lutador premiado" que adorava "estar no meio do ringue e... trocar socos". 

Outros membros começaram a enviar seus subordinados ou deixaram de vir inteiramente. Várias testemunhas disseram que tentaram falar com Dunlop sobre a forma como ela agia nas reuniões e o clima no escritório do SAPCO, mas não a acharam receptiva ao feedback. "Ela não mudou seu comportamento", eles disseram.

O estilo de liderança de confronto de Dunlop atingiu o ponto de ebulição em 4 de janeiro de 2019, quando ela agarrou a mão de uma subordinada chocada, sem sua permissão, para chamar sua atenção durante uma disputa sobre seu calendário e um visitante que entrava para tomar um café.

A subordinada disse aos investigadores que Dunlop “simplesmente enlouqueceu” quando descobriu que um visitante, com quem Dunlop tinha um encontro marcado para o café, iria primeiro passar pelo seu escritório. Dunlop repreendeu a subordinada por não ter contado a ela que o visitante estava chegando e disse que temia que o visitante visse as paredes nuas em seu escritório e cabides tortos e papéis em sua mesa.

A subordinada disse aos investigadores que olhou para a programação de Dunlop para chamar sua atenção para uma mudança e Dunlop agarrou sua mão e a apertou "como uma criança para chamar minha atenção". A altercação foi testemunhada por várias pessoas, que disseram aos investigadores que Dunlop levantou a voz e disse à subordinada: “Olhe para mim, olhe para mim, por favor”.

A subordinada disse que enquanto ela estava chocada, Dunlop não agarrou sua mão com força. E testemunhas disseram que Dunlop não parecia ter a intenção de ferir ou assustar a subordinada, embora tenham ficado surpresos. Um funcionário do SAPCO ligou para a Agência de Proteção da Força do Pentágono para relatar o incidente na semana seguinte.

Dunlop disse aos investigadores que foi pega de surpresa, que a visita estava para acontecer e, quando a subordinada continuou a olhar o calendário, ela parecia "perdida em pensamentos". Dunlop negou ter apertado a mão da subordinada e disse que ela a tocou por cinco segundos no máximo. Ela negou que estava com raiva e descreveu isso como um “toque muito breve”, “leve”, que ela não considerou desrespeitoso.

Várias testemunhas disseram que foi “completamente inapropriado” e “impróprio” para um oficial-general como Dunlop colocar a mão em um subordinado daquele jeito. “Se fosse um general do sexo masculino, a sua carreira poderia acabar naquele dia... se ele tivesse agarrado uma senhora de 115 libras (52kg) daquela forma”, disse uma testemunha.

O IG concluiu que o confronto de Dunlop com sua subordinada, sobre uma questão pequena, "comprometeu sua posição como oficial" e fez sua subordinada se encolher em estado de choque. Seu comportamento foi indecoroso e violou as regras que impedem a conduta imprópria para um oficial.

O investigador do IG contatou o Escritório de Investigações Especiais sobre este incidente para ver se uma investigação criminal em potencial agressão era justificada, mas o OSI decidiu não prosseguir com o assunto.

Em maio de 2019, Dunlop provocou outra oficial superior a sair desabaladamente de uma reunião em lágrimas. Dunlop ficou irritada porque três oficiais da Força Aérea compareceram a uma reunião para preparar slides para informar líderes militares superiores, mas Dunlop achou que era necessário apenas um apresentador da Força Aérea.

Dunlop continuou provocando uma oficial superiora não-identificada repetidamente e em um grau desconfortável, embora tenha sido dito para ela deixar o assunto de lado. A oficial superior chorou de raiva e disse a Dunlop que eles eram seus pares, e Dunlop não deveria falar com ela dessa forma novamente, disse o relatório.

Mas Dunlop continuou empurrando a questão de uma forma “zombeteira”, como uma testemunha descreveu, até que a oficial superiora se levantou e saiu furiosa. Testemunhas disseram que foi especialmente estranho, porque majores estavam na sala e estavam tendo a impressão de que essa era uma conduta aceitável de um general.

Em um relatório separado do IG, datado de novembro de 2019, Said fundamentou uma alegação de que Dunlop indevidamente fez seus subordinados prestarem serviços pessoais para ela enquanto servia como comandante de Alerta e Controle Antecipado Aerotransportado da OTAN na Base Aérea da OTAN de Geilenkirchen, na Alemanha, de 2016 a 2018.

Os subordinados ajudaram Dunlop trocando os pneus de verão por pneus de inverno, e vice-versa, em seu veículo pessoal quatro ou cinco vezes, bem como trocando o óleo e fazendo arranjos pessoais de hospedagem. Quando Dunlop estava se transferindo de volta para os Estados Unidos em agosto de 2018, um subordinado ajudou Dunlop a enviar seu carro de volta, dirigindo-o até que queimasse combustível suficiente para se qualificar para o transporte, e também vendeu seus pneus de inverno para ela.

