quarta-feira, 23 de setembro de 2020

VÍDEO: Crítica do filme Falcão Negro em Perigo (2001) pelo Sala de Guerra

 

O canal Sala de Guerra fez uma resenha crítica do filme Falcão Negro em Perigo que está simplesmente excelente.

Comentário do colaborador Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog

Ótima resenha, raramente temos filmes tão bons e realistas quanto esse. Você só esqueceu de lembrar que o DVD tem o documentário com os veteranos da operação! 

Outra coisa do rappel é que o ranger acidentado simplesmente caiu, não foi o helicóptero esquivando de um RPG que derrubou o cara. Colocaram a cena dramática pra omitir o erro.

A maioria dos filmes que temos hoje é uma bobajada de "tema acima da substância", que precisa abaixar a cabeça pro politicamente correto e ficar repetindo cartilha igual zumbi (justamente por isso o blá-blá-blá de "ain não é anti-guerra", como se isso fosse uma obrigação).

O livro que originou o filme. Leitura obrigatória.

Uma coisa que é importante lembrar é que Mogadíscio foi uma operação feita ainda na euforia da vitória na Guerra do Golfo (1991), onde o presidente americano declarou o fim da "Síndrome do Vietnã" - com os americanos se sentindo invencíveis novamente. Por conta disso, cometeram erros grosseiros na Somália e que foram notadas com ironia pelos aliados europeus na mesma missão (especialmente os italianos), porque os arrogantes americanos desprezavam os sábios conselhos dos europeus com décadas de experiência em pacificação na África.

Em uma das burradas dos americanos, eles sequestraram um general somaliano achando que ele era da facção do Farah Aidid, mas ele era mesmo um aliado dos italianos (e, portanto, do esforço da pacificação da ONU). Outra burrada foi uma operação com o C-130 Spectre atacando um alvo incorretamente (isso é omitido no filme, mencionando apenas que não haveria tal apoio aéreo durante a operação) e, por fim, a falta de desdobramento de blindados sobre lagartas, tanto transportes quanto carros de combate (tanques mesmo), que poderiam facilmente sobrepujar os obstáculos colocados pelas milícias somalianas (tal qual foi feito pelos Fuzileiros Navais do Brasil na Vila Cruzeiro em 2010).

Fuzileiros navais e operadores do BOPE durante o assalto blindado na Vila Cruzeiro, 25 de novembro de 2010.

Contém mapas e esquemas de movimento em 3D.

O livro Gothic Serpent: Black Hawk Down, Mogadishu 1993, da série Raid da Osprey Publishing, que explica o planejamento e condução da operação pelos dois lados. É importante lembrar que o general da facção do Aidid que comandou a batalha era formado em escolas militares na Itália e na União Soviética, entendendo profundamente os princípios da estratégia e da tática. As lições do fiasco foram um tapa na cara das forças de operações especiais dos EUA, derrubando noções teóricas idiotas que décadas de auto-congratulação haviam criado. Por exemplo, os Deltas se achavam tão rápidos que julgavam não precisar de capacetes balísticos. Isso é tratado pelo especialista australiano Leigh Neville (traduzido para o Warfare Blog aqui):

“Até mesmo a Delta modificou seus equipamentos a esse respeito após a batalha. Até outubro de 1993, a unidade tipicamente usava capacetes de skate que eram leves, mas com zero proteção balística. Seu pensamento era tradicionalmente de que eles eram muito mais propensos a sofrer uma lesão enquanto subiam por uma janela ou realizavam fast-roping do que sendo baleados - isso era provavelmente uma extensão de sua principal missão de contraterrorismo. Apenas um operador do Esquadrão C (C-Squadron) usava o capacete K-pot ou PASGT em vez de um ProTec de plástico na Somália. Ele foi o destinatário de muita provocação durante as missões anteriores, mas depois de 3 e 4 de outubro, ele foi considerado um dos caras mais inteligentes da Unidade!

Claro, a Delta tragicamente perdeu Earl Fillmore, o médico da Equipe A (A-Team), durante o movimento à pé até o local da primeira queda por um tiro na cabeça que penetrou seu ProTec e o matou instantaneamente. Isso estimulou o teste e a compra de capacetes balísticos que eram mais leves do que o PASGT de uso padrão. Este teste e consulta com os fabricantes contribuíram diretamente para o tipo de capacetes balísticos leves modernos produzidos pela Ops Core ou Crye."

Capa da tradução brasileira.

Contra-capa mostrando uma cena de entrosamento entre os soldados.

Muito oportuno seu comentário sobre o Sebastian Junger. O seu primeiro livro, Guerra, foi traduzido e eu recomendo. O livro é dividido em:

Livro 1: Medo
Livro 2: Matança
Livro 3: Amor

A tradução foi feita por Berilo Vargas, com revisão técnica de Joubert Brízida.

