domingo, 21 de março de 2021

IVECO VBTP-MR GUARANI. O futuro da mobilidade do exército brasileiro

VBTP-MR GUARANI

FICHA TÉCNICA
Velocidade máxima: 110 Km/h.
Alcance Máximo: 600 Km (em rodovia).
Motor: Motor Iveco Cursor 9 com 383 hp movido a diesel.
Peso: 16,7 toneladas.
Altura: 2,34 m.
Comprimento: 6,9 m.
Largura: 2,7 m
Tripulação: 3 + 8 soldados equipados.
Armamento: Metralhadora FN Mag cal 7,62X51 mm ou uma metralhadora M-2HB cal .50 (12,7 mm) ambas montadas em uma torre remotamente controlada Ares REMAX.
Trincheira: 1,3 m
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 30º
Obstáculo vertical: 0,50 m
Passagem de vau: Anfíbio.

DESCRIÇÃO:
Por Carlos Junior
O Exército Brasileiro, como todas as forças armadas do Brasil, carece de modernos meios de combate para suas atribuições. Esta afirmativa não é nenhuma novidade para os poucos patriotas que acompanham a agonia em que se encontrava nossa força terrestre no final da década de 90, quando tratamos de seus meios de combate. A situação chegou a ser tão explicita que o governo brasileiro acabou sendo forçado (digo forçado, pois é claro e flagrante a total falta de sensibilidade dos péssimos políticos brasileiros diante da grave situação militar brasileira) a tomar alguma providência para amenizar este quadro. Um dos muitos equipamentos do Exército Brasileiro, que estava em péssima situação devido a seu alto grau de obsolescência, era o famoso veículo blindado de transporte de tropas EE-11 Urutu, cuja empresa fabricante, a Engesa, faliu em outubro de 1993, causando alguma dificuldade para executar a manutenção dos velhos blindados sobre rodas. Além disso, a blindagem do Urutu se mostrou vulnerável quando esteve em ação no Haiti onde se experimentou algumas ocorrências em que tiros em calibre 7,62X51 mm perfurantes de blindagem conseguiram superar a proteção de sua blindagem, como foi demonstrado na missão brasileira no pequeno país caribenho. Assim, estava claro que era fundamental ao Exército Brasileiro adquirir um novo blindado de transporte de tropas que pudesse dar a mobilidade e segurança aos soldados no campo de batalha moderno. Aproveitando o momento de se adquirir este novo veículo, o exercito determinou alguns outros requisitos que tornaria o novo blindado, um produto que pudesse ter sucesso no mercado internacional também.
Projetado pela Iveco e pelo Exército Brasileiro, o Guarani é pouco maior que o Urutu, veículo que ele substitui.

Por tudo isso, a empresa escolhida pelo Exercito para fornecer este novo blindado foi a Iveco Veículos de Defesa, uma empresa do grupo Fiat e o veiculo passou a se chamar VBTP-MR (Veículo Blindado de Transporte de Pessoal. Media Sobre Rodas) e foi nomeada “Guarani” em uma votação aberta ao publico para se escolher o nome da viatura. A encomenda feita pelo governo brasileiro foi de 2044 veículos Guarani em varias versões que devem ser entregues em vários lotes até 2030. 
O Guarani é, evidentemente, fortemente baseado em um outro produto da Iveco, o SuperAV, um blindado 8X8 desenvolvido antes do programa brasileiro. Esse é um dos principais motivos da rapidez com que este programa foi levado a cabo. 
O Guarani possui a mesma configuração do Urutu, ou seja 6X6 e seu motor, é o Iveco Cursor 9 turbo diesel, que fornece 383 Hp de força ao veículo. Assim, o Guarani, poderá rodar a uma velocidade máxima de 105 km/h em estradas. Sua suspensão hidropneumática garante conforto aos tripulantes e a tropa (quando comparado ao Urutu). O Guarani é totalmente anfíbio e quando na água, pode navegar a 9 km/h.
O Guarani já vem com capacidade anfíbia como padrão, sem necessidade de adaptações.

O Guarani está equipado com uma blindagem leve, capaz de proteger ele contra disparos de todos os tipos de projéteis em calibre 7,62X51 mm, inclusive AP (perfurantes de blindagem) e fragmentos de granadas. Seu assoalho foi projetado com forma em “V” para dissipar detonações de minas terrestres e IEDs (explosivos improvisados) que já causaram centenas de mortes e muita destruição em blindados convencionais no Iraque e Afeganistão. A capacidade de proteção NBC (nuclear, bacteriológico e químico) é um opcional e não vem de série.
Como o projeto do Guarani seguiu a tendência de praticamente todos os novos projetos em blindados, ele tem uma modularidade que lhe é muito útil para adaptação de placas de blindagem extra, reforçando sua capacidade a níveis bem mais resistentes, caso seja necessário, além de se poder integrar diversos armamentos de vários tipos.
A proteção blindada do Guarani permite suportar disparos de armas leves e de estilhaços de granadas. O assoalho construído em V, protege a tripulação de detonação de explosivos tipo IED.

O armamento da versão básica será uma metralhadora M-2 em calibre.50 (12,7 mm), porém diversas torres controladas remotamente e armadas com metralhadoras 7,62X51 mm, lança granadas de 40 mm, e metralhadora pesada em calibre 12,7 mm, também podem ser instaladas facilmente no Guarani. Algumas unidades dele foram armadas, porém, com uma torre UT-30BR, desenvolvida pela Elbit System, de Israel, que possui um canhão de ATK de 30 mm, uma metralhadora coaxial de 7,62X51 mm e  um sensor óptico para uso do comandante do veículo e outro para o artilheiro. Além disso, há sistemas de defesas como um alerta de laser LWS que avisa o comandante quando o veiculo estiver sendo iluminado por um designador de alvos a laser. 
Esta torre tem proteção blindada padrão STANAG 4569 nível 2, capaz de proteção contra disparos de projéteis em calibre 7,62X39 mm (como dos AK-47), porém esta proteção pode ser ampliada para nível 4 e “segurar” impactos de projéteis de metralhadoras pesadas em calibre 14,5X114 mm.
Poucas unidades do Grarani receberam uma torre israelense UT-30BR, com um potente canhão automático norte americano da ATK em calibre 30 mm. A maioria das viaturas estão armadas com metralhadoras M-2 em calibre 12,7x99 mm (.50BMG)

O Guarani básico, para transporte de tropas, tem capacidade de transporte de 3 tripulantes mais 8 soldados totalmente equipados dispostos numa cabine, relativamente, mais espaçosa que a do Urutu, dando melhor conforto para os militares.
Uma das versões que chegou a ser considerada para o Guarani foi a de um veículo de reconhecimento, que substituiria os atuais veículos Cascavel, e seria armado com um canhão de 105 mm, porém, depois de várias mudanças e atrasos, há forte indicação que o projeto de obtenção da Viatura Blindada de combate de Cavalaria (VBC-Cav), que responde por essa necessidade de um sucessor do já cansado Cascavel, pode não ser baseado no Guarani.
O compartimento da tripulação comporta 8 soldados equipados dispostos em 4 de cada lado e sentados de frente um para o outro. A saída da viatura se dá exclusivamente pela parte traseira.

O Guarani é uma solução para substituir o velho Urutu e, eventualmente o Cascavel, que já passaram da hora de serem aposentados devido a obsolescência destes antigos projetos. Hoje, ambos os veículos só servem para desfilar em festas de 7 de setembro, pois na prática são fracos e mal equipados. A quantidade de 2044 unidades adquiridas é um excelente numero para um exército com a grande responsabilidade de defender este território gigante que é o Brasil.

 





VÍDEO: Por dentro do Panzer I com o Chieftain


Bibliografia recomendada:


Leitura recomendada:

FOTO: Turán II húngaro cruzando um riacho

Um tanque 41.M Turán II cruzando um curso d'água.
(The Tank Museum)

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 21 de março de 2021.

O Turán II era uma evolução do Turán I com um canhão de 75mm, produzido em 1943. A Hungria operava 139 carros de combate 41.M Turan II na metade de 1943 (com um total de 424 unidades produzidas até 1944).

A 2ª Divisão de Campanha húngara empregou os Turán II na Batalha de Debrecen (6-29 de outubro de 1944), embora eles fossem ultrapassados em relação aos T-34/76 e T-34/85 soviéticos. Apesar de alguns sucessos, as baixas húngaras e alemãs foram pesadas. A batalha foi comandada pelo General Maximilian Fretter-Pico, o irmão mais velho do General Otto Fretter-Pico, que se rendeu à FEB em Collecchio-Fornovo di Taro.

Bibliografia recomendada:


Leitura recomendada:

sábado, 20 de março de 2021

FOTO: Paraquedistas do SAS francês na Tunísia

Membros do "French Squadron SAS" (1er Compagnie de Chasseurs Parachutistes) durante a junção com as unidades avançadas dos 1º e 8º Exércitos na área de Gabes-Torzeur, na Tunísia, em 1º de fevereiro de 1943.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 20 de março de 2021.

Previamente uma companhia de paraquedistas franceses livres, o SAS francês foi uma das primeiras unidades "adquiridas" pelo Major Stirling durante a expansão inicial do SAS; dado que o Exército Britânico dava baixa prioridade para as operações especiais em um primeiro momento.

Esses grupos SAS operam em pequenas unidades de 5 homens sob um chefe de equipe, atuando por meio da surpresa e violência de choque, sumindo no deserto após caírem sobre vigias surpresos.

Ilustração do chefe de equipe, com binóculos, no livro The French Army 1939-45 (2) pelo saudoso mestre Mike Chappell. (Osprey Publishing) 

Durante os grandes raides de 12-13 de junho de 1942, lançados contra os aeródromos ítalo-germânicos no norte da África com o objetivo de aliviar a pressão sobre os comboios tentando abastecer a ilha de Malta, o SAS francês atacou 6 dos 8 alvos. O famoso paraquedista Aspirant André Zirnheld participou dessa operação no ataque ao aeródromo Berka III, destruindo 6 aeronaves inimigas no solo, e no ataque à via férrea de Benghazi-Derna (este na companhia do próprio Stirling).

Zirnheld morreria em ação no raide ao aeródromo de Sidi-Haneish em 27 de junho de 1942. No bolso do seu uniforme seria encontrado um poema escrito em 1938: A Oração do Paraquedista; hoje uma oração oficial dos paraquedistas franceses, portugueses e brasileiros.

Zirnheld e sua oração também foram citados parcialmente ou tiveram seu conteúdo editado para se adequar ao público-alvo. O próprio Zirnheld, praticamente desconhecido fora da França, foi adotado por nações aliadas que o confundem com um dos seus. Ele foi citado por paraquedistas britânicos e holandeses, e soldados do exército e fuzileiros navais americanos, fazendo dele uma espécie de "soldado desconhecido" móvel.

Uniformes e brevês paraquedistas franceses de 1939-1944.

Oração Paraquedista

Bibliografia recomendada:

Histoire des Parachutistes Français:
La guerre para de 1939 à 1979.
Henri Le Mire.

The French Army 1939-45 (2).
Ian Sumner e Français Vauvillier.

Leitura recomendada:

LIVRO: Task Force 32 - SAS francês no Afeganistão23 de fevereiro de 2020.

Lições da campanha do Marechal Leclerc no Saara 1940-4314 de fevereiro de 2021.

FOTO: Somua S 35 na Tunísia26 de março de 2020.

FOTO: O Tigre na Tunísia5 de julho de 2020.

FOTO: Comando francês com uma MG34 capturada22 de dezembro de 2020.

FOTO: Prisioneiros alemães na Itália26 de março de 2020.

FOTO: Fuzis SKS capturados1º de janeiro de 2021.

GALERIA: Fortes da Legião Estrangeira Francesa1º de março de 2021.

Uma há muito frustrada Jordânia finalmente encontra uma maneira de atingir Netanyahu onde dói

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, à direita, e o rei Abdullah II da Jordânia, à esquerda, no Palácio Real de Amã, na Jordânia, em 16 de janeiro de 2014. (Yousef Allan/ AP, Palácio Real da Jordânia)

Por Lazar Berman, The Times of Israel, 12 de março de 2021.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 20 de março de 2021.

A disputa diplomática que viu Amã frustrar a volta da vitória do primeiro-ministro israelense no Golfo está enraizada no sentimento da Jordânia subestimada, vulnerável e um peão nas campanhas eleitorais do primeiro-ministro.

Anos de frustração jordaniana com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu fervilharam nesta semana, quando autoridades em Amã pareciam acusá-lo de colocar a região em perigo por razões políticas e alegavam que Israel havia violado acordos feitos com eles.

Em uma entrevista coletiva na quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, atacou “aqueles que estão brincando com a região e o direito de seus povos de viver em paz por causa de preocupações eleitorais e populistas... destruindo a confiança que é a base para encerrar o conflito.”

Os comentários de Safadi vieram um dia após o príncipe herdeiro da Jordânia, Hussein bin Abdullah, cancelar abruptamente uma visita planejada ao Monte do Templo na Cidade Velha de Jerusalém por causa de um desacordo com as autoridades israelenses sobre seu destacamento de segurança.

A Jordânia retaliou atrasando a aprovação da rota de vôo do primeiro-ministro sobre o país até os Emirados Árabes Unidos, para uma visita planejada para quinta-feira. A viagem de Netanyahu acabou sendo adiada para uma data desconhecida.

O Ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, em uma entrevista coletiva em Berlim em 10 de março de 2021. (Kay Nietfeld / POOL / AFP)

“O príncipe herdeiro queria fazer uma visita religiosa à mesquita de Al-Aqsa e orar ali na noite de Israa' e Mi'araj, pois é de grande significado religioso para todos os muçulmanos”, disse Safadi. “Tínhamos acertado visitas ao lado israelense. Ficamos surpresos quando eles procuraram impor novos arranjos e mudar o plano da visita de uma maneira que teria angustiado os habitantes de Jerusalém durante aquela noite de adoração. Como tal, o príncipe herdeiro decidiu que não iria impor isso aos muçulmanos ou perturbar a pureza daquela noite.”

Os comentários incomumente ásperos do ministro das Relações Exteriores se estenderam à situação do Monte do Templo em Jerusalém, o lugar mais sagrado do Judaísmo e local da terceira mesquita mais sagrada do Islã. “A mesquita de Al-Aqsa é inteiramente um local de culto para os muçulmanos. Israel não tem soberania sobre ela... nem aceitamos qualquer intervenção israelense em seus assuntos”, disse ele.

O príncipe herdeiro da Jordânia, Hussein bin Abdullah, discursa na Assembléia Geral das Nações Unidas, na sede das Nações Unidas, em 21 de setembro de 2017. (Frank Franklin II / AP)

Israel capturou o Monte do Templo e a Cidade Velha de Jerusalém na Guerra dos Seis Dias de 1967 e estendeu sua soberania sobre Jerusalém. No entanto, permitiu que o Waqf jordaniano continuasse a manter a autoridade religiosa no topo do monte, onde os judeus têm permissão para visitar, mas não para orar. O papel da Jordânia como custódia foi consagrado pelo marco do acordo de paz israelense-jordaniano em 1994.

Superficialmente, a crise diplomática desta semana parecia ter surgido do nada.

“Houve desenvolvimentos positivos recentemente”, disse Oded Eran, pesquisador sênior do Instituto de Estudos de Segurança Nacional em Tel Aviv e ex-embaixador na Jordânia. Eran fez referência ao encontro da semana passada entre Safadi e o Ministro das Relações Exteriores Gabi Ashkenazi na Ponte Allenby entre a Cisjordânia e a Jordânia, o terceiro encontro desse tipo no cruzamento.

Mas os sinais encorajadores nas últimas semanas não puderam esconder a maneira como as autoridades na Jordânia se sentem em relação ao líder de Israel.

“Os jordanianos não estão particularmente felizes com Netanyahu e não estão felizes com ele há muito tempo”, disse Joshua Krasna, especialista em Oriente Médio do Centro Moshe Dayan da Universidade de Tel Aviv.

O rei Abdullah da Jordânia disse em 2019 que as relações entre Israel e Jordânia estavam "em um nível baixíssimo" após uma série de incidentes que levaram Amã a retirar seu embaixador em Israel.

Naquele ano, a Jordânia encerrou acordos especiais que permitiam aos agricultores israelenses acessar facilmente lotes de terra dentro da Jordânia. A prisão de dois cidadãos jordanianos por Israel por suspeita de terrorismo também causou um pequeno conflito diplomático.

Jordânia e Israel compartilham fortes laços de segurança, mas as relações políticas também azedaram com as políticas de Israel sobre os palestinos e o Monte do Templo, mesmo com Israel se aproximando de outros Estados árabes sunitas.

Em 2017, Netanyahu deu as boas-vindas de herói a um guarda de segurança israelense depois que ele matou dois jordanianos durante um ataque a facadas contra ele em um apartamento pertencente à Embaixada de Israel em Amã.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em 25 de julho de 2017 se encontra com o segurança ‘Ziv’, que matou dois jordanianos enquanto era esfaqueado por um deles no complexo da Embaixada de Israel em Amã em 23 de julho. (Haim Zach / GPO)

Israel pagou cerca de US$ 5 milhões em indenização às vítimas jordanianas, embora o guarda não tenha sido julgado em um tribunal israelense, como Amã exigiu.

“Essa foi uma grande provocação”, disse Oraib Rantawi, analista jordaniano e chefe do Centro de Estudos Políticos Al-Quds.

Colocado de lado pelos Acordos de Abraham

Os jordanianos também estão frustrados com os acordos de normalização conhecidos como Acordos de Abraham, que Israel assinou com o Bahrein e os Emirados Árabes Unidos.

Publicamente, Amã não tem escolha a não ser elogiar os acordos. Tem laços estreitos com os Emirados Árabes Unidos e com os Estados Unidos, que negociaram o acordo sob o comando do ex-presidente Donald Trump, e está tentando restaurar uma cooperação estreita com a Arábia Saudita.

“Mas eles estão infelizes”, explicou Krasna. “Parte dessa infelicidade se expressa no fato de que eles estão constantemente dizendo, incluindo Safadi ontem, que esses acordos não deveriam ocorrer às custas dos palestinos e que a única maneira de resolver a questão palestina é pela solução de dois Estados."

Krasna chamou o descontentamento da Jordânia com os acordos de "infelicidade da esposa com a nova amante".

“Os jordanianos - e, aliás, os egípcios - pagaram um preço alto quando fizeram tratados de paz com Israel”, enfatizou.

Os vizinhos de Israel tiveram que assistir enquanto a administração Trump arquitetava os acordos de paz regionais que não dependiam do envolvimento egípcio ou jordaniano.

O rei Hussein da Jordânia, à esquerda, segura um isqueiro para o cigarro do primeiro-ministro Yitzhak Rabin após a cerimônia de assinatura do tratado de paz israelense com a Jordânia na quarta-feira, 26 de outubro de 1994 em Aqaba, na Jordânia. (Foto AP / piscina / IGPO)

“De repente, Israel está falando sobre as relações maravilhosas e as oportunidades maravilhosas que tem com os Emirados Árabes Unidos, e que tem com o Bahrein e talvez com outros estados... Os jordanianos e os egípcios se sentem excluídos duas vezes”, disse Krasna.

“Uma vez, quando tudo isso estava acontecendo, ninguém estava contando a eles, incluindo os americanos. Em segundo lugar, eles estão dizendo: "Nós é que fomos além e fizemos o trabalho realmente difícil. É mais fácil para os Emirados Árabes Unidos e Bahrein fazerem a paz com Israel do que para o Egito e a Jordânia. Mas, por alguma razão, os novos parceiros são mais atraentes para os israelenses do que nós, velhos parceiros pedestres, que trabalhamos e tentamos manter esse relacionamento por muito tempo.'”

A Jordânia - e até certo ponto Israel - está desapontada com os resultados do acordo de paz de 1994. “É uma paz fria e nosso relacionamento está ficando mais frio”, reconheceu o Rei Abdullah II em uma entrevista há 12 anos.

Nenhum dos lados organizou grandes eventos para marcar o 25º aniversário do tratado em 2019.

Mesmo quando os lados assinaram acordos importantes com o objetivo de beneficiar todas as partes, as coisas azedaram. Um acordo de US$ 10 bilhões assinado em 2016 tinha como objetivo fornecer 45 bilhões de metros cúbicos de gás israelense à Jordânia em 15 anos. Mas em 2020, poucos dias após o início das importações de gás israelense, o parlamento da Jordânia votou por unanimidade para proibir essas entregas (embora não tenha capacidade de fazer cumprir tal medida). O negócio também travou preços mais altos do que a taxa de mercado de 2021.

Os últimos dois anos de repetidas eleições em Israel pioraram as coisas, deixando a Jordânia com a sensação de que é um peão nas manobras políticas de Netanyahu. Abdullah se opôs publicamente à pressão de Netanyahu para anexar partes da Cisjordânia no ano passado - amplamente vista como uma manobra eleitoral - que o primeiro-ministro abandonou como parte do acordo para normalizar os laços com os Emirados Árabes Unidos.

“Isso os coloca em um lugar onde não querem estar”, disse Krasna. “Eles têm muitas conexões com os palestinos. E Israel, por razões eleitorais, colocou coisas que costumavam ser tratadas discretamente como talvez a pedra angular da campanha eleitoral mais recente de Netanyahu.”

O rei Abdullah II da Jordânia, segunda à direita, percorre um enclave anteriormente alugado por Israel com o príncipe herdeiro Hussein e oficiais militares, 11 de novembro de 2019. (Yousef Allan / Corte Real da Jordânia via AP)

Embora Abdullah tenha se reunido em silêncio com o ministro da Defesa, Benny Gantz, recentemente, ele teria recusado os pedidos de Netanyahu para uma reunião.

“Está muito claro para os jordanianos que qualquer reunião com Netanyahu nos últimos dois anos seria imediatamente usada para fins eleitorais”, disse Krasna.

Competição por Jerusalém

Somando-se ao recente descontentamento da Jordânia com Israel está a preocupação com a erosão da influência no Monte do Templo. Em 2019, Abdullah afirmou que estava sob pressão para alterar o papel histórico de seu país como guardião dos locais sagrados de Jerusalém. Ele prometeu continuar protegendo os locais sagrados islâmicos e cristãos em Jerusalém, chamando-o de “linha vermelha” para seu país.

Especialistas do Oriente Médio sugeriram no passado que a Arábia Saudita está interessada em assumir a responsabilidade pelo Monte do Templo e pelas mesquitas dentro de seu complexo. A Arábia Saudita já é a guardiã dos dois locais muçulmanos mais sagrados em Meca e Medina, ambos dentro de seu território.

Em janeiro de 2018, o então líder da oposição Isaac Herzog disse que a Arábia Saudita poderia desempenhar um papel fundamental em Jerusalém, assumindo a responsabilidade pela administração dos locais sagrados muçulmanos em qualquer acordo de paz entre Israel e os palestinos.

“Eles estão competindo com outros jogadores da região”, disse Krasna. “A Autoridade Palestina está constantemente tentando aumentar sua influência no Monte do Templo. Os turcos estão constantemente tentando aumentar sua influência.”

Homens muçulmanos participam das orações de sexta-feira no Monte do Templo na Cidade Velha de Jerusalém em 31 de janeiro de 2020. (Ahmad Gharabli / AFP)

“Esta é uma questão de prestígio para a família real, para a Jordânia. Mas não é apenas uma questão de prestígio. É uma das questões que a família real jordaniana realmente vê como a chave para sua contínua legitimidade política.”

Portanto, a viagem cancelada de quinta-feira aos Emirados, com o objetivo de comemorar os acordos de normalização de Israel com os Emirados Árabes Unidos - bem como um movimento para aumentar as credenciais diplomáticas de Netanyahu antes das eleições - agora pode ser um fardo indesejável para o primeiro-ministro, com muitos observadores colocando a culpa em sua maneira de lidar com os laços com a Jordânia.

“Isso é algo que não deveria ter acontecido”, disse Eran, o ex-embaixador na Jordânia. “Há falta de confiança entre as partes, falta de diálogo nos níveis mais altos, e é isso que acontece.”

“A crise atual não veio do nada”, disse o ex-Sindicato Sionista MK Ksenia Svetlova, agora bolsista do Instituto Mitvim. “Os governos de Netanyahu ao longo dos anos prejudicaram nosso relacionamento estratégico com a Jordânia. Chegou a hora de valorizar o nosso vizinho próximo e investir na recuperação das relações com ele.”

Bibliografia recomendada:

The Making of Modern Israel, 1948-1967.
Leslie Stein.

Leitura recomendada:

LIVRO: Como matar um tanque Panther

Por Peter Samsonov, Tank Archives, 29 de janeiro de 2021.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 20 de março de 2021.

Muitos de meus leitores são historiadores ávidos, ou pelo menos se envolvem em documentos primários, com pequenas bibliotecas de digitalizações guardadas em sua coleção, e alguns poucos sortudos podem ter visitado arquivos e manuseado os originais. Esse tipo de engajamento geralmente exige muito tempo e esforço, o que torna difícil para a maioria das pessoas. O livro mais recente de Craig Moore é voltado para esse grupo demográfico, permitindo que você se coloque no lugar de um historiador e leia documentos brutos, não refinados, originalmente digitados ou redigidos na década de 1940.

Um Panther avançando por uma estrada de terra.

Ao contrário do título completo do livro, How to Kill a Panther Tank: Unpublished Scientific Reports from the Second World War (Como matar um tanque Panther: Relatórios científicos não publicados da Segunda Guerra Mundial), nem todo o livro é dedicado a reproduções de documentos primários. Para deixar o leitor atualizado, uma breve história do tanque Panther é fornecida, com uma análise das variantes Ausf.D, Ausf.A e Ausf.G. Fotografias de tanques sobreviventes de cada tipo estão incluídas para ajudar o leitor a distinguir entre as várias modificações. Uma lista de tanques Panther sobreviventes em museus também está incluída, completa com fotografias coloridas. Algumas minúcias interessantes do tanque Panther também são explicadas, como o sistema de classificação do tipo de elo da lagarta e a finalidade da caçamba que fica pendurada na popa do tanque. Essa configuração de nível ocupa cerca de 35 das 224 páginas do livro. Outras 10 páginas cobrem brevemente as armas anti-tanque britânicas da época: armas anti-tanque de 6 e 17 libras, o lançador PIAT não convencional e minas anti-tanque. Este capítulo parece um tanto incompleto, pois cobre apenas uma pequena parte das armas usadas neste livro.

A essência do livro são os relatórios reais. Conforme mencionado acima, Moore não faz nenhuma tentativa de processar ou transformar esses documentos para você. Com exceção da formatação e da impressão moderna, você verá os mesmos documentos que os oficiais canadenses, britânicos e americanos leram. O livro começa com o que provavelmente teria sido a primeira introdução de muitos oficiais ao tanque Panther: um relatório canadense escrito no outono de 1943 com base em informações fornecidas pela URSS. Um panfleto mostrando a vulnerabilidade do tanque Panther a vários canhões soviéticos é reproduzido, mas não traduzido. De forma um tanto decepcionante, os gráficos originados de fontes soviéticas são marcados simplesmente como "Arquivos russos".

O Tiger (esquerda) e o Panther.

Os dados da espessura da blindagem recebidos da URSS foram usados como base para uma série de diagramas de penetração, que estão incluídos na próxima seção do livro. Para ser mais completo, a parte do relatório que trata do tanque Tiger também está incluída, o que permite ao leitor comparar a blindagem dos dois "grandes felinos". Dados semelhantes são mostrados em um panfleto americano.

O livro não cobre apenas a blindagem do Panther. O próximo relatório é baseado em testes do tanque nº 433 enviado da URSS e testado no Estabelecimento de Provas de Veículos de Combate (Fighting Vehicle Proving Establishment). Este relatório detalha as limitações de mobilidade e confiabilidade do Panther. A operação do tanque também é avaliada, embora brevemente, pois o tanque não estava em condições boas o suficiente para testes completos. Este tanque Panther também é usado para análise de blindagem, e outro relatório segue com estimativas da vulnerabilidade do Panther em batalha. Os aliados ocidentais ainda não haviam enfrentado os Panthers em batalha e tudo o que tinham para prosseguir era a teoria, já que atirar em sua única amostra teria sido uma grande tolice. Testes de tiro completos foram realizados apenas em 1945, e o relatório que cobre esses testes também está incluído no livro de Moore. Esses testes não incluem apenas armas terrestres, mas também ataques aéreos usando foguetes de 60 libras disparados de aeronaves Typhoon.

Além de relatórios de campo de provas, How to Kill a Panther Tank também inclui uma seleção de relatórios que descrevem como as tropas britânicas lutaram contra tanques Panther em campos de batalha reais. O leitor tem a oportunidade de comparar o efeito de projéteis disparados em condições de laboratório em um alvo estacionário com o que acontece no caos da batalha, onde até mesmo encontrar o alvo é um desafio. Infelizmente, apenas alguns relatórios são incluídos.

Um Panther na frente russa.

Panther nº 114 destruído na Itália, 1944.
(Colorização por D. T.)

Também está incluída uma reprodução de um relatório da Escola de Tecnologia de Tanques (School of Tank Technology) que mostra aos alunos os mecanismos pelos quais um projétil penetra na blindagem e os vários tipos de danos que isso causa. Cada tipo de penetração ou perfuração vem acompanhado de diagramas e fotografias. Esta é uma ótima ilustração de como as armas listadas no livro realmente penetraram na blindagem do Panther.

Sua impressão do livro provavelmente dependerá de quão familiarizado você está com a história dos veículos blindados. A história do Panther e de várias armas britânicas é útil para leitores iniciantes, mas é improvável que eles achem acessíveis os documentos concisos escritos para e por especialistas em blindados. Infelizmente, não há nada no livro para guiar um iniciante nesses relatórios. É fornecido um glossário de termos técnicos, mas cada relatório é apresentado isoladamente, sem qualquer contexto, resumo ou conclusão do autor.

Panther destruído na beira da estrada em Trarivi, na Itália, 1944.

Panther destruído na Normandia, na França, 1944. (USAAF)

No extremo oposto, se você é um nerd incondicional de tanques, talvez já tenha lido tudo o que este livro tem a oferecer. Em grande parte, os relatórios contidos nele já estão disponíveis como PDFs na Internet, se você estiver disposto a passar o tempo procurando por eles. Você obterá o máximo proveito deste livro se estiver em algum lugar no meio: com conhecimento suficiente para navegar pelos relatórios com segurança, mas não tanto que já os tenha lido de capa a capa. Se você sempre quis se colocar no papel de um historiador que deseja montar sua própria narrativa a partir de uma seleção de documentos fornecidos a você, então este pode ser o livro para você.

Uma cópia em PDF de How to Kill a Panther Tank: Unpublished Scientific Reports from the Second World War me foi fornecida pela Fonthill Media para os fins desta resenha.

Como matar um tanque Panther: Relatórios científicos não publicados da Segunda Guerra Mundial.

Vídeo recomendado:

Bibliografia recomendada:


Leitura recomendada:

Uma avaliação francesa do tanque Panther30 de janeiro de 2020.

Análise alemã sobre o carros de combate aliados8 de agosto de 2020.

Avaliações do Sherman pelos soviéticos26 de dezembro de 2020.

Relatório soviético sobre os destruidores de tanques japoneses

Opções anti-tanque japonesas.
(Osprey Publishing)

Por Peter Samsonov, Tank Archives, 3 de junho de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 20 de março de 2021.

Relatório soviético sobre os destruidores de tanques japoneses. Os soviéticos e japoneses se enfrentaram de 1938 a 1939 e em 1945.

Desclassificado de acordo com a ordem do Ministro da Defesa da Federação Russa de 8 de maio de 2007 N181 "Sobre a desclassificação de documentos de arquivo do Exército Vermelho e da Marinha durante a Grande Guerra Patriótica de 1941-1945" (conforme alterado em 30 de maio , 2009).

Documento datado de 10 de agosto de 1945.
CAMD RF 10025-1-23, pg.103.

Orientações sobre técnicas táticas e desorientação militar usadas pelo exército japonês e contra-medidas contra eles

Grupos de destruidores de tanques

Em todos os tipos de defesas antitanque, os japoneses consideram as armas antitanque mais comuns e eficazes os grupos de destruidores de tanques suicidas. Outras técnicas (armas anti-tanque, tanques, obstáculos anti-tanque) são consideradas ineficazes. Na prática, batalhas tanque contra tanque são raras e acidentais.

Na realidade, essa baixa eficácia é explicada pela quantidade insuficiente de tanques e artilharia no exército japonês.

Instruções e manuais de campo sobre o tema do combate antitanque, emitidos pelo Estado-Maior japonês, instruem cada companhia de fuzileiros e metralhadoras em um batalhão a ter pelo menos um grupo de destruidores de tanques (grupo de combate). Um grupo de destruidores de tanques suicidas passa por treinamento especial para combater tanques. As emboscadas são colocadas em locais onde os tanques podem aparecer. Os tanques são destruídos puxando uma mina ou feixe de minas por baixo da lagarta do tanque com uma corda. Houve casos em que minas foram lançadas durante ataques a tanques inimigos. Os destruidores de tanques são ensinados a pular em cima dos tanques para desativá-los. Os japoneses usam homens-bomba suicidas contra tanques pesados que amarram granadas em torno de si e pulam sob os tanques.

Como resultado, quando os tanques estão sendo usados em terreno cross-country nas montanhas ou perto de arbustos, os tanques são instruídos a ter um grupo de combate de submetralhadores que estão constantemente à procura de destruidores de tanques. Se não houver submetralhadores disponíveis, os tanques precisam cuidar de si próprios e apoiar uns aos outros com tiros de metralhadora, não permitindo que os japoneses usem homens-bomba. Quando os tanques estão se movendo em terreno cross-country, todos os locais suspeitos e valas devem ser varridos com tiros de metralhadora. Os pontos de coleta devem ter defesas e patrulhas de 360 graus. Não permita que os caça-tanques cheguem ao local das unidades de tanques.

Representante autorizado do Chefe do Estado-Maior do 6º Exército de Tanques de Guardas, Tenente-General da Guarda Stormberg.

Representante autorizado do Chefe do Departamento de Operações do Estado-Maior do 6º Exército de Tanques de Guardas, Coronel de Guardas Shklyaruk.

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Este pastor alemão de uma veterana é o primeiro cão a visitar Machu Picchu

Por Blake Stilwell, Military.com, 18 de março de 2021.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 20 de março de 2021.

Para os veteranos que viajam para o exterior, o uso de animais de serviço pode ser difícil, dependendo do país que estão visitando. O turismo e as viagens de negócios podem ser afetados por limitações ao acesso de animais.

Onde há vontade, há pelo menos possibilidades, como mostrou a veterana da Força Aérea americana (USAF), Melanie Boling, em uma recente viagem ao Peru. Os regulamentos para visitar Machu Picchu proibiam cães, mas a lei peruana permitiu.

Bastou descobrir uma maneira de conectar os dois regulamentos díspares.

Boling serviu nos assuntos mortuários da Força Aérea, operando no Aeroporto Internacional de Bagdá em 2003. Depois de deixar o serviço ativo em 2004, ela trabalhou para uma empresa contratante de segurança. Hoje, ela frequenta a Universidade de Harvard, estudando conservação e política ambiental. Ao mesmo tempo, ela dirige uma organização sem fins lucrativos que ensina crianças no terceiro mundo sobre conservação e fotografia.

“Em alguns desses lugares, eles não têm eletricidade ou meios para processar filme, então usamos filme instantâneo”, disse Boling. “Dar a uma criança uma câmera que mostra uma foto é algo de que ela se lembrará. Então, enquanto fazemos pesquisas científicas, eles estão aprendendo sobre a importância de conservar seus próprios quintais.”

Machu Picchu.

Uma viagem de reconhecimento para sua organização sem fins lucrativos a trouxe ao Peru inicialmente, mas nenhuma viagem à Cordilheira dos Andes estaria completa sem uma visita a Machu Picchu.

Restava apenas um problema: em 2018, Boling sofreu um derrame aos 37 anos que a deixou com problemas nos olhos e na visão. Hoje, ela precisa da ajuda de seu pastor alemão, River Roux, um cão de serviço certificado.

River Roux tem guiado Melanie Boling desde 2018.
(Cortesia de Melanie Boling)

Machu Picchu é o local de uma propriedade real em ruínas do imperador inca, datada de 1450. As ruínas, agora um patrimônio mundial da UNESCO, ficam a uma altitude de quase 8.000 pés (2.438m). O governo peruano presta muita atenção nos visitantes das antigas ruínas.

“Há pessoas que abusam dos sistemas de cães de serviço”, disse Boling. “No Peru, eles permitem animais de apoio emocional, mas eles não têm permissão para subir a Machu Picchu. Combinamos com nossos guias - que farão de tudo para ajudá-lo a chegar aonde deseja - para resolver o problema com o Peru”.

A letra da lei no Peru afirmava que apenas “cães-guia” teriam acesso ao local com seu acompanhante. Boling conseguiu demonstrar sua dependência de River Roux, e o cachorro foi liberado pelo governo.

Boling e Roux em Machu Picchu.
(Cortesia de Melanie Boling)

Quando a dupla chegou ao topo da montanha, os guardas e a polícia continuaram a parar Boling e River Roux.

“Começou a ficar frustrante”, disse ela. “Eu disse ao meu guia que temos permissão para estar aqui e perguntei por que continuamos sendo parados. Ele me disse que é porque ela foi a primeira a estar aqui. O primeiro animal de serviço em Machu Picchu. Todos queriam fotos.”


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