Dunlop disse aos investigadores que não considerou oferecer pagamento ao subordinado por seu trabalho, anunciando e vendendo os pneus de inverno após o expediente, porque os pneus eram um requisito exclusive para ficar estacionado em Geilenkirchen. O relatório do IG concluiu que ter subordinados fazendo essas tarefas pessoais para ela era uma violação dos regulamentos de ética do Departamento de Defesa e parte de um “padrão de uso indevido de pessoal” durante seu comando na Alemanha.

Em sua declaração, Myers disse que Dunlop lamenta ter aceitado esses serviços de seus subordinados, e disse que foram violações não-intencionais. A necessidade de trocar e depois vender pneus de inverno eram “requisitos exclusivos daquele ambiente”, disse Myers.

Ela está empenhada em incorporar essas lições aprendidas à medida que avança em sua posição atual”, disse Myers.

Stephen Losey cobre questões de liderança e pessoal como repórter sênior do Air Force Times. Ele vem de uma família da Força Aérea e seus relatórios investigativos foram premiados pela Society of Professional Journalists. Ele viajou ao Oriente Médio para cobrir as operações da Força Aérea contra o Estado Islâmico.

Bibliografia recomendada:



Leitura recomendada:

Os Centuriões: 10 passagens que farão você refletir sobre guerra e liderança13 de abril de 2020.

As forças armadas desenvolvem líderes narcisistas?13 de abril de 2020.

Forças aéreas asiáticas recrutam mulheres pilotos de caça19 de fevereiro de 2020.

Caráter x Competência: A Equação da Confiança25 de fevereiro de 2020.

Ser um líder rebelde: desobediência disciplinada no exército18 de fevereiro de 2020.




quarta-feira, 1 de julho de 2020

ENTREVISTA: A biógrafa Jung Chang diz que a Imperatriz-Viúva "Não é um modelo a ser seguido"

"Empress Dowager Cixi: The Concubine Who Launched Modern China" (Alfred A. Knopf, 2013) por Jung Chang (direita). (Lisa Weiss)

Por Wilfred Chan, Asian Society, 12 de novembro de 2013.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 28 de outubro de 2019.

A nova biografia de Jung Chang, Empress Dowager Cixi: The Concubine Who Launched Modern China (A Imperatriz-Viúva Cixi: A concubina que lançou a China Moderna (Alfred A. Knopf, 2013) narra a notável vida da Imperatriz Cixi da China (1835-1908), que governou a China por 47 anos e ajudou a trazê-la para a era moderna.

Trabalhando a partir de novos documentos históricos disponíveis, Chang pretende revisar as noções tradicionais de Cixi como déspota reacionária e a época em que ela governou. Avaliando a imperatriz-viúva Cixi para a resenha do New York Times em outubro, o diretor do Centro de Relações China-EUA da Sociedade da Ásia, Orville Schell, escreveu que o "uso extensivo de novas fontes chinesas por Chang faz um forte argumento para uma reavaliação" do papel de Cixi no desenvolvimento da China. (Para outra resenha digna de nota, consulte Rahul Jacob no Business Standard da Índia.)

Os livros anteriores de Chang são Wild Swans (Cisnes Selvagens, 1991), uma história familiar que vendeu mais de 10 milhões de cópias e também foi proibida na China, e Mao: The Unknown Story (Mao: A história desconhecida, 2005), em co-autoria com seu marido, o historiador britânico Jon Halliday.

Chang se junta a Orville Schell para uma discussão na Sociedade da Ásia de Nova York nesta noite, 12 de novembro. [...] A turnê de livros de Chang também a levará ao Centro da Sociedade da Ásia do Texas em 17 de novembro e à Sociedade da Ásia do Norte da Califórnia em 18 de novembro.

Chang conversou com o Asia Blog por telefone pouco antes de sua aparição na Sociedade da Ásia de Nova York.

O que o atraiu para a Imperatriz-viúva como assunto?

Eu me interessei por ela quando estava pesquisando Wild Swans. Percebi que foi ela quem proibiu a amarração dos pés. Eu tinha pensado, de alguma maneira, que a amarração dos pés foi banida pelos comunistas porque era isso que minha educação me dizia. Então isso me interessou. E então, depois que escrevi Wild Swans, depois que escrevi Mao: The Unknown Story, quando amigos sugeriram escrever sobre a Imperatriz-viúva, eu a procurei na Web e descobri que sua reputação era tão ruim quanto, você sabe , meus dias de lavagem cerebral quando eu estava na China. O pouco que eu sabia sobre ela era completamente diferente de sua reputação. Isso me fez sentir que poderia encontrar novos materiais e ter novas idéias. Não quero escrever coisas em que todos concordem. Em outras palavras, há controvérsia sobre ela - eu gosto disso.

Como o personagem da Imperatriz-viúva se tornou tão distorcido e difamado mais tarde na história?