Mapa do Vale do Korengal.
Área de atuação da Companhia Battle (B), 173ª Brigada Aeroterrestre, que havia substituído elementos da 10ª Divisão de Montanha na região.


Espero que algum dia traduzam o "Tribe", o outro livro do mesmo autor.

Eu também recomendo o livro "Estudos sobre o combate", do Coronel Ardant du Picq, e o "Homens ou Fogo?"; tradução incorreta do "Homens contra fogo", do SLA Marshall. Todos excelentes estudos do comportamento dos soldados em combate. 

Estudo de 1868 que ainda permanece atual.
Realmente impressionante.


Homens contra fogo.
Traduzido incorretamente pela Bibliex como "Homens ou Fogo?"

Tribe.
Um ótimo livro aguardando tradução para o português.

Um grande abraço e ótimo vídeo, Sala de Guerra!

Vídeo recomendado:


Bibliografia recomendada:




Leitura recomendada:

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Carros de combate principais T-72B1MS no Laos

Carros de combate T-72B1MS "Águia Branca" do Exército Popular do Laos durante a parada militar, em Vientiene, de celebração dos 70 anos da criação das Forças Armadas do Laos, 20 de janeiro de 2019.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 22 de setembro de 2020.

O Laos primeiro exibiu seus novos carros de combate principais T-72B1MS "Águia Branca" no 70º aniversário do Exército Popular Laociano, em 20 de janeiro de 2019. No mesmo dia, o chefe da Direção-Geral de Cooperação Militar Internacional da Rússia, Aleksandr Klimovsky, afirmou que Moscou abriu um escritório militar no Laos durante o desfile na capital do país, Vientiane. A parada militar também exibiu os novos veículos de transporte BRDM-2M.

O interesse do Laos pelos T-72 foi primeiro demonstrado quando suas equipes operaram o novo carro de combate no Biatlo de Tanques 2018, e que, junto dos vietnamitas, iniciaram conversações com a indústria russa. Em dezembro de 2018, o ministro da Defesa do Laos, Tenente-General Sengnuan Xayalat, disse à emissora russa Zvezda (Estrela) que o Exército Popular receberia armamentos e plataformas de fabricação russa, incluindo “novos tanques T-72” e aeronaves Yak-130. Tudo isso fazia parte da nova modernização das forças laocianas, que operavam antigos T-55 e até mesmo 10 veteranos T-34/85 em serviço, com mais 20 em estoque.

Em janeiro de 2019, o Laos entregou à Rússia seus 30 carros de combate T-34/85 como parte desta modernização. Seu estado era lastimável, inclusive com ninhos de pássaros em alguns deles. Estes T-34 veteranos, que foram fabricados na antiga Tchecoslováquia nos anos 1950, viajaram 4,500km por terra do Vietnã e por mar até Vladvostok, de onde foram transportados por ferrovia para Moscou. Sendo reformados por técnicos e engenheiros, eles serão exibidos em desfiles e museus, e usados em filmes. (O blog tratou desse assunto aqui.)

Os T-34 com os cocares do Exército Popular Laociano embarcados em trens com destino a Moscou, janeiro de 2019.

O T-72B1MS "Águia Branca"(Ob'yekt 184-1MS) é o T-72B1 modernizado pela empresa Oboronprom (agora parte da Rostec), apresentado pela primeira vez no International Forum Engineering Technologies 2012, pintado de branco, daí o apelido não-oficial de "Águia Branca". As propriedades mecânicas do tanque são as mesmas do T-72B1 normal, com o mesmo motor, canhão, blindagem e pacote Kontakt-1 (K-1) ERA. No entanto, a eletrônica é fortemente atualizada, incluindo uma câmera frontal e traseira para o motorista, display digital do motorista, sistema de navegação GPS/GLONASS, visão panorâmica térmica de terceira geração "Olho de Águia" para o comandante do tanque montado no lado esquerdo traseiro da torre, mira térmica do artilheiro PN-72U Sosna-U, sistema de rastreamento de alvo, sistema de gerenciamento de chassis e metralhadora AA 12,7mm controlada remotamente. Atualmente em serviço nas forças armadas do Laos, Uruguai e Nicarágua, sendo a Sérvia também um possível cliente.

Primeiro lote embarcado em caminhões e entregue ao exército laociano em 23 de dezembro de 2018.

T-72B1MS "Águia Branca" no International Forum Engineering Technologies 2012, 29 de junho de 2012.

Um segundo lote foi entregue em 26 de novembro de 2019, com algumas fotos mostrando o desembarque do navio no porto vietnamita de Tien Sa, para serem enviados em caminhões especiais por rodovia ao Laos - que não possui saída para o mar. Os 30 T-72B1MS laocianos equiparam um batalhão de carros de combate, o que representa um aumento de poder de combate impressionante no contexto laociano, chegando em três lotes de 10 tanques cada. Saindo de uma força blindada de 30 T-55 e 30 T-34/85 para uma de 30 T-72 e 30 T-55.

