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terça-feira, 13 de abril de 2021

13 de abril de 1990: Soviéticos admitem o Massacre de Katyn da Segunda Guerra Mundial

Oficiais nazistas com delegados britânicos, canadenses e americanos em Katyn, abril de 1943.

Do History Channel, 9 de abril de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 13 de abril de 2021.

O governo soviético aceita oficialmente a culpa pelo Massacre de Katyn na Segunda Guerra Mundial, quando cerca de 5.000 oficiais militares poloneses foram assassinados e enterrados em valas comuns na Floresta de Katyn [número total de 21.768 assassinados]. A admissão foi parte da promessa do líder soviético Mikhail Gorbachov de ser mais direto e franco em relação à história soviética.

Em 1939, a Polônia foi invadida pelo oeste pelas forças nazistas e pelo leste pelas tropas soviéticas. Em algum momento da primavera de 1940, milhares de oficiais militares poloneses foram presos pelas forças da polícia secreta soviética, levados para a Floresta de Katyn nos arredores de Smolensk, massacrados e enterrados em uma vala comum. Em 1941, a Alemanha atacou a União Soviética e invadiu o território polonês que antes era controlado pelos russos. Em 1943, com a guerra contra a Rússia indo mal, os alemães anunciaram que haviam desenterrado milhares de cadáveres na Floresta de Katyn. Representantes do governo polonês no exílio (situado em Londres) visitaram o local e decidiram que os soviéticos, e não os nazistas, eram os responsáveis pelos assassinatos. Esses representantes, no entanto, foram pressionados por autoridades americanas e britânicas a manterem seu relatório em segredo por enquanto, já que não queriam arriscar uma ruptura diplomática com os soviéticos. Quando a Segunda Guerra Mundial chegou ao fim, a propaganda alemã atacou os soviéticos, usando o Massacre de Katyn como um exemplo das atrocidades russas. O líder soviético Joseph Stalin negou categoricamente as acusações e afirmou que os nazistas foram os responsáveis pelo massacre. O assunto não foi revisitado por 40 anos.

Valas cheias de cadáveres, abril de 1943.

Exame durante a exumação, abril de 1943.

Em 1990, no entanto, dois fatores levaram os soviéticos a admitirem sua culpabilidade. Em primeiro lugar, foi a muito divulgada política de "abertura" de Gorbachov na política soviética. Isso incluiu uma avaliação mais franca da história soviética, particularmente no que diz respeito ao período de Stalin. Em segundo lugar estava o estado das relações polonês-soviéticas em 1990. A União Soviética estava perdendo muito de seu poder de manter seus satélites na Europa Oriental, mas os russos esperavam reter o máximo de influência possível. Na Polônia, o movimento Solidariedade de Lech Walesa estava constantemente erodindo o poder do regime comunista. A questão do Massacre de Katyn foi um ponto sensível nas relações com a Polônia por mais de quatro décadas, e é possível que as autoridades soviéticas acreditassem que uma admissão franca e um pedido de desculpas ajudariam a aliviar as crescentes tensões diplomáticas. O governo soviético emitiu a seguinte declaração: “O lado soviético expressa profundo pesar pela tragédia e a avalia como um dos piores ultrajes stalinistas”.

Processo de exumação, abril de 1943.

Mão amarradas para trás, tiro na cabeça. Execução padrão da NKVD.

É difícil determinar se a admissão soviética teve algum impacto. O regime comunista na Polônia ruiu no final de 1990, e Lech Walesa foi eleito presidente da Polônia em dezembro daquele ano. Gorbachov renunciou em dezembro de 1991, o que pôs fim à União Soviética.

Post-script: Visita do presidente do comitê central da LVF à Katyn

Fernand de Brinon (centro e capote claro), presidente da comissão da LVF e o terceiro homem do regime de Vichy visitando os túmulos de Katyn em abril de 1943.

Marquês de Brinon quando em visita à Legião de Voluntários Franceses (LVF) na União Soviética, à pedido das autoridades alemãs, visitou a exumação de Katyn em abril de 1943. Notam-se vários militares das Legiões Orientais (povos da União Soviética à serviço alemão) durante a filmagem, reconhecidos pelos casquetes em estilo soviético (pelo menos um porta a Medalha Ostvolk).


Filme: Katyn (2007)

Em 2007, o cinema polonês lançou o filme Katyn, que trouxe o caso do massacre da floresta de Katyn para o grande público. O filme choca pelo realismo das cenas, com o massacre em escala industrial e execução mecânica - como numa linha de processamento de uma fábrica.


Cena da execução de um general polonês. Os agentes da NKVD usaram pistolas Walther P38 alemãs, fornecidas durante o período de cooperação entre as duas ditaduras - nazista e soviética.

Cena mostrando as execuções no filme "Katyn":


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sábado, 27 de março de 2021

PINTURA: Guardas de Fronteira da KGB com um Mi-8

Guardas de Fronteira com um Mi-8 de transporte no Afeganistão.
Realismo socialista de 1986.
(Ushanka Show)

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FOTO: Hinds afegãos, 26 de abril de 2020.

FOTO: Grupo Alfa no Afeganistão20 de março de 2020.

FOTO: Flâmula no Afeganistão30 de abril de 2020.

FOTO: Spetsnaz no Afeganistão, 1986, 26 de janeiro de 2020.

FOTO: Comboio soviético no Passo de Salang, 1988, 25 de janeiro de 2020.

FOTO: T-62M no Passo de Salang, 28 de janeiro de 2020.


sábado, 20 de março de 2021

Relatório soviético sobre os destruidores de tanques japoneses

Opções anti-tanque japonesas.
(Osprey Publishing)

Por Peter Samsonov, Tank Archives, 3 de junho de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 20 de março de 2021.

Relatório soviético sobre os destruidores de tanques japoneses. Os soviéticos e japoneses se enfrentaram de 1938 a 1939 e em 1945.

Desclassificado de acordo com a ordem do Ministro da Defesa da Federação Russa de 8 de maio de 2007 N181 "Sobre a desclassificação de documentos de arquivo do Exército Vermelho e da Marinha durante a Grande Guerra Patriótica de 1941-1945" (conforme alterado em 30 de maio , 2009).

Documento datado de 10 de agosto de 1945.
CAMD RF 10025-1-23, pg.103.

Orientações sobre técnicas táticas e desorientação militar usadas pelo exército japonês e contra-medidas contra eles

Grupos de destruidores de tanques

Em todos os tipos de defesas antitanque, os japoneses consideram as armas antitanque mais comuns e eficazes os grupos de destruidores de tanques suicidas. Outras técnicas (armas anti-tanque, tanques, obstáculos anti-tanque) são consideradas ineficazes. Na prática, batalhas tanque contra tanque são raras e acidentais.

Na realidade, essa baixa eficácia é explicada pela quantidade insuficiente de tanques e artilharia no exército japonês.

Instruções e manuais de campo sobre o tema do combate antitanque, emitidos pelo Estado-Maior japonês, instruem cada companhia de fuzileiros e metralhadoras em um batalhão a ter pelo menos um grupo de destruidores de tanques (grupo de combate). Um grupo de destruidores de tanques suicidas passa por treinamento especial para combater tanques. As emboscadas são colocadas em locais onde os tanques podem aparecer. Os tanques são destruídos puxando uma mina ou feixe de minas por baixo da lagarta do tanque com uma corda. Houve casos em que minas foram lançadas durante ataques a tanques inimigos. Os destruidores de tanques são ensinados a pular em cima dos tanques para desativá-los. Os japoneses usam homens-bomba suicidas contra tanques pesados que amarram granadas em torno de si e pulam sob os tanques.

Como resultado, quando os tanques estão sendo usados em terreno cross-country nas montanhas ou perto de arbustos, os tanques são instruídos a ter um grupo de combate de submetralhadores que estão constantemente à procura de destruidores de tanques. Se não houver submetralhadores disponíveis, os tanques precisam cuidar de si próprios e apoiar uns aos outros com tiros de metralhadora, não permitindo que os japoneses usem homens-bomba. Quando os tanques estão se movendo em terreno cross-country, todos os locais suspeitos e valas devem ser varridos com tiros de metralhadora. Os pontos de coleta devem ter defesas e patrulhas de 360 graus. Não permita que os caça-tanques cheguem ao local das unidades de tanques.

Representante autorizado do Chefe do Estado-Maior do 6º Exército de Tanques de Guardas, Tenente-General da Guarda Stormberg.

Representante autorizado do Chefe do Departamento de Operações do Estado-Maior do 6º Exército de Tanques de Guardas, Coronel de Guardas Shklyaruk.

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Leitura recomendada:

Uma Tempestade de Agosto: o jogo final Soviético-Japonês na Guerra do Pacífico19 de outubro de 2020.

PINTURA: Assalto anfíbio soviético nas Ilhas Curilas24 de novembro de 2020.

DOCUMENTÁRIO: Manchúria, a vitória esquecida22 de dezembro de 2020.

Yamamoto e o planejamento para Pearl Harbor26 de janeiro de 2021.

LIVRO: Yamamoto Isoroku (série Command)26 de janeiro de 2021.

LIVRO: O Japão Rearmado6 de outubro de 2020.

A Missão Militar Francesa no Japão 1867-6925 de novembro de 2020.

FOTO: Sherman nas selvas do Pacífico13 de dezembro de 2020.

FOTO: Sherman japonês6 de outubro de 2020.

FOTO: Colegial japonesa com uma LAW17 de abril de 2020.

"Tanque!!": A presença duradoura dos carros de combate na Ásia6 de setembro de 2020.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Vadim Elistratov: Dirigindo o T-34

Entrevista com Vadim Elistratov, Tank Archives, 8 de fevereiro de 2021.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 8 de fevereiro de 2021.

Vadim Elistratov é um renomado restaurador de veículos blindados e possui ampla experiência na condução de tanques que ele e seu grupo restauram. Em uma entrevista recente à TacticMedia, ele relata a experiência de dirigir um tanque T-34.

Dirigindo o T-34

sábado, 30 de janeiro de 2021

Estréia de combate do Tiger

Um dos primeiros Tigres recebidos pelos 501º e 502º em Fallingbostel.

Por Ian Hudson, The Tank Museum, 11 de outubro de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 28 de janeiro de 2021.

A estreia de combate do Tiger ocorreu em agosto de 1942 na Frente Oriental. Não foi um sucesso, com três dos quatro Tigers quebrando.

O Tiger I (Tigre I) começou a entrar em serviço no Exército Alemão em meados de 1942. Eles deveriam ser usados por Batalhões de Tanques Pesados, um novo tipo de unidade. Os dois primeiros foram formados em maio de 1942 em Fallingbostel.

Os Batalhões de Tanques Pesados

A primeira unidade a receber o novo tanque foi o Batalhão de Tanques Pesados 502. Embora a unidade existisse, os tanques não. A produção atrasou e, no final de agosto, apenas 9 Tigers foram aceitos pelo Exército. O 502º recebeu seus primeiros 4 Tigers nos dias 19 e 20 de agosto, permitindo que a 1ª Companhia do Batalhão fosse formada.

Tiger ‘100’ do 502º, o primeiro capturado pelos soviéticos.

Como veículos novos, os Tigers sofreram de problemas mecânicos graves que levaram a frequentes falhas técnicas e quebras. O Batalhão contava muito com o apoio dos funcionários da Henschel, que havia construído o tanque, e da Maybach, responsável pelo motor.

Neste estágio inicial, a maioria dos tripulantes do Tiger eram provenientes de unidades Panzer existentes. Isso significava que eles eram bem treinados e experientes, mas eram novos nas diferentes táticas utilizadas pelos Batalhões de Tanques Pesados. Infelizmente, tão poucos Tigers foram concluídos que, por necessidade, o treinamento com o dito veículo foi mínimo.

Hitler ordenou que o Tiger fosse usado em combate o mais rápido possível, portanto, apesar desses problemas, a Companhia embarcou para a Frente Oriental no dia 23. Com força total, teria 9 Tigers e 10 Panzer III, mas parece que apenas quatro de cada foram enviados.

A estréia em combate do Tiger

A Companhia chegou a Mga, a sudeste de Leningrado, no dia 29 de agosto, desembarcou do trem e começou a avançar para a frente. Aquele dia viu o primeiro uso do Tiger em combate. Foi uma estréia nada auspiciosa.

O comandante do 502º, Major Richard Märker, desaconselhou o envio dos Tigers. Ele argumentou que o terreno neste setor era totalmente inadequado para o tanque de 56 toneladas. Fortemente arborizada, a área tinha uma drenagem ruim, o que resultava em pântanos grandes e macios. As fortes chuvas comuns nesta época do ano pioraram as coisas.

Ele também estava preocupado com o fato de que apenas quatro tanques teriam um impacto mínimo em qualquer batalha. Ele foi ignorado e a estréia do tanque provou ser um fracasso. Em dois dos tanques, lama espessa se acumulou entre as rodas intercaladas. Isso sobrecarregou o trem de força e causou falha na transmissão. Um terceiro sofreu falha no motor.

Tiger "100" capturado pelos soviéticos.
Esses primeiros Tigers não tinham proteções de lagartas.

O Panzer VI "Tiger I" (torre número 114) sendo rebocado por veículos rebocadores PK 637 de 18t na União Soviética, junho de 1943.

Os três Tigers quebrados e atolados foram recuperados pelos meia-lagartas Sd Kfz 9 Famo da Companhia. Três desses veículos foram obrigados a puxar cada tanque para um local seguro. As peças de reposição necessárias tiveram que ser enviadas da Alemanha. Apesar desses desafios, os quatro Tigers estavam operacionais novamente em 15 de setembro.

O segundo uso do Tiger, em 22 de setembro, teve ainda menos sucesso. Todos os quatro quebraram ou atolaram, um deles pegando fogo.

Desta vez, apenas três puderam ser recuperados. Märker sugeriu destruir o quarto para evitar que os soviéticos aprendessem seus segredos, mas foi recusado pelo Comando do Exército. Após vários meses, a aprovação foi concedida e o tanque explodiu no dia 25 de novembro.

A essa altura, Märker havia sido removido do comando do 502º. Apesar de seus avisos, ele foi considerado responsável pelas falhas de sua unidade. No entanto, como a ordem para usar os Tigres viera diretamente de Hitler, não havia como evitá-las.


Bibliografia recomendada:


Leitura recomendada:

FOTO: Tigre na lama, 22 de fevereiro de 2020.

FOTO: O Tigre na Tunísia, 5 de julho de 2020.



Os mitos do Ostfront, 2 de novembro de 2020.

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

FOTO: Conselheiro militar soviético em Cuito Cuanavale

Sergei Mishchenko, conselheiro militar soviético, com angolanos das FAPLA em um Land Rover capturado dos sul-africanos em outubro de 1987, durante a Batalha de Cuito Cuanavale.

Ocorrida entre 14 de agosto de 1987 e 23 de março de 1988, a Batalha de Cuito Cuanavale foi a maior batalha ocorrida na África desde a Segunda Guerra Mundial.

Bibliografia recomendada:

Bush Wars 1960-2010.

Leitura recomendada:

Operação Quartzo - Rodésia 198028 de janeiro de 2020.

FOTO: Conselheiros soviéticos em Angola24 de fevereiro de 2020.

Por que Moçambique está terceirizando a contra-insurgência para a Rússia25 de março de 2020.

Tiro em Cobertura Rodesiano15 de abril de 2020.

LIVRO: Batalha Histórica de Quifangondo, de Serguei Kolomnin30 de setembro de 2020.

Mercenários dificilmente são máquinas de matar6 de fevereiro de 2020.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

FOTO: Fuzis SKS capturados

Foyer (cantina) da 1ª companhia do 2e RPC na Argélia, adornado com dois fuzis SKS capturados dos egípcios na crise de Suez de 1956.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 1º de janeiro de 2020.

Os fuzis SKS egípcios capturados na operação de 1956 (Operação Mousquetaire) foram os primeiros exemplares do SKS capturados por forças ocidentais, e fotos mostram os paraquedistas franceses usando esses SKS com as baionetas caladas para controlar prisioneiros egípcios.

A placa tem os dizeres "Souviens toi.." (lembrem-se) com os nomes dos mortos da companhia na Guerra da Argélia. O Sargento Victor Bellon está marcado como morto no Porto Said, no Egito. O Sgt. Bellon saltou na Normandia em 1944 como parte do SAS francês.

Sargento Victor Bellon, morto ao chegar ao solo no salto de 5 de novembro de 1956.
Ele usa as asas francesas livres da época do exílio.

Paras franceses do 2e RPC (Régiment de Parachutistes Coloniaux), que saltaram no Porto Fouad, na região do Porto Said, inspecionam um fuzil SKS capturado dos egípcios, 1956.

Prisioneiros egípcios capturados pelo 2e RPC no Porto Fouad, novembro de 1956.

Noticiário inglês sobre a invasão do Porto Said em 1956


Bibliografia recomendada:

Histoire des Parachutistes Français:
La guerre para de 1939 à 1979.
Henri Le Mire.

Leitura recomendada:


FOTO: IS-3 no Egito de Nasser8 de novembro de 2020.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

FOTO: Soldado soviético na Praça Vermelha

Soldado soviético durante uma parada militar na Praça Vermelha, 1940.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 30 de dezembro de 2020.

Est soldado do "Exército Vermelho dos Operários e Camponeses" (Raboche-Krest'yanskaya Krasnaya Armiya, RKKA) usa as divisas de um "comandante de pelotão subalterno" (Mladshiy komvzvod), com três triângulos conforme o sistema de 3 de dezembro de 1935, com a palavra "comandante" um legado da Guerra Civil Russa. Este sistema de postos seria substituído em 12 de julho de 1940, com postos mais tradicionais. O posto de Mladshiy komvzvod seria mudado para "sargento-mor" (Starshiy serzhant), com 1 triângulo grande e 2 triângulos pequenos no exército (o NKVD tinha seus próprios postos).

O soldado está usando um capacete de aço M15 Adrian, de fabricação francesa ou soviética, que seria usado em quantidade até ser suplantado pelos modelos soviéticos SSh 36 (Stal'noy shlem 1936/ Capacete de aço 1936), SSh 39 e SSh 40.

Snipers soviéticos com máscaras de gás e capacetes Adrian durante exercícios na década de 1930.
O fuzil apresenta o retém da baioneta.

O soldado é parte de um destacamento sniper, como demonstrado pela sua luneta, e os fuzis do destacamento têm baionetas caladas conforme a tradição soviética para desfiles. Todos os fuzis soviéticos tinham reténs de baioneta, mesmo os fuzis de precisão, por conta da tradição de fé no poder de choque da baioneta.

Nas décadas de 1920 e 30, a União Soviética iniciou um massivo rearmamento e os snipers foram um ponto focal dessa evolução. O exército era deixado à míngua e subfinanciado em favor das forças de segurança internas, como o NKVD (e o OGPU, que foi passado para o NKVD em 1934), que investiu pesadamente em equipamentos e treinamento para atiradores de elite nesse período, com lunetas baseadas nos modelos Zeiss. À partir de 1926 os soviéticos produziram lunetas baseadas nos modelos Zeiss-Jena e Emil Busch. À partir de 1932 os soviéticos produziram a luneta PE, uma versão melhorada do modelo Busch, e com as experiências da Guerra Civil Espanhola foi criado o modelo PEM, a melhor luneta dos snipers soviéticos. De 1932 a 1938, cerca de 54 mil lunetas foram produzidas e entregues ao exército e NKVD, e o culto ao sniper - snayperskaya - foi amplamente promovido nas forças soviéticas - todos mantendo uma baioneta.

Bibliografia recomendada:

Out of Nowhere:
A History of the Military Sniper.
Martin Pegler.


Leitura recomendada:

FOTO: Sniper com baioneta calada9 de dezembro de 2020.

FOTO: Sniper da FORAD no CENZUB23 de janeiro de 2020.

FOTO: Sniper separatista na Ucrânia16 de maio de 2020.

FOTO: Sniper vietnamita durante a Operação Brochet15 de outubro de 2020.

FOTO: Posto sniper na Chechênia15 de outubro de 2020.

GALERIA: Snipers no Forças Comando na República Dominicana, 3 de novembro de 2020.

sábado, 26 de dezembro de 2020

Avaliações do Sherman pelos soviéticos

Sherman M4A2 e T-34/85 soviéticos nos alpes austríacos, maio de 1945.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 26 de dezembro de 2020.

Sob o sistema de Empréstimo-e-Arrendamento (Lend-Lease), 4.102 tanques médios M4A2 foram enviados para a União Soviética. Destes, 2.007 estavam equipados com o canhão principal original de 75 mm, com 2.095 montando o canhão de 76mm, considerado mais capaz. O número total de tanques Sherman enviados para a URSS representou 18,6% de todos os Shermans exportados pelo programa Lend-Lease. Os primeiros M4A2 Shermans armados de 76mm começaram a chegar à União Soviética no final do verão de 1944. Estes Shermans foram usados na marcha para Berlim e na ofensiva da Manchúria contra os japoneses.

O Exército Vermelho considerou o M4A2 muito menos sujeito a pegar fogo devido à detonação de munição do que o T-34/76, mas o M4A2 tinha uma tendência maior de capotar em acidentes e colisões rodoviárias ou devido a terrenos acidentados devido ao seu centro de gravidade mais alto.

Em 1945, algumas unidades blindadas do Exército Vermelho foram equipadas inteiramente com o Sherman. Essas unidades incluíam o 1º Corpo Mecanizado de Guardas, o 3º Corpo Mecanizado de Guardas e o 9º Corpo Mecanizado de Guardas, entre outros. O Sherman foi amplamente tido em boa consideração e visto de forma positiva por muitas tripulações de tanques soviéticos, com elogios dados à sua confiabilidade, facilidade de manutenção, geralmente bom poder de fogo (referindo-se especialmente à versão do canhão de 76mm) e proteção decente da blindagem, bem como uma unidade de alimentação auxiliar (auxiliary power unit, APU) para manter as baterias do tanque carregadas sem ter que ligar o motor principal, como era exigido no T-34.

M4A2 soviético em Viena, capital da Áustria, 1945.

Avaliações do Sherman pelos soviéticos

"19 de junho de 1945

Relatório sobre o uso de tanques em combate pela 8ª Brigada Mecanizada de Guardas Molodecheno da Ordem da Bandeira Vermelha na Guerra Patriótica.

Em combate durante 1943, o 44º Regimento de Tanques de Guardas, parte da 8ª Brigada Mecanizada de Guardas Molodecheno da Ordem da Bandeira Vermelha, estava armado com tanques T-34 com canhão de 76mm e tanques T-70 com canhão de 45mm . Mais tarde não utilizou esses tipos de tanques.

Em combate durante 1944-1945, o regimento usou principalmente tanques M4A2 com o canhão de 75mm e parcialmente com o canhão de 76mm.

Como resultado, o resumo da experiência de combate em 1944-1945 incidirá sobre tanques M4A2 estrangeiros.

As principais conclusões da experiência em batalha são:

  1. Uma das principais desvantagens é que o canhão de 75 mm tem uma penetração baixa devido à baixa velocidade da boca do cano [velocidade inicial].
  2. Um defeito característico do canhão de 75mm que é comumente encontrado é o travamento do projétil no cano durante o disparo. A metralhadora Browning, entretanto, funciona perfeitamente se for bem cuidada.
  3. As metralhadoras AAe nos tanques M4A2 são necessárias como uma arma AAe em marcha, mas na batalha, especialmente nas florestas, se prendem nas árvores, são derrubadas da montaria e impedem a mobilidade da tripulação. É necessário remover a metralhadora nos pontos de partida antes da batalha.
  4. A experiência mostra que é necessário ter 70% de munição HE [alto-explosivo], 20% de munição AP [perfurante] e 10% de munição AP de subcalibre. Esta quantidade é suficiente para combater a infantaria e os tanques inimigos.
  5. As tripulações dos tanques estão equipadas com a pistola TT [TT-33 Tokarev] como arma pessoal. A experiência mostra que o Nagant é inconveniente de carregar e não tem munição suficiente. Das armas estrangeiras, o Walther é bom: carregamento automático, tiro rápido e quantidade suficiente de munição no carregador o tornam conveniente para disparar de um tanque.
  6. Os principais dispositivos de observação usados de dentro do tanque em batalha são dispositivos óticos e fendas de observação, que são inconvenientes de usar quando o tanque está em movimento. Para melhorar a observação em tanques domésticos, é necessário ter uma cúpula do comandante com 6 a 8 fendas de visão (como a cúpula do M4A2).
  7. O principal tipo de indicação de alvo são as balas traçantes e projéteis do canhão, bem como o rádio.
  8. O alcance de tiro contra carros blindados, tanques e fortalezas enquanto estacionário foi de até 1,5km. Os disparos em movimento foram feitos de até 1km contra a infantaria, tanques e carros blindados.
  9. O tempo gasto atirando parado ou em paradas curtas depende do ponto de mira e da localização do tanque em relação ao inimigo. Os tanques em geral não devem parar para atirar por mais de um minuto, durante o qual podem ser feitos 4-5 tiros mirados.
  10. Ao disparar em movimento, a velocidade é normalmente de 6 a 7km/h. A velocidade máxima para disparar em movimento como uma unidade é de 10km/h.
  11. A cadência prática de tiro do canhão de 76mm é de 7 a 8rpm.
  12. O tiro da unidade de tanques é dirigido por: 1) Definir objetivos no terreno. 2) Estudo do sistema defensivo do inimigo e seus pontos-fortes pela tripulação. 3) Estudo da melhor maneira de abordar os pontos-fortes do inimigo. 4) Direções de alvos pela infantaria (foguetes sinalizadores disparados em direção ao alvo). 5) Sinais de rádio predeterminados dados durante o ataque.
  13. Na batalha, o fogo de um pelotão era concentrado. A experiência mostra que isso dá bons resultados. Por exemplo, perto de Zhagare, o pelotão do Tenente da Guarda Mozgovoy, Herói  da União Soviética, atirou contra um grupo de 5 carros blindados, 3 dos quais pegaram fogo.
  14. Para organizar o fogo à noite, é necessário: 1) Estabelecer o alcance possível de tiro. 2) Estudar pontos de referência. 3) Sinalize a direção do tiro com balas traçantes ou sinalizadores.
  15. O tiro indireto de posições fechadas ou semi-fechadas não era feito, embora este tipo de tiro seja necessário.
  16. O principal tipo de ajuste é pela observação das explosões das granadas e mudar o ponto de mira.
  17. Durante a batalha, os tanques dispararam principalmente à queima-roupa (1-2km). Tiros em distâncias adicionais foram executados, mas seus resultados foram insignificantes.
  18. A experiência mostra que as técnicas mais frequentemente usadas e benéficas em batalha eram disparar em paradas curtas e disparar como uma unidade. Essas técnicas foram comprovadas em batalha.
  19. Dependendo da natureza da batalha, o gasto de munição por dia difere. As batalhas anteriores mostraram que um inimigo bem entrincheirado precisa de 1,5 a 2,5 cargas de munição por dia. Um inimigo que se entrincheirou com pressa exigirá 1-1,5 cargas. Durante a perseguição, 0,5-1 cargas de munição por dia são necessárias.
  20. Para melhorar a observação do campo de batalha, é necessário equipar o artilheiro do casco com uma mira óptica ou um periscópio giratório.
Comandante da 8ª Brigada Mecanizada de Guardas Molodecheno da Ordem da Bandeira Vermelha, Coronel de Guardas Gusev.

Chefe do Estado-Maior da 8ª Brigada Mecanizada de Guardas Molodecheno da Ordem da Bandeira Vermelha, Tenente-Coronel Kungurov dos Guardas."

(CAMD RF 3322-1-4 pp.119-123, Tank Archives, 30 de março de 2020)

Parte do relatório de 19 de junho de 1945, original em russo.


Relatório de 19 de setembro de 1944 do 252º Regimento de Tanques.

"Breve relatório sobre a experiência de combate de tanques do 252º Regimento de Tanques da 45ª Brigada Mecanizada Dniester do 5º Corpo Mecanizado de dezembro de 1943 até os dias atuais [19 de setembro de 1944].

O 252º Regimento de Tanques estava equipado com tanques M4A2 americanos e tanques Mk.9 britânicos. As seguintes qualidades positivas e negativas dos tanques e tripulações foram observadas:
  1. Durante longas marchas na lama da primavera, o elo mais fraco do M4A2 era a embreagem principal. Por exemplo: após uma marcha de 200-250km, 3 tanques quebraram devido à queima da embreagem principal e 4 tanques devido à quebra da carcaça da embreagem principal. Durante uma marcha de 130km em estradas asfaltadas, 2 tanques pararam de funcionar por rompimento das juntas da lagarta.
  2. Reclamações sobre visibilidade limitada foram feitas durante a batalha (o comandante pode ver apenas para frente). Não é difícil para o municiador manusear munições. A posição da munição dentro do tanque é boa. O disparo em movimento pode ser executado. Normalmente, o tiro é corrigido pela observação de rajadas.
  3. O fogo mais eficaz é o de paradas curtas a 800 metros ou de emboscada a 100-300 metros. A cadência prática de tiro em um ataque atinge 6-8rpm do canhão e 2-3 RPM do morteiro retro-carregado. Disparar em movimento em tal cadência só tem efeito no moral do inimigo.
  4. Formas típicas de atirar em uma batalha ofensiva são atirar parado, por trás da cobertura ou em movimento a uma velocidade de 15-20km/h. Disparos em paradas curtas são os mais frequentes.
  5. O reconhecimento de alvos é feito principalmente por observação, mas freqüentemente o reconhecimento em força é realizado, quando um ou vários tanques atacam e os demais observam e suprimem pontos-fortes que se revelam. Se houver tempo para se preparar, setores de tiro são atribuídos a companhias ou pelotões. Se houver informações precisas sobre a localização dos alvos, cada pelotão ou mesmo cada tanque pode receber alvos específicos. Durante um ataque, os alvos são designados por rádio ou com balas ou granadas traçantes.
  6. A correção de tiro por rajadas é a mais prática. Um suporte só é possível quando o tanque dispara parado em um alvo estacionário.
  7. Se o alvo estiver claramente visível, 3-4 tiros ou 2-3 rajadas de metralhadora são suficientes para suprimi-lo. Isso depende do alcance e do alvo: por exemplo, 3-4 tiros não são suficientes ao atirar em um alvo blindado (tanque ou peça de assalto) de 800-1000 metros. Durante o combate na Frente Ocidental perto de Strigino, um tiro direto foi feito no mantelete de uma peça de assalto T-4 de 800-1000 metros. Isso não desativou o alvo. Mais de 7 a 8 tiros foram necessárias para finalmente desativá-lo. Ao disparar em movimento, são necessárias duas vezes mais tiros.
  8. Quando os tanques estão esperando em emboscada durante a noite ou em condições de má visibilidade, a designação do alvo é realizada em relação às linhas e pontos de referência. A elevação e o ângulo transversal da torre são registrados durante bom tempo. Por exemplo, o alvo nº 1 significa 15 graus de elevação do canhão e 10 graus de travessia da torre. Se o alvo for grande, por exemplo um assentamento (antes de um ataque noturno), o tiro é corrigido usando traçantes.
  9. Uma desvantagem dos graduados da academia militar é o treinamento insuficiente para atirar em movimento. Soldados e sargentos têm conhecimento insuficiente do seu material.
  10. As condições da tripulação nos tanques M4A2 são normais. Uma desvantagem é que o comandante fica desconfortavelmente colocado na torre para comandar sua tripulação e unidade. O operador de rádio é forçado a carregar a arma, o comandante da torre deve disparar a arma e o comandante deve observar o campo de batalha e comandar sua tripulação e unidade.
Chefe do Estado-Maior do 252º Regimento de Tanques
Capitão de Guardas Klucharev."

(CAMD RF 3443-1-62 pp.253-254, Tank Archives, 4 de maio de 2020)

Parte do relatório de 19 de setembro de 1944.

Bibliografia recomendada:


Leitura recomendada:








FOTO: Sherman japonês, 6 de outubro de 2020.

A Medalha da Carne Congelada

Anverso e reverso da Medalha da Carne Congelada.

Por Filipe do A. Monteiro, Warfare Blog, 25 de dezembro de 2020.

A Medalha Oriental (Ostmedaille), oficialmente a Medalha da Batalha de Inverno no Leste de 1941–42 (Medaille Winterschlacht im Osten 1941/42), foi uma condecoração militar da Wehrmacht criada por decreto de Adolf Hitler em 26 de maio 1942. Era sardonicamente chamada de Medalha da Carne Congelada ou "Ordem da Carne Congelada" (Gefrierfleischorden).

A Medalha Oriental foi concedida a qualquer membro da Wehrmacht e Waffen-SS "em reconhecimento à experiência na luta contra o inimigo bolchevique e o inverno russo no período de 15 de novembro de 1941 a 15 de abril de 1942." Também foi concedida postumamente a qualquer membro do serviço que morreu no cumprimento do dever dentro da União Soviética.

Soldados do Exército Alemão (Heer) marchando em algum lugar na União Soviética no inverno de 1941-42.

Militares da Wehrmacht eram qualificados para a Medalha Oriental após um mínimo de 14 dias em combate ativo; 30 sortidas de combate aéreo; 60 dias contínuos de serviço em uma zona de combate; ser ferido ou sofrer um "membro congelado", grave o suficiente para justificar a emissão de um Distintivo de Ferido, e poderia ser concedido postumamente.

Em 20 de janeiro de 1943, a qualificação oficial para a Medalha Oriental foi estendida para incluir combatentes e não-combatentes do sexo masculino e feminino na Wehrmacht. Além disso, membros estrangeiros das unidades da Wehrmacht; militares mortos ou desaparecidos em combate e civis trabalhando sob o controle da Wehrmacht, incluindo aqueles envolvidos em construção e na abertura de estradas. Limites geográficos foram colocados na concessão do leste da Ucrânia e Ostland (Báltico e Bielo-Rússia) ou na área da Finlândia, a leste da fronteira russo-finlandesa original de 1940. A Medalha Oriental foi oficialmente desativada pelo Alto Comando das Forças Armadas (Oberkommando der Wehrmacht, OKW) em 4 de setembro de 1944.

Medalha com certificado de condecoração.

A medalha foi desenhado pelo SS-Unterscharführer Ernst Krauit. Medindo 3,6cm de diâmetro, de construção (geralmente) de zinco, a medalha recebeu um revestimento colorido de metal; medindo aproximadamente 44mm por 36mm. O verso côncavo mostra uma águia nacional-socialista segurando uma suástica com um louro atrás. O reverso apresenta o texto em letras maiúsculas "WINTERSCHLACHT IM OSTEN 1941/42" (Medalha da Batalha de Inverno no Leste de 1941–42) apresentando uma espada cruzada e um ramo abaixo do texto. Um capacete e uma granada de cabo abaixo da alça da medalha, bem como o anel externo, tinham acabamento em um efeito de prata polida.

A fita da medalha apresentava uma faixa central branca-preta-branca (branca para neve, preta para os soldados caídos) com vermelha (para sangue) de cada lado. A medalha e a fita eram apresentadas em um pacote de papel com o nome da medalha na frente e o nome do fabricante no verso. Como a Cruz de Ferro de 2ª Classe (Eisernes Kreuz, EK II) 1939–45, a fita da Medalha do Leste era usada na segunda casa de botão da túnica do uniforme ou em uma barreta. Onde as duas fitas eram usadas juntas na casa de botão, a EK II apareceria acima da Medalha Oriental. Mais de três milhões de medalhas foram concedidas e muitas mais fabricadas entre 26 de maio de 1942 e 4 de setembro de 1944.

A fabricação da medalha foi complexa e ocorreu em muitas empresas diferentes que foram contratadas para produzir medalhas durante a Segunda Guerra Mundial, por exemplo, Steinhauer & Lück em Lüdenscheid.

Generalmajor Gerhard Schmidhuber com a fita da Medalha da Carne Congelada na segunda casa do botão da túnica. Enfermeira Elfriede Wnuk com a fita da Ostmedaille abaixo da fita da Cruz de Ferro 2ª classe.

Uma interpretação sarcástica bem conhecida da coloração foi a seguinte:

"À esquerda e direita do Exército Vermelho, entre a pista de pouso Smolensk-Moscou e a neve."

No jargão dos soldados, a medalha era frequentemente referida como "Rollbahnorden" (Ordem da pista de pouso). Como já citado, em referência ao inverno russo extremo de 1941/42 com seus numerosos casos de queimadura de frio, como "Medalha de Carne Congelada", "Ordem de Carne Congelada" ou "Eisbeinorden" (Ordem do Joelho de Porco Congelado). Em 1943, o Museu do Exército de Munique coletou 32 nomes diferentes para a Medalha Oriental através do seu colega Tenente Coronel Miller, incluindo os nomes Medalha Frost (Frost-Medaille), Boneco de neve com Capacete de Aço (Schneemann mit Stahlhelm), Lembrança da Aurora Boreal (Nordlicht-Erinnerung), Ordem da Tundra (Tundra-Orden), Medalha da Pista (Rollbahn-Medaille) e Medalha da Substituição de Férias (Urlaubs-Ersatzmedaille).

Havia também a seguinte rima para a cor da fita: Schwarz ist die Nacht, weiß ist der Schnee und von beiden Seiten die Rote Armee.

"A noite é negra, a neve é ​​branca e dos dois lados o Exército Vermelho."

Versão desnazificada da Ostmedaille de 1957.

Embora o uso de condecorações da era nazista tenha sido inicialmente banido em 1945, de acordo com a lei de títulos, medalhas e condecorações de 26 de julho de 1957, o uso de condecorações na República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental) só era permitido sem os emblemas nacional-socialistas. A Medalha Oriental estava entre as autorizadas para uso pela República Federal da Alemanha. Com os símbolos nazistas agora proibidos, a medalha foi redesenhada removendo a suástica, com a águia no anverso agora em pé sobre um ramo de louro.

Bibliografia recomendada:

Orders, Decorations, Medals and Badges of the Third Reich
(Including the Free City of Danzig)
David Littlejohn e o Coronel C.M. Dodkins.

Leitura recomendada:

Os mitos do Ostfront, 2 de novembro de 2020.

FOTO: Soldado russo da Wehrmacht31 de outubro de 2020.

FOTO: Tigre na lama22 de fevereiro de 2020.

VÍDEO: Alemanha Ano Zero19 de maio de 2020.

FOTO: Cemitério alemão na Itália8 de abril de 2020.