Bem, três anos depois que ela morreu, a China se tornou uma república. Os republicanos queriam criticá-la. Bem, não apenas os republicanos - os governantes depois dela, as pessoas no poder depois dela, não queriam vê-la tendo uma boa reputação porque queriam dizer que, você sabe, ela fez uma bagunça na China, e caiu sobre eles resgatar a China dela.

Como Cixi melhorou a vida das mulheres na China?

Além de proibir a amarração dos pés, ela deu educação às mulheres e as libertou do lar. Ela as incentivou a terem educação. E ela basicamente defendia a libertação das mulheres. Tanto que, em uma revista na China em 1903, as pessoas declaravam que o século XX seria o "século dos direitos das mulheres".

Você a vê como um modelo para as mulheres chinesas hoje?

Não. Não acho que ela seja um modelo. Ela foi uma imperatriz - a Imperatriz-viúva. Ela veio de uma China medieval; ela era capaz de imensa crueldade, quero dizer, ela era uma política. Quando ela enviou um exército para recuperar Xinjiang, a expedição foi extremamente brutal. Sabemos que ela envenenou o filho adotivo ao longo do caminho. Você sabe, ela era uma figura medieval. Meu livro também descreve sua transformação dessa imperatriz medieval, ou concubina imperial, em uma pessoa moderna - sua própria transformação e a transformação da China. Eu acho, sabe, que ela tem uma certa qualidade, acho que as pessoas podem aprender, ela tinha consciência, ela se importava com seu povo, ela não gostava de derramamento de sangue, etc. Pode-se apreciar essas qualidades. Mas modelo, quero dizer, (risos) ser a governante absoluta da China?

Mas você não acha que há uma falta de mulheres na política chinesa?

Sim. Eu acho que sim. Não conheço o processo de seleção dos líderes. Eu certamente gostaria de ver mais mulheres políticas na China.

Marinheira chinesa à bordo do Jinggangshan como parte de uma força-tarefa no Golfo de Áden, 2013. (People's Daily Online/Chen Geng)

Você acha que há perspectivas de mais mulheres ingressando nos escalões superiores da liderança chinesa em um futuro próximo?

Sim, acho que essa é a tendência do mundo - ter mais e mais mulheres no círculo de tomada de decisão. Eu acho que provavelmente essa também seja a estrada pela qual a China também estará embarcando.

Você acha que os líderes chineses de hoje podem aprender algo estudando a liderança da Imperatriz-viúva?

O problema é, que eu não escrevi uma fábula política. Eu apenas registrei a vida dela. Como livro, acho que os leitores podem tirar o que for relevante para eles. Não sei o que as pessoas tirarão da Imperatriz-viúva Cixi, nem tenho essa intenção deles tirarem uma certa mensagem. Meu lema sobre a mensagens em um livro é: flores em mel, sal em água. As mensagens desapareceram, mas os sabores estão por toda parte. Meu livro não é um livro de mensagens.

Em termos de processo, como este livro foi diferente do seu último?

É diferente de escrever sobre Mao no sentido de que, com Mao, meu marido Jon Halliday e eu passamos 12 anos pesquisando e escrevendo. O principal problema foram as fontes, os documentos. Porque houve muito encobrimento - ainda existe - sobre Mao. Então tivemos que desenterrar todas as informações. Mas com a Imperatriz-viúva, todos os documentos foram disponibilizados: os estudiosos, os arquivistas na China e no resto do mundo, têm trabalhado muito compilando, fotocopiando, editando, fazendo obras completas disso e daquilo, liberando documentos de tribunal, alguns até digitalizados, por isso são relativamente fáceis de obter. Então eu posso sentar em Londres no meu computador e exibir decretos imperiais na minha tela.

Se as informações estavam disponíveis, por que um trabalho como o seu nunca foi feito antes?

Bem, as pessoas têm escrito - não uma biografia como a minha, mas aspectos dela. Quero dizer, os estudiosos chineses têm coberto vários aspectos do seu governo e seu tempo, e produziram muito material. Eles não escreveram uma biografia, mas eu me beneficiei de suas descobertas e trabalhos.

É triste para você que o livro não esteja amplamente disponível na China no momento?

Bem, não apenas não está amplamente disponível, espero que não seja banido! Estou traduzindo o livro para o chinês e será publicado no próximo ano. Espero que seja publicado na China continental. Mas eu não sei - teremos apenas que ver.

Quais são seus planos depois de terminar esta turnê?

Meu plano no momento é traduzir o livro para o chinês. É muito trabalho - já fiz metade do trabalho - e só preciso de mais tempo para me concentrar na tradução, que é o que farei depois que voltar dos Estados Unidos para Londres.

Mas depois disso?

Não tenho planos. Sem dúvida, em algum momento, em algum lugar, a inspiração virá.

Bibliografia recomendada:



Leitura recomendada: