Mostrando postagens com marcador Austrália. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Austrália. Mostrar todas as postagens

domingo, 13 de dezembro de 2020

FOTO: M113 australiano no Vietnã

 

Soldados australianos comendo ração operativa com o seu M113 na província de Phuoc Tuy, por volta de junho de 1966 a fevereiro de 1967.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 13 de dezembro de 2020.

Inicialmente considerado pelo Comando americano como um país intransponível para os blindados, o Vietnã mostrou um terreno propício para o uso de veículos blindados de vários tipos, especialmente o M113. Os australianos e neo-zelandeses, por outro lado, fizeram ótimo uso de blindados durante a guerra, incluindo carros de combate Centurion (ótimos para explodir casamatas escondidas), e sempre mantiveram grupos de reserva blindada para atuarem como força de reação rápida. Uma dessas forças, composta por transportadores blindados M113, correu em socorro da infantaria australiana na Batalha de Long Tang (18 de agosto de 1966).

Os sul-vietnamitas, vindos da experiência francesa com os vários Groupes Mobiles (Grupos Móveis) e unidades blindadas anfíbias, mostraram aos aliados americanos como utilizar a mobilidade, proteção e poder de fogo no terreno fechado do país. Uma das criações dos sul-vietnamitas foi a adoção de uma cúpula de proteção na metralhadora, além da inclusão de mais metralhadoras, morteiros e até mesmo canhões, transformando o M113 em verdadeiros tanques ou até mesmo artilharia auto-propulsada.

"A doutrina para o emprego de forças blindadas também sofreu mudanças significativas durante o curso da Guerra do Vietnã. No início, o General Westmoreland havia resistido o desdobramento de unidades blindadas. Em julho de 1965, uma época em que o aumento em grande escala das forças terrestres dos EUA no Vietnã estava apenas começando, ele telegrafou ao Chefe do Estado-Maior do Exército que 'exceto por algumas áreas costeiras, principalmente na área do I Corps, o Vietnã não é lugar para unidades de tanques ou de infantaria mecanizada'.

O emprego generalizado e eficaz de veículos blindados pelos sul-vietnamitas demonstrou, entretanto, que havia muito mais terreno trafegável para veículos blindados do que os americanos pensavam e, subsequentemente, até Westmoreland buscou mais unidades desse tipo. Quando Abrams, o mais famoso comandante de tanques americano de nível de batalhão da Segunda Guerra Mundial, ascendeu ao comando no Vietnã, as forças blindadas gozaram de alta prioridade e eram amplamente empregadas com bons resultados. Durante a retirada, de fato, Abrams protegeu suas unidades blindadas o máximo possível porque as considerou tão versáteis e úteis.

Embora as forças sul-vietnamitas e norte-americanas incluíssem unidades de tanques, o veículo blindado de transporte de pessoal tornou-se, de muitas maneiras, a estrela do show blindado. Isso se deveu, em grande medida, à evolução do seu papel, com a doutrina vigente sendo desenvolvida no campo de batalha e só mais tarde incorporada aos manuais de campanha. Elevação da blindagem (imitando modificações originalmente concebidas pelos vietnamitas), os transportadores montaram mais armas e assumiram mais papéis, mesmo alguns essencialmente parecidos àqueles dos tanques. As muitas versões do transportador de pessoal blindado (como transportador de tropas, 'tanque' leve, ambulância blindada, veículo de abastecimento, posto de comando, transportador de morteiros, caminhão de carga pesada, lançador-de-pontes, lança-chamas, plataforma de mísseis TOW e assim por diante) tornaram-no presença onipresente nos campos de batalha do Vietnã. Exceto pelo helicóptero, que obviamente se destacou durante a Guerra do Vietnã, nenhum veículo sofreu mais metamorfose de combate do que o humilde transportador blindado."

- Lewis Sorley, The Conduct of the War: Strategy, Doctrine, Tactics, and Policy, Capítulo 9 do livro Rolling Thunder in a Gentle Land: The Vietnam War Revisited, pg. 188-189.

Mesmo hoje o M113 continua sendo usado em combates ao redor do mundo e sofrendo alterações de campanha conforme a necessidade dos combatentes.

M113 líbio com um canhão de 122mm russo.
O M113 continua combatendo de forma dinâmica no século XXI.

Bibliografia recomendada:

M113 APC 1960-75.
US, ARVN, and Australian variants in Vietnam.

Leitura recomendada:

GALERIA: Operação de limpeza com blindados em Tu Vu25 de abril de 2020.

GALERIA: Blindados Anfíbios do 1er REC na Indochina2 de outubro de 2020.

GALERIA: Uma missão da Marinha Francesa na Indochina9 de outubro de 2020.

FOTO: Um M24 Chaffee no Tonquim9 de julho de 2020.

"Tanque!!": A presença duradoura dos carros de combate na Ásia6 de setembro de 2020.



domingo, 6 de dezembro de 2020

O 2º Esquadrão do SAS australiano foi dissolvido devido a problemas de disciplina


Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 6 de dezembro de 2020.

O comandante do exército australiano dissolveu o 2º Esquadrão do Regimento SAS devido a problemas de disciplina.

O Chefe do Exército (Chief of Army), Tenente-General Rick Burr, removeu o 2º Esquadrão do Regimento do Serviço Aéreo Especial da Ordem de Batalha do Exército após a divulgação do inquérito do IGADF (Inspector-General of the Australian Defence Force) sobre crimes de guerra cometidos no Afeganistão.

Em um comunicado, o General Burr disse que crimes foram cometidos "em todo o Regimento", mas que havia um "nexo de atividades" no 2 Esquadrão. Ele também disse que a lacuna no sistema de numeração do esquadrão "lembrará as gerações futuras deste momento". “Como Chefe do Exército, esta não é uma decisão que tomei levianamente”, disse o Gal. Burr. "Os problemas no relatório de inquérito são tão chocantes que uma mensagem clara é necessária."

2º Esquadrão, SASR (Special Air Service Regiment), ao lado de combatentes afegãos.

Australian Defence Magazine publicou a declaração do General Burr, feita no dia 20 de novembro de 2020, na íntegra:

"Hoje estive em Perth, Austrália Ocidental, no Regimento de Serviço Aéreo Especial do Exército Australiano.

O Chefe da Força de Defesa, General Angus Campbell, AO, DSC, dirigiu ações específicas em resposta ao Inquérito. Alguns deles se aplicam a honras e prêmios individuais e coletivos.

Como Chefe do Exército, também dirigi a remoção do título: 2 Squadron, Special Air Service Regiment, da Ordem de Batalha do Exército Australiano.

Embora os incidentes delineados no Inquérito tenham ocorrido em todo o Regimento, o relatório deixou claro que havia um nexo de supostas atividades criminosas graves no 2º Esquadrão, Regimento do Serviço Aéreo Especial em um determinado momento. Esta alegada má conduta grave prejudicou seriamente nossa posição profissional.

Esta ação não reflete nenhum julgamento sobre os atuais membros do 2º Esquadrão, Regimento do Serviço Aéreo Especial, mas todos nós devemos aceitar os erros do passado.

Os atuais membros do esquadrão serão transferidos para outras subunidades do Regimento. Um plano de implementação deliberado será desenvolvido para apoiar isso.

Como Chefe do Exército, esta não é uma decisão que tomei levianamente.

Os problemas no relatório de inquérito são tão chocantes que é necessária uma mensagem clara.

É importante aprendermos com essa experiência e começar o processo de cura para que possamos nos concentrar no futuro. Isso nunca deve acontecer novamente, em qualquer lugar de nosso exército. Nossa profissão exige que sempre operemos de forma legal, ética e responsável. Mesmo nos ambientes mais complexos e desafiadores.

As gerações futuras serão lembradas deste momento em nossa história militar pela lacuna em nosso sistema de numeração de esquadrões.

À medida que continuo a analisar as extensas descobertas, tenha certeza de que, onde houver evidência de má conduta, as pessoas serão responsabilizadas. Isso pode ser por meio de ação disciplinar ou administrativa.

Uma reforma significativa está em andamento no Comando de Operações Especiais e de forma mais ampla em nosso Exército nos últimos cinco anos. Um progresso importante foi feito e este trabalho continua.

Essas reformas receberão um foco, ênfase e urgência aumentados com base nas conclusões e recomendações do relatório do Inquérito.

Vou acelerar os planos existentes de mobilidade da força de trabalho para o pessoal do Comando de Operações Especiais. Espera-se que indivíduos dentro do Comando de Operações Especiais recebam postagens fora do Comando. Isso permitirá descanso, regeneração, ampliação de perspectivas e compartilhamento de conhecimentos e habilidades em todo o Exército. Isso traz benefícios individuais e coletivos para toda a Força de Defesa Australiana. A supervisão de postagem independente para o Comando garantirá que a força de trabalho e a estratégia estejam alinhadas.

Continuaremos a fortalecer os fundamentos de governança, garantia e responsabilidade. Isso inclui reforçar a importância da cultura, liderança, responsabilidade, ética e nossos valores por meio da iniciativa do Bom Soldado do Exército (Army’s Good Soldiering initiative).

O Centro de Liderança do Exército Australiano será o centro de nosso treinamento e de como nos conduzimos como líderes éticos, capazes e eficazes em todos os níveis do nosso Exército.

Hoje começamos um novo capítulo e nos comprometemos a restaurar a confiança da nação que juramos defender. Um símbolo desta renovação contínua é o desfile de boinas de amanhã para novos membros do Regimento do Serviço Aéreo Especial e o desfile de boinas recente para o 2º Regimento Comando.

Estou confiante de que, como resultado dessa experiência, emergiremos um Exército mais forte, capaz e eficaz.