Com um preço estimado de apenas US$ 1,5-2 milhões por veículo, o T-72B1MS provou ser uma escolha sábia para o Exército Popular Laociano no contexto do seu orçamento de defesa.



No final de janeiro de 2020, o Laos recebeu da Rússia um terceiro lote de carros T-72B1MS “Águia Branca” e de veículos blindados de reconhecimento 4x4 BRDM-2M. Enquanto isso, o Aeroporto de Thongkaihin, atualizado, localizado na província de Xiang Khuang, foi melhorado com a assistência de especialistas russos e concluído a tempo para as celebrações do aniversário.

As entregas teriam sido feitas como parte das comemorações do 71º aniversário das Forças Armadas Populares Laocianas, com o chefe da Direção-Geral de Cooperação Militar Internacional da Rússia, o Tenente-General Alexander Kshimovsky, liderando a delegação da Rússia. Isso faz parte dos esforços entre a Rússia e o Laos para melhorar seus laços de defesa de longa data.

Essa amizade percorreu um longo caminho, no entanto, com o Laos sendo um bastião anti-comunista até 1975. A primeira unidade militar moderna inteiramente laociana foi formada pelos franceses em 1941 e ficou conhecida como o Primeiro Batalhão de Chasseurs Laotiens (infantaria leve), sendo usado para segurança interna e não entrou em ação até depois da invasão japonesa de 9 de março de 1945, quando o Japão ocupou o Laos. A unidade então foi para as montanhas, suprida e comandada por agentes da França Livre, que haviam recebido treinamento especial de selva em bases na Índia e haviam saltado de pára-quedas no Laos a partir de dezembro de 1944 com o objetivo de criar uma rede de resistência. 

Enquanto isso, aproveitando a ausência temporária da autoridade francesa nas cidades, o governo Lao Issara, nacionalista e não-comunista liderado pelo príncipe Phetsarath Ratanavongsa, armou-se para defender a independência do Laos que reivindicou em nome do povo durante o vácuo de poder causado pela derrota do Japão. Em sua maior parte, os componentes efetivos das forças armadas de Lao Issara consistiam de residentes vietnamitas das cidades do Laos, que receberam armas dadas pelas tropas japonesas que se rendiam - vendidas pelos soldados nacionalistas chineses que ocuparam o norte do Laos em 1945 Acordos da Conferência de Potsdam - ou saqueados de arsenais franceses. Na Batalha de Thakhek (Khammouane) em março de 1946, o Lao Issara usou morteiros e metralhadoras leves contra veículos blindados e aviões franceses em uma batalha que decidiu a questão da soberania no Laos em favor da França; com os líderes do movimento Lao Issara se exilando em Bangkok entre 1946 e 1949, tentando adquirir armas para uma revanche.

O exército laociano nasceu em sua forma moderna como o Exército Real Laociano, em 20 de janeiro de 1949, como parte da União Francesa. Os esforços franceses para treinar e expandir o Exército Real Laociano continuaram durante a Primeira Guerra da Indochina (1946–54), época em que o Laos tinha um exército permanente de 15.000 soldados.

Em 1953, o reino do Laos tornou-se independente de fato e os franceses escolheram originalmente Dien Bien Phu como o local de um grande ponto forte porque bloqueava uma rota principal de invasão ao Laos, que eles sentiram que deveriam defender a todo custo para preservar sua credibilidade com o rei de Louangfrabang, que havia buscado a proteção da França.

O Exército Real Laociano lutaria contra o movimento comunista Pathet Lao até 1975, quando os Estados Unidos abandonaram a Indochina para os comunistas. Em combates na primavera de 1975, o Pathet Lao finalmente quebrou a resistência dos Hmong de Vang Pao, bloqueando o entroncamento rodoviário que ligava Vientiane, Louangphrabang e a Planície dos Jarros. Assistidos por dois batalhões de tropas do Pathet Lao, que haviam voado para Vientiane e Louangphrabang em aviões soviéticos e chineses para neutralizar essas cidades sob o acordo de cessar-fogo, os comunistas organizaram manifestações para apoiar suas demandas políticas e militares, levando à final tomada de poder nas cidades que o governo real ainda mantinha, proclamando a República Popular do Laos.

Os novos T-72 seguindo os antigos T-55.

Servindo um dos países comunistas menos desenvolvidos do mundo, as Forças Armadas Populares Laocianas são pequenas, mal-financiadas e sem recursos eficazes. O foco da sua missão é a segurança interna e de fronteira, principalmente na repressão interna de dissidentes e grupos de oposição laocianos.

