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sexta-feira, 2 de outubro de 2020

FOTO: General paraquedista

O general de duas estrelas, Dan McNeill, armado e equipado, e pronto para o salto, abril de 2000.

O Major-General Dan Kelly McNeill, comandante da 82ª Divisão Paraquedista "All American", pronto para saltar à testa dos seus homens durante um exercício de largagem em Fort Polk, na Louisiana, Estados Unidos, em abril de 2000.

Bibliografia recomendada:

82nd Airborne.
Fred Pushies.

AIRBORNE:
A Guided Tour of an Airborne Task Force.
Tom Clancy.

Leitura recomendada:

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

VÍDEO: "Dispensamos opinião de estrangeiros sobre a Amazônia" - General Heleno

 

Bibliografia recomendada:

A Farsa Ianomami.
Carlos Alberto Lima Menna Barreto.

Leitura recomendada:

COMENTÁRIO: Pseudopotência, 1º de julho de 2020.

A geopolítica do Brasil entre potência e influência13 de janeiro de 2020.

Agravamento da infecção anti-humana pelo ambientalismo17 de fevereiro de 2020.

Recrutamento de Agentes Terroristas Ecológicos no Ocidente17 de fevereiro de 2020.

VÍDEO: O documentário "Planeta dos Humanos" faz com que o esquerdista Michael Moore caia em desgraça no tribunal ecológico27 de abril de 2020.

“O Brasil não tem planejamento em infraestrutura de transporte”, afirma professor da FDC1º de julho de 2020.

Os Processos Políticos nos Partidos Militares do Brasil21 de janeiro de 2020.

Os amantes cruéis da humanidade5 de agosto de 2020.

DOCUMENTÁRIO: Guerreiros Da Selva, CIGS (13 episódios)5 de agosto de 2020.


General russo foi morto em ataque com IED na Síria

Major-General Vyachelsav Gladich.

Por Albert L., Overt Defense, 18 de agosto de 2020

Tradução Filipe do A. Monteiro, 3 de setembro de 2020.

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou que o Major General (Generál-mayór) Vyachelsav Gladich foi morto hoje (18/08) em um ataque de IED no governadorado de Deir ez-Zor da Síria. O anúncio foi feito depois que vários canais do Telegram com fontes do exército russo relataram que ele havia morrido hoje cedo.

De acordo com um comunicado divulgado às agências de notícias TASS, RIA Novosti e Interfax, o general fazia parte de um comboio que voltava de uma operação humanitária perto da cidade de Deir ez-Zor quando o comboio atingiu o IED. Dois outros militares russos também ficaram feridos na explosão. Os três militares foram evacuados por motivos médicos, mas o major-general, referido como “conselheiro militar sênior com patente de major-general”, sucumbiu aos ferimentos durante o processo de evacuação.

Imagens de telefone dos milicianos da NDF procurando no deserto

O site de notícias local DeirEzzor24 relata que o comandante das Forças de Defesa Nacional da cidade de Mayadin, Mohammed Tayseer al-Zahir, e cinco outros membros do NDF foram mortos também, com vários outros milicianos do NDF feridos. Uma cronologia diferente de eventos é fornecida por DeirEzzor24, com um grupo Russo-NDF procurando por um grupo de seis milicianos NDF que desapareceram na badia (deserto) em torno de Mayadin no dia anterior.

O major-general não é o primeiro oficial-general russo a ser morto em ação na Síria; O Tenente-General (Generál-leytenánt) Valery Asapov foi morto em setembro de 2017 por morteiros do ISIS perto de Deir ez-Zor, durante a campanha do regime sírio para quebrar o cerco do ISIS à cidade.