Gostaria de agradecer às famílias, entes queridos e aqueles que apoiaram nosso Exército durante este momento desafiador. Eu encorajo fortemente qualquer pessoa que necessite de auxílio de bem-estar social a acessar os serviços disponíveis.

Elogio aqueles que tiveram a coragem de fornecer informações ao Inquérito.

Nosso povo, do passado e do presente, fez contribuições extraordinárias para a defesa da Austrália. Continuo inspirado pela esmagadora maioria de homens e mulheres profissionais que servem em nosso Exército. Nosso pessoal deve continuar a se orgulhar de seus serviços e saber que seu compromisso é valorizado.

Este é um momento desafiador para todos nós. Nosso Exército deve aprender, melhorar, apoiar uns aos outros e juntos vamos superar isso.

Continuamos, um Exército da nação, um Exército da comunidade, somos o Exército da Austrália."

Essa decisão vem na rabeira de vários problemas com unidades de operações especiais da OTAN, incluindo o KSK alemão, a Força de Serviços Especiais canadense e os SEALs americanos, além de um grupo de ex-boinas verdes americanos que foram capturados numa aventura quixotesca na Venezuela.

Bibliografia recomendada:



Leitura recomendada:

COMENTÁRIO: As Forças Especiais ainda são especiais?6 de setembro de 2020.



quinta-feira, 12 de novembro de 2020

A arma excepcional da ação: O FAL em Long Tan no Vietnã

Batalha de Long Tan, 1966.
O relatório oficial pós-ação do exército australiano chamou o FAL de "a arma excepcional da ação".
Ilustração de Steve Noon.

Por Bob Cashner, The FN FAL Battle Rifle, 2013.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 16 de julho de 2019.

As unidades australianas e neozelandesas que lutando ao lado de forças dos EUA, do Vietnã do Sul e outras no Vietnã durante as décadas de 1960 e 1970 foram armadas com o fuzil SLR L1A1 semi-automático feito pela Lithgow; eles o consideraram uma arma confiável para a luta na selva. Apesar da mão-de-obra e artilharia e apoio aéreo muito limitados quando comparados com seus aliados americanos, os australianos e neozelandeses, recebendo treinamento especial na selva, derivado das lições aprendidas nas selvas da Malásia e Bornéu, operaram de uma maneira que o Viet Cong e o NVA chegaram a temer. Pequenas patrulhas australianas e neo-zelandesas movimentavam-se como fantasmas e muitas vezes provavam ser superiores ao inimigo quando se tratava de furtividade e habilidades de campanha. Apesar do desprezo geral dos australianos pela “contagem de corpos” como uma medida de sucesso, as estatísticas fornecem uma considerável defesa dos métodos não convencionais que eles usaram.

SLR L1A1, o FAL australiano e neo-zelandês.

Algumas estimativas afirmam que as tropas americanas gastaram cerca de 200.000 cartuchos de munição de armas portáteis por baixa inimiga; para os australianos e neozelandeses armados com o L1A1, 275 tiros foram gastos por baixa inimiga (Hall & Ross 2009). As razões para isso foram muitas. Primeiro, os soldados australianos e neozelandeses foram treinados em um padrão de pontaria muito acima e além daquele do soldado de infantaria americano. Em segundo lugar, muitos veteranos da 1ª Força-Tarefa Australiana eram veteranos de Bornéu e da Malásia, reforçando o treinamento na selva que as forças australianas e neozelandesas receberam antes de serem desdobradas para o Vietnã. Em terceiro lugar, os australianos e neozelandeses freqüentemente operavam em patrulhas pequenas, silenciosas e furtivas, em vez de em enormes varreduras do tamanho de um batalhão (ou maiores).

O método australiano foi recompensado ao infligir baixas inimigas sem a necessidade de dezenas de aeronaves e milhares de granadas de artilharia por engajamento. Por exemplo, mais de um terço dos contatos inimigos dos australianos foram emboscadas. Em 34% dos casos, os Aussies e os Kiwis emboscaram o Viet Cong/Exército Norte-Vietnamita (VC/NVA), enquanto que em apenas 2% dos contatos o inimigo conseguiu surpreender os ANZACs em suas próprias emboscadas. Um estudo do SAS sobre as ações australianas no Vietnã afirmou que, apesar dos ataques aéreos e de artilharia normalmente bastante oportunos e relativamente pesados que a infantaria ocidental desfrutou na guerra, cerca de 70% das baixas inimigas foram infligidas com armas portáteis de infantaria. Os métodos táticos dos ANZAC também mantiveram o inimigo respondendo a eles em vez de vice-versa, um elemento crítico na guerra de contra-insurgência.

O Soldado Bill Stallan do 6º Batalhão, do Regimento Real Australiano, em patrulha de selva em Phuoc Tuy, 1971.
Embora os fuzis L1A1 australianos fabricados pela Lithgow fossem soberbamente confiáveis e poderosos, os soldados foram inicialmente fornecidos apenas cinco carregadores, os quais deveriam ser recarregados de bandoleiras.
(Imperial War Museum, MH 16767)

Apesar de seu comprimento de 1.143 mm (45 polegadas) dificilmente ser ideal na selva, o SLR obteve notas muito altas por sua robustez e confiabilidade. A batalha de Long Tan em agosto de 1966 ocorreu sob uma forte chuva de monções e lama viscosa, condições que causaram mais do que alguns problemas para as metralhadoras M60 e suas cintas de munição expostas, bem como o punhado dos novos fuzis americanos Armalite M16 usados pelos australianos. O L1A1 resistiu ao teste com notação perfeita; o relatório oficial pós-ação do exército australiano chamou-lhe "a arma excepcional da ação". (Australian Army 1967: 26)

Tal como acontece com o L1A1 britânico, o SLR australiano ofereceu apenas fogo semi-automático. A conservação da munição fornecida pelo modo semi-automático fez uma diferença real em Long Tan. A maioria dos soldados recebia, na melhor das hipóteses, um carregador cheio no fuzil e quatro carregadores sobressalentes em seu equipamento de lona; um total de 100 tiros ou menos não dura muito em um tiroteio de longa duração, mesmo em modo semi-automático. Ainda assim, na selva, geralmente era um procedimento operacional padrão "despejar" o primeiro carregador o mais rápido possível para estabelecer a superioridade de fogo e, em seguida, alternar para o "double-tap" ("tiro duplo") mirado.

Militares da Companhia B do 2º Batalhão do Regimento Real Australiano, avançam com cuidado após desembarcarem de helicóptero, julho de 1967.
Os ANZACs no Vietnã freqüentemente removiam as alças de transporte dos seus SLR para diminuir o peso, e os quebra-chamas para diminuir a extensão.
(Bettmann/Corbis)

Mesmo assim, uma das maiores lições de Long Tan foi a emissão de muito mais munições e carregadores para o soldado de infantaria. O fornecimento de apenas cinco carregadores, os quais deveriam ser recarregados de bandoleiras, era obviamente insuficiente para um soldado engajado em um tiroteio.

Tal como acontece com os combatentes em todo o mundo, os australianos e os neozelandeses rapidamente também fizeram uso do poder de penetração da munição de 7,62x51mm OTAN. Mais de um soldado inimigo escondido atrás do tronco de uma seringueira encontrou seu abrigo transformado em mera coberta por tiros de 7,62x51mm explodindo através dela.

Soldados do 7 RAR, armados de SLR/FAL, aguardam transporte para Phuoc Hai, em 26 de agosto de 1967.

Uma modificação semioficial do L1A1 no Vietnã, que começou no SAS australiano, foi apelidada de "The Beast" ("A Besta") ou, às vezes, de "The Bitch" ("A Megera"). Este era um L1A1 convertido para fogo totalmente automático com peças do FM L2A1 e o cano, menos o quebra-chama, cortado logo adiante do conjunto do obturador de gás. Com um carregador de 30 tiros, o qual poderia esvaziar em menos de três segundos, era uma arma de curto alcance temível. Um número nada insignificante de soldados de ambos os lados pensaram que a enorme explosão "d'A Besta" parecia uma metralhadora pesada .50, proporcionando um poderoso efeito psicológico junto com poder de fogo extra. O veterano australiano de reconhecimento, Peter Haran, descreveu suas modificações na zona de combate em seu SLR:

No Recce [reconhecimento] tínhamos escolha de arma e voltei para o SLR [ao invés do Armalite], mas fiz alguns ajustes. Substituí a trava de segurança por uma de um SLR de cano pesado L2A1 e limei a armadilha do gatilho e o pino projetado para impedir que a trava de segurança ficasse em "automático". Com uma carregador de 30 tiros em vez de um de 20 tiros, eu agora tinha a arma que queria no mato - um "Slaughtermatic", como eu a chamei: em essência, uma metralhadora totalmente automática de 7,62 mm sem alimentador de cinta, um fuzil leve com soco máximo quando em fogo automático. Considerei que carregadores demais passando sem uma pausa provavelmente derreteriam o cano, mas se algum dia acontecesse esse tipo de luta, eu provavelmente não voltaria para casa de qualquer maneira. (Crossfire: An Australian Reconnaissance Unit in Vietnam, Haran & Kearney 2001: 32)

- Bob Cashner, The FN FAL Battle Rifle, pg. 52-54.

The FN FAL Battle Rifle,
Bob Cashner.

Bibliografia recomendada:

Vietnam ANZACs:
Australian & New Zealand Troops in Vietnam 1962-72.
Kevin Lyles.

Leitura recomendada:

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Helicópteros de ataque australianos resgatam náufragos em uma ilha deserta no Pacífico


Por Jamie (The Drive)The Warzone, 3 de agosto de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 4 de agosto de 2020.

Com um SOS feito na areia, o navio de assalto HMAS Canberra agiu com seus helicópteros Tigre para salvar marinheiros isolados.

O ARH Tigre da Airbus Helicopters pode não ter recebido muito amor do exército australiano ultimamente, mas o helicóptero de ataque foi uma visão muito bem-vinda no fim de semana para um grupo de marinheiros que ficaram isolados em uma pequena ilha da Micronésia por quase três dias. Em uma cena digna de Hollywood, uma mensagem SOS soletrada na praia foi avistada por tripulações australianas e americanas, antes que um helicóptero voando de um navio de guerra australiano prestasse em socorro.

Quatro ARH Tigres e um único helicóptero de transporte MRH90 Taipan da Airbus Helicopters estavam a bordo do navio anfíbio HMAS Canberra da Marinha Real Australiana (Royal Australian NavyRAN) e entraram em ação para ajudar a encontrar os três marinheiros.

Depois de partirem no seu barco de 23 pés em 30 de julho de 2020, os marinheiros saíram do curso e ficaram sem combustível. Eles foram encontrados desaparecidos em 1º de agosto e foram localizados no dia seguinte na Ilha Pikelot, a quase 320 quilômetros de seu ponto de partida em Pulawat, na Micronésia. O destino planejado deles era os atóis de Pulap, uma jornada de 23 milhas náuticas.

Os três náufragos na praia, junto com o barco e o SOS.

Indo para a área de busca, o Canberra se uniu a aeronaves dos EUA para localizar os marinheiros. Um ARH Tigre embarcado do 1º Regimento de Aviação do Exército Australiano entregou comida e água diretamente à praia, antes de realizar exames de saúde nos náufragos.

O Canberra recentemente atuou na região como parte do Grupo-Tarefas 635.3, que realiza um Desdobramento de Presença Regional, sobre o qual você pode ler mais neste relatório anterior do Zona de Guerra. Quando o navio de assalto foi chamado para ajudar na busca e salvamento, ele estava realmente voltando para a Austrália, enquanto outros navios do grupo-tarefa se preparavam para participar do Exercício Orla do Pacífico (Exercise Rim of the Pacific, RIMPAC), próximo ao Havaí.


"A companhia do navio respondeu à chamada e preparou o navio rapidamente para apoiar a busca e salvamento", disse o capitão Terry Morrison, comandante do Canberra. “Em particular, nosso helicóptero MRH90 embarcado no esquadrão nº 808 e os quatro helicópteros de reconhecimento armado do 1º Regimento de Aviação foram fundamentais na busca matinal que ajudou a localizar os homens e a entregar suprimentos e confirmar seu bem-estar”.

"Estou orgulhoso da resposta e profissionalismo de todos a bordo, pois cumprimos nossa obrigação de contribuir para a segurança da vida no mar, onde quer que estejamos no mundo", continuou ele.

Os marinheiros deveriam ser apanhados por um navio de patrulha da Micronésia, o FSS Independence, um barco de patrulha do Pacífico entregue e apoiado pelo governo australiano.

Tigre pousando no HMAS Canberra durante o show aéreo Biennial IMDEX em Cingapura, 16 de maio de 2019.

Enquanto o ARH Tigre e o MRH90 desempenharam seu papel nesse resgate dramático, é justo dizer que os dois tipos tiveram fortunas mistas no serviço australiano. A Austrália encomendou 47 MRH90 Taipan MRH para substituir os helicópteros Black Army Hawk e RAN Sea King Mk 50A/B do Exército Australiano. O exército e a marinha mantêm os MRH90 como uma base comum, mas seis aeronaves são atribuídas ao esquadrão nº 808 da RAN, com sede em Nowra, Nova Gales do Sul. Problemas técnicos e de confiabilidade viram o Taipan ser adicionado à lista de "Projetos de preocupação" do governo australiano.

A Austrália escolheu o Tigre para cumprir seu requisito de helicóptero de reconhecimento armado em 2001, adquirindo 22 exemplares. Enquanto os dois primeiros foram entregues em dezembro de 2004, a capacidade operacional final (final operational capabilityFOC) foi alcançada apenas em abril de 2016. O Tigre australiano participou de uma missão no exterior pela primeira vez no ano passado, quando quatro exemplares foram levados de avião para Subang, na Malásia, em um C-17A da Força Aérea Real Australiana, antes de embarcar em exercícios de treinamento a bordo do Canberra.

Tigres do exército australiano a bordo do HMAS Canberra.

No ano passado, o Departamento de Defesa Australiano emitiu um pedido de informações (request for information, RFI) para uma substituição do ARH Tigre no âmbito do programa Land 4503. Isso exige capacidade operacional inicial (initial operational capability, IOC) em 2026 com 12 estruturas aéreas e capacidade operacional total dois anos depois com 29 helicópteros. Os principais candidatos para o Land 4503 são o Bell AH-1Z Viper, o Boeing AH-64E Apache e os Airbus Helicopters Tigre Mk III aprimorados.

Enquanto isso, provavelmente veremos o ARH Tigre continuar operando a partir dos navios de assalto da classe Canberra em seu papel de ataque tradicional - além de outras missões, quando necessário. Os Tigres australianos também pousaram no porta-aviões USS Ronald Reagan durante exercícios recentes, sobre os quais você pode ler mais aqui.


O último episódio na Micronésia não foi a primeira vez que helicópteros de ataque apoiaram operações de resgate de maneiras não-tradicionais. Em junho deste ano, surgiu o vídeo de um Tigre do Exército Francês que foi usado para evacuar dois soldados gravemente feridos quando o helicóptero Gazelle foi abatido por insurgentes em 14 de junho do ano passado, perto da fronteira entre Mali e Níger.

Embora o Tigre tenha falhado em se tornar uma história de sucesso nas forças armadas australianas, sem dúvida se tornou o favorito de três marinheiros em particular, cujas emoções só podem ser imaginadas quando os helicópteros de ataque apareceram à vista.

Bibliografia recomendada:

Flying Tiger:
International Relations Theory and the Politics of Advanced Weapons.
Ulrich Krotz.

Leitura recomendada:

segunda-feira, 15 de junho de 2020

FOTO: Patrulha ANZAC no Vietnã

Soldado australiano Paul McGrather, atirador de GC armado com uma M60 americana, na província de Phuoc Tuy, no Vietnã do Sul, 9 de março de 1970.
(Colorizada por Julius Jääskeläinen)

Além do seu armamento e carga de combate, McGrath ainda carrega um M16 de um colega que desmaiou por conta do calor. O Soldado Paul McGrath era natural de Orange, em New South Wales (NSW), na Austrália.

Bibliografia recomendada:

Vietnam ANZACs:
Australian & New Zealand Troops in Vietnam 1962-72.
Kevin Lyles.

Leitura: recomendada:

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Sobre os méritos do M4 e EF88 (e mais) | PARTE 5


Por Solomon BirchThe Cove, 15 de julho de 2019.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 29 de abril de 2020.

Artigo 5 | O Fator Humano Parte 2: As Forças Especiais lançam uma longa sombra.

O M4 é um super-fuzil porque as Forças Especiais o usam e as Forças Especiais são super-soldados. Durante o mesmo período surgiram razões válidas para preferir o M4 ao F88 FOW, as Forças Especiais Australianas obtiveram uma mística que nunca haviam desfrutado entre as forças regulares. Nas guerras anteriores ao Afeganistão, tropas australianas regulares eram as principais forças usadas para procurar e destruir combatentes e posições inimigas [i] [ii], e até soldados da logística realizavam patrulhas de limpeza, patrulhas permanentes e emboscadas como rotina [iii]. No Afeganistão, para a Austrália, essas funções foram cumpridas quase exclusivamente pelas Forças Especiais [iv], e os equipamentos, roupas, armas e hábitos das Forças Especiais tornaram-se moda e desejáveis nas forças regulares [v] as quais careciam amplamente de seu próprio senso de credibilidade, finalidade e realização [vi]. A disparidade de experiência em combate e recursos de treinamento entre as forças regulares e as forças especiais também se manifestou no treinamento, onde forças especiais eram vistas como especialistas indiscutíveis de todas as formas de táticas e tiro de infantaria, com seus métodos gradual mas seguramente adotados por um exército mais amplo, através dos excelentes pacotes de Operações Urbanas de Todos os Corpos (All Corps Urban Operations) e o posterior Tiro de Combate Contínuo (Combat Shooting Continuum)O M4, juntamente com outros artefatos e idéias das Forças Especiais, passou a ser símbolo de status, autenticidade e capacidade de combate, não totalmente de forma imerecida. O argumento muito simples, de que as Forças Especiais o usam e, portanto, deve ser melhor, é provavelmente o argumento mais comum usado até hoje - mas não é muito bom.

A maioria de nós só pode sonhar em estar em forma e motivado o suficiente para ser tão legal assim. Felizmente, podemos adquirir um pouco desse visual, mas somente se conseguirmos convencer o CASG a nos dar fuzis M4.

As razões pelas quais as Forças Especiais usam o M4 não são particularmente relevantes para o debate. AS Forças Especiais australianas têm uma enorme antipatia arraigada à família de armas F88, que remonta a problemas iniciais que o SASR experimentou com o fuzil no início dos anos 90 [vii]. As Forças Especiais não são tão especiais que não podem gerar preconceitos culturais subjetivos a favor e contra coisas como qualquer grupo comum de pessoas, mas há muito boas razões pelas quais um fuzil baseado no M4 faz sentido para eles de maneiras que não o fazem para o exército regular.

Apesar de terem sido fornecidos fuzis F88 como uma questão de registro público, parece impossível encontrar fotografias de qualquer operador especial segurando um tal é o seu aparente desdém pela arma.

O uso de carregadores em conformidade com o STANAG e um manuseio comum de armas é potencialmente importante para organizações que se integram às Forças Especiais da coalizão equipadas com M4 abaixo do nível da seção (pelotão) e que podem ser desdobradas sem uma pegada logística australiana substancial. O acesso ao vasto setor da indústria de pós-venda do AR15 e M4 nos EUA é igualmente atraente para organizações que compram equipamentos em menor número para tarefas mais especializadas. A capacidade de reconstruir fuzis para funções mais especializadas usando peças intercambiáveis já existentes no inventário ou no mercado também oferece oportunidades potencialmente úteis para as forças que operam pequenas frotas de equipamentos especializados [viii]. O posicionamento frontal do carregador permite a inclusão da funcionalidade de liberação do carregador, um retém de liberação do ferrolho bem posicionado, um registro seletor de tiro convenientemente localizado e um protetor de ejeção de cartucho padrão distante do rosto do atirador ao disparar instintivamente. A arma tem a opção de coronhas e gatilhos ajustáveis para diferentes funções e diferentes equipamentos de proteção/transporte de carga. Esses recursos se combinam para criar um sistema de armas com um limite de habilidades muito alto que recompensará os atiradores que praticam manuseio por horas todos os dias e disparam milhares de tiros todos os meses com melhor precisão prática em uma variedade maior de circunstâncias sob pressão e recarregamentos mais rápidos, mantendo uma melhor consciência situacional do que muitos outros projetos.

De cima para baixo, um Mk12 Mod 0, Mk12 Mod 1 e Mk12 "Mod H". O Mk12 era uma variante de atirador designado com precisão aumentada do M16 usada pelas Forças Especiais dos EUA na GWOT.

Essas vantagens não são diretamente relevantes para o exército regular. Devido à sua escala, é improvável que alguma vez esteja em uma posição em que possa aceitar os desafios de gerenciamento de configuração que o acesso ao mercado de reposição dos EUA para personalizar fuzis traria, ou mesmo que queira dar aos soldados a capacidade de personalizar suas armas de fogo. É improvável que haja recursos suficientes para treinar soldados regulares para chegar perto do limite de habilidades do EF88 ou do M4 (a qual é uma habilidade excepcionalmente intensiva em recursos e altamente perecível [ix]) e, mesmo que existisse, haveria maneiras muito mais urgentes de gastar esses recursos, embora não esteja claro que o limite de habilidades mais alto se traduza em um nível de habilidade mais alto. Raramente integrará seus soldados com um parceiro da coalizão (ou vice-versa) a um nível tão baixo que um manuseio comum de armas e carregadores seria importante, e seria forçado a implantar uma cauda logística para um desdobramento convencional, de modo que acessar peças de reparo e carregadores seria sobretudo irrelevante. Em outras palavras, existem muitas razões pelas quais o M4 é uma arma excepcionalmente adequada para as forças especiais australianas, mas essas razões tendem a se aplicar muito mal ao Exército Regular Australiano.

Um comando australiano treinando com um soldado filipino em 2017. O comando está armado com um HK416 com um cano muito curto de 10,3 polegadas (26cm). Esta versão é baseada no US SOCOM Mk18, que é uma versão de impingimento direto.

Um truque estranho que os insurgentes não querem que você saiba: a questão específica da dificuldade de disparar um F88 do lado não-mestre, uma técnica de tiro herdada das Forças Especiais, é trazida com uma frequência incrível, mas é de mérito não-convincente em termos de consideração equilibrada. Ainda não está claro o quanto essa técnica é útil na prática para forças regulares (as Forças de Defesa de Israel, que operam com muito sucesso em guerras urbanas quase habituais, não treina em disparos com mãos não-mestres e supostamente considera um uso ineficiente de recursos de treinamento tentar fazê-lo, enquanto a conversa com operadores de forças especiais com vários tours de alta intensidade frequentemente revela que eles nunca adotaram uma postura do lado não-mestre nas operações [x]). Também não está claro o quão impraticável é fazer isso com um bullpup (elementos do Exército Britânico treinam uma técnica para fazê-lo com o L85, que ainda tem uma alavanca de manejo recíproca, inclinando a janela de ejeção da arma para baixo ao disparar do lado não-mestre [xi], e os defletores de cartucho são uma opção absolutamente viável para negar amplamente a necessidade de tal técnica [xii]). A existência inicial e a disseminação dessa objeção parecem ser uma manifestação do fato de que nossas práticas de tiro de combate são derivadas das nossas Forças Especiais (o que é uma coisa boa, mas vem com a bagagem que precisamos ter em mente) que não empregam empregar quaisquer bullpups em combate e, portanto, não possuem técnicas de combate específicas ao uso de bullpups. Isso tende a implicar que mais desenvolvimento e inovação por parte das forças regulares podem ser necessários. A maneira pela qual esta questão é apresentada, como uma parede e com seu escopo restrito e possíveis soluções omitidas, dá a forte impressão de raciocínio post-hoc com base em uma premissa existente de que devemos adotar o M4.

Um operador israelense de uma unidade de elite de contra-terrorismo das operações especiais (YAMAM) cobre um ângulo sem alterar o ombro do fuzil, apesar do fuzil ser um M4A1 adequado para tal manobra.

Um Aparte Final - Uso Civil. O AR15 é predominantemente a plataforma de fuzil esportivo moderno mais popular na maior comunidade de tiro do mundo (os EUA) e há muitas boas razões para isso nas quais não vou entrar. Ao discutir bullpups no mercado civil nos Estados Unidos, uma das perguntas sempre levantadas é por que os atiradores de competição (“usuários avançados”) basicamente nunca usam bullpups. A resposta parece extremamente simples para mim - as regras não criam um bom motivo para usar um cano por mais tempo do que você precisa, e esse é basicamente o motivo da existência de bullpups. Se todos os que usam um cano de carabina obtiveram metade dos pontos para alvos de 100 a 200 m em comparação com aqueles que usam canos de comprimento total, eu suspeito fortemente que haveria muito mais competidores de 2 e 3 armas usando bullpups, apesar dos comprimentos fixos de tração, gatilhos  piores e manuseios de armas um pouco mais lentos. Isso é certamente o que vimos na IPSC (International Practical Shooting Confederation, Confederação Internacional de Tiro Prático), onde as regras do fator de potência fizeram com que o .38 Super (9x23mmSR+P) ofuscasse totalmente o 9mm (9x19mm) em competições de alto nível até que as regras se adequaram, apesar do seu recuo mais severo.

Em suma:

Houve algumas razões absolutamente válidas entre 1993 e 2015 para pensar que o M4A1 era um fuzil de serviço melhor do que o F88, F88SA1 e F88SA2 (mas também alguns argumentos muito válidos do outro lado). A maioria desses motivos simplesmente não existe ou existe apenas de uma maneira muito mais fraca e pouco aplicável se a comparação for feita entre o EF88 e o M4A1 (ou HK416 ou MARS-L etc), enquanto muitos dos argumentos do outro lado tenham ficado mais fortes. Na ausência de um conjunto central de razões muito fortes, o argumento adotou uma vida própria e persiste, aparentemente alimentado pelos preconceitos culturais de certos grupos fechados e personalidades. A existência dessa discussão é boa porque promove um debate vigoroso sobre o que queremos de um fuzil de serviço com potencial para ajudar a informar os requisitos do usuário para o nosso próximo SARP, mas para perceber que o potencial de nossas discussões como soldados e oficiais deve ser melhor fundamentada em fatos do que elas muitas vezes têm sido.

Notas finais:

[i] Major Jim Hammett, “We Were Soldiers Once… The decline of the Royal Australian Infantry Corps?” Australian Army Journal Volume V, Number 1, 2008.

[ii] Captain Greg Colton, “Enhancing Operational Capability. Making infantry more deployable” Australian Army Journal Volume V, Number 1, 2008.

[iii] Australian War Memorial, “Task Force Maintenance Area Patrol DPR/TV/1106”, datada em 20 de maio de 1969.

[iv] Major Jim Hammett, “We Were Soldiers Once… The decline of the Royal Australian Infantry Corps?” Australian Army Journal Volume V, Number 1, 2008, 42.

[v] LTCOL C Smith, “Mentoring Task Force 3 Post Operations Report, Commanding Officer’s Observations”, sem data, desclassificada em 20 de fevereiro de 19 por originator (NÃO-CLASSIFICADO). MTF3 POR Anexo 4 Observações dos Comandantes.

[vi] Major Jim Hammett, “We Were Soldiers Once… The decline of the Royal Australian Infantry Corps?” Australian Army Journal Volume V, Number 1, 2008, 43-44.

[vii] Entrevista com Solomon Birch e Chris Masters, datada de 13 de fevereiro de 2019 (NÃO-CLASSIFICADA).

[viii] Por exemplo, o desenvolvimento do USSOCOM do Fuzil de Uso Especial Mk12 (Mk12 Special Purpose Rifle) e do Receptor de Combate Aproximado em Compartimento Mk18 (MK18 Close Quarters Battle Receiver), que inicialmente usavam peças legadas do M16/M4 FOW que estavam no inventário existente do USSOCOM.

[ix] Special Agent Yvon Guillaume, “Close Quarters Combat Shooting” United States Marine Corps Command and Staff College, Marine Corps University 2010, Appendix C.

[x] Entrevista com Solomon Birch e Chris Masters, datada de 13 de fevereiro de 2019 (NÃO-CLASSIFICADO).

[xi] Neil Grant, “SA80 Assault Rifles”, Osprey Publishing 2016.

[xii]Military Arms Channel “Lithgow Arms USA F90 Atrax bullpup” datada em 19 de outubro de 2016, retirada em 06 de maio de 2019 de youtu.be/6847L8aEA6A.

Solomon Birch é um oficial do RACT (Royal Australian Corps of Transport, Real Corpo de Transporte Australiano) atualmente postado na Ala de Transporte Rodoviário da Escola de Transporte do Exército (Road Transport Wing, Army School of Transport). As postagens anteriores incluem o 1 Sig Regt, 1 CSSB e 1 CER.

Leitura recomendada: