quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Considerações sobre a contra-insurgência romana

O chamado sarcófago “Grande Ludovisi”, com cena de batalha entre soldados romanos e germânicos.
(Wikimedia Commons)

Por Lawrence Tritle e Jason Warren, Task&Purpose, 13 de novembro de 2018.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 11 de fevereiro de 2020.

Nota do editor: Esta é a conclusão deprimente de um capítulo sobre os romanos de um novo livro, The Many Faces of War (As Muitas Faces da Guerra).


Qual é a relevância do Modo Romano Imperial de Guerra e de Contra-Insurgência para os Estados Unidos da América hoje? Apesar de possuir um exército conhecido por sua habilidade em batalhas decisivas, os romanos enfrentaram cerca de 120 casos de insurgência entre 31 aC e 190 dC.

Incapazes de obterem força esmagadora em todos os lugares, os romanos desenvolveram uma abordagem sofisticada para resolver essas insurgências. Embora os historiadores muitas vezes tenham focado no papel do exército romano na contra-insurgência, os romanos tiveram sucesso porque a administração imperial e outros desenvolveram laços sociais, culturais e econômicos mutuamente benéficos de longo prazo com seus súditos. Tácito nos diz que Agrícola trouxe vida e maneiras urbanas para a Grã-Bretanha e incentivou o aprendizado do latim (Agrícola, 72-3). Para copiar uma frase bem conhecida dos anos 60, trata-se de "ganhar corações e mentes", mas também é estabelecer relacionamentos que levam as pessoas para o seu lado. David Kilcullen em Counterinsurgency (2010: 152) oferece uma explicação convincente chamada “teoria do controle competitivo”: a saber:

em conflitos irregulares, o ator armado local que uma determinada população considera como mais capaz de estabelecer um sistema normativo para controle resiliente e de amplo espectro sobre a violência, a atividade econômica e a segurança humana é o que mais provavelmente prevalecerá dentro da área residencial de uma população.

Enquanto a preocupação de Kilcullen é combater os insurgentes, o argumento básico permanece: simplesmente, quem faz um trabalho melhor no estabelecimento de um sistema resiliente de controle que traz ordem e segurança acaba conquistando o apoio das pessoas e vencendo a competição pelo governo. Foi isso que os romanos fizeram e com grande sucesso. É preciso lembrar apenas as centenas de milhares de provinciais que se alistaram no serviço militar como auxiliares com o objetivo de se tornar um cidadão romano.


Os romanos também sempre consideraram o impacto das comunicações estratégicas em sua imagem e asseguraram habilmente que suas ações fossem divulgadas com elites sociais para dissuadir potenciais insurgentes. Militarmente, os romanos desenvolveram uma resposta doutrinária a uma insurgência que incluiu uma reação ofensiva imediata com forças imediatamente disponíveis que às vezes podiam ser bem-sucedidas. Embora preferissem grandes batalhas que favorecessem seus pontos fortes, os romanos também podiam realizar campanhas de pequenos engajamentos. No entanto, eles também descobriram que as operações de contra-insurgência [para limpar, manter, construir] freqüentemente demoram muito tempo, exigem uma estrutura de força adequada e sustentada, e devem ser possibilitadas pelos aliados locais.

Quanto à estrutura da força, a Roma Imperial descobriu que a combinação de cidadãos de infantaria pesada em legiões possibilitadas por auxiliares não-cidadãos mais leves e mais móveis, e ocasionalmente forças navais, era suficiente para os dois extremos do espectro do conflito. Além disso, à medida que o Império crescia, os romanos empregavam não-cidadãos de maneira mais eficaz e em maior número, especialmente para segurança sobre grandes áreas, apesar do motim ocasional. O Império também enfrentou desafios de sabor contemporâneo: falta de coordenação interinstitucional, líderes incompetentes, lealdades divididas de povos indígenas e inimigos adaptativos. Finalmente, os romanos perceberam que vencer a paz com uma "abordagem do governo inteiro" provou ser mais bem-sucedido do que apenas vencer batalhas.

Título original "Até os romanos eram melhores em contra-insurgência do que nós".

Bibliografia recomendada:

The Roman Army:
The Greatest War Machine of the Ancient World.
Chris McNab.

Guerra Irregular:
Terrorismo, guerrilha e movimentos de resistência ao longo da história.
Alessandro Visacro.

Leitura recomendada:


terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

FOTO: Golpe militar no Sião, 1932

Tropas do Real Exército Siamês durante o golpe, 24 de junho de 1932.

A revolução, na realidade um golpe de Estado, foi uma transição quase sem sangue em 24 de junho de 1932, que mudou o sistema de governo no Sião de uma monarquia absoluta para uma monarquia constitucional. A "revolução" foi provocada por um grupo relativamente pequeno de militares e civis com formação ocidental, que formaram o primeiro partido político de Sião, o Khana Ratsadon ("Partido dos Povos"). 

Terminou 150 anos de absolutismo sob a dinastia Chakri e quase 800 anos de domínio absoluto dos reis sobre o povo siamês. Foi um produto das correntes históricas globais, bem como das mudanças sociais e políticas domésticas, como a ascensão das elites "plebéias" educadas no Ocidente. Isso resultou no povo do Sião recebendo sua primeira constituição.

Leitura recomendada:

FOTO: Fuzis dourados30 de janeiro de 2020.

A metralhadora leve Chauchat: não é realmente uma das piores armas de todos os tempos


Por Martin K.A. Morgan, American Rifleman, 6 de fevereiro de 2017.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 11 de fevereiro de 2020.

 A narrativa popularizada sobre a metralhadora leve francesa Chauchat é aquela que apresenta o fuzil automático* como um fracasso absoluto. Detratores tendem a enfatizar mão de obra precária, carregadores delicados e também repetem regularmente a generalização mais ampla possível de todas - que o Chauchat estava propenso a travar. As origens dessa mitologia são um tópico bem coberto no livro Honor Bound: Chauchat Machine Rifle de Yves Buffetaut e Gerard Demaison, bem como no artigo de Tom Laemlein de 2012 That "Damned, Jammed Chauchat".

*Nota do Tradutor: A classificação do fuzil-metralhador Chauchat como fuzil automático foi apenas o primeiro dos erros de adoção dos americanos, e um que ainda permaneceria assombrando as forças americanas com o Browning Automatic Rifle (Fuzil Automático Browning), um arcaismo desse período que não explicava propriamente a missão de emprego destes dois equipamentos.

Um soldado do Exército dos EUA lutando por de trás de uma barricada feita de sacos de areia e caixas de munição com uma metralhadora leve Fusil Mitrailleur Modéle 1915 CSRG Chauchat na frente ocidental durante a Primeira Guerra Mundial. Este modelo do Chauchat era calibrado no cartucho Lebel 8x50R francês.
(National Archives)

 Apesar de sua reputação, o "Fusil Mitrailleur Modéle 1915 CSRG" serviu efetivamente em combate com as forças armadas francesas calibrado no cartucho Lebel 8x50R, as forças belgas em 7,65x53mm e as forças armadas polonesas em Mauser 7,92x57mm. Foi quando o Chauchat foi redesenhado para as forças armadas dos EUA em .30-'06 Sprg. como o modelo 1918, que os problemas reais foram encontrados. Essa modificação do projeto existente exigia um carregador diferente, um retém do carregador modificado e um guarda-mão realocado. Ele manteve o sistema operacional de recolhimento de longo curso do original, que foi amplamente baseado no projeto patenteado por John Browning para o fuzil Remington Modelo 8 de carregamento automático. Mas as câmaras no Chauchat Modelo 1918 .30 não foram alargadas o suficiente, e as armas sofreram falhas como resultado. No entanto, a Força Expedicionária Americana fez uso extensivo dos CSRG do Modelo 1915 em 8mm Lebel durante a Primeira Guerra Mundial. De fato, três soldados do Exército dos EUA ganharam a Medalha de Honra durante a Ofensiva Meuse-Argonne usando o Chauchat - Soldado Frank J. Bart, da Companhia C, 9º Regimento de Infantaria, 2ª Divisão de Infantaria, Soldado Thomas C. Neibaur, da Companhia M, 167º Regimento de Infantaria, 42ª Divisão de Infantaria, e Soldado Nels T. Wold da Companhia I, 138º Regimento de Infantaria, 35ª Divisão de Infantaria. Você pode ler as citações abaixo.

Um casal idoso francês, M. e Mme. Baloux de Brieulles-sur-Bar, França, sob ocupação alemã por quatro anos, cumprimentando soldados dos 308º e 166º Regimentos de Infantaria quando da sua chegada durante o avanço americano.
(National Archives)

 Por ter sido produzido em maior número do que qualquer outra arma automática durante a Primeira Guerra Mundial, os Chauchat permaneceram em abundância durante os anos que se seguiram a 1918. Eventualmente, as forças militares de 11 países o usaram - incluindo a Alemanha nazista. Quando o Terceiro Reich invadiu a Polônia, em 1939, a Bélgica e a França, em 1940, e a Grécia, em 1941, milhares de metralhadoras leves Chauchat utilizáveis foram capturadas e colocadas em serviço. O modelo 1915 francês  em 8mm Lebel foi designado LeMG.156(f), o modelo 1915 belga em 7,65mm foi designado LeMG.126(b). Exemplares gregos, iugoslavos e poloneses foram igualmente designados pelos alemães.

Uma fotografia posada de um soldado do Exército dos EUA armado com uma pistola Modelo 1911 .45-ACP. No chão ao lado dele está uma metralhadora leve Fusil Mitrailleur Modéle 1915 CSRG Chauchat em 8x50R Lebel.

Tropas alemãs da SS armadas com um fuzil-metralhador francês Fusil Mitrailleur Modéle 1915 CSRG Chauchat capturado em 8x50R Lebel.

 Após o seu serviço militar, o Chauchat passou para uma segunda carreira como arma de fogo colecionável nos Estados Unidos. Milhares de Chauchats entraram no país em frenesi no final da década de 1950 como DEWATs - troféus de guerra desativados - muitos dos quais foram posteriormente reativados e adicionados ao registro da Lei Nacional de Armas de Fogo. Quase nenhuma dessas armas registradas/transferíveis são do modelo 1918 em .30-06, mas sim do modelo 1915 produzido pela SIDARME em 8mm Lebel. Um deles fez uma aparição recente no set durante as filmagens para a próxima temporada do American Rifleman TV. Observando o centenário da intervenção dos EUA na Primeira Guerra Mundial, o programa transmitirá uma série de episódios com as armas que lutaram nas trincheiras da Frente Ocidental, e o Chauchat é definitivamente uma arma que não deve ser esquecida. Apesar de sua reputação, a arma que tínhamos no set naquele dia funcionava surpreendentemente bem com a munição Prvi Partizan 200-gr. FMJ BT 8x50R. O Chauchat de fato teve incidentes de tiro, mas em uma reviravolta inesperada, menos que a metralhadora Lewis .30 que estava no set ao mesmo tempo. O municiamento do carregador é uma operação delicada com o Chauchat porque os cartuchos devem estar perfeitamente alinhados para que a arma seja alimentada com segurança. Considerando que os carregadores Chauchat foram originalmente concebidos como itens descartáveis, é surpreendente que ainda funcionem 100 anos depois. Como pode ser visto no vídeo, uma seqüência de cartuchos expelidos caindo perto da culatra durante a ejeção foi seguida por um stovepipe* aos um minuto e doze segundos. Esse tipo de parada ocorreu algumas vezes durante o dia, mas após alguns ajustes a ejeção fraca foi resolvida simplesmente apertando o bouchon d'appui (tampa de apoio da caixa da culatra) e o conjunto bague d'appui (anel de apoio) da arma. Feito isso e os carregadores municiados corretamente, esse Chauchat funcionou de maneira confiável.

*NT: Falha de extração quando o cartucho é prensado na janela ejetora da câmara no meio do movimento de avanço do ferrolho, ficando preso.


O fuzil-metralhador Fusil Mitrailleur Modéle Modemle 1915 CSRG Chauchat em 8x50R Lebel e o carregador redondo destacável de 20 tiros para o Chauchat que foi usado em uma gravação recente da próxima temporada do American Rifleman TV.

 Apesar de ter servido efetivamente durante duas Guerras Mundiais e cinco outros conflitos, o Chauchat continua sendo uma arma de fogo militar profundamente incompreendida. Frequentemente, ocupa o primeiro lugar em quase todas as listas das "piores armas de todos os tempos" da Internet, mas criticá-la dessa maneira é não entendê-la fundamentalmente. Referir-se ao Chauchat como "a pior arma de todos os tempos" seria o mesmo que referir-se ao Ford Modelo T como o pior carro de todos os tempos ou ao Wright 1903 Flyer como o pior avião de todos os tempos. Quando o Chauchat foi introduzido em 1915, não havia nada parecido no mundo. Dessa forma, ocupa um lugar único e importante na história das armas portáteis. Numa época em que o Fuzil Automático Browning ainda não estava em produção* em grande escala e a metralhadora Lewis era muito mais cara e quase 10 libras (4,5kg) mais pesada, o Chauchat forneceu uma metralhadora leve que poderia avançar no campo de batalha com um escalão de ataque. Seu projeto inspirou-se em uma patente de John Browning e estava em produção em larga escala numa época em que nada mais era. Embora possa ser fácil criticar o Chauchat aqui no século XXI, há 100 anos, durante o século XX, as exigências da necessidade de guerra tornaram-no a arma certa no lugar certo e na hora certa. Ainda há vozes apontando suas deficiências, embora, depois de mais de um século, a arma ainda possa entregar um bom dia de serviço. Essa foi certamente a nossa experiência no set do American Rifleman TV.

*NT: O BAR não existia sequer como projeto em 1915, nascendo justamente da experiência do Chauchat e iniciando estudos apenas em 1917. A produção começou em fevereiro de 1918. O BAR viu apenas menos de dois meses de combate na França com meros 9 mil FMs BAR produzidos até 11 de novembro de 1918 - data do armistício. Em comparação, foram produzidos 262.300 Chauchats de 1916 a 1918, mesmo sob forte pressão em cima da indústria francesa de tempo de guerra.

Um exemplar raro da metralhadora leve Fusil Mitrailleur Modéle 1918 CSRG Chauchat calibre .30.
(Cortesia da fotografia da James D. Julia Auctioneers)

Medalhas de Honra com o Chauchat

Soldado Frank J. Bart
Companhia C, 9º Regimento de Infantaria, 2ª Divisão de Infantaria.

Frank J. Bart.

O Soldado Bart, de serviço como corredor da companhia, quando o avanço foi detido por tiros de metralhadora, pegou voluntariamente um fuzil automático, correu à frente da linha e silenciou um ninho de metralhadora hostil, matando os atiradores alemães. O avanço continuou e, quando foi novamente detido pouco depois por outro ninho de metralhadora, esse corajoso soldado repetiu sua ousada façanha colocando a segunda metralhadora fora de ação.

Soldado Thomas C. Neibaur
Companhia M, 167º Regimento de Infantaria, 42ª Divisão de Infantaria.

Thomas C. Neibaur.

Na tarde de 16 de outubro de 1918, quando o Côte-de-Châtillon havia acabado de ser conquistado após uma dura luta e o cume daquele forte baluarte no Kriemhilde Stellung estava sendo organizado, o Soldado Neibaur foi enviado em patrulha com seu grupo de combate de fuzil automático para bater tiros amarrados sobre ninhos de metralhadora inimigos. Ao subir a crista, ele montou o fuzil automático e foi diretamente ferido nas duas pernas pelo fogo por uma metralhadora hostil em seu flanco. A onda de avanço das tropas inimigas, contra-atacando, tinha quase atingido a crista e, embora praticamente isolado e cercado, o restante de seu destacamento sendo morto ou ferido, esse galante soldado manteve seu fuzil automático em operação para tal efeito que por conta dos seus próprios esforços e pelo fogo da linha de atiradores da sua companhia, a pelo menos 100 jardas em sua retaguarda, o ataque foi controlado. A onda inimiga sendo parada e aferrada, quatro dos inimigos atacaram Soldado Neibaur em combate aproximado. Estes ele matou. Ele então se moveu sozinho entre o inimigo deitado no chão ao seu redor, no meio do fogo de suas próprias linhas, e com frieza e galanteria capturou 11 prisioneiros na ponto de sua pistola e, embora dolorosamente ferido, os trouxe de volta para nossa linhas.

Soldado Nels T. Wold
Companhia I, 138º Regimento de Infantaria, 35ª Divisão de Infantaria.

Nels T. Wold.

Ele prestou um serviço mais galante ao ajudar o avanço de sua companhia, que havia sido detido por ninhos de metralhadoras, avançando com um outro soldado e silenciando as armas, trazendo consigo, ao retornar, 11 prisioneiros. Mais tarde, no mesmo dia, ele pulou de uma trincheira e resgatou um camarada que estava prestes a ser baleado por um oficial alemão, matando-o durante a façanha. Suas ações foram totalmente voluntárias e foi ao tentar assaltar um quinto ninho de metralhadoras que ele foi morto. O avanço da sua companhia deveu-se principalmente à sua grande coragem e dedicação ao dever.

Túmulo de Nels T. Wold.

Bibliografia recomendada:

Honour Bound:
The Chauchat Machine Rifle.
Gérard Demaison e Yves Buffetaut.

Leitura recomendada:




Garands a Serviço do Rei18 de abril de 2020.

Mausers FN e a luta por Israel23 de abril de 2020.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

FOTO: Xadrez QBN

Três fuzileiros navais americanos usando máscaras de gás aproveitam um jogo de xadrez improvisado em uma base na Arábia Saudita, 11 de outubro de 1990.

domingo, 9 de fevereiro de 2020

FOTO: Espectros Negros

Militantes muçulmanos em uniformes pretos durante um desfile.

FOTO: T-55 sírio na Frente de Idlib

T-55 de fabricação tchecoslovaca do Exército Árabe Sírio (SAA) na Frente de Idlib, fevereiro de 2020.

Bibliografia recomendada:

Soviet T-55 Main Battle Tank.

Leitura recomendada:


FOTO: T-55 na Líbia em 2015, 21 de janeiro de 2020.

FOTO: T-55 polonês, 8 de abril de 2020.

Operação Quartzo - Rodésia 1980, 28 de janeiro de 2020.

O Estado-Maior Brasileiro considera a França a principal ameaça militar até 2040


Por Laurent Lagneau, Zone Militaire OPEX360, 8 de fevereiro de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 9 de fevereiro de 2020.

Em agosto passado, por ocasião da cúpula do G7, e quando 13,1 milhões de hectares de floresta haviam acabado de ser incendiados na Sibéria e a vegetação ardia na África Central, o Presidente Macron fortemente atacou seu homólogo brasileiro, Jair Bolsonaro, por sua política que levou a um aumento significativo de incêndios na Amazônia, erroneamente descrito como o "pulmão do planeta". Melhor ainda: ele também mencionou conferir "status internacional" à região amazônica, o que causou protestos em Brasília. E, obviamente, esse episódio deixou vestígios, a julgar pelo relato confidencial do Estado-Maior brasileiro "vazado" na imprensa.

De fato, em 7 de fevereiro, o jornal Folha de S. Paulo publicou trechos deste relatório, intitulado "Cenários de defesa 2040", elaborados com base em previsões de 500 oficiais que incorporavam a "elite militar" do país, tendo participado em 11 reuniões durante o segundo semestre de 2019. O relatório visa contribuir para a revisão da “estratégia nacional de defesa” atualmente em andamento.

"O texto de 45 páginas contém considerações geopolíticas realistas e suposições um tanto ilusórias", comenta o jornal brasileiro. Em que categoria isso faz da França a principal - senão a única - ameaça militar ao Brasil? Porque essa hipótese é muito seriamente considerada em um dos quatro principais cenários mencionados neste documento. Assim, este último imagina que Paris poderia "formalizar em 2035 um pedido de intervenção das Nações Unidas" nos territórios da tribo Yanomami", localizada na fronteira com a Venezuela, a fim de apoiar "sem restrição um movimento pela emancipação desse povo indígena." E para acrescentar: "dois anos depois, a França mobilizou suas forças armadas posicionando-as na Guiana", um departamento ultramarino* que compartilha uma fronteira de 730km com o Brasil.

*Nota do Tradutor: Départements d'outre-mer et territoires d'outre-mer (DOM-TOM) são as possessões francesas fora da metrópole (o hexágono europeu). Os DOM-TOM dão à França 11 milhões de km² de águas territoriais, sendo a segunda maior zona econômica exclusiva do mundo.

As relações franco-brasileiras experimentaram algumas tensões no passado. Como em 1961, com o conflito da "lagosta". Na época, o Brasil autorizou os pescadores de lagosta francesa a pescarem em suas águas territoriais.

O escorteurs d’escadre Tartu fotografado pela FAB.

Mas, após uma disputa comercial entre uma empresa americana [ou uma empresa britânica, de acordo com certas fontes] com pescadores franceses, Brasília mudou radicalmente de atitude e a marinha brasileira prendeu cinco barcos de lagosta franceses além dos limites do mar territorial do Brasil. Daí a reação da França, que enviou o escorteurs d’escadre Tartu no local, enquanto um grupo de ataque de porta-aviões formado ao redor do porta-aviões Clemenceau tomou posição na África Ocidental, apenas dias de navegação do litoral brasileiro.

Cruzador C-11 Barroso durante a chamada "Guerra da Lagosta".

A marinha e a força aérea brasileiras foram então colocadas em alerta máximo e se prontificaram para um confronto, enquanto alguns jornais brasileiros sopraram as brasas, transmitindo o que agora é chamado de "infox"*. Finalmente, o assunto foi resolvido por meio de canais diplomáticos... E o general de Gaulle foi até convidado ao Brasil, onde recebeu calorosamente as boas-vindas em outubro de 1964.

*Nota do Tradutor: Neologismo francês para reportagens de informação falsa, deliberadamente projetadas para enganar e serem disseminadas nos meios de comunicação de massa. Tanto para vender jornais quanto para gerar determinados comportamentos de uso político. O atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, designou tais reportagens como "Fake News". Foram os jornalistas brasileiros que cunharam o chavão "Guerra da Lagosta".

Mais recentemente, outro caso poderia ter prejudicado as relações franco-brasileiras, após a explosão, no centro de lançamento de Alcântara, de um lançador VLS-1 V03 que deveria colocar em órbita, em agosto de 2003, dois satélites em nome da Agência Espacial Brasileira.

De fato, o jornal a Folha de S. Paulo [novamente ele!] publicou notas do serviço de inteligência brasileiro [ABIN], segundo as quais a Direção Geral de Segurança Externa [DGSE] era suspeita de ter estado na origem do explosão do VLS-1 V03, que matou 21 pessoas. A França, explicou-se, tinha um motivo: o local de Alcântara poderia sombrear o centro espacial da Guiana em Kourou. Finalmente, a investigação mostrou que o acidente foi causado por "acumulações perigosas de gases voláteis, deterioração dos sensores e interferência eletromagnética."

Legionários da 2ª companhia do 3e REI com o míssil AAe Mistral durante o lançamento do foguete Ariane 5 em Kourou, na Guiana Francesa, em 17 de novembro de 2016.

Seja como for, e depois de vender o porta-aviões Foch e os Mirage 2000C, a França e o Brasil ficaram vinculados a um acordo de parceria estratégica [assinado em 2006], o qual resultou, em nível militar, na entrega de 50 helicópteros de manobra Caracal e pela construção de cinco submarinos do tipo Scorpène. Além disso, Paris concordou com transferências significativas de tecnologia para permitir à marinha brasileira adquirir um submarino de ataque nuclear [programa PROSUB].


Além disso, foi o que a Embaixada da França no Brasil recordou. "O fato é que o Brasil é nosso principal parceiro estratégico na América Latina e que a França mantém relações de cooperação diárias, próximas e amigáveis com as forças armadas brasileiras há décadas", comentou ela no Twitter.

"Se a França é de fato a maior ameaça futura à sua segurança nacional, o Brasil deve revisar o projeto para construir submarinos movidos a energia nuclear. Caso contrário, o estudo serve apenas como exercício de ficção psicodélica ", disse Hussein Kalout, secretário de assuntos estratégicos do governo do ex-presidente Michel Temer, o antecessor de Jair Bolsonaro.

Quanto aos outros cenários, o relatório menciona notadamente as tensões com a Bolívia [com uma possível intervenção militar do Brasil em Santa Cruz de la Sierra para proteger os agricultores brasileiros lá] e a Venezuela. Para este último, a Folha de S. Paulo escreve que “em uma simulação realista, este país aproveita os mísseis balísticos que recebeu da Rússia e da China e invade a vizinha República da Guiana, que acabaria forçando Brasília a considerar uma operação militar. No entanto, no passado, Caracas já ameaçou seu vizinho por suas reservas de petróleo, afirmando suas reivindicações sobre o território de Essequibo.

Por fim, o documento também se preocupa com a crescente influência da China na América Latina, em meio à crescente rivalidade com os Estados Unidos, com o qual Jair Bolsonaro alinhou sua política externa.

Bibliografia recomendada:

Brasil França:
Ao Longo de 5 Séculos.
General A. de Lyra Tavares.

sábado, 8 de fevereiro de 2020

FOTO: Forças Especiais da Real Gendarmaria do Camboja


Forças Especiais da Real Gendarmaria do Camboja (Royal Gendarmerie du Cambodge). A Gendarmeria cambojana, forte de 30 mil homens, é armada majoritariamente com material russo e chinês, além de alguns poucos equipamentos de outras origens; como o fuzil SS1-V1 Pindad indonésio e o clássico FN FAL belga.

FOTO: Soldado russo queimando dinheiro soviético na Chechênia

Soldado russo queimando dinheiro soviético, completamente sem valor, na Chechênia, 1995.

Friday Night Lights: Como usar a visão noturna - para iniciantes


Por Nicholas C, The Firearm Blog, 4 de outubro de 2019.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 7 de fevereiro de 2020.

Vamos fazer uma pausa nas postagens de equipamentos caros e começar pelo que diz respeito à visão noturna. Existem técnicas e coisas que considero óbvias em relação à visão noturna. Isso se deve apenas à minha experiência com visão noturna e ao meu apetite voraz por informações e conteúdos relacionados à visão noturna. Eles parecem senso comum para mim, mas nem todos tiveram a experiência que tive com a visão noturna e algumas pessoas foram donas de óculos de visão noturna por mais tempo do que eu, mas dificilmente os usaram. Então, gastarei o Friday Night Lights desta semana em um artigo sobre como usar OVNs (Óculos de Visão Noturna) para iniciantes.

Encontrando seu lugar no mundo da visão noturna

Jogo mensal noturno com o clube USPSA Deadwood Boys.

A visão noturna é um dispositivo de equipamento específico para que pode ajudar a aumentar sua capacidade de ver em áreas com pouca luz. Bem, depois de economizar e comprar o seu primeiro dispositivo de observação noturna (Night Observation DeviceNOD, doravante OVN), o que você faz com ele? Uma resposta comum que ouço é fazer um curso de visão noturna. Ok, bem, isso nem sempre é viável para alguns. A programação para aulas de visão noturna não é tão frequente e raramente você tem uma no estado em que reside. Então agora você precisa gastar mais dinheiro voando para ter uma aula de visão noturna. Embora as aulas sejam muito úteis, muito do que eles ensinam você pode aprender sozinho e praticar no seu tempo livre. O problema é encontrar um lugar para fazer isso.

Curso de Combatentes Noturnos da Greenline Tactical na área de Los Angeles.

O primeiro obstáculo é encontrar um lugar para filmar à noite. Esta é uma luta para muitos. A única solução real é começar a procurar pessoas que compartilhem seus interesses. Encontre pessoas que tenham acesso a terrenos particulares com a capacidade de atirar à noite. Se isso não for possível e você não tiver amigos que possam ajudar, tente entrar em contato com os clubes e campos de tiro locais. A maioria dos clubes e estandes terá reações bruscas sobre atirar no escuro, e isso apenas decorre da ignorância e do medo. Todo esse "leva ao lado sombrio" é bom. Você pode abordar muitas de suas preocupações. Um é a segurança. Se você está atirando com visão noturna, normalmente já tem uma noção decente de fotografar durante o dia. Se o clube tiver reuniões à noite, você poderá mostrar seu dispositivo de visão noturna e como poder ver no escuro é realmente mais seguro com a visão noturna. Você simplesmente pode ver mais à noite. Outra preocupação que muitos clubes têm será a redução de ruído. Se um estande estiver próximo de bairros, eles terão munição de ruído e você poderá aliviar um pouco disso com o disparo suprimido. Obviamente, isso não funciona para alguns, pois nem todos os estados permitem itens da NFA (National Firearms Act, Lei Nacional de Armas de Fogo), mas é uma possibilidade para quem tem acesso a supressores. Também ajuda se você usar um calibre subsônico, como armas de calibre de pistolas e/ou armas de tiro ao alvo. Não é tão sexy, mas você pode trabalhar nos fundamentos da mesma forma e ter mais tempo trabalhando atrás dos OVNs.


Outra avenida a seguir são os estandes internos. Como eles são quase hermeticamente fechados, o ruído não é realmente um problema. Se você conversar com o estande e expressar o que deseja, eles podem estar abertos à idéia. Algumas pessoas são adversas à idéia de atirar com as luzes apagadas. Isso geralmente é uma preocupação de segurança. Eles não conhecem você e você pode não conhecê-los. Pode ser necessário que você seja cliente regular por lá, para que se sintam à vontade com você atirando sozinho e no escuro. Não é rápido, mas é uma possibilidade. Quando eu morava em NY, demorou um pouco para convencer meu clube a apagar as luzes quando praticamos a USPSA durante o inverno em um estande coberto. A reação imediata deles foi “por que você quer fazer isso?”. Primeiro de tudo, é muito divertido. Em segundo lugar, atirar no escuro é muito mais difícil do que atirar com luzes acesas, então existe esse desafio. A razão mais importante é do aspecto da prática/treinamento. Ter que usar sua arma de fogo é um conceito 24/7. Metade do dia está no escuro, por isso, se familiarizar com o disparo com pouca ou nenhuma luz é uma boa prática, desde que seja feito com responsabilidade. Isso geralmente os conquista. Obviamente, você pode preencher a lacuna e recomendar um evento em grupo. Alguns atiradores podem tentar atirar com luzes montadas nas armas, etc. Enquanto você usa a visão noturna. Torne esses eventos divertidos. Muitos atiradores descobrirão imediatamente que atirar no escuro é muito mais difícil do que atirar com as luzes acesas. Alguns vão gostar do desafio. E, para alguns, será um verdadeiro revelador de uma habilidade que eles carecem completamente. Se possível, configure vários alvos com um pouco de movimento. Ao fazê-lo com segurança, você pode aprender MUITO nestas sessões de treinos, além da posição estagnada de parar e atirar em um alvo imóvel.

Configurando seus OVNs

Com sorte, você conseguiu um local para atirar à noite. O segundo passo é configurar seus OVNs. Seja uma configuração simples de PVS-14 ou de tubo duplo*, existem maneiras específicas de definir seus OVNs para você. Primeiro, você deseja verificar a configuração do seu capacete. O seu dispositivo de visão noturna tem algum peso. Acrescente a isso a montagem e a cobertura do capacete e você terá uma boa parte do peso puxando a frente do capacete para baixo. O uso de um contrapeso pode ajudar a compensar o peso dos seus OVNs. Tente segurar o capacete com o punho. Com os OVNs montados, seu capacete se inclina para baixo. Adicione alguns pesos na parte traseira usando uma bolsa de bateria ou uma bolsa de contrapeso, para que o capacete se equilibre no seu punho.

*Nota do Tradutor: Modelo binocular, para os dois olhos.

Encontre algo para focar a cerca de 10 pés (3m) de distância com textura ou detalhes.

Agora que você tem um capacete mais equilibrado, vamos nos concentrar... focando seus OVNs corretamente. Don Edwards, da Greenline Tactical, usa essa técnica no seu Curso de Combatentes Noturnos. Você deseja ajustar "frente - trás - frente". Portanto, leve os OVNs montados no capacete. Fique a cerca de 10 pés (3m) de algo com detalhes. Normalmente, as pessoas olham para uma placa de carro. Focalize a objetiva frontal para que a placa fique bem nítida. O texto na placa é algo com que todos estão familiarizados, por isso é fácil saber se está em foco. Em seguida, você ajusta a dioptria da ocular traseira. Use pequenos movimentos. Além disso, se você estiver usando tubos duplos, ajuste apenas um lado de cada vez. Feche um olho de modo que você possa focar no outro lado. Depois de definir a dioptria traseira, volte ao objetivo frontal e redefina o foco de volta ao infinito. Eu gosto de usar estrelas. Ao usar tubos duplos, verifique seu foco um lado de cada vez. Pode ser necessário fazer um pequeno ajuste. À medida que você brinca com o foco, verá estrelas ficando maiores e menores. Torne-as tão menores quanto possível e mais redondas quanto possível. Depois de fazer isso, talvez seja necessário empurrar um pouco a dioptria traseira para fazer as duas imagens parecerem semelhantes. Concentre-se em uma estrela. Verifique se os dois tubos combinam da melhor maneira possível.

Como usar a visão noturna em movimento

Observe onde você está indo, especialmente onde seus pés estarão à seguir.

A visão noturna não é apenas um acessório de arma de fogo. Embora seja divertido atirar com OVNs, você pode experimentar a noite sem uma arma e praticar a movimentação com OVNs em qualquer lugar escuro. Eu gosto de pensar em “me deslocar com os OVNs” como morar em uma casa com crianças. Se você tem filhos, sabe que brinquedos e objetos pequenos serão deixados por todo o chão. Não importa o quanto você tente instruí-los, haverá coisas deixadas no chão. Sua casa é como um campo minado agora. Então, o que você faz? Você procura instintivamente o chão em busca de qualquer possível risco para os pés. É assim que você deve usar a visão noturna. Os OVNs típicos têm apenas um FOV (Field of View, Campo de Visão) de 40°. Alguns como o FLIR BNVD-51 possuem um FOV de 51°. Se você tem muito dinheiro e tem tubos quádruplos, eles têm um FOV de 97°, mas esse é lado-a-lado, não é para cima e para baixo. O ponto é que você verá muito menos do que está acostumado. Então, você precisará escanear o terreno que pretende percorrer para identificar os perigos da viagem.

Espero que isso tenha ajudado você a usar a visão noturna

Se houver algo que você não tenha certeza ou tiver dúvidas como iniciante em visão noturna, entre em contato e tentarei responder a suas perguntas da melhor maneira possível. A visão noturna pode ser muito divertida. O que ajuda é tentar encontrar pessoas que pensam que podem melhorar seu prazer com os OVNs. Saia e experimente o escuro com confiança e visão noturna.

Nicholas C
Operador de Armamento Steadicam
Aficionado por Visão Noturna e Térmica 
Entusiasta de Lanterna/Laser
Competidor de USPSA

Bibliografia recomendada:

The Complete Guide to Night Vision:
The Tactics, Strategies and Techniques of US Navy SEALs and Law Enforcement.

Leitura recomendada:


FOTO: Dragão moderno, 27 de abril de 2020.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

GALERIA: Carros de combate Leopard 2 HEL gregos na neve

O Leopard 2 Hel é um derivado do 2A6, encomendado pelo exército grego em 2003. O "Hel" significa "helênico". Os 170 tanques foram entregues entre 2006 e 2009. O Exército Helênico ainda opera 183 carros Leopard 2A4.





Bibliografia recomendada:

Exército Alemão sugere que seus soldados dirijam carros e finjam que estão dirigindo tanques durante exercícios


Por Eric SOF, Spec Ops Magazine, 29 de janeiro de 2020.

Tradução Filipe do A. Monteiro, 7 de fevereiro de 2020.

A deficiência de veículos blindados operacionais na Bundeswehr agora é tão ruim que os soldados são oficialmente aconselhados a usarem carros e fingirem que estão dirigindo tanques durante exercícios de treinamento, afirma um relatório da mídia.

A situação é assim tão desesperadora, de acordo com os documentos confidenciais do exército obtidos pelo jornal Bild. Os documentos sugerem que as unidades militares sem o equipamento necessário devem elaborar "soluções alternativas" e encontrar "oportunidades de treinamento inovadoras".

O Ministério da Defesa alemão confirmou que as tropas estavam desdobrando 'outros veículos para praticar a montagem e desmontagem' por causa da falta de blindados Puma. Em vez disso, os soldados estavam usando carros porque apenas 20% dos Pumas da Bundeswehr estão em boas condições, de acordo com a Bild.

Supostamente um dos IFVs mais bem protegidos do mundo, o Puma (Schützenpanzer ou SPz) - que logo foi chamada de "garoto problemático" da Bundeswehr - tem uma história conturbada. Quando a Bundeswehr estava prestes a receber 350 Pumas em 2018, foi revelado que os veículos de última geração - geralmente chamados de tanques leves devido ao seu tamanho e peso - simplesmente não são adequados para soldados com mais de 1,84m.

Além disso, os custos dos 350 novos Pumas encomendados e as atualizações dos modelos existentes dobraram de cerca de 2,5 bilhões de libras para 5 bilhões de libras desde o último verão, informou a emissora pública MDR.

O Ministério da Defesa culpou questões contratuais e requisitos imprevistos adicionais para modernizar seus tanques antigos.

A situação terrível lembra àquela das tropas alemãs tendo de usar vassouras pintadas para parecerem armas durante um exercício da OTAN na Noruega em 2014.

Leitura relacionada:

PSM PUMA IFV. O moderníssimo veículo de combate de infantaria alemão
4 de dezembro de 2015.