Isso inclui o esmagamento brutal das manifestações pacíficas do Movimento de Estudantes da Democracia do Laos em 1999 em Vientiane, e no combate a grupos insurgentes étnicos Hmong e outros grupos de pessoas do laocianas e hmong que se opõem ao governo de partido único marxista Pathet Lao e ao apoio que recebe da República Socialista do Vietnã. 

Atualmente o Laos faz uma aliança tríplice com o Vietnã e a Rússia, participando de exercícios conjuntos e nos jogos militares na Rússia, como o Biatlo de Tanques.

Bibliografia recomendada:

T-72 Main Battle Tank 1974-93,
Steven J. Zaloga.

TANKS: 100 Years of Evolution,
Richard Ogorkiewicz.

Leitura recomendada:

Rússia restaura tanques T-34 soviéticos recuperados no Laos1º de março de 2020.

Tanked Up: Carros de combate principais na Ásia12 de agosto de 2020.

Viva Laos Vegas - O Sudeste Asiático está germinando enclaves chineses13 de maio de 2020.

DOCUMENTÁRIO: O massacre da Praça da Paz Celestial (Praça de Tiananmen), 198913 de agosto de 2020.

GALERIA: Bawouans em combate no Laos28 de março de 2020.

"Tanque!!": A presença duradoura dos carros de combate na Ásia, 6 de setembro de 2020.

FOTO: Um M24 Chaffee no Tonquim9 de julho de 2020.

FOTO: T-90 de concreto, 14 de setembro de 2020.

A mídia, a opinião pública e os porcos!

 
Por Coronel Swami de Holanda Fontes, EBlog, 16 de Setembro de 2020

Quem não conhece o conto dos três porquinhos e do lobo mau? A fábula narra o esforço do predador para destruir as casas dos irmãos com o objetivo de devorá-los. O desfecho é o quase cozimento do malvado num caldeirão.
Em 2012, o jornal britânico The Guardian resolveu mostrar os novos rumos do jornalismo usando, como pano de fundo, outra roupagem para essa narrativa (https://www.youtube.com/watch?v=lEAZONTP45Y). Foi produzido um filme de dois minutos que ilustrava o comportamento da mídia e da opinião pública, bem como o uso das diversas plataformas pelas quais as notícias eram divulgadas. Mesmo tendo sido feito há quase uma década, ele continua atual.

Nessa versão, os porquinhos são acusados pelo assassinato do lobo – fato que deu origem ao processo investigatório do homicídio. A cada notícia publicada, seguiam-se diferentes reações sociais e novos dados surgiam nas agências de jornalismos. Cita-se, por exemplo, que o lobo tinha uma doença respiratória: condição filmada dentro de um ônibus por um passageiro anônimo, enviada para a imprensa, mostrando o animal usando um remédio para asma. De vital importância, essa informação provou que o lobo não teria condições de derrubar as casas pelo sopro, o que gerou dúvidas, por parte da população, sobre a alegação de que os irmãos agiram para se proteger. Nesses momentos surgem os ditos “especialistas” sendo entrevistados como profundos conhecedores do tema que está sendo abordado.

Em seguida, descobriu-se que os porquinhos tinham interesse em destruir suas próprias casas, pois deviam hipotecas: uma questão comum na sociedade. Os endividados com os bancos motivaram novas manifestações. A cada nova informação, as opiniões se dividiam sobre o crime. Mais do que a aplicação ou a busca da justiça, os interesses pessoais passaram a pesar. Logicamente, por ser uma propaganda do jornal, o filme mostrou a cobertura jornalística sendo realizada com isenção e neutralidade.

No passado distante, nos moldes em que o vídeo foi apresentado, essas reviravoltas e a participação e mobilização dos cidadãos, na condução de uma investigação, eram de difícil viabilidade.

Muito antigamente, antes do surgimento da comunicação em massa, o ambiente comunicacional era muito restrito. A informação e as relações ocorriam entre professores, alunos, sacerdotes, fiéis, autoridades locais e famílias. O conhecimento da realidade, como um todo, era extremamente limitado.

Em um segundo momento, em decorrência das novas invenções como o rádio, a televisão, o cinema, a imprensa e a revista, surgiu a comunicação de massa. Nessa época, um canal produzia a informação que, por sua vez, era copiada por outros meios, fazendo com que todos recebessem os mesmos esclarecimentos. Nesse modelo midiático, não havia como interagir, por exemplo, com a TV e com a imprensa; apenas absorvia-se aquilo que era divulgado. A comunicação era basicamente em um único sentido: desses canais para as pessoas. Todos tinham o mesmo modo de pensar, ou seja, uma mentalidade de massa.

Em um mundo complexo, volátil, ambíguo e incerto, o que vemos na atualidade é o surgimento de inúmeros meios de comunicação que possibilitam a interação rápida entre as diversas mídias e a sociedade. A informação circula rapidamente e logo é ultrapassada por outra mais recente. O telespectador deixou de ser passivo e passou a influenciar no rumo da notícia. Acrescenta-se a essas características o ambiente das fake news, dos deepfakes, da guerra das narrativas, do pós-verdade e das mídias sociais.

Sobre deepfakes, vale acrescentar que, em 2012, quando o filme do The Guardian foi produzido, ainda não eram conhecidos como são nos dias atuais. Se esse ilusionismo digital tivesse sido explorado, várias situações poderiam ser acrescidas ao caso, tais como a manipulação da investigação, do julgamento e da própria opinião pública.

Percebe-se que, fruto de uma nova realidade, os jornais estão diminuindo seus quadros e perdendo leitores. O mesmo acontece com as publicações impressas que estão migrando para os meios eletrônicos. Aumentou a concorrência dos canais de TV aberto com o IPTV e com os canais a cabo. Programas de TV passaram a ser personalizados para públicos específicos. Os rádios disputam a audiência com aplicativos e programas como o Podcast e o Spotify.

Com o Twitter, Facebook, Instagram, Linkedin, dentre outros, as pessoas ficaram ainda mais expostas, mudando a forma como cada uma conduz suas ações. Não se pode esquecer o monitoramento e a análise destas. O monitoramento e a análise das mídias sociais, o emprego da inteligência artificial e até de psicólogos, que estudam as conexões de bilhões de pessoas, ajudam a publicar, em muitos casos, o que serve para atender demandas comerciais, políticas e psicossociais.

O telefone passou a ser multifuncional, transmitindo vídeos, fotografias, áudios, textos e arquivos em aplicativos como WhatsApp, Wechat, Facetime e Telegram, além de contar com diversos recursos tais como o de localização e consulta a informações pela Internet.

Tal qual a filmagem do lobo no interior de um ônibus, não é incomum, alguém enviar para a TV o registro de um acidente de trânsito. Em alguns casos, é possível que a transmissão seja ao vivo, ou seja, o chamado “jornalista-cidadão” filma e transmite a “matéria” para alguma plataforma na Internet ou para algum canal de TV.

E o que se pode falar dos digital influencers e dos youtubers que, em muitos casos, têm mais poder de engajamento do que tradicionais apresentadores, agências de publicidade e colunistas? O mais impressionante destes novos atores é o poder que eles têm de influenciar milhões de seguidores com informações, em muitos casos, inúteis.

Essa nova realidade é visível em quase todos os lugares do planeta, independentemente de faixa etária, sexo, religião e, até mesmo, do poder aquisitivo ou do grau de escolaridade. Os meios de comunicação estão se socializando, permitindo que mais e mais pessoas possam usufruir desse novo ambiente.

O que se percebe é que a mídia tradicional tem que adotar novas estratégias para sobreviver ao novo mundo comunicacional e que a sociedade tem que se ajustar a essa nova realidade para não ser manipulada ou ficar alheia ao mundo.

Por fim, na versão do jornal The Guardian, os porcos eram malvados e o “vilão” inocente, mas parte da população ficou do lado dos irmãos, pois os problemas destes, o endividamento, eram comuns a todos. Os interesses pessoais estavam acima da justiça.






segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Em 19 anos de guerra contra o terror, o sobrecarregado AFSOC está em uma encruzilhada

 

Alunos da Escola de Controle de Combate designados para o 352nd Battlefield Airman Training Squadron são emboscados em seu ponto de desembarque durante um exercício de treinamento de campo tático em Camp Mackall, N.C., em agosto de 2016. (Senior Airmen Ryan Conroy/ USAF)

Por Stephen Losey, Air Force Times, 14 de setembro de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 21 de setembro de 2020.

O Comando de Operações Especiais da Força Aérea (Air Force Special Operations Command, AFSOC) está mais uma vez em um ponto de inflexão, disse seu comandante, o Tenente-General Jim Slife, em uma entrevista em 11 de setembro.

Depois dos ataques exatamente 19 anos antes, o AFSOC se ajustou rapidamente para ajudar os Estados Unidos a travar guerras no Iraque, Afeganistão e outros lugares. Os soldados da aeronáutica de guerra especial entraram em ação imediatamente - e em grande parte continuaram lutando por quase duas décadas consecutivas.

Mas o AFSOC pagou um preço por essa devoção ao dever. Ao adotar uma cultura focada principalmente em cumprir suas missões de guerra, outros requisitos caíram, como o rigor do treinamento, a adesão aos padrões e a supervisão de atividades de alto risco, disse Slife no início deste ano.

A morte em 5 de novembro do sargento-chefe Cole Condiff, um controlador de combate que foi retirado de um MC-130H sobre o Golfo do México quando seu pára-quedas de reserva desdobrou acidentalmente, estimulou o AFSOC a fazer uma pausa e fazer um balanço do que o ritmo implacável das operações havia feito com o comando.

Uma investigação sobre a morte de Condiff, divulgada em julho, descobriu que o erro que levou à configuração incorreta do paraquedas de Condiff era comum e resultou de uma "cultura de complacência" que se desenvolveu gradualmente. Slife disse na época que o ritmo acelerado das operações tinha cobrado um preço.

Tenente-General Jim Slife, comandante do Comando de Operações Especiais da Força Aérea, e o Command Chief Master Sgt. Cory Olson realiza uma mesa redonda com repórteres durante a conferência Aérea, Espacial e Cibernética da Associação da Força Aérea, em 16 de setembro, em National Harbor, Maryland (Alan Lessig/ Estado-Maior)

Agora, à medida que a Força Aérea muda para uma era de competição de grandes potências - e, com toda a probabilidade, orçamentos reduzidos - o AFSOC vai precisar se ajustar novamente, parte de uma mudança mais ampla em como a Força Aérea opera, e para fazer a comunidade de guerra especial mais sustentável.

O General Charles “CQ” Brown, o novo chefe do Estado-Maior da Força Aérea, expôs seu apelo à Força para “Acelerar a Mudança ou Perder” em um white paper (livro branco) lançado no início deste mês. Ele deve expandir essa ligação em seu discurso na conferência Air Space Cyber (Aérea, Espacial e Cibernética) da Associação da Força Aérea em 14 de setembro.

“O AFSOC de que precisávamos [depois de 11 de setembro] precisará ser suplantado pelo AFSOC de que precisaremos no futuro”, disse Slife em entrevista na sexta-feira. “Vemos claramente o futuro chegando em nossa direção a toda velocidade, então temos que nos mudar antes que o meio ambiente faça isso por nós”.

O AFSOC foi originalmente construído para resposta a crises de curto prazo e contingências de curto prazo, disse Slife - não para desdobramentos de combate prolongados. Mas depois do 11 de setembro, o AFSOC foi reprogramado para sustentar unidades únicas sendo desdobradas por anos a fio. Uma unidade, o 17º Esquadrão de Táticas Especiais, não viu interrupções nos desdobramentos e operações de combate por mais de 6.900 dias, disse o AFSOC em um comunicado de 31 de agosto. Desde o primeiro desdobramento em outubro de 2001, o quartel-general e dois destacamentos operacionais têm estado em rotação contínua.

As operações especiais da Força Aérea "realmente desempenhavam um papel de apoio, com missões de nicho e conjuntos de habilidades que não eram encontrados em nenhum outro lugar da força combinada", disse Slife. Mas, ao olhar para o futuro, Slife vê o AFSOC retornando a um papel onde provê capacidades essenciais de missão especializadas para ajudar a força combinada mais ampla. Também é provável que a Força Aérea veja menos recursos nos próximos anos do que tem desfrutado recentemente, disse ele.

“Isso significa que temos que parar de fazer algumas das coisas que temos feito para liberar nosso capital humano e os recursos financeiros limitados que temos para fazer as coisas que são aquelas de alto valor necessárias para o futuro ”, disse Slife. Isso não significa o fim dos longos desdobramentos do AFSOC, disse ele. Mas terá que escolher com muito cuidado o que continuará fazendo e se concentrar nas missões que ninguém mais pode fazer".

Slife não disse exatamente quais capacidades o AFSOC pode diminuir, mas disse que "não há vacas sagradas". Está olhando para todo o seu portfólio. Isso pode significar desinvestir em plataformas, sistemas ou missões que podem ser menos necessários no futuro ou que são muito caros e fornecem pouco valor. Também pode haver algumas estruturas de força legadas no AFSOC que agora podem ser melhor executadas por outros elementos da força combinada, disse ele.

Como parte de uma revisão dos níveis de pessoal em suas especialidades, o AFSOC descobriu que alguns de seus principais campos de carreira foram "superespecializados".

“Temos especialidades que, francamente, têm maior capacidade e podem fazer mais coisas do que descrevemos de forma restrita para eles”, disse Slife.

Controladores de combate com o 321º Esquadrão de Táticas Especiais guiam um piloto de A-10 Thunderbolt II do 104º Esquadrão de Caça da Guarda Aérea Nacional de Maryland para pousar na Rodovia Jägala-Käravete, 10 de agosto, em Jägala, Estônia. Uma pequena força de oito controladores de combate de Táticas Especiais da 321st STS inspecionou a rodovia de duas pistas, desconfigurou o espaço aéreo e exerceu comando e controle no solo e no ar para pousar aviões A-10 na rodovia. (Senior Airman Ryan Conroy / Força Aérea)

Portanto, o AFSOC deseja criar soldados “multifuncionais” que possam ser chamados para fazer mais coisas do que seus códigos de especialidade estreitamente elaborados da Força Aérea dizem que podem fazer. Slife não disse quais AFSCs podem fazer a transição para soldados multifuncionais, mas disse que eles poderiam incluir soldados aéreos e terrestres, bem como aqueles em operações e trabalhos de apoio.

“Os aviadores costumam ter maior satisfação no trabalho quando sentem que estão dando a máxima contribuição para a missão”, disse ele. Slife ficou impressionado com a facilidade com que o AFSOC se ajustou para operar em um ambiente de COVID-19 “sem realmente perder o ritmo”.

Os comandantes locais foram capazes de manter o controle das condições locais e ajustar as restrições sobre como os soldados operavam à medida que essas condições mudavam no dia-a-dia, disse ele.

“Obviamente, a coisa mais segura a fazer seria ficar em casa e nunca sair de casa, mas isso representa um risco para a missão”, disse Slife. “Na outra ponta do espectro, o menor risco para a missão seria... apenas continuar operando da maneira que sempre operamos... É a resposta elástica dos comandantes locais para manter a prontidão que tem sido a chave para o nosso sucesso”.

Stephen Losey cobre questões de liderança e de pessoal como repórter sênior do Air Force Times. Ele vem de uma família da Força Aérea e seus relatórios investigativos foram premiados pela Society of Professional Journalists. Ele viajou ao Oriente Médio para cobrir as operações da Força Aérea contra o Estado Islâmico.

Bibliografia recomendada:

Special Operations Forces in Afghanistan.
Leigh Neville e Ramiro Bujeiro.

Special Operations Forces in Iraq.
Leigh Neville e Richard Hook.

Leitura recomendada:

O Comando das Forças Especiais do Exército dos EUA dissolveu unidades de elite18 de setembro de 2020.

COMENTÁRIO: As Forças Especiais ainda são especiais?6 de setembro de 2020.

GALERIA: Arsenal Ranger no Afeganistão, 21 de setembro de 2020.

Mission Failed: 5 vezes que as forças especiais dos EUA não conseguiram fazer o serviço21 de junho de 2020.

Certos “aspectos culturais” das forças especiais dos EUA explicariam problemas de disciplina, 7 de abril de 2020.

As lições de Mogadíscio, 7 de outubro de 2018.

COMENTÁRIO: Proteger o futuro do empreendimento das forças de operações especiais, 23 de maio de 2020.

6 fatos selvagens sobre o criador mortal da SEAL Team Six25 de fevereiro de 2020.

FOTO: Comandos anfíbios à moda antiga

Comandos italianos do Regimento San Marco no norte da África, 1942.

Estes soldados da foto pertenciam ao Reparto "G" (Unidade "G"), uma unidade especial do Regimento San Marco, fuzileiros navais italianos. Os homens dessa foto faziam parte de um grupo de 14 comandos liderados pelo Tenente Fernando Berardini que, na noite de 3 para 4 de setembro de 1942, foram desembarcados por torpedos à motor (MS-11 e MS-15, um dos quais visto nessa foto) na costa egípcia, a cerca de 70km atrás das linhas aliadas. Ali plantaram cargas explosivas em uma ferrovia costeira e no aqueduto próximo, que foram inutilizados temporariamente pelas explosões (segundo algumas fontes, um trem de munições também foi destruído). Os comandos foram capturados ao serem interceptados por uma força gurca quando tentavam alcançar as linhas do Eixo, marchando pelo deserto.

Bibliografia recomendada:


Leitura recomendada:

GALERIA: Visita de Hitler a Mussolini na Itália, 19389 de setembro de 2020.

FOTO: O Tigre na Tunísia5 de julho de 2020.

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A submetralhadora MAS-385 de julho de 2020.

FOTO: Prisioneiros alemães na Itália26 de março de 2020.

FOTO: Helicóptero nos alpes italianos29 de janeiro de 2020.

FOTO: Cemitério alemão na Itália8 de abril de 2020.

A tentativa da Turquia de retornar à glória da era otomana ameaça Israel e a região

O presidente turco Recep Tayyip Erdoğan.

Por Israel Kasnett, Israel Hayom, 14 de setembro de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 21 de setembro de 2020.

O presidente não é apenas um líder com uma ideologia islâmica, mas um jogador da realpolitik. A Turquia está no Iraque e na Síria e tem uma base militar no Catar e na Somália. Agora está ocupada na Líbia.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, tem grandes ambições. Ele quer levar seu país de volta ao que considera os dias de glória do Império Otomano, mas o líder que foi descrito como "combativo" e está no auge do poder desde 2002, parece estar conduzindo seu país pelo caminho errado enquanto ele anula o secularismo, apóia o islamismo radical, suprime reformas democráticas e adota uma abordagem de política externa vigorosa que visa afirmar a hegemonia turca na região.

De olho na base de apoio conservador e religioso de seu partido conforme sua popularidade cai em meio a uma crise econômica, Erdoğan recentemente converteu dois marcos históricos de Istambul que funcionam como museus - a Hagia Sophia e a Igreja de São Salvador em Chora - em mesquitas em uma tentativa de flexibilizar seus músculos islâmicos. E agora, com sua atenção voltada para a Grécia e a Líbia, Erdoğan parece estar em busca de domínio regional. A questão é como tudo isso fica em relação a Israel.

Gallia Lindenstrauss, pesquisadora sênior do Instituto de Estudos de Segurança Nacional, especializada em política externa turca, disse ao Jewish News Syndicate que as ações de Erdoğan são influenciadas pela "transformação do sistema internacional de um sistema unipolar para um multipolar."

O navio de pesquisa da Turquia, Oruc Reis, em vermelho e branco, é cercado por navios da marinha turca no Mar Mediterrâneo. (Ministério da Defesa turco via AP)

A percepção de que os Estados Unidos planejam reduzir significativamente sua presença militar no Oriente Médio - anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump esta semana - e os vácuos de poder que surgiram como uma das consequências das revoltas árabes "estão causando diversos atores, incluindo a Turquia, a agirem de forma mais assertiva”, afirmou.

Lindenstrauss observou que o comportamento belicoso da Turquia deriva de sua percepção de que "no atual contexto internacional, agir agressivamente não necessariamente acarreta grandes custos para as potências globais e, portanto, a tentação de agir dessa forma é maior", disse ela.

P: Com a identidade islâmica de Erdoğan e laços estreitos com a Irmandade Muçulmana, Qatar e Hamas, este triângulo parece perigoso para Israel. É uma ameaça real?

"Após a queda do [ex-presidente egípcio] Mohammed Morsi, a Turquia se tornou o líder do eixo da Irmandade Muçulmana no Oriente Médio", disse ela. "Este é um motivo de preocupação em Israel, e agora há uma maior consciência da atividade militar do Hamas em solo turco."

"Da mesma forma, há maior suspeita em relação às agências governamentais da Turquia e atividades de ONGs em Israel e nos territórios palestinos, e Israel está menos aberto às iniciativas turcas para ajudar os palestinos", disse Lindenstrauss. "O fato da Turquia ser vista como o líder do eixo da Irmandade Muçulmana é um problema ainda maior aos olhos dos pragmáticos estados sunitas com os quais Israel está cooperando".

Lindenstrauss sugeriu que uma das razões pelas quais Israel e os Emirados Árabes Unidos trabalharam em um acordo de normalização está relacionada às "crescentes preocupações do papel maior da Turquia na região".

"Uma fusão de nacionalismo e islamismo"

Efraim Inbar, presidente do Instituto de Estratégia e Segurança de Jerusalém, disse ao JNS que, como islâmico, Erdoğan "não tem grande amor pelos judeus e por Israel".

De acordo com Inbar, "Erdoğan acredita que a Turquia tem um grande destino e deve ser uma potência mundial. O fato dos EUA estarem reduzindo lentamente sua pegada no Oriente Médio aumenta ainda mais a liberdade de ação para a Turquia em assuntos regionais".

O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, à esquerda, aperta a mão do presidente turco Recep Tayyip Erdoğan em 2012. (AP)

Ele observou que Erdoğan não é apenas um líder com uma ideologia islâmica, mas um jogador da realpolitik. A Turquia está no Iraque e na Síria e tem uma base militar no Catar e na Somália. Erdoğan tentou construir uma base no Sudão e agora está ocupada na Líbia. Como parte desse novo nacionalismo turco, ele está desafiando a fronteira com a Grécia, essencialmente buscando reverter o Tratado de Lausanne de 1923, que encerrou oficialmente o Império Otomano.

"Há uma fusão aqui de nacionalismo e islamismo entre o nacionalismo turco com suas raízes no Islã, o Califado e o Império Otomano", disse Inbar. "Há uma aliança clara entre a Turquia e o Qatar, que apóiam a Irmandade Muçulmana".

Ele também observou que a Turquia fornece passaportes aos membros do Hamas, o que lhes dá maior liberdade de movimento.

"Erdoğan é um político de muito sucesso, um bom orador e carismático", disse ele. "Ir atrás de Israel lhe dá votos e o torna popular no mundo muçulmano, que ele quer liderar, então Israel é um bom alvo para ele".

Apesar de todo o brandir de sabre de Erdoğan sobre Israel, no entanto, os negócios continuam como de costume, já que a maioria das exportações turcas para o mundo árabe são embarcadas pelo porto de Haifa.

"Erdoğan tem uma tendência pragmática", disse Inbar. "Ele não rompeu completamente as relações diplomáticas com Israel".

Mesmo assim, advertiu ele, Israel deve agir com cautela.

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