Apesar da derrota territorial do ISIS, as forças do regime sírio não conseguiram proteger a badia, permitindo que o ISIS organizasse uma insurgência persistente contra as forças do regime sírio na área. O ISIS divulgou recentemente fotos de um ataque de ATGM a um tanque T-62 do Exército Árabe Sírio em uma base perto de Mayadin, bem como uma invasão a um posto da milícia Liwa al-Quds em Mayadin que resultou na morte de pelo menos 5 milicianos e o saque do posto. Embora o ISIS ainda não tenha assumido oficialmente a responsabilidade por este último ataque, sua atividade intensificada na área ultimamente torna certo que o IED era deles.

Bibliografia recomendada:

Leitura recomendada:

Os condutores da estratégia russa16 de julho de 2020.

GALERIA: Os fuzis AK-74M da Síria29 de agosto de 2020.

FOTO: Posto defensivo das Spetsnaz do GRU na Síria27 de julho de 2020.

GALERIA: Uso operacional do VSK-94 pelas Forças Armadas Árabes Sírias14 de julho de 2020.

GALERIA: Aprimoramentos de blindagem na Guarda Republicana Síria26 de junho de 2020.

FOTO: Forças Especiais do Exército Livre da Síria em Alepo2 de julho de 2020.

FOTO: Spetsnaz das SSO na Síria16 de maio de 2020.

Tanques russos T-14 Armata estão sendo testados na Síria20 de abril de 2020.

Dividendos da Diplomacia: Quem realmente controla o Grupo Wagner?22 de março de 2020.

VÍDEO: Emboscada noturna das Spetsnaz na Síria27 de fevereiro de 2020.

GALERIA: Exercício conjunto de fuzileiros navais russos e sírios em Tartus18 de fevereiro de 2020.

GALERIA: Spetsnaz russos em Palmira, 2017,18 de fevereiro de 2020.

domingo, 28 de junho de 2020

Como identificar um fuzil de assalto fabricado na Rússia e diferenciar de um falso


Por Vladimir Onokoy, Russia Beyond, 27 de junho de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 28 de junho de 2020.

Quando as pessoas pensam na Rússia, muitas vezes poucas imagens vêm à mente: vodka, invernos gelados, mulheres bonitas e um Kalashnikov.

O fuzil Kalashnikov continua sendo um dos símbolos mais reconhecidos da Rússia, conhecido em todos os cantos do mundo.

Mas o Kalashnikov e outras armas russas não são mais apenas armas de guerra. Em muitos países, você pode encontrar versões civis e esportivas de famosos fuzis e pistolas russos. As pessoas as usam para fotografar em competições, para defesa pessoal, para caçar, como armas desativadas para reconstituições históricas e como adereços para filmes.

Enquanto trabalhava em diferentes países, muitas pessoas de todas as nacionalidades me perguntavam: “Como você pode dizer que a arma é realmente russa? O que devo procurar?"


O jeito mais simples


A pergunta é completamente justificada, já que armas russas foram produzidas, algumas ilegalmente, outras sob licença, em dezenas de países em todo o mundo. Por exemplo, diferentes variações do fuzil Kalashnikov agora são fabricadas em 28 países diferentes, e nem todas são feitas no mesmo padrão de qualidade.

Pegue o fuzil AK clássico como um exemplo. Há várias coisas para procurar. O jeito mais simples é observar as marcações do fabricante no lado esquerdo do receptor*. Lá, você verá um carimbo informando onde a arma foi fabricada.

*Nota do Tradutor: Também conhecido como "caixa da culatra".

Nesse caso, seria uma “flecha em triângulo”, o que significa que a arma foi fabricada na fábrica em Izhevsk, ou apenas uma estrela, o que significa que a arma vem de Tula, feita em outro grande fabricante de armas.

Desenho extraído do livro "Fuzis de Assalto e Metralhadoras Kalashnikov da URSS e da Rússia", de Konstantin Podgornov.

Outros "Kalashnikov"

Há outro fabricante que se tornou mais proeminente nos últimos anos, chamado "Molot Factory" (Fábrica Molot), que foi fundado durante a Segunda Guerra Mundial para fornecer ao Exército Vermelho as submetralhadoras tão necessárias. No início dos anos 1960, tornou-se uma das principais instalações de fabricação da metralhadora leve* Kalashnikov, RPK.

*NT: Também conhecido como fuzil-metralhador ou fuzil-metralhadora. Arma portátil de emprego coletivo da fração, usada para supressão e tiro prolongado.

Na década de 1990, a Fábrica Molot usou essa experiência para produzir fuzis esportivos civis chamados "VEPR" (que significa "javali"). Conhecidos por seu projeto reforçado e robustez, esses fuzis são populares entre os atiradores que seguem as palavras de Boris the Blade do filme "Snatch", de Guy Ritchie, que costumava dizer: "Pesado é bom, pesado é confiável. Se não funciona, você sempre pode bater com eles." Como os VEPRs são baseados em uma metralhadora leve, eles são realmente mais pesados em comparação com outras variantes do AK.

Desenho extraído do livro "Fuzis de Assalto e Metralhadoras Kalashnikov da URSS e da Rússia", de Konstantin Podgornov.

Para identificar um VEPR autêntico, procure uma marca de "estrela dentro do escudo" no lado esquerdo do receptor.

Normalmente, o logotipo fica ao lado do número de série, por isso é muito fácil encontrá-lo. Lembre-se de que, se uma arma russa tiver alguma letra no número de série, ela estará em cirílico.

Operador do RAID com a escopeta semi-automática Molot Vepr-12.

Cópias afegãs

Enquanto trabalhava no Afeganistão, vi muitas cópias de baixa qualidade de fuzis Kalashnikov feitas nas Áreas Tribais do Paquistão, e uma das maiores pistas dessas armas eram as letras latinas (em inglês) no número de série.

Nesta região, fabricar armas falsificadas é uma tradição antiga. Os revendedores nas áreas tribais sabem que serão pagos mais por uma arma russa original e farão tudo para que ela pareça o mais próximo possível da coisa autêntica.


O que geralmente os denuncia é uma gramática ruim. Por exemplo, no lado direito de uma arma russa, você pode encontrar marcações com letras cirílicas "ОД" e "АВ", que representam os modos "semi-automático" e "totalmente automático", respectivamente.

Felizmente, a maioria dos armeiros tribais não são entusiastas ávidos da língua russa; portanto, em suas criações essas letras geralmente se parecem mais com "ОА" ou "ДВ". Outra prova de que a gramática adequada é importante.

Outra pista de muitos fuzis falsos é a baixa qualidade. Em Cabul, deparei-me com várias armas que nem sequer podiam ser carregadas - o cano e a câmara estavam tão fora de sincronia que a munição não chegava até o fim. É por isso que, mesmo que as marcações estejam corretas, tente fazer uma verificação simples das funções e, se você não gostar de alguma coisa, talvez deva procurar outra arma.


Outras cópias do Kalashnikov têm suas próprias marcas de identificação - uma arma húngara teria um sinal de infinito e o número "1" como marcações do seletor; um "10" em círculos indica a Bulgária; "11" em outra significa que a arma foi fabricada na Polônia... Pode-se escrever um livro inteiro sobre isso. Cada variante do AK é diferente e representa a história do país, suas afiliações políticas, o progresso da tecnologia e as capacidades de fabricação.

É por isso que todo museu tem suas próprias armas. Desde os tempos antigos, a espada ou uma lança poderiam contar mais sobre a história de uma civilização específica do que muitos manuscritos. E toda arma russa histórica também pode definitivamente lhe contar sua história.

Essa é uma das razões pelas quais os colecionadores de armas amam armas de fogo russas - às vezes podem parecer grosseiras e não refinadas, mas representam perfeitamente o caráter da nação e mostram o quão difícil e notável é a história da Rússia.

Vladimir Onokoy é um especialista russo na indústria de defesa e instrutor de armas de fogo. Ao longo dos anos, trabalhou em 15 países diferentes como prestador de serviços de segurança, armeiro, representante de vendas da indústria de armas de fogo, gerente de produto e consultor.

Bibliografia recomendada:

Rajadas da História:
O fuzil AK-47 da Rússia de Stálin até hoje.
Mikhail Kalachnikov e Elena Joly.

AK-47:
A arma que transformou a guerra.
Larry Kahaner.

The AK-47:
Kalashnikov-series assault rifles.
Gordon L. Rottman.

Leitura recomendada:

sexta-feira, 27 de março de 2020

FOTO: General Pham Van Phu, comandante das forças especiais sul-vietnamitas

General Pham Van Phu, comandante das forças especiais sul-vietnamitas, antigo capitão do 5e BPVN em Dien Bien Phu, durante uma apresentação envolvendo conselheiros americanos, 1961.

Modelo da boina usada pelo general.

Distintivo paraquedista da boina.

Patton na lama de Argonne

Tenente-Coronel George S. Patton em frente a um Renault FT-17 no centro de treinamento de blindados em Bourg, 15 de julho de 1918.
(Colorização por Memento)

Por Camille Harlé Vargas, Theatrum Belli, 18 de março de 2019.

Tradução Filipe A. Monteiro, 08 de agosto de 2019.

O General Patton é conhecido por suas ações de combate durante a Segunda Guerra Mundial, especialmente depois de desembarcar na Normandia à frente do 3º Exército dos EUA. Antes disso, ele já havia demonstrado durante a Grande Guerra suas habilidades de luta e sua lendária ousadia.

Patton chega à França

Quando os EUA entraram na guerra em 6 de abril de 1917, o presidente Wilson nomeou o General Pershing como comandante-em-chefe da AEF; O capitão Patton, que era então seu assistente pessoal no seio do seu estado-maior, o acompanhou e desembarcou na França em 28 de maio de 1917. Depois de um tempo passado no QG da AEF em Chaumont, o fervente Patton suporta cada vez menos sua função com papelada no estado-maior e desenvolve um certo fascínio pelos carros de assalto, cujo potencial na guerra moderna agrada o caráter impetuoso do futuro general. As altas autoridades militares americanas estimam que os EUA devem ter um "tank corps" e Pershing confia sua constituição ao coronel Rockenbach. Patton, em seguida, conseguiu ser atribuído neste novo corpo, onde foi encarregado da criação de um centro de treinamento em Bourg (perto de Langres). Patton, muito entusiasmado e zeloso, foi rapidamente promovido a tenente-coronel com apenas 32 anos. Depois de ter seguido um treinamento acelerado dado pelos franceses para saber tudo sobre o novo carro leve Renault FT-17, ele foi nomeado para o comando da 1ª brigada de carros americana. Ele segue os cursos de Champlieu no Oise, visita as fábricas que produzem os carros Renault.

À frente de uma unidade blindada

Seu batismo de fogo ocorreu em setembro de 1918, quando a brigada, composta dos 344º e 345º Batalhões de Tanques, se dedicava à redução do saliente de Saint-Mihiel. Mas é durante a ofensiva de Meuse-Argonne, conduzida pelo 1º Exército americano em direção a Sedan, que o futuro general se distingue particularmente.

Carro Saint-Chamond.

Na manhã de 26 de setembro de 1918 (dia do lançamento da ofensiva), Patton, violando as ordens, deixa seu PC para ver como são engajados seus carros no terreno; estes últimos apóiam então o ataque da 35º DI americana em Cheppy. Ele encontra o 138º RI (35º DI) em apuros ao sul de Cheppy, seu ataque totalmente encalhado pela tenaz resistência dos batalhões da guarda alemã. Os pequenos carros Renault da Companhia B do 345º Batalhão, para apoiar o ataque, são então completamente colados ao solo devastado pelos tiros da artilharia. Dois carros pesados franceses Saint-Chamond se juntam ao ataque, mas também se atolam em uma trincheira alemã. Patton, usando seu caráter execrável, reúne as tripulações e alguns elementos da infantaria para desencalhar os veículos e relançar o ataque para o sudoeste de Cheppy; ele pessoalmente assume o comando de um ataque visando reduzir um ninho de metralhadoras bloqueando o avanço da infantaria na estrada Cheppy-Varennes. Expondo-se imprudentemente para despertar o ardor da tropa e estimular sua combatividade, ele proclama sobre seu inimigo “Que vão pro inferno! Eles não podem me pegar!”, ele é quase imediatamente baleado na coxa. Ele é resgatado pelo soldado de primeira classe Joe Angelo, distinguido pela DSC por este ato, e então Patton continua a ordenar seus homens de um buraco de obus antes de ser evacuado uma hora depois.

Joe Angelo com a Distinguished Service Cross (DSC).

O ataque criou uma cuia nas linhas alemãs entre Cheppy e Varennes, enquanto outras duas companhias de carros leves do 345º Batalhão contornaram o sólido ponto de apoio de Cheppy pelo leste, forçando os alemães a recuarem. Patton, gravemente ferido, foi levado para o centro de socorro de Neuvilly-en-Argonne, depois de apresentar seu relatório ao QG. Após sua convalescença, ele retorna à frente em 28 de outubro, mas sem participar dos combates.

Esta ação lhe rendeu a atribuição da Distinguished Service Cross (Cruz de Serviços Distintos, a segunda maior condecoração americana), insuficiente aos seus olhos, ele teria, de acordo com sua lendária modéstia, dito que tal ação valia uma Medal of Honor (Medalha de Honra). Ao mesmo tempo, ele é promovido ao posto de coronel.

Ofensiva de Argonne, 1918.

Depois da guerra

De volta aos Estados Unidos, ele foi transferido para o Fort Meade, Maryland, para trabalhar no desenvolvimento de uma arma blindada. Pouco tempo depois, Patton encontra Eisenhower, que lhe será uma ajuda preciosa em seu projeto de concepção de uma unidade mecanizada.

Sobre a autora:

Camille Herlé Vargas.

Camille Herlé Vargas é autora e especialista da história de conflitos e da memória do século XX. Encarregada da missão no ONAC-VG do Marne como parte do Centenário da Grande Guerra (programa educacional, mediação e implementação de projetos). Envolvida na vida da comunidade para divulgar ao público a história e os locais da Primeira Guerra Mundial (Main de Massiges). Em colaboração com historiadores para a redação de artigos e livros sobre as duas guerras mundiais.

Fontes:

Características do carro Saint-Chamond:
  • 1 canhão de 75mm abastecido de 106 obuses, 4 metralhadoras
  • Hotchkiss Mle 1914 de 8mm (7488 cartuchos).
  • Comprimento: 8,83 m. Largura: 2,67 m, Altura: 2,365m. Peso: 24t
  • Blindagem : de 17 à 11mm
  • Tripulação: 9 homens; chefe de carro, chefe de peça, 2 artilheiros, 4 metralhadores, mecânico
  • Motor : Panhard 4 cilindros sem válvulas de 90cv à 1450t/m
  • Autonomia: 6 à 8 horas
  • Velocidade: 4km/h em todo-terreno
  • 400 exemplares construídos aproximadamente.

Características técnicas do carro Renault FT-17:

  • Fabricante: Renault (1850), Berliet (800), SOMUA (600), Delauney-Belleville (280)
  • Período de produção: 1917 – 1920
  • Tipo: Carro leve
  • Tripulação: 2 hommes
  • Comprimento (m): 4,95 m
  • Largura (m): 1,74 m
  • Altura (m): 2,14 m
  • Peso em ordem de combate: 6 700 kg
  • Blindagem máxima: 22mm
  • Equipemento de rádio: nenhum.
  • Armamento
  • Armamento principal: 1 metralhadora Hotchkiss de 8mm ou 1 canhão de 37mm SA18
  • Rotação (graus): 360°
  • Elevação (graus): + 35° – 20°
  • Mobilidade
  • Motor: Renault
  • Tipo & Deslocamento: 4cyl 4,48l
  • Potência (máx.): 35cv
  • Relação peso/potência: 5cv/t
  • Caixa de velocidades: 4 velocidades
  • Combustível: Gasolina
  • Autonomia: 35km
  • Consumo: 30 litros/100km
  • Capacidade de combustível: 100 litros
  • Velocidade sobre estrada: 7,5 km/h
  • Lagartas: 32 sapatas
  • Largura da lagarta: 0,34m
  • Distância do solo (m): 0,43m
  • Inclinação: 10°
  • Obstáculo vertical: 0,60m
  • Passagem à vau: 0,70m
  • Travessia: 1,35m

Leitura recomendada:


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

O pior general americano de todos os tempos: “Um general que nunca venceu uma batalha nem nunca perdeu uma corte marcial”

General James Wilkinson.

Por William Mclaughlin, War History Online, 26 de março de 2018.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 7 de fevereiro de 2020.

O título de "pior general da história dos EUA" certamente não é algo a se almejar, mas onde houve grandes nomes como Patton e Grant, é preciso que haja falhas absolutas. Infelizmente para a jovem nação dos EUA, James Wilkinson provavelmente detém firmemente o título de pior general.

Wilkinson nasceu no local perfeito para seu futuro registro, Benedict, Maryland. Wilkinson serviu como capitão nas primeiras batalhas da Guerra Revolucionária, como a Batalha por Dorchester Heights. Ele serviu como assessor de Benedict Arnold antes de se transferir como ajudante-de-ordens de Horatio Gates.

Em 1777, Gates enviou Wilkinson ao Congresso para entregar as notícias da vitória em Saratoga. Saratoga foi uma vitória americana criticamente importante, mas Wilkinson tinha vários assuntos pessoais aos quais tratava antes de divulgar a notícia. Quando ele apareceu no Congresso, ele embelezou muito seu papel na vitória crucial, de modo que recebeu grandes honras por seu papel fabricado na batalha. Essas honras incluíam a nomeação para o recém-criado Conselho de Guerra e o status honorário de General-de-Brigada.

Saratoga foi uma grande vitória para os americanos.
Wilkinson teve um pequeno papel, principalmente como mensageiro para reunir mais reforços.

Horatio Gates se cansou dos enfeites e mentiras de Wilkinson e o forçou a demitir-se em 1778. Wilkinson logo se re-engajou depois que o Congresso o nomeou numa função como responsável-geral pelas vestimentas do exército, um trabalho que Wilkinson rapidamente se entediou, demitindo-se após alguns anos.

Wilkinson, em seguida, estabeleceu-se no generalato da milícia da Pensilvânia e serviu como um deputado estadual. Ele se mudou para o Kentucky, que ainda estava sob a propriedade da Virgínia. Aqui Wilkinson realmente começou sua série de péssimos serviços aos EUA. Ele começou visitando a Louisiana, de propriedade espanhola, e trabalhou principalmente em segredo com o governador espanhol Miro. Ele conspirou para dar ao Kentucky um monopólio comercial sobre o Missouri em troca de repassar informações à Espanha e promover os interesses espanhóis.

Wilkinson então se meteu em uma pequena incursão durante a Guerra contra os Índios do Noroeste. Esses raides foram bem pequenos em escala, mas o sucesso de Wilkinson aqui o levou a ser promovido a tenente-coronel, com uma nomeação como brigadeiro-general logo em seguida. Wilkinson era conhecido como um falador língua-de-prata, tornando suas extravagantes vanglórias mais convincentes, a menos que alguém conhecesse seus truques, como Horatio Gates.

Anthony Wayne comandando a Batalha de Fallen Timbers.
Uma batalha bem-sucedida, o comando de Wayne ainda foi implacavelmente criticado por seu rival Wilkinson.

Wilkinson teve uma longa rivalidade com o general da breve Legião dos Estados Unidos, Anthony Wayne. Wayne descobriu fortes evidências da relação traidora de Wilkinson com os espanhóis. Em resposta, Wilkinson atirou inúmeras acusações e críticas em Wayne. Apesar do sólido histórico de Wayne e do trabalho em favor da corte marcial de Wilkinson, nada poderia ser feito para remover Wilkinson de sua posição. Wayne acabaria morrendo em 1796, ainda envolvido na rivalidade.

Um julgamento confuso, no qual Aaron Burr foi acusado de traição logo seguiu-se. Wilkinson foi envolvido no julgamento e quase condenado por erro de julgamento de traição, essencialmente ajudando ou conscientemente permitindo a traição. Embora não houvesse acusações contra Wilkinson, o capataz do grande júri disse o seguinte sobre Wilkinson: "o único homem que eu jamais vi que era da casca até o âmago um vilão".

As maiores batalhas de Wilkinson ocorreram durante a Guerra de 1812. Em uma campanha canadense, Wilkinson serviu em operações conjuntas em Ontário. A operação envolvendo 8.000 soldados americanos foi adiada logo no início, porque Wilkinson precisou de algumas semanas extras para preparar suas tropas. A subseqüente Batalha de Crysler's Farm foi uma vitória britânica/canadense decisiva, onde menos de 1.000 homens repeliram o ataque mal planejado de 8.000 americanos.

O desastre levaria a outra audiência. Enquanto sua própria corte marcial ainda estava sendo preparada, Wilkinson partiu em uma campanha agressiva para recuperar algum crédito para si. Com 4.000 homens, Wilkinson partiu para tomar uma guarnição britânica de 80 homens que guardava o Rio Lacolle. Depois de serem atrasados pela neve e pela lama, os homens de Wilkinson começaram o ataque.

Um exemplo de um foguete Congreve que Wilkinson e seus homens enfrentaram.
(Richard Tennant)

Os britânicos estavam defendendo uma robusta fortaleza com um sólido moinho de pedra. Eles também tinham uma nova artilharia de foguetes. Em vez de lançar um ataque completo com sua força esmagadora, Wilkinson se contentou em trocar tiros. Os foguetes eram terrivelmente imprecisos, mas ainda conseguiram ferir dezenas de americanos. Entrementes, o solo era macio demais para os americanos montarem sua artilharia mais pesada.

O tiroteio continuou por tanto tempo que as guarnições britânicas vizinhas (cerca de 420 homens no total) entraram na luta. Apesar de estarem em menor número, alguns dos reforços escaparam pelas linhas americanas e atacaram a artilharia. Feriram o comandante de artilharia e vários oficiais, causando confusão devastadora nos americanos. Eventualmente, canhoneiras britânicas navegaram rio acima e choveram fogo.

Ainda não se comprometendo a um ataque completo, Wilkinson finalmente ordenou uma retirada. Ele perdeu 41 mortos e 226 feridos ou desaparecidos. Os britânicos perderam 11 mortos e 50 feridos ou desaparecidos. A batalha desastrosa levou a outra investigação militar, além da corte marcial da batalha anterior de Crysler's Farm. Wilkinson escapou das acusações, mas foi dispensado do comando. Mais tarde, ele morreu em 1825 na Cidade do México, atuando como emissário.

As principais ações de Wilkinson certamente variaram de ineptas a completamente traidoras e egoisticamente cruéis, mas ele teve inúmeras ações menores e relações que o tornaram ainda mais desprezível para seus colegas e historiadores posteriores. Theodore Roosevelt escreveu uma vez que "em toda a nossa história, não há personagem mais desprezível" do que Wilkinson. Vários oficiais tiveram grande dificuldade em servir com ele e tentaram se transferir para evitar compartilhar o campo de batalha com Wilkinson. Parece que ele serviu egoisticamente a seus próprios interesses e se livrou de qualquer problema em que se metesse por conta da sua lábia. Um comandante militar que os Estados Unidos desejam que nunca tivessem tido.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

O jovem Góes Monteiro em Catanduvas

Seção de metralhadoras Hotchkiss do capitão Clementino Vieira, tropas legalistas, frente à Coluna Miguel Costa em Catanduvas, no Paraná, 1924.

Extrato do livro "O General Góes depõe...", transcrição por Filipe do A. Monteiro em 9 de julho de 2020; a linguagem da época foi mantida:

"Afinal, as tropas do destacamento Mariante se internaram na densa floresta, abrindo picadas a facão. A alimentação era das piores, e os soldados baianos, por exemplo, comiam rapadura com farinha. Ao amanhecer do dia seguinte, as tropas destinadas a fazer o esfôrço principal tinham alcançado a estrada de Foz do Iguaçu, interceptando as comunicações entre os defensores de Catanduva e o núcleo rebelde de Salto, comandado por Miguel Costa. Na frente do destacamento Almada, depois do primeiro arranco sôbre Catanduva, as tropas legais se detivera e chegaram a recuar, o que causou grande desapontamento ao General Azeredo Coutinho. Fez êste, então, um apêlo ao Coronel Mariante para impulsionar suas tropas no sentido de remover o “impasse”. Atendendo-o, o Coronel Mariante ordenou que eu fôsse, pessoalmente, dirigir o ataque das quatro principais unidades encarregadas de assaltar a posição de Catanduva pelas costas. Segui imediatamente com uma pequena escolta, através de uma picada de 18 quilômetros, atravessando mato muito espesso, e, ao chegar à estrada, sem perda de tempo, tomei as providências que a situação exigia, incumbindo um dos batalhões de atacar Catanduva pela retaguarda, enquanto outro enfrentaria as fôrças de Miguel Costas, diante de Salto, e um terceiro faria a cobertura dêsses ataques, vigiando as principais picadas dentro da floresta. Um quarto batalhão estava marchando ainda dentro de uma das picadas e iria ficar como reserva. Não havia comunicações telefônicas, substituidas por ligações de estafetas. E assim findou o terceiro dia das operações, sem que eu tivesse qualquer notícia do resultado dos ataques. Caiu a noite e eu alojei-me junto às tropas de reserva, dentro de um pequeno bosque, onde, com surprêsa, começaram a descer balas de fuzil, de metralhadora e alguns tiros de canhão. Tôda a tropa se abrigou nas trincheiras de proteção, porém eu estava redigindo um comunicado para remeter, na manhã do dia seguinte, ao Coronel Mariante, e não quís abrigar-me. Lembro-me que tive de interromper o que estava escrevendo para intercalar uma frase jactanciosa, mais ou menos nos seguintes têrmos: “Neste momento, estão atirando sôbre o meu pôsto de comando; todos no buraco, menos eu...” Mal acabava de escrever êsse quixotismo, dois  soldados negros, corpulentos, de fôrça hercúlea, me agarraram e me conduziram para dentro de uma trincheira. Não opús qualquer resistência e alí fiquei no meio dos soldados, refletindo mais uma vez sôbre a fragilidade das coisas humanas..."

Góes Monteiro e Lourival CoutinhoO General Góes Depõem..., 1955, pg. 20-21.

General Góes Monteiro.
(FGV)


Bibliografia recomendada:

Soldados da Pátria:
História do Exército Brasileiro 1889-1937.
Frank McCann, 2007
.

A Evolução Militar do Brasil.
J. B. Magalhães, 1957.

Soldados Salvadores.
Henry Hunt Keith, 1967.

Leitura recomendada: